Violência intelectual.

Vamos falar sobre algo muito comum, mas que nem nome tem: como a gente se obriga a realizar atividades intelectuais mesmo quando estamos exauridos. Não precisa ser nada muito erudito ou refinado, qualquer atividade intelectual: leitura, cursos ou até um filme. É uma violência que quase todo mundo comete, justamente por não ter a percepção de que é uma violência.

Para fins didáticos, vamos chamar isso de “violência intelectual”, mas não repita esse termo por aí, pois ele não existe.

Vamos começar estabelecendo uma coisa: atividades intelectuais são atividades mentais, não necessariamente voltadas para trabalho. Por exemplo, atividades de natureza literária (no sentido de leitura e escrita), científica ou artística.

Não é apenas ler um livro clássico ou estudar para uma prova. Ler o Desfavor é uma atividade intelectual. Assistir a um filme é uma atividade intelectual. Jogar xadrez é uma atividade intelectual. Tocar um instrumento é uma atividade intelectual.

Assim como o desempenho de uma atividade física depende de uma série de fatores (como sono, alimentação, descanso e outros), nossa capacidade de atividade intelectual também é variável. Você não se exercita todos os dias com a mesma intensidade e pelo mesmo tempo, certo? Existem dias “bons” e dias “ruins”, existem dias nos quais você rende menos e dias nos quais você rende mais. O mesmo acontece com as atividades intelectuais.

Mas, quando falamos de atividade intelectual, existe uma falsa crença de que nossa capacidade é ilimitada, que é tudo questão de esforço. Negativo. Nossa disponibilidade para uma atividade intelectual também oscila e essa oscilação deve ser respeitada. E se você quiser render mais, existem formas que certamente não são se obrigando a fazer algo que não está fluindo.

Qualquer atividade intelectual demanda alguma disponibilidade da pessoa. A mente, assim como o corpo, possuí “recursos” (no sentido de disponibilidade) limitados. Existe uma “cota” que você deve distribuir com sabedoria para gastar. Se gastar toda sua reserva, provavelmente você terá dificuldade em desempenhar qualquer atividade intelectual depois e o que quer que saia será demorado e ruim.

Todo mundo sabe que depois de um treino de musculação tem que esperar 48h para aquele grupo muscular se recuperar e só depois treiná-lo novamente. Mas… você sabe o quanto de intervalo sua mente precisa?

Sim, a mente precisa de descanso, um período no qual a pessoa terá que se dedicar a outras atividades, enquanto sua “cota” de disponibilidade recarrega. Mais ou menos como funciona a descarga de um vaso sanitário, só que na sua cabeça: você não consegue dar duas descargas seguidas, certo? Tem que esperar encher de volta a caixa d’água. O mesmo vale para sua mente.

“Mas Sally, eu não dou intervalo nenhum e consigo fazer as minhas coisas”. A que custo? Você está sujeitando seu corpo e sua mente a um terrível estresse, jogando no seu corpo substâncias tóxicas, hormônios nocivos, criando um ambiente hostil que provavelmente vai culminar em uma doença mental. Não pense que por forçar a barra e não perceber um problema imediato está tudo bem, pois não está.

O grande problema é a normalização disso. Todo mundo faz, o que passa a falsa sensação de que está tudo bem fazer. Não está. Pesquisas mostram que pelo menos 86% dos brasileiros têm algum transtorno mental ao longo da vida. Uma sociedade com esses números deveria funcionar como uma referência do que não fazer.

No ritmo frenético do mundo atual, no qual as pessoas querem muito resultado e pouco autoconhecimento, tem muita gente errando feio nesse processo de cuidado com a mente: se metendo em vários cursos, várias palestras, várias atividades intelectuais sem calcular direito qual é sua cota de disponibilidade, que muitas vezes fica exaurida e, por ter assumido o compromisso, a pessoa se força a continuar mesmo assim, cometendo violência intelectual contra si mesma.

“Ah mas eu dou um jeito”. “Ah, mas amanhã eu descanso”. “Ah, mas todo mundo faz”. Infelizmente não é bem assim. Mesmo que você descanse uma semana seguida depois (algo que eu sinceramente duvido muito), a violência já está cometida e ela cobra seu preço. Ela pode até desregular a parte hormonal do seu corpo, causando problemas físicos além dos problemas mentais. Melhor do que apagar um incêndio é preveni-lo, pois, por mais que você consiga apagar, sempre há algum dano.

Existem pessoas, sobretudo o jovem, que acreditam que sempre dá para empurrar um pouquinho mais os limites. Até dá, só que estas pessoas parecem desconhecer o preço disso. Custa caro. A mente precisa de descanso, mesmo que você não queira, mesmo que você ache perda de tempo, mesmo que você ache que é diferente. É como uma criança que tem que dormir para crescer saudável, mas quer ficar brincando: não é a opção mais divertida, mas o descanso é necessário.

O que nos leva a outro ponto: as pessoas sabem como deixar a mente descansar? Se você é Geração X como eu (ou de gerações anteriores), certamente tem lembranças da sua infância de quando ficava entediado. Sim, ficar entediado, não ter o que fazer, ficar olhando para o teto sem fazer nada, sentido tédio. Não é ócio, pois o ócio é um descanso voluntário. É tédio, é não ter o que fazer. Temo que as gerações seguintes não saibam o que é isso.

Não é que seja legal ficar entediado, longe de mim pregar a glorificação do tédio, mas não ter nada para fazer nos ensina a descansar a mente, a manter a mente vazia. Você descobre o endereço, e fica mais fácil voltar para esse lugar quando você sabe o endereço.

Acredito que nas novas gerações o tédio tenha desaparecido, ao menos na sua versão orgânica, afinal, tem sempre algo interessante ao alcance das mãos: uma rede social, enviar uma mensagem a alguém, procurar um produto online, etc. Ou seja, descanso da mente não é mais orgânico, tem que ser imposto voluntariamente pela pessoa. Será que a mente descansa hoje em dia?

Por ter levado uma vida toda desta forma, sem se preocupar com o descanso da mente, as novas gerações parecem acreditar que esse descanso não é necessário. Tanto é necessário que estamos vendo desfilar diversas gerações sem foco, sem atenção, sem meta, sem estrutura emocional, com diversos problemas de saúde mental e com uso exorbitante de medicamentos reguladores de humor, atenção e ansiedade.

Culpem videogame, culpem seus pais, culpem o que quiserem, eu acho que um dos grandes problemas está na falta de descanso da mente e do foco excessivo na matéria (que foi o texto da semana passada).

Sinto informar, mas somos todos humanos e, como tal, todos temos algumas necessidades básicas, gostando ou não. Todos precisamos comer, todos precisamos dormir e todos precisamos dar descanso físico e intelectual ao corpo.

A boa notícia é: se você souber dosar a atividade intelectual e o descanso que dá dela, sua capacidade aumenta. Assim como um fisiculturista precisa de descanso entre os treinos para ficar mais forte, sua mente precisa de descanso entre atividades intelectuais para se recuperar e encher novamente o reservatório de disponibilidade. E se você respeitar esse intervalo, a capacidade intelectual vai aumentar.

Porém, se não respeitar, não só não vai aumentar, como você vai produzir menos e com qualidade inferior e ainda existem grandes chances de você desenvolver problemas de saúde, que podem ser físicos (como por exemplo, um infarto, por causa da quantidade de hormônios do estresse que você joga no seu corpo diariamente) ou mental, como um burnout, depressão, síndrome do pânico e outros.

“Mas Sally, eu consigo não dar intervalo nas minhas atividades intelectuais”. Sim, consegue, mas a que preço? O fato de não surgirem consequências imediatas não quer dizer que não existirão consequências. O fato de você não perceber que sua produtividade piora em qualidade não quer dizer que ela não piore. Você, querido floquinho de neve único e especial, é humano como qualquer um: precisa comer, dormir, cagar e dar descanso para sua mente.

Para piorar o quadro, é provável que a sociedade te empurre no caminho da violência intelectual. E desde cedo. Vejo crianças com uma sobrecarga de aulas, deveres, estudo e atividades paralelas que dá pena: sai da escola, vai para aula de inglês, para a aula de reforço com professor particular, para aula de pintura, para curso, para um monte de atividade. Deixem as crianças em paz. Deixem as crianças sentirem tédio. Deixem as crianças descansarem acordadas, não é possível (nem viável) que o único descanso para a mente de uma criança (ou até um adulto) seja na hora de dormir!

Na vida adulta não é diferente: o mercado de trabalho meio que espera isso de você. “Trabalhe enquanto eles dormem”. Proatividade. Estar sempre se atualizando, aprendendo mil coisas, fazendo mil cursos. Eu tenho uma má notícia para vocês: vocês estão se matando, tanto no que diz respeito à saúde física, quando à saúde mental. E não é uma teoria minha, os resultados sobre saúde mental do brasileiro corroboram com essa afirmação.

Eu entendo que todo mundo aqui (infelizmente) precisa trabalhar e muitas vezes, durante a semana, esse terá que ser o ritmo mesmo. Mas, você tem tempo livre depois do trabalho e final de semana para permitir que sua mente respire, descanse, se recupere. Você permite que sua mente descanse quando não está trabalhando? A maior parte das pessoas não. O modelo social atual não incluí descanso da mente como uma atividade válida ou necessária.

Isso vai gerando um mal-estar lento e gradual que, tal qual sapo na panela de água quente, não é percebido. O resultado? Cansaço “sem explicação”, dor de cabeça, desânimo e tudo, praticamente tudo na vida começa a parecer muito difícil. Vou deixar uma frase aqui e quero que você lembre dela pelo menos uma vez por mês: a vida não é para ser difícil, no sentido de que, se viver rotineiramente é um esforço, se levantar da cama de manhã é um esforço, se fazer suas tarefas básicas é um esforço, tem algo que precisa ser corrigido.

Não é normal que a vida rotineira seja um esforço. Não, não é assim para todo mundo, é você que está cometendo algum tipo de violência contra você mesmo que está te exaurindo. Seja melhor, é uma bosta viver assim com o freio de mão puxado, com uma âncora amarrada no pé, tendo que fazer um esforço para tudo. Pare de praticar violência intelectual contra você mesmo.

Então, aquilo que não pode ser negociado, terá que ser suportado, mas no que houver escolha, você precisa reservar um tempo para permitir que sua mente descanse. Respire fundo. Desacelere. Não se compare com outros (os outros que estão fazendo isso também estão na merda, eles apenas escondem ou negam). Entenda o funcionamento da sua mente: você é humano, portanto, sua mente precisa de descanso de atividades intelectuais.

“Mas Sally, se eu descansar vou render menos”. Não, se você descansar vai render mais, pois em uma hora você vai conseguir fazer o que antes demorava quatro horas para fazer. Palavra de quem trabalha, cuida de uma casa, de humanos, de animais e ainda escreve um blog de postagens diárias. Renunciar a quantidade elava absurdamente sua qualidade que, em última instância, é o grande divisor de águas em matéria de produtividade.

Pare de se matricular em um monte de cursos, pare de entupir sua agenda com atividades paralelas, pare dedicar horas do seu dia a redes sociais. Não estamos pedindo para ninguém ficar deitado na cama olhando para o teto (apesar de que, se quiser, ok), existem muitas atividades que mantém a mente descansada. Um bom exemplo é a natação: quando a gente nada, a mente fica praticamente em branco.

E aqui, um adendo importante: muitas pessoas possuem mentes inquietas, ansiosas, indisciplinadas que, mesmo quando não estão em nenhuma atividade, não param de pensar, projetar, relembrar o passado ou tentar projetar o futuro. Mentes assim podem e devem ser educadas para ficar no presente, para aprender a relaxar e a descansar. Sim, é perfeitamente possível, mas, como qualquer aprendizado, demanda tempo, esforço e disciplina.

Então, o primeiro passo é destinar tempo para o descanso da mente, tempo sem jogar atividade intelectual nela, seja esta atividade de trabalho ou de lazer. Obviamente, qualquer pessoa que tenha uma vida entupida de atividades intelectuais terá que renunciar a algo se quiser criar espaço para sua mente descansar, então, também é necessário algum desapego.

E, que fique claro, deixar a mente descansar não é aquele intervalo de dez minutos que você tem que fazer a cada 90 minutos trabalhados. Isso é apenas um respiro para retomar a concentração, que se perder depois de pouco mais de uma hora de trabalho. Deixar a mente descansar é dar ela repouso por muitas horas.

“Mas Sally eu não tenho tempo”. Tempo é prioridade. Temos tempo para aquilo que priorizamos. E priorizar o descanso da sua mente deveria estar no topo da sua lista. Lembra da criança que quer brincar, pois é muito mais legal, em vez de dormir, que é algo saudável e necessário? Pois é, não seja uma criança na sua vida adulta. Essa conta fica muito cara de pagar, você não vai querer recebê-la.

Se, ainda com tempo de descanso sua mente não parar, bem, existem infinitas possibilidades para desacelerá-la e educá-la. É você quem tem que controlar sua mente, não sua mente controlar a você. A forma mais popular é a meditação, com a qual eu tenho sérias restrições, pois a maior parte das pessoas não medita, fica sentada em silêncio. Mas você pode tentar: estude, aprenda e coloque em prática. Se sentir melhora, ótimo. Se não, procure outras formas.

Qualquer atividade que deixe sua mente vazia, em branco, ajuda. Para algumas pessoas pode ser tricotar, para outras pode ser correr. Você só vai descobrir tentando. Qualquer atividade que te envolva, que desligue sua mente, que a deixe no “modo avião”, sem pensar em nada vale.

Depois de compreender e aceitar que a sua mente precisa de momentos de descanso, é preciso reorganizar sua vida para inserir esses momentos de descanso na sua rotina. No começo pode ser difícil, mas com o tempo se torna um hábito e vai fluir normalmente.

A grande chave para se manter funcional e permitir que sua mente tenha momentos de descanso é planejamento: se observar, se respeitar e só assumir um número de compromissos que permita que sua mente possa ter descanso diariamente. Pode não ser o que você acha mais divertido, pode não ser o que você gostaria, mas é a realidade: sua mente precisa descansar.

Saiba que se você entendeu este texto, já está muito à frente da maior parte das pessoas, ainda que não concorde com ele (ainda). Tem muita gente que sequer compreende o conceito do que seria estar acordado com a mente descansado. 86% é até pouco…

Para dizer que você é especial e diferente de todos os outros 8 bilhões de pessoas no planeta e não precisa descansar a mente, para dizer que Millennial tem que morrer cedo ou ainda para dizer que fica decepcionado quando passa aqui e não tem “Ei, Você”: sally@desfavor.com

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Comments (14)

  • Texto muito bom e muito importante, Sally. Quando estava no ensino médio e passava mais de 12 horas por dia estudando, peguei o hábito de caminhar/correr sem pensar em absolutamente nada. Na maioria das vezes, sem nem ouvir música, e melhor se fosse em algum parque. As pessoas achavam que eu estava perdendo tempo, mas aquilo me ajudava a descansar e foi muito importante para manter a sanidade. Ainda faço de vez em quando, mas agora aprendi a meditar e tenho outros recursos para descansar a mente.

    Se tem uma coisa que aprendi que não vale a pena abrir mão é de um tempinho diário para “desligar” nosso trabalho intelectual, mesmo se esse tempinho for pequeno. A gente produz muito melhor, tem mais qualidade de vida e as melhores ideias e soluções vêm quando a mente descansa.

    • Pois é, Paula. Não tem opção: ou se arruma um tempo diário para descansar a mente, ou a mente vai falhar e trabalhar mal.

  • Deve ser por isso que na fase que estava mais exausta mentalmente eu sentia muita necessidade de correr/ andar de bicicleta diariamente. Só conseguia esse sentimento da mente em branco fazendo muito esforço físico.

  • Engraçado que eu já vi sim essa geração millenal aí reclamando de tédio, mas só depois de ter conferido o feed de todas as redes sociais, ter rolado o dedo em todas as telas possíveis de cabo a rabo, aí sim, vem o “ai que tédio…”

    Tem um ponto específico no texto que me fez pensar bastante, e vez por outra também me pego pensando sobre. Quando a Sally diz que “se fazer suas tarefas básicas é um esforço, tem algo que precisa ser corrigido”, bem… Às vezes, não é sempre, mas eu entro numa vibe assim meio “deprê” de achar que a vida não faz mais sentido, e que nem as tarefas básicas como cozinhar, tomar banho e gastar dinheiro comprando itens de higiene faz sentido. Não quer dizer que eu deixe de fazer também e vire um porco hippie ou qqr coisa do tipo, nada disso! Mas é que realmente causa uma sensação de estranhamento as vezes toda essa repetição incessante na qual vivemos em sociedade: a gente trabalha, ganha dinheiro, dinheiro entra, dinheiro sai, pagamos as contas, compramos comida e itens de higiene, consumimos, gastamos, compramos… daí todo o ciclo se repete.

    Detalhe que eu já procurei ajuda profissional psicológica, e até onde me disseram, isso ainda não é uma deprê a ponto de precisar de intervenção com remédios e tal, mas é algo a se considerar ficar de olho a médio e longo prazo.

    Quanto ao tema do texto, ainda, sei bem o que é essa coisa de violência intelectual: no decorrer do mestrado, já várias vezes tive que realizar leituras teóricas densas, pesadas e difíceis, e engolir aquilo com farinha para que, na semana seguinte, já utilizasse aquilo como referencial teórico, produzindo textos, artigos etc. Tem coisa que tu realmente precisa de tempo pra pensar, pra maturar na sua mente, não pode ser consumido assim como simples objeto de prazer, como se fosse uma série qualquer. E, se tu não cuidar nesse sentido, acaba ficando com a mente num estado de estafa mental que não consegue nem absorver mais nada, nem pensar em mais nada direito.

    • Existe uma forma branda de depressão chamada “distimia”, que é crônica mas de baixa intensidade. Talvez possa ser isso, dá uma pesquisada nos sintomas. De qualquer forma, se a vida está um esforço, algo tem que ser revisto, não necessariamente como medicação.

  • A pior violência que podemos cometer é contra nós mesmos. E nada justifica fazermos continuamente coisas que só causam dano a nossos corpos, nossas mentes e nossos espíritos.

    • O complicado é quando tudo é tão normalizado que as pessoas nem mesmo percebem que é uma violência, acham que a vida é assim mesmo…

  • Ouvir música conta como descanso? Eu tenho problemas com hiperatividade, não consigo desligar – muitas vezes nem dormindo, tenho muitos sonhos lúcidos – mas quando ouço música me desligo de tudo, só existe a música. Serve como descanso?

  • Texto importante e necessário, Sally. Se não dermos essa pausa por bem, o mundo e nosso próprio organismo vão nos fazer parar, por mal. Minha mãe sempre me aconselhava a não tentar “abraçar o mundo com as pernas”. Por outro lado, muitos colegas de trabalho, estressadíssimos e influenciados por coaches, vivem dizendo que pausa é coisa de vagabundo e que teremos toda a eternidade pra ficar sem fazer nada depois que morrermos.

    • Pois é. E o pior é que quando essa conta chega, muitas vezes chega de forma irreversível. Cuidem de suas mentes enquanto elas ainda estão bem, depois que desequilibra é muito mais difícil.

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