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Desfavor da semana: Huehuehuehuehue…

| Desfavor | | 60 comentários em Desfavor da semana: Huehuehuehuehue…

ds-huehue

Enquanto os fãs de videogame brasileiros reclamavam ou faziam piadas sobre os R$ 3.999 que a Sony decidiu pedir pelo PlayStation 4 no país, alguns gamers estrangeiros comemoravam abertamente pela internet. FONTE

E quando a matéria diz alguns, na verdade é a maioria. Parabéns, Brasil! Desfavor da semana.

SOMIR

Sempre me vejo diante de um impasse quando tenho que revelar minha nacionalidade na internet. Como eu me viro bem com a língua inglesa e conheço o suficiente sobre outras culturas para entender boa parte dos assuntos tratados, não é exatamente uma necessidade. Mas, estranho ficar sonegando uma informação dessas, não?

Bom, o problema é que assim que você abre o bico sobre isso, começa a enxurrada de “huehuehues”. E você subitamente se torna “aquele BR”. Brasileiros são repudiados em qualquer comunidade virtual. E infelizmente com razão. Tem gente estúpida no mundo todo, claro… mas brasileiro médio age de uma forma tão babaca que consegue se destacar até mesmo entre os estúpidos.

Sabe aquele ser que vê todo mundo falando em inglês durante quinze minutos e de repente começa a falar em outra língua esperando de verdade que alguém responda? Que pula em QUALQUER chance de explorar falhas de um jogo sem pensar meia vez? Que acha hilário estragar a experiência de iniciantes? Que não consegue nem ser engraçado quando está querendo encher a paciência alheia?

Pode apostar que esse ser vai ser brasileiro numa quantidade desproporcional de vezes. Não sei de onde vem essa “desetiqueta” tupiniquim na rede, mas parece que a maioria faz o curso antes de se conectar. Não surpreende nem um pouco que muita gente tenha achado ótimo que o PS4 vai custar um rim e um fígado no Brasil. Quanto menos dessa gente em qualquer comunidade virtual, melhor.

Tudo bem que ninguém com mais de dois neurônios vai pagar esse preço abusivo que a Sony está aplicando, mas esse é mais um sinal de que toda essa babaquice online custa caro em vários outros campos. Toda vez que um jogo (grátis, TEM que ser grátis) fica muito famoso, é natural fazer um servidor para brasileiros e forçá-los a ficar só por lá. O servidor lê o seu IP, percebe que você é “BR” e te joga na jaula com os outros macaquitos.

E dá-lhe jogar com gente sem noção de trabalho em equipe e com um senso de humor terrivelmente limitado. Gente que não quer se esforçar por nada e fica muito puta quando algo sai um pouco fora do desejado. Crianças. Brasileiro parece regredir para a infância em comunidades virtuais. Evidente que isso irrita todo mundo e começa a estragar a diversão de todo mundo com o tempo. Já é piada pronta para quando qualquer jogo passa a ser grátis: Vai encher de brasileiro e vai ficar insuportável.

Essa inabilidade de se misturar com outros povos e culturas vai criando um efeito nefasto na rede: Nós que achamos bacana conhecer mais e interagir com estrangeiros acabamos no mesmo barco dos babacas HUEHUE e vamos sendo lentamente isolados da rede. Por enquanto dá para se virar falando inglês e se mantendo neutro sobre sua nacionalidade, mas eventualmente os locais onde os brasileiros são banidos só por serem brasileiros vão começar a ficar mais comuns.

E conteúdo localizado vai começar a substituir conteúdo global. Já somos reis de plagiar material originário de outros países na internet, se essa cultura de “os gringos são otários e nós espertões” continuar com tanta força, todo mundo vai começar a nos bloquear e ficaremos dependentes de versões nacionais da maioria dos serviços e comunidades disponíveis na rede.

O brasileiro médio vai adorar se livrar do problema de aprender inglês ou agir feito gente, mas muitos de nós vamos pagar esse pato. A Sony está com todo jeito que vai soltar esse preço abusivo para evitar que brasileiros estraguem o começo da vida útil da comunidade virtual do Playstation 4. Com o tempo esse preço deve cair de acordo com a capacidade deles de colocar os HUEHUE separados do resto.

Tem muita coisa que não vem para o Brasil porque as empresas não tem cabeça ou recursos para lidar com as peculiaridades do país dos espertos. Onde quem pirateia o jogo e abusa do sistema para ganhar é exemplo e quem respeita as regras é mané colonizadinho. Porque tem isso: Tem um complexo de vira-latas poderoso por trás de tudo isso.

Os gringos que limpem nossa sujeira. Criança que cresce em casa porca tende a ser porca também. Não tem regras nem senso de mérito por aqui, então carregam tudo para a rede. A cena do estrangeiro tonto enganado pelo malandro brasileiro ainda parece fazer parte do imaginário popular como exemplo de vitória na vida. Se é para sacanear o gringo, vale tudo. Eles devem para o brasileiro só por não serem brasileiros.

Por isso a fama de maiores mendigos da internet. Brasileiro fica implorando por bens virtuais e ainda tira onda quando consegue. Não agradece (sério, é triste, não são capazes nem disso) e ainda fica pentelhando por horas para conseguir mais. Não se dão ao trabalho de ler meia linha de um manual de jogo e acham que é obrigação de todo mundo explicar tudo para eles (em português, é claro!).

Sem contar que na primeira chance, se fecham em clubinhos e declaram guerra contra o mundo todo. Um brasileiro mendiga, dois pentelham e três já começam a ameaçar. Jogar com brasileiro online é igual ir até um restaurante onde cada mesa vem com um pedinte bêbado e irritadiço. O desfavor da semana não é o preço abusivo do PS4 que só ricos e burros pagarão, é como esse preço vai fazer BEM para a comunidade virtual deles.

Para dizer huehuehuheuhuehuheuhuehuheuhuehueuheuhueh: somir@desfavor.com

SALLY

Quem gosta de videogame deve ter reparado no valor exorbitante que atribuíram ao PS4 aqui no Brasil: R$ 3.999,00, enquanto que nos EUA custa míseros 399 dólares. Um nove a mais no preço, chega a ser cabalístico. Muita gente reclamou pelo Brasil ter o PS4 mais caro do mundo. A Sony culpou os impostos, mas quem acompanha esse mundo de perto sabe que isso pode não ser verdade. E a gente, que está aqui justamente para tentar mostrar novos pontos de vista que não saem no jornal ou na revista, vai explorar essa hipótese. O desfavor da semana? O Brasileiro Médio não se mancar de que não é bem quisto e que seu comportamento é repulsivo e deve ser modificado.

Imposto meu ovo inexistente! Desconfio que o motivo deste valor seja afastar o Brasileiro Médio Virtual, e desde já quero parabenizar a Sony pela iniciativa! Mais do que merecido! Sim, os gamers do mundo inteiro odeiam os BMVs, por sua falta de educação, de postura, de ética e de bom senso. E não é de hoje. Caso você não saiba, essa repulsa internacional pelo BMV não se limita a games. Redes sociais superlotadas de brasileiros tendem a ser abandonadas pelos gringos, pois ninguém suporta a favela que se tornam, vide o que aconteceu com o Orkut e certamente vai acontecer com o Facebook. Mas no caso dos gamers, a situação é ainda pior, pois eles são ativos: reclamam e pressionam pela exclusão do BMV. Criaram até um apelido para os jogadores brasileiros: “HUEs”, por causa da risada debiloide que eles insistem em usar: “hueheueheuh”. Tá sentindo sua bochecha esquentar de vergonha? Olha, a tatuagem que fiz no meu lombo valeu cada centavo!

Um grupo significativo com representantes nos principais países chegou a fazer uma petição que foi encaminhada a diversas produtoras de games pedindo a exclusão total dos brasileiros sob pena de que todos aqueles que assinaram a petição boicotarem os jogos. Onde tem Macaquitos Virtuais ou BMV ou Hues (todos sinônimos), eles não entram. Você pode estar pensando que o público brasileiro é um mercado bom demais para ser desprezado, mas quando comparado com o resto do mundo, adivinha só quem pesou mais na balança? Exclusão sumária e declarada não dá para fazer até mesmo por questões que beiram à diplomacia e legalidade, mas dá para dificultar a vida dos HUEs. E foi isso que a Sony fez.

Taí o PS4 que não me deixa mentir. A culpa é dos impostos? Vejamos quais são os impostos que incidem sobre a importação de um videogame: 20% de ICMS, 50% de IPI, 1,65% de PIS, 7,6% de COFINS. Considerando estes impostos, o valor total ficaria em pouco mais de R$ 1.600,00. Mesmo que se contabilize algum acréscimo na margem de lucro do distribuidor e do vendedor, acho improvável que o preço de R$ 3.999,00 se justifique. Atentem para o fato de que eu NÃO ESTOU CRITICANDO PREÇO, acho justo, necessário, livrar o mundo desses imbeciloides. Acho até que jogos online deveriam ter duas versões: uma para brasileiros e outra para o resto do mundo. Eu sei bem o que é ter que aturar a falta de educação desse povo e ainda vê-los se achando queridos.

O Desfavor da Semana é o brasileiro estar sofrendo um ato de desprezo PÚBLICO sem precedentes (mesmo sendo um excelente mercado consumidor, estão sendo excluídos) e ainda assim achar que é um povo carismático, querido internacionalmente. Bem, se a gente falar em puta, samba e futebol, ele pode até ter algum prestígio, mas fora isso, brasileiro é ridicularizado, excluído e desprezado. Seria bacana que essa ficha caísse logo, mas o Brasileiro Médio parece aquela gordinha sem noção do colégio que ficava espalhando que todo mundo dava em cima dela quando na verdade ninguém a queria. Todo mundo percebia que era mentira mas a pena era demais para jogar a verdade na cara e acusar o golpe. Só que aqui não tem pena não.

Você pode estar achando que é exagero, que é preconceito, que é racismo ou coisa do tipo. Não. Gamers brasileiros são insuportáveis salvo honrosas exceções. Todos aqueles comportamentos repulsivos na vida real que eu sempre critiquei aqui encontram um correspondente virtual. Vira-latas que só querem se dar bem sem esforço, Macaquitos Virtuais sem semancol ou noções básicas de convivência. Exemplos: em jogos onde se tem que ralar, fazer missões e trabalhar para ganhar dinheiro ou armas, o BMV em vez de trabalhar fica mendigando, pedindo para os outros moedas ou armas velhas. A coisa chega a um ponto onde brasileiros brigam, saem na porrada, por causa do local da mendicância. Sabe traveco quando dá uma navalhada no outro porque roubou seu ponto? É isso, só que virtual.

E se você achou chato os que pedem, se prepara que tem coisa pior: os que chantageiam. Funciona assim: quando o jogo tem a opção de denunciar abusos cometidos por um jogador o BMV se vale disso para chantagear os outros jogadores: “me dá dinheiro ou eu te denuncio”. O BMV ganha dinheiro com base nessas ameaças, pois os demais jogadores, pessoas corretas e éticas, tem medo de serem denunciados e punidos. O BMV usa um mecanismo de controle para impedir abusos justamente para abusar dos demais. Mais ou menos o mesmo que fazem com o Judiciário no Brasil.

Tem também o assalto mesmo, na mão grande, com violência virtual. Vejam vocês, eles se reuniram para criar a modalidade “arrastão” e atacar outros jogadores em bando para roubar tudo que eles conquistaram. E tem pior: tem gente que nem roubar quer, entra só para avacalhar com o jogo dos outros: sai matando todo mundo (inclusive colegas do mesmo time) e fazendo outras babaquices para inviabilizar o jogo do resto da população mundial. Estes e muitos outros comportamentos escrotos praticados por brasileiros já são tão recorrentes que tem até nome na indústria de jogos: “tóxico”. Sim, os brasileiros são tóxicos. Parabéns, Brasil!

“Mas Sally, é só um jogo”. Sim, mas é um lugar com regras e onde se convive com outras pessoas, ainda que virtualmente. Se a pessoa pretende entrar e ser bem tratada, ser respeitada, deve respeitar as regras impostas. Caso contrário, aceite ser chamado de “tóxico”, “macaquito virtual” e coisas piores sabendo que isso é REAÇÃO e não ação. É PÓSconceito e não preconceito. Os HUEs entram, desrespeitam as regras do jogo e depois se ofendem com a hostilidade alheia! E gente, francamente, quem é que ri “hueheueheuh”? Na última vez em que vi um ser vivo emitir um som parecido com isso era meu cachorro. E estava com pneumonia. É hora do Brasileiro Médio perceber que essa coisa de ser cultuado, de ser O Espertão por se dar bem na malandragem só é bem vista no Brasil, o resto do mundo abomina essa postura.

O que vai precisar acontecer para o Brasileiro Médio se tocar que o resto do mundo NÃO GOSTA deles e desaprova essa conduta? Talvez o mesmo que precise acontecer para os meus amigos soteropolitanos perceberem que eles não são os mais queridos do Brasil. Não sei que raios de auto-perdão essa gente tem, só pode ser audição seletiva! O mundo inteiro os despreza e eles continuam se achando muito malandros, muito espertos e muito queridos. Bando de Blankas, mal educados, piolhos da internet. Falta de educação crônica e sistemática que fez multinacionais como a Sony abrirem mão de uma grande fatia no mercado consumidor de tão insuportáveis que são!

Não percebem que o próximo passo é o inevitável banimento? Não percebem, eles ainda acham que o brasileiro é carismático e querido. Não bastasse passar vergonha na vida real, o Brasileiro Médio também faz questão de se queimar no mundo virtual. Não bastava ser mal educado dentro de casa, também o são em escala mundial. Depois, quando lançarem um jogo cujo objetivo é matar brasileiro sem noção, vão reclamar…

Para responder com um “hueheueheuh” nos comentários, para ignorar o termo “brasileiro médio” e se ofender com um texto que não foi dirigido a você me acusando de generalização ou ainda para dizer que a estratégia da Sony está equivocada pois no Brasil quanto mais rica uma pessoa, mais mal educada ela é: sally@desfavor.com


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