O tema da semana é: Como se cuidar de um animal de estimação.
“Nossa, que polêmico…” *bocejo*
Não tirem conclusões precipitadas, leitores e leitoras. A forma como uma pessoa trata seu animal de estimação diz MUITO sobre a personalidade dela.
Se eu quisesse um brinquedo, eu escolheria um que não caga.
Começo assim porque diferentemente da sessão passada, esta coluna não trata de mulheres frescas e homens racionais. Esta trata de um ideal.
Um ideal que só homens conseguem expressar corretamente: Liberdade.
Liberdade de ser o que é, liberdade de tomar suas decisões e assumir as responsabilidades por isso. Quem acredita nisso coloca esse ideal em prática em todos os campos da sua vida.
E o seu animal de estimação é um reflexo direto do seu compromisso com a liberdade. Eu sempre preferi gatos a cachorros. Questão de gosto e questão de admiração pela espécie… Um gato não vive em sua função, um gato compartilha um ambiente com você.
Pra mim essa é a graça do animal. Ele é honestidade pura, ele é escroto quando quer, ele é carinhoso quando precisa e quando você o trata mal, ele some de perto de você. Eu gosto de desafios… Não tem a menor graça ser querido por um animal que vai gostar de você apesar de praticamente qualquer problema.
Fidelidade pra mim é mérito e não obrigação. Faz se quiser, porque se for por qualquer outro motivo, não vale nada.
Não estou advogando a causa de gatos serem melhores que cachorros, já tive cachorros antes e eles tinham personalidades incríveis. Sim, animais têm personalidades.
Eu adoro isso. A minha CARA companheira de blog não. Sally gosta de animais de estimação carentes e sem a menor fagulha de espontaneidade. Um desfavor…
Eu critico a Sally aqui, mas essa crítica pode ser estendida para a maioria das mulheres. Já perceberam como animal de estimação de mulher é um NOJO? Chatos, ciumentos, inseguros e vingativos. E isso é culpa DIRETA de vocês, CARAS mulheres.
Vocês já viram algum animal selvagem com FRESCURA? Eu não. Mas experimenta colocar um cachorrinho na mão de uma mulher para ver como ele vai ficar…
“Mas desde quando cachorro é animal selvagem, Somir?”
Comeram cocô? O que você acha que um animal irracional vai ser? Ele nasceu selvagem e vai morrer selvagem. O máximo que dá para fazer é ensiná-los formas de tornar a convivência com você mais frutífera e agradável.
Ou vai dizer que não acham o máximo quando o poodle cor-de-rosa pula na frente de um pit-bull raivoso para proteger o dono? ISSO SIM É A NATUREZA DO ANIMAL!
E não essa coisa ridícula e vergonhosa de cachorrinho de madame. Acho até que quando um cachorro tem que defender A donA ele deve ficar dividido.
“Devo fazer a coisa certa ou continuar sendo uma peça de decoração para continuar sendo amado?”
Sim, porque mulheres fazem isso. Fazem com animais irracionais e fazem com os racionais também. Só que os racionais ganham sexo ao invés de biscoitos quando deixam de seguir sua natureza…
Lembram que eu falei de fidelidade como mérito?
Qual a graça de ser amada por um animal que ficou tão INÚTIL que tem medo de ficar longe da dona por cinco minutos? Por que é isso que pessoas como a Sally fazem com seus bichos. Ela COM CERTEZA vai dizer que trata bem, nunca deixa faltar nada e que eu sou um monstro que não dá comida para o próprio gato. Tudo balela. Ela sabe que no final das contas, a única pessoa que realmente se importa com o bem-estar do animal sou eu.
Um gato, um cachorro ou um periquito, que seja… Nenhum deles é um brinquedo. Eles não são a sua Barbie para adultas. Eles são seres vivos com personalidades incríveis que podem ser desenvolvidas para o bem ou para o mal.
Exemplo? O meu gato, o Goiaba, que ilustra essa postagem.
(Sim, esse é o nome dele. Ele é um gato, animal irracional e está cagando e andando para o nome… Nisso eu posso fazer o que eu quiser.)
O Goiaba foi criado com a liberdade de sair quando quiser, de ficar perto de mim quando quiser e de tomar suas pequenas decisões. Resultado?
Ele nunca passou mais que algumas horas longe das vistas, NUNCA fez suas necessidades fora do lugar designado, está sempre limpíssimo e com o pêlo brilhante, nunca ficou doente, jamais arranhou ou mordeu alguém sem motivos honestos. (Por mais que ele precise ser pego pelo veterinário às vezes, eu acho justo que ele odeie…)
Goiaba tem personalidade, me cumprimenta com um miado toda manhã (UM miado), fica ofendido quando eu viajo, expulsa os gatos vizinhos do meu quintal, tem medo de crianças e ódio de veterinários. E ele gosta de mim. Não precisei forçá-lo em momento algum, simplesmente MERECI deixando ele ser ele e mostrando os limites.
Ah sim, Goiaba gosta da Sally também. Mas gosta porque manda nela. Ele foi criado para ser independente, mas não ignora carinho. Sally se derretia por ele, grudava no bicho e enchia ele dessas comidinhas viadas para gatos. Goiaba foi criado para ser esperto, ele que não ia deixar de explorar o elo-fraco da casa. Me mata de orgulho!
Agora, perguntem para a Sally o que os animais de estimação DELA fazem além de cagar em tudo quanto é lugar e dar escândalo por qualquer coisa…
Está na cara quem cuida melhor do seu animal.
Animal não é brinquedo.
Aposto que Madame tentou desmerecer minha forma de agir com animais de estimação. Típico.
obs: Madame = Somir
Eu tenho muito claro na minha cabeça que bicho é bicho e gente é gente. Não sou favorável a excessos no trato de animais de estimação e não acho que eles sejam um instrumento para suprir carência dos seres humanos.
Entendo como excessos você colocar um bicho na mesa de jantar para comer com você, dar beijo na boca do animal, pintar as unhas do bichinho, dar leite condensado para ele comer e vesti-lo com roupas ridículas. Se bem que, dependendo da raça e do lugar onde se vive, uma roupinha é NECESSÁRIA, pois animais de pêlo curto, especialmente cães pequenos, podem até mesmo morrer de frio. Mas tem uma diferença entre um casaco funcional e uma roupa de cinderela.
Respeitadas normas básicas de bom senso e higiene, não vejo a menor necessidade de manter um distanciamento frio do animal de estimação, como o faz a Madame de cima. Não vejo grandes dramas, por exemplo, em dormir com um gato aos pés da cama. Mas aparentemente isso é o fim do mundo, se no meio da noite seu gato sobre na cama e você não o chuta contra a parede, você é “Maluca, sem noção e Felícia”.
Não vejo problema em dar carinho a animais de estimação. Não vejo problema em dar carinho quando eles pedem. Animais tem necessidades afetivas. Se um gato ou um cão está pedindo sua atenção, não custa nada brincar dez minutinhos com ele. Quem pega um filhotinho e o separa de sua mãe deveria pensar muito bem nisso. Não é o animal que vai suprir sua necessidade afetiva, é VOCÊ que vai ter que suprir as dele, porque você o tirou de sua família.
Também entendo parte da responsabilidade de ter um animal cuidar dele. Estou maluca? Não, né? E quando falo em cuidar, me refiro a alimentar (que tipo de monstro esquece de dar comida para seu animal de estimação? S _ _ _ _ ), dar as vacinas necessárias (quem é o irresponsável que não vacina seu animal? S O _ _ _ ), dar banho nele (que tipo de pessoa porca não dá banho no seu bicho? S O M _ _ ) e mantê-lo em segurança (quem é que deixa seu animalzinho na rua, sumido por dias? S O M I _ ).
Alimentar, cuidar da saúde, da higiene e da segurança é ser fresca? Ok, então talvez eu seja.
Mulheres costumam ser mais sensíveis e ter mais facilidade para demonstrar afeto e carinho do que homens (exceto essa nova horda de homens com sutiã). Não vejo sinal de fraqueza em fazer meu animal feliz. Nem espero que o homem se porte da mesma forma que eu, só que ME PERMITA que eu me porte assim sem uma infinidade de deboches e ironias.
E para a relação com o animal (o de estimação, não o Somir) funcionar, o ser humano tem que ser o alfa da matilha. Animais precisam de limites, é assim que eles vivem na natureza. Então, quando seu namorado diz para você “Não dou banho no Goiaba porque ele não gosta” (Goiaba = um gato que vive em uma casa com quintal), é normal que você fique chocada. Como assim “não gosta”? E gato por acaso tem que gostar ou deixar de gostar de uma coisa que é necessária? No momento em que eu entrei na loja e comprei ele e o separei da mãe, cabe a mim zelar pelo seu bem estar e sua saúde. Ele VAI tomar banho, gostando ou não, porque quem sabe o que é melhor para ele sou eu.
É um verdadeiro desfavor gente que compra um animal de estimação e espera que ele viva da forma como mais lhe agrade. Se nossos cães fossem auto-suficientes, não estariam andando com coleiras. Se jogar veneno no chão, o cachorro come. Dá para lavar as mãos e dizer “Olha, ele comeu porque ele quis, a escolha foi dele, não posso fazer nada”?
O afeto “em excesso” só faz mal quando não vem acompanhado de disciplina. É um desfavor gente que pensa que tem que gostar “mas não muito” do seu animalzinho se não ele fica mimado. Pode gostar muito, dar carinho o dia todo, desde que coloque limites quando necessário (tipo, vai tomar banho mesmo se não gostar do banho).
O que Madame escreveu pareceu coerente? Pois então perguntem quando foi a última vez que Goiaba tomou uma vacina… ou melhor, perguntem SE alguma vez na vida esse gato já foi vacinado… E perguntem também o porquê… “Goiaba não gosta de subir no carro para ir ao veterinário”.
Depois sou eu que mimo os bichos, né? O gato não gosta de subir no carro? Qual a opção mais coerente: fazer valer sua condição de alfa e botar ele no carro, se preciso for, debaixo de cacete, porque é para o bem dele, ou deixá-lo exposto a doenças e expor a vizinhança também? Eu não mimo bicho, eu sou carinhosa e afetuosa, mas quando precisa, tenho pulso firme. Perguntem ao Goiaba, que era tido como “um gato quase-selvagem, impossível de dar banho” se ele não tomou vários banhos nos tempos de ouro do meu reinado por ali? Impossível? Impossível é meu cu! (com trocadilhos, por favor). Madame, com 1,80m acha impossível dar banho no gato, no entando, a mocinha aqui, com um metro e meio, lavou e passou o gato dele. Ainda sequei com secador.
Como o Somir, existem vários cometendo o mesmo erro! Peço aos homens adeptos desse entendimento equivocado que reflitam e tratem melhor seus animais de estimação, porque o segredo para uma boa educação não é economizar na atenção e no carinho e sim se dar ao trabalho (porque é um trabalho do cacete) de educar. É muito mais fácil e cômodo dizer “Ele não quer…”. Mas criar um animal dá trabalho, se não quer trabalho nem tente. Existem coisas que independem do querer do animal, o querer do dono é soberano. Caso contrário, cuidado, em breve seu animal pode estar te levando para passar em uma coleira…
Eu sinto falta do Goiaba…