Desfavor da semana: Relações Públicas.
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“Elize Matsunaga, 30, afirmou em depoimento nesta quarta-feira que matou o marido, Marcos Kitano Matsunaga, 42, após uma discussão conjugal por conta de uma infidelidade que teria sido descoberta por ela. Ele era diretor-executivo da Yoki e foi encontrado esquartejado no fim do mês passado.” FONTE
Mata, mas não esquarteja! O caso que monopolizou as páginas policiais da imprensa tupiniquim tem todos os ingredientes de desfavor da semana.
SOMIR
Devo, não nego. Pago quando puder.
SALLY
Casais se matando não são propriamente novidade. Todos os dias em barracos de favelas e bairros pobres tem gente se matando. Mas não dá notícia, porque as pessoas pobres são vistas como bicho e não como ser humano, o que faz com que não despertem empatia e compaixão. Alias, nada nessa historia tem a ver com empatia e compaixão. A atenção que este caso está recebendo é fruto de falta do que fazer e sadismo camuflado por curiosidade.
A história contada pela defesa é bem comum: mulher destratada pelo marido de diversas formas chega a seu limite e quando descobre (mais) uma traição seguida por uma série de ofensas, agressões físicas, verbais, ameaças e humilhações, perde a cabeça e descarrega uma arma no marido. Se a história parasse por aí, viraria assunto por no máximo uma semana e muita gende daria razão a ela. Mas não, teve um detalhe delicioso: a moça cortou o marido em pedaços e os colocou em uma mala.
Pronto. Virou assunto. Um belo filtro para detectar sádicos desocupados que acompanham detalhes sórdidos da história em vez de estudar, ler um livro, cuidar dos filhos ou da sua casa. Pessoas que perdem horas do seu dia acompanhando um crime, satisfazendo seu sadismo, especulando, achando, opinando e provavelmente classificando esta mulher em algum tipo de doença. Ridículo. Ridículo e hipócrita, porque muita gente no lugar dela teria feito o mesmo. Relacionamento maduro não é o forte de brasileiros.
A história em si é um aglomerado de desfavores. Para começo de conversa, tudo que se tem é uma confissão em delegacia. Eu mesma confessaria ter matado meu marido (apesar de não ser casada) se fosse levada para uma delegacia aqui do Rio. Não estou dizendo que ela não matou o marido, ela provavelmente matou, mas porra, não dá para dizer que alguém matou “porque confessou em uma delegacia”. As pessoas tem que se habituar a ter um mínimo de desconfiômetro. Confissão em delegacia VALE MERDA, será possível que as pessoas só aprendam isso quando acontece com elas?
Para que você seja chamado a uma delegacia basta que alguém mande uma carta anônima que seja dizendo que você cometeu um crime. Pronto, você pode responder a um inquérito, você pode ser chamado a uma delegacia. E lá você não vai ter direito a produzir provas para se defender, apenas vai esclarecer o que o delegado quer saber. Se calhar dele ser um filho da puta e ter algum interesse direto ou indireto em te condenar, você pode sim ser torturado (ou membros da sua família) para assinar uma confissão. Não é lenda, acontece todos os dias e fica impune.
Então, de uma vez por todas, aprendam algumas coisas sobre delegacia: a pessoa investigada em um inquérito não está respondendo a processo (pode ser que se conclua que nem ao menos há fundamento para um processo), a pessoa pode ter passado por barbaridades que você nem imagina lá dentro, porque SIM, isso acontece todos os dias e, por último, qualquer um de nós pode ser investigado em um inquérito e tem direito à presunção de inocência até que exista uma sentença judicial em um processo com contraditório e ampla defesa.
Mas tudo bem, admitamos que ela de fato matou o marido. Se a história fosse contada de outra forma, sob a ótica dela, talvez na forma de uma novela ou filme, expondo todas as agressões, humilhações e injustiças que ela passou nas mãos do marido, muita gente apoiaria a morte dele no final das contas. Não que fossem torcer para ela matá-lo, mas se ela fosse uma mocinha de novela, todos compreenderiam a gota dágua que transborda o copo e o tiro desferido em um momento de raiva. Mas não, ela não vai ter o perdão da opinião pública, porque matar pode, matar as pessoas eventualmente perdoam, mas esquartejar não. Oi?
Não estou levantando a questão se ela deve ser perdoada ou não, se é compreensível ou não. Estou dizendo que em situações muito similares de mulhers abusadas e humilhadas pelas canalhices e agressões físicas do marido acabam por enfiar-lhes um tiro nos cornos o povão perdoa e algumas vezes até bate palmas. Mas se esquartejar não, aí vira erro. Qual é a lógica desse povo? Tá bom que ninguém tentaria esconder a merda que fez!
A história toda foi um desfavor. A esposa e o Picadinho se conheceram pela internet. É isso que você ganha quando conhece pessoas pela internet: você pode acabar se relacionando com alguém que vai te dar um tiro, ou pior, você pode engatar um relacionamento com Siago Tomir. Não contentes em se conhecerem pela internet, casaram e, apesar dos maus tratos, agressões, chifres e humilhções ainda fizeram um filho. Podia dar certo uma história dessas? Não podia. Mas em vez de focar no caminho torto que terminou mal para alertar a todos que se portem de forma diferente em tais situações, todos se focam nos detalhes do esquartejamento e julgam com um rigor… como se nunca tenham estado em um relacionamento disfuncional como esse.
Eu sempre digo e vou morrer repetindo: qualquer um de nós pode sentar no banco dos réus de um Tribunal do Júri. Qualquer um de nós pode matar alguém. Todo mundo tem seu ponto de descontrole, que quando alcançado, nos destrava para praticar uma atrocidade. Muitos tem pontos de descontrole mais fáceis de ativar e outros mais difíceis, mas não se engane, somos bicho. Todos nós podemos matar alguém um dia. Não empine o nariz para quem matou alguém em um crime passional, sinta pena da pessoa não ter pulado fora da situação enquanto ainda era tempo, enquanto ainda tinha controle.
Sobre o esquartejamento… Meus Queridos, temos instinto de sobrevivência e preservação. Se você faz uma merda dessas com um filho pequeno para criar, você não quer ser pega. Vocês já estiveram em uma situação onde sua vida toda poderia ruir e poderiam tirar seu filho de você? Será que você não tentaria encobrir um crime que cometeu de todas as formas possíveis para se safar? Eu certamente sim. Se eu perdesse a cabeça e matasse um filho da puta que eu achasse que merecia muito morrer, eu faria de tudo para me safar e não ser presa.
Você acaba de dar um tiro nos cornos de um filho da puta que faz anos te trai, te bate, te ameaça e te humilha, que inclusive tinha acabado de te bater e te chamar de puta. No seu prédio tem câmeras. Você faz O QUE? Liga para a polícia e se entrega para que tirem sua filha de você e te tranquem em uma cadeia? Dá um tempo, ninguém faria isso. O instinto de sobrevivência faz com que a gente tente esconder a merda que fez. Matar foi errado, ela deveria ter se afastado dele. Mas esquartejar foi puro instinto de preservação. Mas que caralho, ele já estava morto mesmo!
Então, vamos combinar, o que essa moça fez (se fez) é errado, é crime e deve ser punido como manda a lei. Mas você não está assim tão distante dela. Para salvar sua própria pele, talvez você fizesse igual ou pior. Dizer que ela tem que ser punida, ok. Mas aproveitar uma desgraça que aconteceu porque uma infeliz não conseguiu sair de um relacionamento cagado e deu merda para se sentir superior… feio, muito feio. Quem nunca esteve em um relacionamento de merda que podia ter causado transtornos?
Anota aí: se essa historia for bem contada, essa moça é absolvida. Tenho certeza de que se eu pegasse esse Júri eu absolveria ela (não estou me promovendo, mesmo que me ofereçam não vou pegar, estou apenas dizendo que não é um caso difícil). Em vez de se deliciar sadicamente com a desgraça alheia as pessoas deveriam cuidar um pouco de suas vidas e olhar um pouco para seus próprios rabos, porque boa parte das pessoas que estão jogando pedras poderiam muito bem ter passado por aquilo que essa moça está passando e por pura sorte não aconteceu.
Lamentável que as pessoas encarem crimes como circo, como distração, como passatempo. Mais lastimável ainda que acreditem em qualquer coisa vinda de uma delegacia merece credibilidade, ou então que algo vindo da imprensa, que tem interesse em faturar em crimes assim. Voyeurs de sangue, gente que precisa se comparar com uma assassina para se sentir boa pessoa, gente que comete o mesmo erro de permanecer em um relacionamento explosivo e perigoso e mesmo assim se sente no direito de apontar o dedo apenas porque teve a sorte de não passar pela mesma desgraça.
O povo está se portando pior do que ela. Esta moça errou, se sujeitou a uma situação que a fez perder o controle em vez de se afastar, mas no momento em que ela errou, ela estava fora de si de raiva. Já os voyeurs que estão se deliciando com isso o fazem de cara limpa, sem estar tomado por forte emoção nenhuma. A moça que em um momento de descontrole deu um tiro no marido vai ser punida por seu ato, já todos os babacas que estão fazendo disso um entretenimento, um lazer, ficarão impunes. Usar ISSO como lazer e distração é uma vergonha, não assistir e comentar A Fazenda.
É claro que concordo que o verdadeiro fato noticioso desta matéria é o sobrenome sopadeletrinhas dos envolvidos: mortes de matsunagas, friedenbaches e richthofenes sempre dão IBOPE.
Não teria prestado atenção a esta notícia como não costumo prestar às demais coberturas do gênero exceto por um detalhe, detalhe este que (e isso me amendronta) está presente até no seu texto Sally. A presunção tão fácil e (se não quase unânime) pelo menos presente em uma porcentagem mais do que o razoável dos opinadores de que a vítima era na verdade o algoz e o pior, de que a assassina seja completamente inocente, vítima do maldito macho e dos próprios instintos naturais incontroláveis pelos quais ela não poderia ser punida.
Note que você alerta no começo para o erro de prejulgar (naquele momento, agora acho que não te resta mais dúvida) a mulher apenas pelo fato de a mesma ter assinado uma confissão. Mas não percebeu o mesmo erro em julgar o marido que nem confissão tinha mais condição de fazer e contra o qual não havia e nem há qualquer evidência senão o mesmo relato da assassina dizendo ter sido agredida antes de atirar (pelo contrário, além de não haver nada além do relato dela que confirme tal juízo há relatos de outras testemunhas que o desmentem e que dizem que era ela, a mulher, quem agredia constantemente o marido).
Mais grave ainda é o fato de você defender que as supostas (e põe supostas nisso) ações violentas por parte do assassinado contra a assassina devam absolver (“devam absolver” no sentido de “seria bom que absolvessem” pelo que entendi da sua declaração de voto em caso de ser escolhida como jurada, e não apenas “é provável que absolvam”).
Concordo que neste caso, só para pegar um gancho no blog, estava todo mundo flertando com o desastre desde o começo, algo muito próximo em tudo do caso Elisa Samúdio (exceto pelo fato de que por aqui a autoria do crime está tecnicamente definida enquanto naquele caso não há sequer certeza incontestável do crime) mas supondo que efetivamente tudo tenha acontecido no caso do goleiro como parece eu enxergo os casos de modo muito semelhante: sem vítimas “inocentes” no sentido de que ambas as vítimas tomaram atitudes que ensejavam óbvia probabilidade de que o outro lado, se sentindo passado para trás, se revoltasse e resolvesse resolver a parada violentamente aliado ao detalhe que também em ambos os casos as vítimas já sabiam do caráter frouxo dos assassinos: quem brinca com fogo corre riscos…
Agora, mesmo sempre tendo defendido que a Samudio colheu os frutos do golpe que tentou plantar, nunca me passou pela cabeça que o Bruno em sendo mesmo o assassino devia ser absolvido. Se toda a vez que alguém se sentir sacaneado por alguém e esquartejá-lo começar a receber do judiciário a aprovação pública por meio de absolvição eu vou ali na rua fazer uns esquartejamentos e volto já.
Pra mim o tratamento diferenciado que esta mulher tem recebido de boa parte da mídia/sociedade (e surpreendentemente para mim, desta blogueira com uma visão tão crítica das coisas) só é mais uma testemunha do ódio de gêneros que se instalou de uns 20 anos para cá no Ocidente, que faz com que num país conhecido nosso, de bandeira vermelha com cruz credo branca no meio, crimes cometidos de homens contra mulheres sejam especificados em lei como mais graves do que crimes da mesma gravidade cometidos ao contrário.
E pior ainda: onde homens vítimas de crimes cometidos por mulheres sejam imediatamente identificados como algozes indesculpáveis que mais mereciam mesmo morrer, e mulheres que cometem crimes contra homens são prontamente interpretadas como vítimas que merecem compreensão.
Independente do que digam os fatos.
Viva a Suíça!!!
Jamais apoiei o crime, apenas disse que EU compreendo e que EU faria o mesmo e EU absolveria se fosse jurada. De forma alguma acho que a MINHA opinião tenha que ser a da coletividade. E também não afirmei que a versão de legítima defesa seja verdade absoluta, apenas fiz um contraponto ã versão de assassinato premeditado que a imprensa estava divulgando.
A verdade não vai aparecer agora. Vai aparecer com o processo judicial, com contraditório e ampla defesa. Não tem como julgar agora. O que eu disse é que se fizessem isso comigo e eu não tivesse forças para sair da relação eu MATARIA SIM a pessoa. Mas eu sei muito bem que eu não sou exemplo para nada.
Ouvi que por exames o cara ainda estava vivo quando de seu esquartejamento, sendo que se for isso, tenho motivos sérios para não acreditar que a Elize seja a executora do crime.
O motivo para isso é simples… HNOW HOW!
Se isso for verdade, acabou a tese da legítima defesa. Vai ser condenada com certeza.
Teria de ser muito ninja para fazer isso com o gordinho sozinha e sem cumplices.
Pensando aqui, é muito provável que o japa tenha sido morto pelo seu casamento estar em contraponto aos interesses de outros membros na Yakuza, sendo que a loirinha poderia ter assumido o crime na tentativa de escapar de um eventual atentado por parte da organização criminosa.
Outra possibilidade (um pouco menos provável) é que tal crime tenha sido executado por alguém da polícia ou de outro campo no submundo, seja com ou sem a anuência da Elize.
Por último, ficaria a possibilidade de que a Elize tenha mesmo cometido o crime, sendo que neste caso extremo, consideraria seriamente a possibilidade de interdição dela.
Interdição porque?
Não vejo doença mental nessa mulher. Ela sabia muito bem o que estava fazendo e sabia que era errado, tanto que teve a preocupação de esconder o corpo. Maldade existe, nem sempre ligada a doença. Perda e controle existe, nem sempre ligado a doença.
Vai por mim, se fizer um exame de sanidade (e deve ter no julgamento) ela vai se sair muito bem.
Não sei, pessoas quando perdem o controle fazem coisas bizarras
Mas eu já começo a questionar se uma mulher sozinha consegue cortar fora a cabeça de um homem ainda vivo. Mal contado.
Sou leigo, mas acho que um indivíduo em coma (os peritos indicaram que ele foi decapitado enquanto estava em coma) não tenha condições de reagir nem de forma involuntária então acho que não fazia diferença deste ponto (da dificuldade dele cortar), o fato de ele estar vivo.
Por outro lado acredito que uma profissional de saúde deveria ter meios de identificar a diferença entre um coma e uma morte (sinais vitais) e isto manteria o agravante: ela provavelmente, em função dos seus conhecimentos técnicos, sabia que ele ainda estava vivo e mesmo assim continuou o matando.
SE o cara estava realmente vivo quando a cabeça foi cortada, acabou qualquer chance de legítima defesa. É vinte anos de cadeia para cima. Deixa de ser uma perda de controle compreensível e entra na esfera da crueldade injustificável na cabeça dos jurados de forma geral.
No caso, é mais provável que seja alguém da polícia e/ou do crime organizado. Não cola muito bem a de crime passional. Caso seja gente da máfia, é provável que haja algum acobertamento por temor de represálias.
A Elise tem tipo de fortinha, mas o modus operandi neste caso é tipico de execução feita por mafiosos ou por meganhas, sendo que provavelmente o envolvimento dela no caso seria secundário.
Se fosse o caso de ter envolvimento de mafioso, o natural seria que a execução fosse feita por eles, né? Que tipo de crime organizado confiaria na esposa do sujeito para matá-lo e esquartejá-lo? Se não foi ela quem matou, vai aparecer no laudo.
naum sou sadicuzinho(sic), mas pq naum mostram as partes cortadas? sei naum, mas o modus operandi(ai! sempre kis encaixar esse termo numa conversa! hohoho) denota q ela era 1 dondoca q ficava assistindo sessão da tarde, onde c aprende a matar e esquartejar. Somir, o q explica uma pessoa tentar achar espaço num algomerado de pessoas na rua tentando ver um corpo estirado, produto de atropelamento fatal? eh a msm coisa q impulsiona uma pessoa a acompanhar o noticiário sobre o crime da Elise? Qual desse tipo d pessoa tem uma patologia? ambas?
ai, esse seu textículo me deu uma vontadezinha d matar alguem! :)
Markinhos, querido, você voltou.
Que bom que você voltou… ADORO os seus comentários!
Ah ,sei lá com as provas em mãos que estava sendo traída ela não sairia do casamento sem a guarda da filha
Helena,ponha uma coisa na sua cabeça: DIREITO NEM SEMPRE É JUSTIÇA
MUITAS VEZES (MUITAS MAIS DO QUE A GENTE IMAGINA) GANHA QUEM TEM O MELHOR ADVOGADO
Vocês são pessoas ADULTAS, NÃO PODEM SER TÃO INOCENTES. Revejam seus conceitos, se não um dia vão se estrepar por causa dessa inocência.
quero vc pra minha advogada
Sem problemas. Só te peço que procure cometer seus crimes no Rio de Janeiro…
Pode deixar…
Independente dos outros aspectos do nosso belos sitema policial, jurídico e prisional, tem 99% de chances dela ter matado o cara. O esquartejamento pode ser explicado como tentativa dela de se safar, o que não justifica o ocorrido.
Aliás, nada justifica matar e esquartejar outro ser humano. Embora eu possa visualizar como isso pode ocorrer com uma pessoa comum ( não usei normal de propósito) que tenha sido humilhada, ameaçada, etc., não posso ignorar o fato de que um assassinato foi cometido e que a pena dela deveria ser pesada mesmo.
Pouco me importa quem acompanha ou não o caso, pouco importa se outros casos não tem a mesma atenção, pouco importa que se fosse na favela ficava tudo por isso mesmo. Se ela for absolvida mesmo sendo culpada isso terá contribuído para nossa cultura de impunidade. Simples assim.
Pessoas comuns ( não usei normais) fazem cagadas monstruosas, isso é fato. Deixar de puní-las só contribue para que mais pessoas façam cagadas no futuro. O que segura o instinto animal do ser humano nos países desenvolvidos é a CERTEZA DA PUNIÇÂO.
São mais de 50 mil mortos assassinados no Brasil por ano. Desde o dia da postagem quase 300 brasileiros perderam a vida dessa forma. Deixar qualquer assassino livre é o verdadeiro Desfavor. Você nunca irá pegar todos, mas isso não é razão para deixar escapar os que você puder punir.
Sally, sei que você abordou vários outros aspectos no seu post, mas eu em minha mente simplória não posso deixar de pensar que prefiro que uma pessoa que comete um ato desses passe um bom tempo na cadeia…não tenho raiva, é por uma razão prática, ela demonstrou não estar apta a viver em sociedade. Podia ter pedido divõrcio, ficava com a guarda e uma puzta grana, podia refazer a vida ao invés de destruir a dela, a dele a da filhinha…
Bionicão, posso saber o fundamento para sua estatística de 99%?
O crime que ela supostamente cometeu, eu também cometeria se fosse colocada na mesma situação. Você acha que o mundo estaria melhor comigo na cadeia?
Eu tb poderia ter cometido o mesmo crime se estivesse na mesma situação. Ele era um cara rico e poderoso, ela uma ex-puta de família pobre. Quando ela falou em divórcio ele falou que ía interná-la e sumiria com a criança. Eu entendo o desespero dela e se estivesse no juri, absolveria. Ela não é um perigo para a sociedade… ela foi um perigo para o cara que a ameaçou… Mas enfim…
PS: eu enviei uma vez só o comentário e o WordPress me disse que estou enviando comentários “rápido demais”… :S
Eu também compreendo o que ela fez. Sei que não é certo, mas se um homem me disser que vai me internar e me tirar meu filho, eu vou CAGAR para o que é certo e errado
Sally, eu estive na outra ponta da situação, disputando a guarda de minhas filhas. Não houve qualquer sombra de problema parecido com o desse casal mas algo que a advogada deixou bem claro ( e confirmou ontem em conversa informal) é que é difícil pra cacete uma mãe perder a guarda de uma criança para o pai…e é contra a lei internar a pessoa contra sua vontade…portanto essa suposta ameaça é discutível.
Um erro não justifica o outro Sally e Carol…o cara supostamente estava errado, mas não merecia morrer por isso.
Um detalhe. Ela “supostamente” matou o cara mas ele “com certeza” a tratava mal, humilhava, xingava, etc…ela era com certeza a vitima e ele o algoz. Curioso pensar que uma ex-garota de programa se mostre tão ingênua e indefesa. Se bem que indefesa ela não é, a prova é ( quer dizer, são) os pedaços do cara espalhados por aí….
Não é difícil NADA acontecer quando uma parte tem advogados fodásticos e a outra tem advogados de merda. Vai por mim, acontecem as maiores atrocidades
Acho que sim, foi ela, e acho que sim, ele era um filho da puta idiota. Pelo menos da traição dele tem até vídeo. Fora os comentários das empregadas que diziam que ele começava brigas dizendo que o pai dela era um pobre filho da puta… Se ele falasse isso do meu pai tinha morrido bem antes… hahaha
Sobre lei x realidade, eu não fiz Direito, entendo porra nenhuma de lei, mas na família tem bastante e os casos são realmente escabrosos… Até denunciar EMPREGADA DOMÉSTICA para não pagar as custas da demissão eu já vi… E não, nada aconteceu com o “denunciante”. Dinheiro… ahhh, o dinheiro…
Quem tem bom advogado se dá bem, infelizmente a verdade é essa.
Eu não ficaria em uma relação onde a pessoa me bate, me ofende, me ameaça… mas sei que nem sempre é fácil sair e COMPREENDO quem sente medo de comprar briga com cachorro grande e correr o risco de perder o filho.
Compreendo essa mulher ter tolerado tudo que tolerou por medo de perder o filho e compreendo ela ter perdido a cabeça. Se eu não tivesse coragem/força/possibilidade ou o que quer que seja para sair de um relacionamento desses EU ACABARIA MATANDO meu marido sim.
justamente por conta disso que lamento ela nao ter tido como se utilizar de outros subterfugios para se ver livre de um rascunho de ser humano que nao se limitava sua merda de vida a ele mesmo. Desse nao ha como ter do mesmo. Nao apoio, mas entendo e nao condeno.
Pois é. Nem todos são tão “fodásticos”(tom de deboche) como a gente e conseguem sair de uma armadilha dessas.
Seres humanos se descontrolam. A questão a ser julgada é: seu descontrole foi justificável? Eu acho que sim, mas assim como a Suellen, não apoio, mas entendo e não condendo.
ate porque sei o quanto familias japonesas podem ser escrotas e preconceituosas…com posses entao, pior ainda.
Minha base dos 99% não é estatística, pois para isso eu precisaria ter estudado no mínimo 100 casos parecidos e ter a solução de cada um deles. Os 99% (se quiser colocar 90% dá na mesma) dizem respeito a política de segurança pública. Toda política pública bem sucedida visa atender a maior parte dos casos, não a totalidade. Perseguir 100% de acerto no caso do sistema penal/jurídico/policial apenas garante que 90% dos sangue ruim continuarão soltos.
Sem ter visto outros caso porque aposto na mulher? O cara entrou no apartamento e não saiu. Só estava ela e um bebê de 1 ano no local. O corpo dele foi encontrado retalhado, ou seja, ele realmente morreu. Ela tinha motivos, tinha as ferramentas e confessou. Pra mim está bom por enquanto, após investigação e julgamento se ela for presa pra mim está ok. Se não for presa porque o jurí ficou com peninha do sofrimento dela o país como um todo perde. Se for considerada inocente por falta de provas que seja solta.
Meu comentário é do ponto de vista de políticas de segurança pública. Políticas públicas são necessariamente genéricas e imperfeitas. Se servem para 99% ( ou 90%) dos casos ainda restam 1% ( ou 10%) de desvios ou erros. Esses casos devem e serão continuamente alvo de melhorias, mas teríamos a maior parte dos casos resolvidos.
Se eu não for confiar na imprensa ou na polícia em quem vou confiar? A sua frase não deixa muitas opções. Ruim com eles, pior sem eles.
“Mais lastimável ainda que acreditem em qualquer coisa vinda de uma delegacia merece credibilidade, ou então que algo vindo da imprensa, que tem interesse em faturar em crimes assim.”
E por último, se você ao invés de ter terminado com o Somir tivesse casado com ele e após ser maltratada, traída e ofendida desse um tiro na cabeça dele e o esquartejasse eu acho sim, que você deveria ser presa e que a sociedade ficaria melhor sem sua agradável companhia. Pois ter vontade de fazer algo terrível e mesmo assim se conter é condição essencial para conviver em sociedade. Se eu fizesse 10% ( ou 1% ) de tudo que tenho vontade de fazer boa parte dos meus concidadãos não estaria desfrutando de saúde perfeita…
Tomara que você nunca fique, sem querer ou sem conseguir sair, em uma situação onde esteja rendido ou de mãos atadas, com o risco de perder seus filhos.
Bom, eu fui a primeira a postar o link da notícia, estou me sentindo muito voyeur de sangue neste momento (sem ironias aqui).
Negócio era que eu estava mostrando o caso apenas para conhecimento e na esperança de que rendese um texto bacana como este. Claro que foi desnecessário porque todo mundo tá falando disso então não teria como passar despercebido.
Ressaltei também a moça como amadora apesar de ser formada em direito, quer dizer, espera-se um pouco mais de cautela de alguém que conhece o sistema juridico, mas em momentos de furia isso tudo vai pro saco mesmo.
Daniela, não acho que você tenha postado como voyeur de sangue e sim na intenção de debater o assunto
Sally ,sem dúvida que os crimes passionais seriam evitados se as partes envolvidas seja por comodismo,seja por partilha de bens ou o pior de tudo por ”medo do que vão achar de mim” tivessem o bom senso e se separassem, com o passar do tempo iriam até conviver civilizadamente.Mas,o ser humano como você bem disse no texto é um bicho e nesse caso ,burro.
Concordo quando diz que todos somos capaz de cometer crimes se nos tirarem do sério,como diria minha sábia avó : ‘todos temos dentro de nós todos os sentimentos cabe a nós ”disciplinar” os ruins e aflorar os bons’.
Num momento de fúria desconhecemos a nós mesmos
No caso, o medo dela era perder a guarda da filha, o que fatalmente aconteceria pois o cara era cheio da grana e ela era uma nobody. Ele jogaria dezenas de advogados fodas contra ela, diria ao mundo que ela foi garota de programa acabaria tirando a filha dela.
Francamente, muita mulher para não perder a filha faria isso…
Sally, então quer dizer que você conheceu o Somir pela internet? Pela série “Siago Tomir” dá até para traçar um paralelo entre seus textos e o perfil psicológico do cara e pior… Nem me surpreende.
Tem muita gente por ai que faz o cara parecer centrado e equilibrado e se digo isso, é com conhecimento de causa.
Sim, meu primeiro contato com Siago Tomir foi pela internet. E sim, ele parecia normal.
Eu estou assistndo um documentario sobre as prisões americanas onde eles falaram de um jovem que era suspeito de ter matado uma pessoa. Eles não tinham nenhuma prova, so uma carta anonima que falava que esse cara era o assassino. O que colocou esse jovem no corredor da morte foi uma confissão em delegacia que ele logo no dia seguinte disse que não era verdade.
Com isso e com o que você disse, eu fiquei pensando, quantas pessoas não estão na cadeia porque foram torturados?
Eu cheguei a fazer um levantamento extraoficial sobre isso em um presídio do Rio. Segundo minha percepção (que pode não corresponder à realidade) 80% das pessoas que estavam cumprindo pela ali haviam sido condenadas por uma confissão duvidosa em delegacia (duvidosa = exame de corpo de delito antes mostrava a pessoa intacta e depois mostrava a pessoa toda arrebentada)
É uma verdade inconveniente que ninguém gosta de debater. Polícia ganha bônus em dinheiro pelo numero de prisões, apreensões e etc, então, para eles o negócio é prender, foda-se quem, para no final do mês dobrar seu salário.
Sally, você tem idéia de qual seria o crime perfeito?
Perfeito em que sentido?
Fico me perguntando se não dava para por ele numa mala sem esquertejar…
Você consegue se enfiar em uma mala? Tem gente que consegue…
Como a mocinha do Almodóvar, Penélope Cruz em Volver.
Exatamente
Lorinha bonitinha…
Quem diria que é psicopata. O lance que passar fogo no marido cachorro é uma coisa, mas cortar em picadinho já camba pro lado terroristico da coisa.
O “loirinha” foi comigo?
Você acha que necessariamente todo mundo que corta o marido em pedaços é psicopata? Se sim, leia o texto de quinta. Se ainda pensar assim depois do texto, faça um favor a todos (inclusive a você) e não volte mais aqui pois estará perdendo o seu tempo e o nosso.
Sally, presumo que a pessoa que postou tal comentário baixo estava falando era da figura da foto, não sendo o assunto direcionado a você, sendo que aposto que nem se deu ao trabalho de ler o que foi escrito no artigo.
Sério, é bem provável que tenha esquartejado o cara na tentativa (FAIL!) de se livrar do cádaver, sendo que caso tenha sido isso mesmo, ela não agiu com o sangue frio e sim com muito estresse e uma certa ansiedade.
Juridicamente, isso complica a posição dela, que apesar de poder ter a pena comutada para culposo, não escapa da pena de ocultação de cadáver.
Esqueci… Tem também o subterfúgio da legítima defesa. Supondo que tenha sido uma briga séria de casal, é um campo a se trabalhar. Dá para se evitar o juri popular nesse caso ou para se conseguir uma absolvição.
Semopre procurei evitar legítima defesa em Júri. Ela é apelidada de “quesitação da morte”, porque é muito difícil de conseguir. Você tem que fazer com que sete jurados votem a seu favor em SEIS quesitos para dar certo. É realmente muito difícil.
Sem contar que só é legítima defesa se esse era o ÚNICO meio possível e proporcional para repelir a ameaça, que não parece ser o caso: tapa na cara repelido por tiro na cabeça. Seria difícil de provar.
Não complica a situação dela não. Primeiro que JAMAIS vai colar um homicídio culposo, ela atirou querendo atirar, não foi um tiro “sem querer” quando estava limpando a arma. Segundo que ela NÃO CONSEGUIU ocultar o cadáver, vai cair no máximo na tentativa mas acho que nem isso. Mesmo assim, o Júri é soberando, pode absolver sem justificar sua decisão, então não importa quantos crimes ela cometeu e sim que seja carismática e tenha uma boa defesa.
Júri brasileiro adora absolver covardia. Grandes chances dela ser absolvida se pegar um bom advogado.
Pois é. Bom conversar sobre tais assuntos com você.
Boa… ela poderia ter gritado, chorado e chamado o síndico, o zelador, a ambulância após o tiro dizendo que atirou “sem querer” quando estava limpando a arma… E poderia pagar de boa esposa mostrando a porra do álbum que a Globo mostrou em todos os jornais até o prezado instante.
Ela morava com ele. Se ela fosse filha da puta, ela podia ter premeditado algo com aparência de sem querer, desde um envenenamento bem feito (algumas substâncias não aparecem na perícia), até uma limpeza de arma que disparou.
Ela não é uma assassina fria e filha da puta, é uma mulher desesperada que chegou ao seu limite e errou ao não pular fora, mas por um motivo justo: FATO QUE ELA PERDERIA A FILHA ao se separar
Poderia ter atirado no joelho dele alegando acidente, e torcer para que ele se intoxicasse com o chumbo da bala. Raro, é verdade, mas pode ocorrer quando o líquido sinovial, presente na região, acaba por corroer a bala, tendo por resultado a absorção e a toxicidade. O esforço, a infecção, ou o alcoolismo metabólico podem igualmente realçar a absorção.
Li isso uma vez, quando um jovem, enquanto examinava seu .38 na cozinha, disparou acidentalmente, e a mãe, que assistia televisão lá na sala, foi atingida. A bala acabou alojada no joelho, e os médicos resolveram não movê-la de lá. Aí, para encurtar a estória, a mulher morreu lentamente se intoxicando com o chumbo e, quando aventaram a probabilidade, já era tarde.
Poderia ter envenenado ele com algo que saia do organismo em 24h, poderia ter cortado o freio do carro, poderia ter pago para um Fulano matar ele simulando um assalto, poderia ter feito de MIL formas premeditadas. Ela não tinha a intenção deliberada de matá-lo, apenas perdeu o controle. Reprovável? Sim. Mas não jogo pedras pois eu poderia muito bem estar no lugar dela.
Sally, acho que você pode ficar tranqüila. O vídeo no Youtube é do Tim Minchin e, pelo que me parece, não tem vírus. Creio que você vai gostar…
Ok, ok, vou ver
Realmente, é facil compreender uma pessoa não respeitar o seu limite, e lamentamos por ela não ter tido força de sair antes… Não deu conta de fazer de outra forma.
Essa história fica pra refletir:
– se envolver com pessoas casadas
– ate que ponto eu deixo de ser responsável e respeitosa comigo mesma em nome de uma expectativa de aceitação (exigir respeito) do outro.
Excelente texto Sally!
Evidentemente esta moça errou, não se pode matar outra pessoa. Porém muitas pessoas que estão jogando pedras se estivessem na situação dela fariam exatamente igual ou pior. Conto nos dedos das mãos as pessoas que eu conheço que mantem relacionamentos saudáveis e que sabem pular fora antes da coisa descambar.
Ou que tem condições pra tanto. Não adianta ter a cabeça boa… Tem de se ter o mesmo suporte, senão… Tsc, tsc!
Sally, concordo que são raras as pessoas quem pulam fora da relação antes de ficar péssima. Mas isso pode acontecer até quando a relação já está terminada. Não sei se fui mau compreendida na minha colocação, mas concordo em tudo o que vc falou.
A MINHA reflexão aqui é: nesse caso, assim como tantos outros em diferentes contextos (barracos), me remete a necessidade de um cuidado e uma vigilância comigo mesma e o suporte, como diz o Marciel.
Não sou fodona, mas esse caso ME fez refletir sobre isso, exatamente por não achar que ninguém está imune a ter ataques de ira.
uma vigilância comigo mesma e o suporte, como diz o Marciel.
RETIFICANDO
*uma vigilância CONSIGO MESMO e o suporte, como diz o Marciel.
Compreendi sua posição sim, Lichia. E concordo com tudo. As pessoas deveriam usar esse tipo de evento para refletir sobre elas mesmas e seus limites, escolhas de vida e relacionamentos, mas se aproveitam para tacar pedras em quem se fodeu e posarem de superiores.
dos argumentos mais absurdos, pior mesmo foi escutar de familiares e de outros japas que isso eh o que acontece quando se procura “brasileiras” periguetes.
Como se isso só existisse no Brasil…
Imaginei a Suellen revirando os olhos ao escutar isso!!!
Pois é, Lichia, até porque sou mestiça. E os parentes e os japas puros falam essas coisas (e coisas piores) na minha frente e só me resta sorrir amarelo (sem trocadilho). E disfarçam esse preconceito velado alegando ‘diferenças culturais’ para relacionamentos inter-raciais não darem certo (especialmente se o caucasiano(a) for pobre). Se for com um negro(a), pode esquecer, ostracismo na certa.
Suellen, depois dizem dos “judeus”, mas isso é geral… Bellybutton Universe!
Se “o cara” não tem uma boa carteira e/ou não é aquele tipinho que os “esnobes” querem ostentar como “exemplo” (na medida do possível da “etnia”), o pessoal fica olhando torto e de mimimi com a parada, procurando um defeito que seja para puxar o tapete daquele que sai fora do padrão. Quando não se consegue isso, parte-se para a jogada da estigmatização.
A parada das “diferenças culturais” neste caso é mera autoindulgência para camuflar o preconceito que existe e que é expressado pelas pessoas que tem condições para tanto.
O serumano não desiste… Sempre querendo obter controle.
Vejo a questão de um outro prisma: o que os japoneses daqui defendem realmente hoje, já que praticamente hoje, de japonês mesmo, só possuem o casco?
Aposto que apenas 1% dos descendentes hoje conseguem ler alguma coisa e uma porcentagem ainda menor consiga escrever frases com todos os ideogramas a que uma frase simples tem direito. Logo, seremos como índios sem direito a cotas. Mas creio que essa desaculturação não seja exclusividade nossa.
Quanto a forma de estigmatização, Marciel, a tática é outra: raramente, para não dizer quase nunca, partem para o confronto direto. A tática consiste basicamente em ignorar o ‘inimigo’, não interargir com ele, deixá-lo à margem da família, isolá-lo nos encontros da família, não convidá-lo a eventos, levando-o sutilmente a descobrir que não foi convidado e por aí vai. Aí o cidadão perde a cabeça (sem trocadilho) e o desgosto da família se torna autorrealizável…
É mais ou menos como a questão de ser ateu: da mesma forma que ser ateu é pior do que ser drogado pra muita gente, conheço muita família tradicional aqui japonesa que fez a filha casar-se com um bosta de japonês a vê-la casando com um ocidental qualquer, sob ameaça do tratamento frio supracitado. Ainda bem que isso, embora de forma beeeeem lerda, está mudando.
Aí só mesmo amando o sujeito pra valer para aguentar ver esse ostracismo estendido a si.
É por isso que eu prefiro os japoneses daquela série de propagandas da Semp-Toshiba.
Sally, duas perguntas…
1) O que aconteceu com o Somir hoje?
2) Existe algum tipo de Conselho de Seguranca da RID com poder de veto que me escapou na Constituição? Pelo que eu me lembre, parece que a maioria apoiou os seus plantões (não que isso seja uma democracia, mas..) e eu estava crente que os seus plantões iam vingar…
O que aconteceu com o Somir hoje é o que acontece com ele SEMPRE: um misto de falta de planejamento com excesso de confiança (“no proprio dia da postagem eu faço, nvai dar tempo”) somados à sensação de falta de obrigatoriedade por não estar recebendo um centavo para escrever aqui.
Quanto aos Plantões, meu combinado com o Somir era o seguinte: Só teria plantão se a maioria dos leitores se manifestasse naquela segunda-feira fazendo absoluta questão deles. As pessoas que se manifestaram na segunda, em sua maioria, disseram que não queriam ou então que “pode ser mas não faço questão”. Ao final do dia contamos juntos e vimos que a maioria não fazia questão.
Depois que as pessoas viram que de fato não teria, muita gente começou a escrever pedindo, mas ao contrário do Somir, eu tenho palavra e de acordo com o meu combinado com ele, não vai ter plantão.
Quero só ver o que o Somir vai achar do texto que escrevi de comentário na postagem dele (isso se chegar a ler)… :D
Essa moça já está condenada. Se ela cair ( eu acho que vai) no Tribunal do Júri, ela vai ganhar seus 30 aninhos de pena, no mínimo! Porque os abutres da mídia já fizeram a lavagem básica na cabecinha do povão, e, infelizmente, é desse povão que sairão as 7 joinhas, digo, jurados….É como foi o caso Nardoni e aquele outro Lindemberg ou coisa do tipo. Vai para o julgamento estando ciente do resultado.
O Tribunal do Júri é uma droga!
Depende. Dá para salvar sim. Com boas testemunhas que façam esse sujeito parecer um covarde fdp e com uma boa seleção de jurados (preferencialmente mulheres) e uma bela defesa dá para absolver sim. E ela ainda sai como vítima. Brasileiro tem mais raiva de gente rica do que de gente que mata marido.
Se não me engane, o caso do “aleijado” ganhador da Mega-Sena não deixa a Sally mentir (ou não).
Entendo seu ponto de vista, Sally, e concordo com o que você diz, mas, infelizmente, chamar atenção para o problema dos “voyeurs de sangue” e criticá-los por fazer de crimes horríveis um quase-lazer é malhar ferro frio. Já faz algum tempo que desisti de pessoas assim. Tem gente que não se manca nunca…
Mudando de assunto: o tal “dia dos namorados” tá aí e achei que este vídeo vinha bem a calhar: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=nnlU0m1PlFY
Você sabe, não abro vídeos porque vindos do desfavor fatalmente são coisas nojentas ou algum tipo de virus. Mas assim que alguém abrir como cobaia, eu abro.
Uma pena que tanta gente acompanhe com tanto fervor detalhes de crimes escabrosos em vez de acompanhar a prestação de contas que nossos governantes são obrigados a colocar na internet justificando seus gastos. É por essas e outras que o Brasil está uma merda cada vez maior.
Relaxa, Sally, é um vídeo do Tim Minchin. ;)
Pode abrir tranquilamente, é uma apresentação musical de um tal Tim Minchin (If I Didn’t Have You).
Tenho um costume há tempos: SEMPRE pesquiso no google os links que recebo, se for coisa nojenta o máximo que se vê é um frame do vídeo… Se for um link encurtado, antes do google uso o URL X-ray, que indica a página apontada pelo link: http://urlxray.com/
Boa dica…
No caso do Youtube, o link http://youtu.be/nnlU0m1PlFY iria para o mesmo vídeo.
Se estava usando redirecionador próprio era justamente pelo temor de problemas com virus por exemplo.
Não creio que parar para acompanhar crimes seja perca de tempo. Bem, isso depende de como se acompanha os fatos. Para mim essas situações limites em que o homem pode chegar tem muito a nos dizer sobre nossa natureza, os recônditos sombrios da mente humana, sua dimensão irracional. É em certo sentido é um aprendizado sobre nós mesmos, sobre o sadismo inerente ao homem, e o quanto a sociedade cria seus próprios monstros. Uso-os muitas vezes em meus trabalhos filosóficos ou literários, já que muitas vezes a realidade supera a mais escabrosa ficção. Estes crimes são janelas em que podemos entrever momentaneamente a condição humana, nossa natureza mais profunda. Pena que a maioria não veja isso com essa ótica.
Dificilmente as pessoas acompanham crimes com intuito de refleir sobre coisas maiores ou sobre si mesmas. Na maior parte das vezes acompanham pelos detalhes sórdidos como por exemplo saber em quantas partes o corpo foi cortado.
Seria tão melhor para o mundo se cada pessoa aproveitasse esses momentos para fazer uma reflexão sobre si mesma, seus relacionamentos e seu valores…