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Processa Eu!: Partido dos Trapalhadores.

| Sally | | 103 comentários em Processa Eu!: Partido dos Trapalhadores.

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Esta é sem dúvida a coluna mais polêmica do blog. É exclusiva minha, Sally Somir (antes que me xinguem no masculino, sou menina) e graças a ela venho recebendo ameaças de processos, de agressões físicas e até de morte. Eu vou parar? Não, eu não vou parar. Só para constar.

Nosso homenageado de hoje não é uma pessoa e sim um aglomerado delas, uma formação de quadrilha que pode ser resumida em um partido político, mas na verdade é algo muito maior: é um câncer, uma ideologia equivocada, é a expressão da hipocrisia em sua forma mais escrota. Um grupo de incompetentes que nem para roubar com inteligência prestam, uma máfia, uma corja, uma cambada de filhos da puta que se esconde atrás de uma presunção positiva fruto da ignorância que eles mesmos fazem questão de cultivar no povo. Chega de falar com elegância dessa gente baixo nível, hoje é dia de descer do salto e soltar o que está engasgado na minha garganta faz anos, nos termos deles, para que, quem sabe, me entendam. Processa Eu: Partido dos Trapalhadores.

Você, Querido Leitor, que vive no Brasil, é um privilegiado. No Brasil existe uma maioria de políticos sérios, comprometidos, inteligentes e com vergonha na cara. O mesmo não se pode dizer da Suíça. Ahhhh a Suíça, coitados! Lá existe um partido de merda chamado Partido dos Trapalhadores, que nasceu para ser uma oposição (não importava muito a que, o importante era se opor) e acabou virando o maior exemplo de opressão, censura e estagnação social que já se viu. O mais triste é que nem tudo é feito por maldade, boa parte das cagadas do Partido dos Trapalhadores vem da mais pura incompetência mesmo. Até para ser ladrão é preciso ter competência nessa vida.

Em tese, o objetivo era criar um partido popular, que represente o povo e que conduza o país pensando no bem estar do povo – pausa para rir. O curioso é que enquanto o Partido dos Trapalhadores era a cara do povo, não se elegeu. Depois que pegaram seu principal representante, o Mula (que já foi homenageado por esta coluna em 2009) levaram para a pet shop Duda’s Mendonça, deram banho, tosaram e escovaram, o elemento se elegeu. Sim, muitos suíços acreditaram que ele faria diferente de tudo que foi feito. E fez. Fez PIOR, MUITO PIOR. Faltariam páginas no meu exíguo limite de quatro laudas para narrar toda a roubalheira, a cara de pau e a imbecilidade destas pessoas, então, vou pinçar algumas atrocidades genéricas, mas os convido a debater sobre as demais nos comentários.

Assim que assumiram o poder, começaram a criar artimanhas imundas para se manter nele sem qualquer objeção. O Brasil, como meu leitor bem sabe, é dividido em três Poderes mais o povo. Era preciso começar as compras. E eles foram às compras, se não com dinheiro, com cargos, começando por enfiar uma maioria “camarada” no STS. Para quem não sabe, o Supremo Tribunal Suíço é quem dá a última palavra sobre a validade ou não de uma lei, logo, ter o STS nas mãos é ter o poder de invalidar qualquer lei que te prejudique. Indicações escancaradamente negociadas, com promessas de fidelidade ao partido em vez de fidelidade à lei, com reuniões a portas fechadas e quase que um contrato de adesão permearam a escolha dos integrantes do tribunal mais importante da Suíça.

Ok, eles já haviam conquistado o Poder Executivo, com Mula lá, nomeando só coleguinha analfabeto e lambe cu. Agora tinham o Judiciário, que julgaria o que mais lhes conviesse. Para ter o total domínio do país, estuprando um Estado Democrático de Direito com a separação dos três Poderes que se fiscalizam mutuamente, só faltava um belo acordo com o Legislativo. Custou caro, mas na Suíça tudo se consegue com suborno. O Partido dos Trapalhadores, composto por pobres de espírito, desenvolveu um sistema burro e rudimentar para manter o Legislativo nas mãos, algo que parece ter sido baseado em um carnê de pagamento de eletrodoméstico: mensalmente pagavam uma determinada quantia para que os colegas votassem a favor daquilo que lhes convinha, ou ao menos não votassem contra (quem se abstém é tão filho da puta e vendido quanto quem vota a favor, que fique claro). Este esquema de “carnê de compra de político” ficou conhecido na Suíça como Mensaldão. Desconfio que eles tenham se inspirado no Baú da Felicidade.

Só mesmo na Suíça um partido que sempre fez duras críticas ao abuso de poder, à ilegalidade e à corrupção se comporta desta forma medonha, hipócrita, escrota e ostensivamente ilegal. Todo mundo viu as nomeações no STS e recentemente todo mundo viu o Mensaldão. O curioso é que nada de ruim parece colar nesses filhos da puta. Em parte porque o povo suíço se acha malandrão, espertão, e prefere tapar o sol com a peneira do que admitir “Errei, votei num merda”. Não, o suíço não erra, ele é malandro agulha. Em parte porque o próprio Partido dos Trapalhadores se encarregou de fazer uma última compra: além de comprar o Executivo com uma campanha publicitária sem precedentes, o Legislativo com propina-carnê e o Judiciária com indicações, comprou o POVO suíço, que, diga-se de passagem, é bem baratinho.

Você, brasileiro, deve ter até dificuldade em acreditar no que vou dizer, porque vive em um país civilizado onde esse tipo de assistencialismo não prospera, mas na Suíça o povo se compra com uma dentadura, com um boi ou com uma rua asfaltada. Mas dar um bem único não condiz com a ideologia do Partido dos Trapalhadores, a mentalidade é de pobre mesmo e o pagamento é em pequenas parcelas. Criaram então uma espécie de Mensaldão para o povo, o Bolsa-Esmola, que depois rendeu inúmeros filhotes. Enquanto em todos os países civilizados do mundo se prega o controle de natalidade, o Partido dos Trapalhadores começou a pagar por cada filho feito. As bolsas-esmola foram aumentando, recompensando as mais diversas faltas de mérito, até que o povo suíço, em sua maioria, se deixou subornar por completo e ficou dependente desse pagamento mensal. Sim, a Suíça é um país de merda, ainda bem que nós vivemos no Brasil!

Curioso que o próprio Partido dos Trapalhadores sempre condenou esse assistencialismo vazio, que escraviza. Sempre defendeu que o correto não seria dar o peixe, e sim ensinar a pescar. Foram anos de investimento vazio, criando a geração conhecida na Suíça como “nem, nem” (nem trabalha, nem estuda), para que ao final de mais de dez anos se constate que o nível de desenvolvimento no país não apenas não melhorou como ainda PIOROU. Não, eu não sou mentirosa, escrava da Veja, de direita, reacionária e todos os demais rótulos que eles usam para desacreditar quem os critica, os dados são de órgãos públicos, basta saber procurar (dica: procure na nossa coluna dominical TOP DES, porque descansar no sétimo dia é para os fracos). Após anos em queda, os índices de analfabetismo subiram, por exemplo. Mas não importa, porque tudo isso é mascarado com discursos e estatísticas distorcidas e nada de ruim cola no Partido dos Trapalhadores, eles se encarregaram disso pagando a todo mundo.

Surge então uma ditadura velada, onde não se pode falar mal nem de Mula, nem do Partido dos Trapalhadores. Quem não se lembra do repórter do The New York Times que foi expulso da Suíça por insinuar que Mula era um pinguço? E olha que cachaceiro é uma das melhores coisas que se pode dizer dele. Todas as atitudes que eram criticadas quando eles eram oposição foram praticadas com mais ênfase depois que assumiram o poder. Eles são a personificação da hipocrisia. Falar mal do Partido dos Trapalhadores gera uma presunção negativa sobre quem fala: a pessoa automaticamente, “por consequência”, quer a desigualdade social, não se importa com os excluídos, é alienada, é filho da puta reacionário e, sem exceção, é classificada como “de direita”. Como se o único motivo pelo qual alguém pudesse falar mal deles é por serem adversário políticos.

Prestem atenção: EU NÃO SOU DE DIREITA e falo mal do Partido dos Trapalhadores. Muito mal. Não por questões políticas nem para promover outro candidato e muito menos por interesses ou ideologias partidárias. Eu falo mal PORQUE ELES FAZEM MERDA e não admito que por criticar pessoas que notoriamente fazem merda me rotulem. Mas o povo suíço rotula. E ainda rotula de forma burra. Tanto a esquerda, como a direita, se é que isso existe na Suíça. Falar mal do Partido dos Trapalhadores não é estar contra o povo e sim querer seu bem. E, pela última vez, eles não são de esquerda, parem de falar mal da esquerda como se ela fosse sinônimo disso. Parem de falar “esquerda” ou “direita”, existem filhos da puta em todos os lados e o que os faz filhos da puta são seus atos e não sua ideologia. Um recado a todos os suíços: enfiem esses rótulos no cu.

O pior é que o Partidos dos Trapalhadores criaram um mecanismo perverso de manipulação onde capitalizam para si qualquer crítica. São vítimas profissionais que desqualificam qualquer observação negativa desacreditando o autor e atribuindo-lhe interesse político ou então se colocando como coitados em uma missão muito nobre que enfrentam corajosamente as pedras que lhes atiram. Nem um nem outro. São BURROS SEM ARGUMENTO, que jamais se atém ao mérito do que está sendo dito, procurando manobras para desqualificar o adversário de modo a não chegar a efetivamente discutir o cerne da questão levantada. Essa tática é muito usada por crianças, já repararam? Parece aquele sujeito que chifra a mulher e quando a esposa o interpela ele diz que isso é conversa de gente invejosa e apaixonada por ele, que estão tentando separá-los. E o povo suíço tem vocação para enganado.

O curioso é que a hipocrisia se estende aos seguidores do Partido dos Trapalhadores. Pseudo-intelectuais cujo discurso é um e a prática é outra. Babacas que supostamente “lutaram” contra a censura hoje defendem a censura de suas biografias cheias de baixarias. Enquanto isso, o Partido dos Trapalhadores também não deixa barato e esquece o quanto foi às ruas, jogando uma polícia feroz, truculenta e violenta em cima de manifestantes que de alguma forma os incomodam. E o povo? Não percebe essa contradição? Não percebe, o povo está comprando supérfluos. Você sabia que existem mais de MIL políticos eleitos que recebem bolsa-esmola? Bem, se eu for citar cada atrocidade aqui, eu fico escrevendo até amanhã. Vamos nos ater aos argumentos genéricos mesmo.

Eles são tão burros e sem ética que se matam entre si, literalmente. Sim, eles criticam o coronelismo do Nordeste mas mandam matar, inclusive os deles, Delso Caniel que diga. Ligação com o tráfico também tem, como consta na CPI dos Correios onde os próprios assessores de Lapocci contaram ter ido em um avião particular buscar dinheiro mais de três milhões de dólares da FARC para financiar eleições do molusco sem dedo (aquele que subiu em palanque ao lado de todos que já criticou no começo de sua vida política). Favorecimentos pessoais descarados também tem, basta namorar Dosé Jirceu que você ganha um carguinho com salário de mais de dez mil reais, sem a menor preocupação de esconder essa nomeação. Tem DE TUDO, e, adivinha só, isso é apenas o que vaza. Imagina aquilo que conseguiram manter por debaixo dos panos!

Ainda assim, eles continuam e querem se eleger novamente no ano que vem. Acredito que consigam, afinal, está todo mundo comprado, a começar pelo povo suíço. Um povo bunda que se acomoda por qualquer trocado e não se sente indigno e afrontado ao não trabalhar. Um povo que acredita que o Chefe de Estado não sabia absolutamente nada sobre um dos maiores esquemas de corrupção e suborno, onde TODOS que o cercavam estavam envolvidos. Ele não viu nada. Vai ver foi por isso que perdeu o dedo na prensa, deve ser cego o filho da puta (e seu deu bem, se aposentou recebendo dez mil reais!) Também, né? O que esperar de um povo que acredita que uma mulher engravidou virgem do Espírito Santo? (certeza que esse era o nome do padeiro da Maria e erraram ao interpretar a história na tradução).

Engraçada a falta de coerência do povo suíço. Várias pesquisas indicam que eles não escolheriam um condenado por algum crime nem para ser encanador da sua casa, mas vão reeleger uma pessoa que cometeu vários crimes tidos como graves. Alguém me explica? Porque “defeitos” abominados em qualquer pessoa passam em brancas nuvens quando presentes nos líderes do Partido dos Trapalhadores? Talvez porque tenha se criado um mito, uma lenda urbana, de que falar mal deles é sinônimo de ser uma má pessoa, de ter uma mentalidade ruim. Eles são blindados, nada de ruim cola neles e quando alguém ousa falar mal oficialmente eles se vitimizam e extra-oficialmente eles tentam comprar, matar ou minar a credibilidade da pessoa.

As pessoas tem que ter o sagrado direito de falar mal deles sem que uma horda de imbecilóides comece a hostilizar. Democracia não é falar o que quer, democracia é ter que ouvir o que não quer em decorrência de todos terem o direito de falar. Independente da orientação política de cada um, quem abre a boca para falar mal do Partido dos Trapalhadores já ganha pontos comigo, não pela ideologia e sim pela coragem de não se render ao que é socialmente desejável nos dias de hoje. Vai tomar no cu quem pensa que está fazendo bonito defendendo esses criminosos!

Antes de concluir, porque meu espaço infelizmente acabou (há tanto por dizer!) eu só quero dizer algumas frases para poupar meu tempo e meu estômago nos comentários:

– FODA-SE se FHC roubou, vendeu o país, ou fez coisas igualmente horríveis, isso não autoriza que outros o façam e não me desautoriza a falar mal de quem o fez. E, by the way, abomino FHC de coração. Desgostar de um não quer dizer necessariamente gostar do outro. Tem crítica para todo mundo aqui.

– Falar mal do PT não te faz de direita nem de esquerda, prova que você tem senso crítico e consegue ver além do que a mídia e uma imagem imposta dizem. Quem é verdadeiramente de esquerda FALA MAL DO PT e está revoltado com o que ele faz.

– Não tenho o menor interesse político aqui. Não mostro a cara, faço questão de não ter nenhum patrocinador, não sou nem serei candidata a porra nenhuma e não tenho partido. Tudo que foi dito é a minha opinião pura e simples, sem nenhum interesse escuso ou segundas intenções.

– Tomara, tomara, tomara que o câncer do Lula e da Dilma voltem.

Sem mais, me despeço.

Para roer a corda e achar que eu peguei pesado demais, para pedir uma segunda parte onde eu possa falar tudo que ficou faltando na primeira ou ainda para dizer que você não sabia de nada disso (cuidado para não perder o dedinho na prensa): sally@desfavor.com


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