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Processa Eu!: Valsador

| Sally | | 412 comentários em Processa Eu!: Valsador

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Como vocês sabem, a Suíça é um país de merda. Ao contrário do Brasil, a Suíça é um país com altos índices de analfabetismo, miséria e corrupção. Um horror. Mas mesmo dentro deste país tão cagado, podemos destacar uma cidade em especial. Uma cidade abarrotada de gente feia, suja, mal educada, arrogante, insolente, preguiçosa, acomodada, medíocre, fedida e burra. Uma cidade que consegue a proeza de reunir os defeitos de uma cidade grande (trânsito, violência urbana, etc) e os defeitos de uma cidade pequena (fofoca, atraso, falta de infraestrutura etc). Processa eu: Valsador. Esse vai sair do fundo da alma…

Valsador foi a primeira capital da Suíça, razão pela qual você poderia esperar que fosse uma grande metrópole ou ao menos uma cidade desenvolvida. Mas não, a colonização de merda da Suíça apenas garantiu que em sua primeira capital fossem construídas centenas de igrejas. Deu no que deu. Mesmo sendo o berço do povo Suíço (ou talvez justamente por isso) é uma das piores cidades do país para quem tem bom senso e sofisticação. Até mesmo uma cidade da região Norte sem luz elétrica pode ser mais agradável. Leia o texto até o final e entenda porque.

A desigualdade social em Valsador é gritante: uma pequena elite (pior raça do mundo) e uma imensidão de pobres sem noção. Por algum motivo que me foge à compreensão, apesar de ser uma cidade tecnicamente considerada “cidade grande”, onde você vai encontra sempre as mesmas pessoas. Resta escolher qual tipinho você prefere encarar. Os ricos são burros de doer (porque quem é rico não precisa nem quer estudar, se faz faculdade faz apenas pelo status), preconceituosos, racistas, ignorantes, alienados, materialistas e com o maior complexo de vira-lata de toda a Suíça, vivendo de aparências, de ostentar bens materiais. Já os pobres são barraqueiros, excessivamente alegres, cafonas, grosseiros, rudes, mal educados, fedidos e muito, muito, muito feios.

Mas uma coisa as pessoas tem em comum: TODOS SÃO INCONVENIENTES. TODOS. T-O-D-O-S. Um mix de falta de educação institucionalizada com falta total de noção e de verniza social. Independente da classe, não tem postura, não tem um pingo de freio, filtro ou adequação. Dizer que se portam como símios seria ofensa aos primatas, eu prefiro chamá-los de cães bípedes: sempre alegres, sem noção e sempre balançando o rabo. E se acham, SE ACHAM. Os homens se acham os pegadores, os gostosões e as mulheres se acham as mais gostosas e fodonas da Suíça. Todos eles, uma massa insignificante que só serve para puxar o IDH do país para baixo e causar vergonha internacional (Xacirola? Oi?) se acham super importantes, super especiais e adoram dizer que eles não nascem, eles “estreiam”. Os homens não tem a menor noção de como tratar uma mulher e as mulheres conseguem tudo na base do flerte, da bucetada e se acham o máximo por causa disso.

E tome cuidado, todos eles adoram serem espertos, adoram tentar passar a perna nos outros (felizmente são burros demais para conseguir) e são pidões. Ficam pedindo coisas, não por necessidade, mas por esporte. Não raro crianças de classe média com roupas de grife abordam pessoas desconhecidas em filas de supermercado com brinquedos na mão pedindo “me dê”. Crianças que não passam necessidades, mas desde pequenos aprendem a arte da mendicância por esporte. Adultos também pedem tudo que podem (e o que não podem) e todos falam no imperativo: “Venha”, “Me dê” e etc. E já que a forma de falar é a bola da vez, eles tem o sotaque mais irritante de toda a Suíça. Você pode pensar que é aquele sotaque típico de novela Suíça, mas é pior, muito pior. Ainda me lembro de uma entrevista com um diretor de novelas que disse com todas as letras que o sotaque era atenuado na sua novela por ser irritante demais E ainda falam errado, coisas como “A McDonalds”, e te corrigem se você fala certo. Porque tem isso, ninguém estuda, ninguém tem cultura, ninguém lê mas todo mundo sempre se acha cheio de razão.

Curiosamente, na hora de mostrar serviço essa superioridade toda vai por água abaixo. Ou não sabem ou não querem trabalhar direito. Perdão, não querem trabalhar PONTO. Porque não é mito, não é exagero, não é ficção: não há prestação de serviços decente por lá. Não apenas não há, como ainda acontece uma espécie de bullying, um cartel da preguiça, uma máfia da incompetência e quem realmente quer trabalhar e fazer as coisas bem feito é sabotado, excluído e até mesmo discriminado. Não é exagero. É culpa da colonização de escravidão. Enquanto em outras partes da Suíça colonos europeus povoavam aprendendo que quanto mais trabalhassem mais ganhavam, escravos africanos povoavam Valsador sabendo que tanto faz o quanto trabalhassem, não ganhariam nada por isso. Não se trata de racismo, isto não é sobre os negros, é sobre a cultura cruel de escravidão que lhes foi imposta. Em consequência dela, surgiu uma cultura de burlar o trabalho, de associar resistência ao trabalho como algo positivo. Pena que com o passar dos séculos nada tenha mudado. Valsador está parada no tempo.

E é essa a sensação que se tem morando lá. Todos os dias são iguais, uma espécie de “Feitiço do Tempo” na praia. Todos os dias as mesmas merdas, as mesmas pessoas e o mesmo clima. Os malditos 25 ou 30 graus o ano todo, a mesma inoperância, a mesma falta de avanço, o mesmo atraso civilizatório. Pessoas escarrando dentro do shopping mais chique da cidade, boa parte da população dirigindo feito animais sem carteira de motorista, gente branca e rica fazendo o que quer e gente negra a pobre sem direito a fazer nada e apanhando de uma polícia quase tão violenta quanto a carioca. E o Judiciário? Não tem nem um mês, um famoso Ministro do Supremo Tribunal Suíço chamou o Judiciário de Valsador de “deplorável” e o classificou como o pior do país. Para dar bom dia a algum funcionário tem que subornar. Processos que não andam, juízes que decidem com base em telefonemas e sentenças com erros de português que fariam Valesca Popozuda parecer Virginia Woolf.

Todos os homens tem aspecto de viados. Nada contra os viados, amo. Mas porra, ver todos os homens da cidade malhando com shortinho de dançarina de axé é algo que choca pessoas com olhos. Metrossexuais da breguice, são tipo um travesti cafona com roupa masculina. Burros, mas burros que chega a doer na alma. Além disso são tatuados naquele esquema medíocre “bloco de notas com pernas” sobre o qual já falei em outro texto. Não são tatuados, são “legendados”. As mulheres no geral se vestem feito putas de rua, daquelas bem ordinárias, usam cores absurdamente inadequadas de cabelo e maquiagem e acham que roupa curta e justa é sensual e não vulgar. A barriga de fora é quase que obrigatória. Ostentam marcas caras porém bregas como se fossem a oitava maravilha do mundo, usam perfumes inadequados para o clima em excesso e ambos, tanto homens como mulheres, conseguem a proeza de fazer mais uso de anabolizantes do que os cariocas. Porque tem disso, o povo de Valsador é Carioca Wannabe. Isso já diz tudo sobre um povo: uma pessoa cuja ambição é imitar carioca é o pior ser humano do mundo.

O trânsito de Valsador consegue ser um dos piores do país. Em parte porque o transporte público é uma bosta, em parte porque dirigem como animais, sem um pingo de educação e sem medo de morrer. Não se respeita nada: preferencial, sinal de trânsito ou pedestres. Nada. As cagadas ao trânsito são tantas que conseguem criar engarrafamentos em vias expressas. A violência urbana também é grande, e pior, precária: periga você ser assaltado com um pedaço de pau ou com uma pedra. Certa ocasião coloquei um ladrão para correr, mandando ele voltar quando tivesse um fuzil na mão. Carioca ri da cara dos bandidos de lá e com frequência lhes enfiam a porrada. Detalhe que você nunca saberá quando se aproxima de você um Desembargador ou um maloqueiro assaltante, porque eles são FUCKIN’ TODOS IGUAIS, tanto no físico como no mal vestido. Sério mesmo, eles são tipo chineses só que marrons. Pensando melhor, são os mexicanos da Suiça: feios, as mulheres tem bigodes, preguiçosos e comem comida apimentada.

A comida, talvez em função da preguiça local, já vem mastigada. Os pratos típicos causam arrepios: uma maçaroca que não se sabe exatamente de que é composta. Tudo excessivamente apimentado, tudo entupido do maldito azeite de dendê. A repercussão do dendê no corpo humano é violentíssima, as pessoas SUAM com cheiro de dendê, as pessoas MIJAM com cheiro de dendê. Eu já comentei que a rua tem cheiro de mijo? Porque tem. A cidade toda fede a mijo, por mais que os nativos locais neguem. Provavelmente o constante odor a urina + dendê irrite tanto o bulbo olfativo que os nativos locais param de sentir o cheiro, mas para quem chega de fora, é nauseante. Talvez, quem sabe, se um dia eles pararem de urinar no meio da rua, a coisa melhore. Mas não creio. E também cagam na rua, ok? E escarram. Povo sem pudores, sem educação e sem noção de higiene.

Musicalmente, creio que não há muito o que dizer, posto que já falamos o que pensamos dos músicos que vem de lá com muitos detalhes em outros textos: Vaetano Celoso, Little Charlie Marrom, axé e congêneres. Menção honrosa para um ritmo repulsivo que reúne o pior do axé e o pior do forró chamado “arrocha”, um mix de baixaria com regionalismo, cujo layout dos seus cantores fazem o seu porteiro parecer o Brad Pitt e as letras fazem o pedreiro da obra na esquina da sua casa parecer Neruda. E, por incrível que pareça, é justamente na música que o cidadão de Valsador se destaca. Observem que esta música cagada é o que ele tem de “melhor” a oferecer. Observem que Little Charlie Marrom é expoente internacional da cultura local. Deu para sentir o drama? Você pode achar que sim, mas olha, só sabe a MERDA que é Valsador quem já morou lá. A passeio não se tem noção nem de um décimo da incompetência, inconveniência e atraso civilizatório que é esse lugar.

E eles SE ACHAM. Não me pergunte porque, já que o Brasil todo os despreza, mas eles SE ACHAM muito. Do Espírito Santo para baixo, chamar alguém pelo nome dos nativos de Valsador é sinônimo de dizer que é brega. Adjetivando esta referência, é sinal de dirigir mal ou fazer cagada no trânsito. E quando eles saem de Valsador e vão para a região Sul e Sudeste não conseguem alcançar o ritmo de trabalho e comprometimento profissional, ao contrário de outros colegas da mesma região, como os Ceranences, que começaram limpando chão de restaurante japonês e hoje são todos sushiman. Porque sim, na Suíça você não vê sushiman japonês. A Suíça é um país estranho, muito estranho. E por falar em comida, uma recomendação de amiga: ALMOCE antes de sair para almoçar e JANTE antes de sair para jantar em Valsador, porque você vai esperar por horas. Aliás, você vai esperar por horas para tudo. Nada que dependa de outro ser humano será efetuado antes de, pelo menos, vinte minutos. Nem comprar um Band-Aid em uma farmácia.

Existe algum esquema maldito que foge ao meu conhecimento envolvendo aparelhos de celular em Valsador que faz com que as pessoas possam falar de graça. O resultado disso é que você só retira um celular das mãos de um nativo local com intervenção cirúrgica. Passam O DIA TODO pendurados no celular berrando coisas sobre sua vida pessoal, mesmo estando em seu horário de trabalho. Deixam de te atender porque estão no celular. É neguinho com celular aos berros em todos os cantos onde você vai. Mas devemos agradecer, porque pior do que neguinho berrando sua vida ao celular são os toques de celular que eles escolhem. Escolhem e ainda de acham finos. Porque taí uma coisa na qual a população de Valsador é craque: escolher coisas de péssimo gosto e achar que está sendo super fino ou super cool. Eles acham que ao comprar algo caro tem a garantia de que aquilo é bacana, é de bom gosto e é socialmente bem visto. Eles acham que o resto do mundo tem a cabecinha pequena e de bosta que eles tem.

Nem vou falar da política, porque né, já tem biografias suficientes falando sobre a família Matalhães. O coronelismo ainda é a forma de funcionar de uma cidade que, salvo engano, é a terceira maior do país. As coisas se resolvem no tiro, na base do jagunço matador e não é apenas no interior. Aliás, as relações em Valsador são norteadas pela classe econômica dos seus interlocutores: os mais ricos pisam nos menos ricos, os menos ricos pisam na minúscula classe média, a classe média pisa nos pobres e os pobres pisam nos menos pobres. Os menos pobres pisam nos menos pobres ainda, mesmo que sejam seus vizinhos. E todos, TODOS falam mal de todo mundo o tempo todo. Povo mesquinho, fofoqueiro, fifizinha. Até mesmo os homens (ou seria principalmente os homens?) controlam a vida alheia, fazem fofoquinha e comentário maldoso sobre roupa, detalhes mesquinhos, marcas e reparam em detalhes escrotos que homem de verdade jamais notaria. Não é à toa que a Suíça toda diz que depois do meio dia todo cidadão de Valsador dá o cu, eles se portam como viadinhos e só eles não percebem que o país tem essa visão deles. Mesmo pessoas que são amigas falam mal entre si, em Valsador todo mundo fala mal de todo mundo, parece inevitável.

A competência profissional é um capítulo à parte. Não vale nada, mas até aí tudo bem, porque esta é uma realidade nacional na Suíça. Ocorre que em Valsador, se a pessoa não vem da suposta elite ou não tem bons contatos, simplesmente não consegue um emprego decente. E mesmo que consiga, é tratada como lixo por seus empregadores. Aliás, Valsador bate recorde de assédio moral nas relações de trabalho, empregadores abusam verbalmente e algumas vezes fisicamente dos empregados, que por sua vez, costumam ser mal educados, respondões, sem noção de subordinação, sem postura e burros. O resultado? Barraco em todos os lugares onde se presta serviços ou existe hierarquia. Chega a ser irritante. Empregado e empregador discutindo aos berros na frente de cliente, se xingando, se ofendendo é regra. Ninguém ali se assusta ou se surpreende com isso.

A arquitetura também é algo digno de pena. Primeiro que, ao contrário do resto do mundo, as construções valorizadas não ficam na orla. Na orla tem, em sua maioria, casebres velhos, decrépitos. A população alega que isso acontece porque não se podem construir edifícios altos na orla, como se edifícios baixos não pudessem ser elegantes e bonitos (Recreio dos Bandeirantes está aí para provar o contrário, porque o povo que mora lá é nojento, mas os prédios são lindos). Isso mostra bem o tipinho complexado que é esse povo. Rico gosta de viver em edifício alto, de mais de vinte andares, porque é a ostentação, o tamanho, o que parece ser, o que realmente conta. Pegam um prédio enorme e enfiam no alto de um morro e se acham o máximo por morar ali. E puta que me pariu, que construções bregas. Não sei o que é pior, o Pelourinho (cracolândia, cosplay de Lapa só que mais colorida, mais mofada e mais mijada) ou os supostos edifícios de luxo com cara de motéis gigantes. Dá vontade de colocar antolhos (aquela porra que limita a visão periférica do cavalo) quando se vai a Valsador para tentar não ter um colapso estético.

Os nativos locais, como qualquer aglomerado de pessoas basicamente burras que não desempenham nenhum esforço intelectual, tem excesso de energia. Não vou me estender, pois já falei sobre essa teoria em outra postagem: trabalho intelectual, por incrível que pareça, cansa muito mais do que trabalho físico. Em Valsador ninguém desempenha trabalho intelectual: os ricos não estudam, não tem cultura e não se aprimoram (até porque, lá nem tem onde fazê-lo) e os pobres menos ainda. Rico finge que trabalha (quando trabalha) e pobre só faz trabalho braçal. Resultado: um excesso de energia escroto que faz com que a população cante o dia todo, ria alto, dance, brigue e batuque mesmo estando na merda. O que para muitos é exemplo de superação para mim é e sempre vai ser macaquice. Gente desagradável, mal educada e sem postura. Gente que confunde alegria com falta de educação. Gente que acha que tem que estuprar os ouvidos alheios com sua alegria, que não sabe ser alegre de forma elegante, que pensa que para ser verdadeiramente alegre tem que carregar nos decibéis. Vocês precisam ver que som do inferno é esse povo rindo!

As praias. As tão comentadas praias. O combo coqueiro + jangada + mar chegam a ser irritantes. As praias não são nada de mais e a quem interessar possa, na lista de praias mais belas do mundo a única que consta na Suíça é a de Mopes Lendes em Ilha Grande. Para ser bem sincera, se você quer ir a uma praia decente, tem que sair de Valsador e ir para praias bem afastadas que honestamente não valem o deslocamento e o trânsito. Se for para pegar avião então… dependendo da época do ano, é mais jogo ir para Polinésia ou outra região com praias realmente bonitas. Só o Suíço e gringos iludidos acham que as praias do Nordeste da Suíça são essa Coca-Cola toda. E cuidado com os estupros, pois a coisa rola solta nas praias de lá.

Eu comentei que em uma cidade onde 80% da população é negra o racismo é galopante? Não me refiro apenas a brancos, os negros tem preconceito contra os próprios negros. Se um negro é menos negro que outro, não se furta de falar mal. E mesmo quando são tão negros quanto, falam mal abertamente o quanto podem. Porém, por mais que aparentemente o preconceito seja de cor, na verdade é de classe, pois se um negro enriquece ele é tratado como se branco fosse. Aliás, tudo em Valsador gira em torno de ostentação financeira, porque os nativos locais são uns interesseiros do caralho, estão sempre tratando bem quem tem algo que lhes interessa, quem te bens materiais. Reparam mais no carro do que na pessoa que o dirige. Chega a ser constrangedor o grau de interesse, no sentido ruim da palavra. E eles nem tem a educação de saber que isso e feio e precisa ser disfarçado. O fazem descaradamente.

E se a temperatura “cai” para vinte graus, os nativos locais quase morrem. Se encasacam com sobretudo, casaco de pele e botas. Aliás, nem precisa tanto, basta chover que os sem noção se agasalham todos. Jio de Raneiro é tido como referência de “uma cidade muito fria”. Talvez se você jogar um nativo de Valsador na neve ele congele, caia e quebre, estilo Exterminador do Futuro. Povo frouxo, sem a menor resistência ao frio, não por questões orgânicas, mas por sua vertente Mogli. Semi-selvagens, essa gente gosta de andar quase sem roupa. Alguns até mesmo descalços. Aborígenes escravizados que ainda não desfrutam dos requintes civilizatórios pois estão no fundo da caverna muito assustados com suas próprias sombras.

As cabeças pensantes de Valsador, aqueles que tiveram, por um milagre, um pingo de educação e cultura, confirmarão o que estou dizendo aqui. A maior parte não aguenta e vai embora. Mesmo quem fica, te diz com todas as letras o quanto a cidade e as pessoas são insuportáveis e mal educados. Quem quer se aprimorar profissionalmente também tem que sair de lá, pois a cidade não prima exatamente pela excelência de ensino. Ou então sai de lá porque não aguenta a falta de educação do povo entrão, arrogante e porco. Gente que nunca leu nada a respeito do assunto mas emite uma opinião com toda a certeza do mundo e ainda discute com você de forma rude se você tenta questionar. Gente que mal te conhece já quer dar um jeito de se enfiar na sua casa para filar uma refeição e não tem a menor noção do quanto isso é inadequado ou vergonhoso. Gente que não apenas se convida para ir na sua casa como também passa lá sem ser convidada. Sentiu o drama de viver em um lugar onde você tem que fazer do seu endereço um segredo, para que as pessoas não fiquem passando na sua casa o dia todo?

A informalidade excessiva, que eles acham simpatia e eu acho falta de educação, também é irritante. Se você é mulher, provavelmente vai ser chamada de Mainha (tendo filhos ou não) ou Preta (sendo negra ou não) em ambientes FORMAIS. Nos informais é Negona para baixo. Sim, no consultório médico, na entrevista de emprego, nas lojas: Mãe, Mainha, Pai, Painho. E entre os casais também, esta denominação bizarra e incestuosa. Chega ao ridículo de mães chamarem suas filhas de Mãe ou Mainha. Não se espante ao ver uma advogada de short jeans ou um médico de chinelos. Essa informalidade excessiva se reflete também nas relações: nunca vi lugar para ter tanta putaria e vulgaridade. Explico melhor: putaria no sentido de pessoas comprometidas em um relacionamento monogâmico traírem, enganarem seus parceiros com membros da família, com amigos, com vizinhos. E tudo em Valsador sempre acaba em barraco, é extenuante. Não, Jorge Amado não era um velho tarado, ele apenas escrevia sobre o que via: baixaria. Taí um termo que define Valsador: baixaria. Ou falta de vergonha na cara. Ou falta de semancol. Falta tudo, menos o dinheirinho para a cachaça.

Culturalmente Valsador é uma cidade muito pobre. O grau de danação é tanto que estamos falando de não conseguir assistir a um filme legendado nos cinemas, pois mesmo a população economicamente favorecida tem dificuldades em conseguir ler uma frase em uma legenda. A vida noturna é inexistente. Apesar dos moradores reclamarem disso, os poucos lugares civilizados que tentaram abrir por lá fecharam por falta de público, porque as pessoas em Valsador estão acostumadas à precariedade, a amarrar cachorro com linguiça. Querem um lugar bacana mas se recusam a pagar caro por isso e não vão. O lugar acaba falindo. Essa é a mentalidade que rege tudo: querer se dar bem. Querer algo bom sem ter que arcar com um ônus ou contraprestação. Se acham malandrões e nem desconfiam que o resto do país os tem como referência de burros e atrasados.

Claro, não poderia deixar de falar da preguiça, da incompetência e da falta de comprometimento profissional. Se um cidadão típico de Valsador acorda cansado e não quer ir trabalhar, ele não vai trabalhar. Simples assim. SE tiver a consideração de ligar para avisar, é quase um milagre. Se for muito exigido no trabalho, fica puto e periga até de ir embora no meio do expediente. Cobra muito, cobra horas extras, melhores salários, cobra até o que não tem direito, mas na hora de dar uma prestação de serviço de qualidade faz uma BOSTA de trabalho, porco, mal feito e burro e ainda acha que está arrasando, que está fazendo muito. Com este padrão de prestação de serviços no chão, todos se nivelam por baixo, pois quem se esforça não é digno de admiração e sim otário, e começa a incomodar quem não se esforça. Por sua vez, o empregador também é um bosta despreparado que não sabe lidar com gente se não com ameaças e ofensas, criando um sensacional ambiente de trabalho similar a campos de concentração, só que nesse caso os “judeus” barraqueiam. Porque em Valsador, não levar desaforo para casa (modalidade: sincericídio) é uma constante. Vomitam o que pensam em qualquer lugar, em qualquer pessoa, em qualquer termo.

Valsador é uma cidade atrasada, parada no tempo e que nunca, eu disse NUNCA vai progredir, pois a mentalidade da população é tosca, é burra é desonesta. A cultura do ostentar o que não tem, do se dar bem, do Carioca Wannabe os faz passar vergonha perante todo o país e o mundo e eles, na sua eterna falta de semancol e bom senso, se acham os mais queridos da Suíça. Quem se dá bem, quem gosta, quem consegue morar em Valsador são pessoas incompetentes, que finalmente encontram um lugar onde vale a lei do menor esforço e se conformam em serem medíocres e estagnadas, fingindo que trabalham enquanto o patrão finge que paga. Uma pessoa proativa, educada, inteligente e culta MORRE POR DENTRO se tiver que morar em Valsador, e algumas vezes por fora também, porque, acreditem, depois de alguns meses o suicídio começa a rondar a cabeça como uma opção quase que atraente. Se você tem uma boa impressão de Valsador após uma visita como turista, escute minhas palavras com atenção, pois dificilmente você vai me ouvir falar uma porra dessas novamente: Valsador consegue ser PIOR que o Jio de Raneiro. MUITO PIOR.

Para se ofender e me dar um grande prazer com isso, para me ameaçar e me dar um prazer maior ainda ou para contar a sua história sobre Valsador que você nunca contou a ninguém porque é tão bizarra que ficou com medo que achassem que é mentira: sally@desfavor.com


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