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Semana Sim Senhor: Encerramento.

| Sally | | 40 comentários em Semana Sim Senhor: Encerramento.

Estou passando só para colocar alguns pingos nos “is”: não estou puta com ninguém, não fui abduzida, não morri. Apenas virei a noite de quinta para sexta vendo aquele filme desagradável e escrevendo um texto, passei o dia todo morrendo de sono e quando cheguei em casa, às 22h, jantei e acabei pegando no sono sem querer no meu sofá, antes que pudesse responder a comentários ou escrever o texto de sábado. Só acordei hoje, bem tarde, por sinal, atrasada para uma série de compromissos, o que me impediu de dar as caras aqui mais cedo.

Acho que não ficou muito claro para algumas pessoas que os textos eram ficção e que os comentários seguiam um roteiro imposto pelo Somir. Não custa esclarecer algumas coisas.

Nos primeiros anos do Desfavor dificilmente a gente respondia comentários. Leiam as postagens mais antigas e verão. Salvo engano, no primeiro ano a gente não respondeu a nenhum comentário. Aos poucos eu comecei a responder, não por obrigação, mas porque achava bacana a troca com os leitores. E ainda acho. Mas me foi solicitado escrever um texto de ficção onde o excesso de comentários impertinentes causasse um desastre ao blog, e foi isso que eu fiz. Eu acho que isso vai acontecer? NÃO! É uma porra de um texto de ficção, não uma premonição. Nunca que um espírito sem luz como eu teria qualquer dom premonitório, e se tivesse, podem ter certeza, usaria para ver os números da Mega-Sena.

Não me ofendi com nenhum comentário de ninguém. Eu estava obrigada a esculhambar qualquer pessoa que poste, e por sinal, esculhambei tanto quem postou como quem não postou. Isso não representa minha opinião real, representa um roteiro que eu tinha que seguir. Não havia como me agradar essa semana pois o que me foi solicitado era destratar tudo e todos. Não apenas isso, eu tinha uma linha para seguir: terça eu tinha que defender os amigos do Somir, quarta eu tinha que falar bem de homem, quinta eu tinha que achar todos os leitores burros, idiotas e inconvenientes. Eram ofensas direcionadas, quase que coreografadas. Achei que poderiam ter tirado mais proveito metendo o dedo na ferida, por exemplo, fazendo perguntas que me obrigassem a reforçar a postura nojenta que eu estava sendo obrigada a tomar em cada resposta a comentários. Algumas pessoas fizeram, parabéns. E parabéns para quem postou dando a cara para bater, eu respeito quem postou com o nome habitual. A quem não postou, meus parabéns também. Não deve ter sido fácil ler tanta merda e ficar calado, principalmente para quem gosta de mim e tem o hábito de postar. Achei digno não postar.

Sobre OFF TOPICS, compreendam de uma vez por todas meu ponto de vista: eu acho meio vergonhoso para a pessoa vir em um texto que propõe um determinado debate e sair falando sobre outro assunto sem contexto algum e sem dizer porra nenhuma. Os OFF TOPICS por si não são ruins, mas aqueles fora de contexto e que não dizem nada, são muito tristes. Na verdade é muito triste que gente assim circule pelo Desfavor, ou melhor, é muito triste que gente assim exista no mundo. Só isso. Acho que off topic que não acrescenta nada não é válido nem como forma de humor ou de protesto, dá para fazer bem melhor do que isso. Não tenho raiva de quem os posta nem pretendo aplicar punição alguma. Não sou a matriarca de uma grande colônia, não cabe a mim punir ninguém. Não tem criança aqui. Acredito em vocês, acredito que os próprios Impopulars se encarregarão de segregar essas pessoas ou até mesmo de fazer piada com o assunto. Não tenho medo dos OFF TOPICS. No cu que uma maioria inteligente e selecionada a ferro e fogo vai se deixar destruir por uns carentes cabeça de bagre!

Talvez vocês não tenham percebido, mas eu não me imponho a obrigação de responder a todos os comentários, nunca foi assim. Muitas vezes eu aprovo sem responder e isso nem sempre quer dizer que achei o comentário imbecil. Alguns comentários não precisam de resposta, simples assim. Não sou vítima nem escrava de comentários, não respondo por medo de que me achem antipática. Uma pessoa que tem medo do que os outros pensam não escreve as merdas que eu escrevo, não fala mal de criança, de idoso, de deficiente, de gente idolatrada, de brasileiros no geral, entre outros. Minha postura com os comentários continua a mesma: respondo a aquilo que eu acho que cabe uma resposta. E o fato de achar que não cabe uma resposta não significa que tenha sido um comentário idiota, significa que o comentário exauriu o assunto. E by the way, tem muito “tipo” de comentário que eu não respondo faz tempo e continua aparecendo por aqui, e vai continuar para sempre, porque são pessoas que não querem resposta, querem apenas falar. Contra essas não há nada que possa ser feito: dar fora, ignorar, xingar… elas continuarão aparecendo.

Também não estou puta com o Somir, apesar de achar que ele é um Joselito que não sabe brincar e sempre pega mais pesado do que deveria, eu gosto dele por inteiro, com seus defeitos e suas qualidades. Muito fácil gostar só das qualidades de alguém, o verdadeiro gostar engloba também os defeitos. Quem opta por desenvolver um projeto (qualquer que seja a sua natureza) ao lado do Somir tem que saber que ele se excede e tem que aceitar isso. Vem com o pacote. E eu estou muito feliz com o pacote da Madame, mesmo com os seus excessos. Não me queixo, apesar dos momentos de terror de quinta à noite e da produtividade zero do dia de sexta-feira. Sim, muitos de vocês já tinham me avisado que o filme era uma fraude, mas muitos também tinham dito que o filme era baseado em uma história real, então, eu vi o filme com dúvidas, sem saber quem estava certo, com um “e se…” na cabeça. E sim, o texto de sexta estava uma grande merda, me desculpo por isso, mas foi o melhor que eu consegui fazer naquele estado de nervos. Acho que o grande atrativo desse texto é rir do meu estado histérico e não o conteúdo. Porque vamos combinar, só um argentino pode achar que no meio de bilhões de pessoas um ET vai se dar ao trabalho de vir buscar a ele, JUSTO A ELE, de tão especial que é. Eu sou ridícula e tenho consciência disso.

No final das contas, eu repito o que disse na segunda-feira passada: NÃO FOI ENGRAÇADO. Isso não quer dizer que eu esteja puta, não estou. Mas porra, não foi engraçado. Um bando de xingamentos gratuitos da minha parte, textos forçados tirando leite de pedra e um bando de leitores nervosos deixando comentários transtornados. Para mim foi uma semana perdida. Mas serviu para conhecer melhor tanto quem comentou como quem optou por não comentar. Na pior das hipóteses, considerem uma experiência antropológica.

Bom, é isso. Para terminar, queria dizer que achei uma tremenda cara de pau o texto de hoje do Somir, porque o mentor de tudo isso foi ele e a razão da minha ausência de hoje foi culpa dele, não de vocês. Como pode vocês terem engolido essas acusações sem mandar ele à merda? Eu hein…

Para dizer que gostou de ser xingado e pedir que isso se torne permanente, para se sentir traído ao descobrir que eu não estava sendo sincera nos meus textos durante esta semana ou ainda para criar coragem e voltar no texto do Somir para xingá-lo: sally@desfavor.com


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