
As pedras do meu caminho – Parte 5
| Sally | Des Cult | 16 comentários em As pedras do meu caminho – Parte 5
CAPÍTULO 12 – COM CRACK NA CABEÇA E FACA NO PESCOÇO DA MÃE
Paramos com o Pilha bem afundado em drogas, vendendo tudo que tinha inicialmente para tentar se tratar, mas, no final das contas, para usar ainda mais drogas. O que estava ruim, piora quando Pilhão descobre o crack. Na época, nem era vendido, você tinha que fazer seu próprio crack em casa fervendo cocaína com bicarbonato em um trabalho criminoso-artesanal. Entramos na época mais dark da vida do Pilha.
Além de vender todos os seu bens e os da casa para comprar drogas, Pilha começou a ficar agressivo. Começou a enfiar a porrada em Dona Sylvia quando ela o peitava, coisa que quem já viu o Pilha em qualquer situação de submissão a autoridade sabe que não necessariamente está relacionado com as drogas. Quando porrada estava pouco, ele começou a se valer de acessórios: colocou uma faca no pescoço dela e até fez roleta russa com um revólver em sua cabeça. É isso que você ganha quando deixa seu filho fazer o que ele quer na infância.
Recorreram a um renomado psiquiatra. Após examinar o Pilha, ele constatou que as chances dele sobreviver eram de apenas 15%, considerando o grau avançado do vício. Segundo Dona Sylvia, por “ordem do psiquiatra”, Pilha deveria ser colocado para fora de casa. Curiosamente o livro foi lançado depois que o tal psiquiatra morreu, logo, morreu com ele a culpa pelo período de merda que o Pilha passaria ao ser colocado para fora de casa, sem qualquer chance de desmentir a história.
Observem como Dona Sylvia encara a questão: “Nunca abandonei meu filho, nunca mudei o numero do meu celular para o caso de me avisarem qualquer coisa sobre ele (…)”. Então estamos combinados assim: colocar o filho para fora de casa, para morar debaixo da ponte, passar frio e não ter o que comer, não é abandono se você deixar o celular ligado. Tá ok, Dona Sylvia.
Pilha descobriu que não tinha mais casa quando chegou mais uma noitada de drogas e encontrou a porta fechada e uma mala com suas roupas do lado de fora. Começou a gritar “Mãe, me deixa entrar, pelo amor de Deus, não faz isso comigo!”. No auge do desespero, começou a tentar chutar a porta de casa para entrar, mas Dona Sylvia ameaçou chamar a polícia para tirá-lo dali. Mas tá tudo ok, pois durante todo esse processo, ela ficou com o celular ligado. Mãe do ano.
Pilha pegou suas malas e foi morar debaixo de um viaduto, onde, em suas próprias palavras, ficou “cheirando todas” por quatro meses. Dona Sylvia, sempre com o celular ligado, passava lá para vê-lo, mas explica porque não o levou de volta para casa: “Não suportaria viver esse pesadelo novamente (…) Rafa não podia voltar a morar comigo sem antes ir para uma clínica se tratar, só que ele não aceitava ser internado”. Dona Sylvia, criança, bêbado e maluco não tem querer. Cabe a quem os quer tomar as providências necessárias para seu bem estar. Não aceitava? NÃO ACEITAVA? Cêjura? Esta é Dona Sylvia, uma mulher sempre com o celular ligado e que dá livre arbítrio para viciado.
Pilha ainda tentou pedir arrego. Em uma noite muito fria, bateu na porta de casa para pedir um cobertor, pois não estava mais aguentando de frio. Resposta de Dona Sylvia: “Você está dormindo no chão porque quer, foi uma escolha sua. Aqui em casa você não tem mais nada. Peça para seus amigos da rua te darem um cobertor”. Dona Sylvia, aquela do celular onipresente, acha que ser viciado é uma escolha. O resultado do frio, do corpo debilitado pelas drogas e da vida nas ruas foi uma tuberculose em estágio avançado. Pilha acabou internado em um hospital.
CAPÍTULO 13 – O CHOQUE: MEU PAI CONTOU QUE EU NÃO ERA SEU FILHO
Tudo na família Pilha parece ser feito de modo a causar o maior dano emocional possível. Não foi diferente quando Pilha descobriu que aquele que pensava ser seu pai biológico, era seu pai adotivo. Um dia, estavam no meio e uma conversa e ele disse, como que não quer nada: “você sabe que eu não sou seu pai…”. Pilha, então com dez anos de idade, entrou em choque. Seu mundo estava desabando. O pai adotivo de Pilha tinha ouvido de Dona Sylvia que ele sabia da verdade, só que não sabia. Diálogo não é o forte dessa família.
Correu para confrontar Dona Sylvia, perguntando se era verdade e por qual motivo ela nunca havia conversado com ele sobre isso. A resposta: “Eu contei sim, quando você tinha cinco anos. Acho que esqueceu”. Qual é, Dona Sylvia? Na época nem celular existia para limpar a barra da senhora!
Lembram que no primeiro texto eu estava cogitando que o pai do Pilha fosse argentino, em função do seu comportamento? Pois é, não é verdade. O pai biológico do Pilha é baiano. E Pilha descobriu isso de uma forma invasiva: no Programa do Ratinho. Pilha não sabia de nada, foi convidado para cantar no programa e, do nada, entra um homem que corre na sua direção para abraça-lo com o Ratinho gritando que ele era seu pai.
Novamente questionada sobre as razões pelas quais escondeu do Pilha o pai verdadeiro, Dona Sylvia explica, com a finesse que lhe é peculiar: “Meu filho não precisava passar por uma situação constrangedora com um homem que, quando contei que estava grávida, me mandou para a puta que pariu e me jogou para fora do seu carro.”. Não precisava mesmo, era só a senhora ter escolhido um pouquinho melhor quem seria o pai do seu filho através do uso de métodos anticoncepcionais.
O pai biológico do Pilha foi sumariamente rejeitado, depois desse primeiro encontro desastroso. Mas Pilhão manteve contato com os quatro irmãos também filhos dele. O pai alega que Dona Sylvia nunca permitiu que ele se aproxime do filho, talvez por ele ter sido viciado em cocaína por 15 anos. Pilha conta que chegou a tratar sua meia-irmã, uma moça chamada Carla, do vício em álcool, anfetaminas e cocaína em sua clínica de reabilitação. O que os abusos emocionais de Dona Sylvia não cagaram, a genética estragada do pai destruiu. Pobre Pilha.
Ratinho, quando perguntado sobre o que o motivou a fazer esse circo, dá um discreto totozinho em Dona Sylvia: “A gente sentia que o Rafinha tinha feito muito sucesso e, depois, quando o Polegar acabou, não teve amparo. Ninguém ficou do lado dele falando: você vai conseguir de novo!”. Ratinho, que injustiça! Saiba você que Dona Sylvia estava com o celular ligado o tempo todo!
CAPÍTULO 14 – REGRESSÃO EXPÕE TRAUMAS
O capítulo é uma transcrição de uma gravação feita durante uma terapia regressiva que Dona Sylvia levou o Pilha para fazer quando tinha 19 anos, tentando descobrir o motivo de seu vício. Porque, é claro, ela fumar maconha na frente dele não interfere em nada, tem que ser um motivo do além, de vidas passadas.
Uma sequência de fatos dolorosos, como ver a mãe fumando maconha e não conhecer o pai biológico são permeados por instruções duvidosas da terapeuta que o manda imaginar luzes e cores em pedaços do seu cérebro para “apagar” os traumas.
Ao final, Pilha se mostra o mais sensato, dando seu relato sobre a eficiência do tratamento: “Sinceramente, não mudou nada na minha vida. Não descobriram o motivo da minha dependência química (…) Acredito que nasci com uma predisposição genética para o vício e isso explica tudo.”. Nasceu sim, Pilha. E poderia estar ciente desta predisposição se Dona Sylvia não tivesse escolhido te negar o direito de conhecer seu verdadeiro pai. Talvez ciente do risco, tivesse pensado duas vezes antes de experimentar a primeira droga. Mas Dona Sylvia sabia, não contou e ainda assim, fumava maconha na frente do filho. Tá de parabéns.
CAPÍTULO 15 – RAFA SOBE O MORRO, ENCARA O TRÁFICO E LEVA UM TIRO
Pilha passar um tempo no Rio para visitar seu pai adotivo, mas havia acabado de ser expulso de casa por roubar coisas para comprar droga. Na fissura por mais, resolveu subir sozinho um dos morros mais perigosos da época. Subiu, conseguiu comprar cocaína e quando estava indo embora, foi reconhecido por uma moça, que dizia ser sua fã. Ela lhe perguntou se ele sabia fabricar crack e ele disse que sim. Então, ela o convidou para ir à casa de uma amiga. Pilha, por não ter para onde ir, aceitou. Na época o crack não era tão usado no Rio quanto em São Paulo, não era qualquer pessoa que sabia preparar.
Ao chegar no apartamento da amiga da moça, Pilha levou um susto: estava na casa de Neuzinha Brizola, a filha do Governador do Rio de Janeiro. Pilha relata que ela era visivelmente rica e bem cuidada mas estava em um estágio avançado de vício. Ela tinha um bebê de poucos meses, que o Governador mandava seus seguranças tirarem do apartamento quando ela surtava por causa das drogas. Pilha tinha encontrado um lar tão disfuncional quanto o seu.
Ela deixou que o Pilha more lá e o usou, nas palavras dele, como seu “cozinheiro de crack”. Pilha já era Walter White décadas antes de Breaking Bad existir. Mas o conforto e luxo duraram pouco. Aparentemente Neuzinha era ainda mais doida que o Pilha. Um dia, ela pediu cocaína por um sistema de delivery de drogas que tem aqui no Rio. O traficante levou a droga até o apartamento e Pilha preparou o crack para Neuzinha. Enquanto ela consumia, Pilha ficou batendo um papo com o traficante, que atendia por Zuzu. Foi quando Neuzinha pegou uma faca e partiu para cima do Pilha.
Segundo o Pilha, ela estava muito doida de droga e gritava: “Tá querendo roubar o Zuzu de mim? Tá querendo ficar com as pedras só para você? Vou te matar!”. Olha, tá de parabéns Neuzinha Brizola, talvez o único ser humano da face da Terra mais maluco que o Pilha e que ainda conseguiu apavorá-lo. Pilha diz que só não morreu porque no meio da gritaria o bebê de Neuzinha começou a chorar e ela vacilou, dando oportunidade a Zuzu de arrancar a faca das suas mãos e sair correndo dali com o Pilha. A filha do Governador botou um traficante barra pesada dono de morro e o Pilha (drogado) para correr. Taí algo que não se vê todo dia.
Sem ter para onde ir novamente, Pilha aceita o convite de Zuzu e vai morar com ele no morro. Zuzu entrega um fuzil para Pilha e pergunta “Você sabe atirar com essa porra?”. Pilha diz que não, mas que aprende rápido. Pilha acabara de ser nomeado olheiro e fogueteiro do morro, tendo por missão avisar os traficantes sobre a aproximação da polícia. Assim, conseguiu um local para morar e também ganhava droga de graça. O pior é que mesmo com acesso livre a drogas, ele fez um ótimo trabalho. Até drogado o Pilha é acima da média.
Pilha, competente que é, subiu rápido na carreira. Em pouco tempo ganhou uma casa, um salário maior e até seguranças para escolta-lo. Sim, o crime é a única coisa organizada no Rio de Janeiro. No morro, era conhecido como “Alemão”. Agora ele não era mais fogueteiro e sim “chefe da contenção”, ou seja, o encarregado de impedir ou retardar a subida dos policiais (a tiros) para que os traficantes tenham tempo de fugir. Declaração do próprio Pilha: “Eu sempre gostei de atirar, desde a época do Polegar, mas só usava revolver, que comprava dos próprios seguranças do conjunto. Mesmo assim, me achei preparado para a nova missão (…) Sentia como se eu estivesse em um filme de ação, quando pintava tiroteio, era a maior adrenalina”.
Enquanto seu problema era enfrentar a polícia carioca, Pilha tirou de letra e botou todo mundo para correr na base da bala. Mas, um belo dia, o Exército resolveu que ia subir o morro e apareceu por lá com tanques. Pilha relata uma resistência frenética, com mais de uma hora de troca de tiros incessante. Doido por causa do efeito das drogas, conta que atirava alucinadamente: “Não raciocinava mais, era só instinto. Ali era matar ou morrer”. Foi quando um dos seus seguranças gritou “Alemão, você tomou um tiro!”.
Pilha não levou fé, por não ter sentido nada. Mas, quando passou a mão e seu ombro direito e viu que estava encharcado de sangue, caiu a ficha: “Fiquei careta na hora, naquele instante, acordei para a realidade”. Saiu da linha de tiro e foi se arrastando até o primeiro barraco que encontrou. Entrou ali e continuou sangrando muito, achando que ia morrer. Para sua sorte, a guerra acabou pouco tempo depois e a contenção venceu. Team Pilha expulsou o exército, só isso que eu digo. Quando tudo acabou, ele foi socorrido pelos colegas.
E por “socorrido”, entenda-se operado no próprio morro, em um pronto-socorro que ele chama de improvisado, mas pelo que foi narrado, tá melhor do que hospital público do Rio, tinha até estoque de sangue para transfusão. Removeram a bala do seu ombro. O que deveria servir de aviso, foi ignorado pelo Pilha e ele continuou no tráfico. Saiu da contenção e foi transferido para a contabilidade.
Pilha agora era responsável por cuidar de 180kg de cocaína escondidos em um barraco: distribuía as encomendas e recolhia o dinheiro. Este talvez seja o trabalho mais perigoso de todos, pois apesar de não estar na linha de frente, se faltar um centavo ou 1g, pode levar à morte. Não queria ver a reação de um traficante que acha que está sendo passado para trás. Mas, Pilha era bom e acabou promovido a Gerente. Para quem não sabe, esse é o cargo mais importante abaixo do Dono do Morro, cargo máximo que um traficante pode alcançar. Pilha era agora o Vice-Dono do Morro.
Pilha percebeu que estavam ocorrendo desfalques e, muito atento, observou que sempre faltava dinheiro quando as mesmas pessoas estavam de plantão. Então, comunicou ao Dono do Morro. Obviamente o Dono do Morro não ia fazer um julgamento com ampla defesa e contraditório, ele mandou Pilha ir buscar os caras com seguranças e acompanhar o castigo. No caso, o castigo era a execução, precedida de uma longa e monstruosa tortura que assustou Pilha o suficiente para abandonar o morro. Repito: assustou O PILHA, criatura que já tinha visto de tudo na vida.
Daí veio o problema. Como contar a um traficante violento que você não quer mais ser o braço direito dele. Zuzu percebeu que Pilha estava apavorado, a ponto de parar de usar drogas e apresentar sinais claros de depressão e o chamou para conversar. Pilha disse que estava com saudades da mãe e da carreira de cantor e, para sua sorte, a avó de Zuzu era sua fã, o que contribuiu para que ele seja compreensivo. Zuzu o poupou: “Tudo bem, tu foi fiel aqui, fez um bom trabalho na comunidade. Não vou te prender, segue teu caminho, Alemão!”.
Mas, antes de ir embora, foi convidado para um compromisso ao qual foi se cagando de medo de ser um castigo, uma emboscada. Para sua surpresa, era um churrasco com pagode. Todos se despediram dele com muito carinho. Quando desceu o morro, Pilha ouvi tiros. Olhou para cima e viu Zuzu disparando seu fuzil para o alto, em sua homenagem. Acenou e foi embora. Pilha e seu carisma avassalador, reinou nas mais diferentes classes sociais.
Para começar a verdadeiramente respeitar o Pilha, para começar verdadeiramente a perder o respeito por mim ou ainda para dizer que esta semana sua falta de respeito está toda voltada para o Somir: sally@desfavor.com
Do que Dona Sylvia quer reclamar? O moleque viu ela apanhando do namorado quando era pequeno. E ela provavelmente não permitiu que o pai biológico se aproximasse por medo dele estar interessado no dinheiro do Pilha. Sem noção achar que uma criança de 5 anos ia entender.
Mas concordo com ela em uma coisa: Pilha estava dormindo na rua porque queria. Impossível que não tivesse uma dessas mulezinhas que ele pegava que quisesse dar abrigo a ele.
Acho que depois de um certo grau de intoxicação, a pessoa começa a ficar assustadora aos olhos de todo mundo. Por mais que ele seja esse sucesso com a mulherada, uma pessoa altamente drogada, vendo dragão, vendo gnomo, sentindo paranoia extrema, deve assustar muito.
Sally, Pilha vai estar no programa A Máquina terça-feira (16/08) às 22:30 no canal gazeta.
Achei que você ia gostar de assitir rsrsrs
Certamente
Estou adorando a série Sally!
Como o Pilha ainda vive, certeza termos uma continuação do livro. Daqui uns 10 anos. Alias, ele anda muito quietinho ultimamente…
Essa Neusinha Brizola, deve tá estourando de buscas no Google, graças a esta postagem. Queria escutar a musica dela, mas não funciona o player, deve ser muita gente acessando.
Pilha acabou de ser papai, tem que cuidar de um bebê. Já já ele volta à ativa e espero que deixem o bebê para Dona Sylvia criar, quem sabe assim sai outro ser humano maravilhoso como ele!
Eu to rindo muito alto hahahahahaha O tráfico no Brasil tem planos de carreira melhores que de muitas empresas.
Tem mesmo. De verdade. E se o sujeito morre a serviço do tráfico, a viúva recebe pensão. Só não faço um texto detalhando tudo porque esbarraria na apologia ao crime, porque vou te contar, o esquema deles é tão bom que soaria como elogio ao tráfico.
“Ela lhe perguntou se ele sabia fabricar crack e ele disse que sim”
“Você sabe atirar com essa porra?”. Pilha diz que não, mas que aprende rápido”.
“Team Pilha expulsou o exército”
“Agora ele não era mais fogueteiro e sim ‘chefe da contenção’”
“Saiu da contenção e foi transferido para a contabilidade”.
“Pilha, competente que é, subiu rápido na carreira. Em pouco tempo ganhou uma casa, um salário maior e até seguranças para escolta-lo”.
Um livro dele sobre múltiplas competências também seria um best-seller. Daria um título interessante, na linha do “Quem mexeu no meu queijo”: “Quem atirou no meu ombro? – Como lidar com a lambança no trabalho e na vida”
HAHAHAHAHAHAHAHA
Pilha é um profissional completo!
Sally de volta significa postagem logo de manhã e só coisa boa. Eu amo essa série sobre o Pilha!
Pilha tinha que ser estudado nas escolas!
Team Pilha expulsou o Exército, só isso que eu digo.
Tinha mesmo !
DSVS
A única coisa que me fazia respeitar o véio Brisa era ele peitar a rede esgoto de embromação (até hoje tento entender como um gaúcho foi parar na governança do estado mais decadente do sudeste, mas tudo bem). Infelizmente, essa admiração é totalmente eclipsada por tudo que ele fez pra favorecer e acobertar a merdeira suprema que é essa porcaria noiada de Neusola Brizinha (que bota no chinelo Ginsberg, Kerouac, Burroughs, Crumb e toda aquela patota alucinada que enchia o rabo de tudo quanto era psicotrópico) e, por extensão, toda a escória favelada que a mantinha no vício, usando os poderes que um cargo PÚBLICO lhe conferiu.
Quanto ao Pilha… bem, a tal dona Sylvia merecia um livro só pra ela, de tão merdeira. Parece a mãe daquela bicha louca inútil do kasusa em termos de escrotidão. Poder-se-ia intitulá-lo: “As pedras que botei no seu caminho”.
O livro deveria se chamar “A Sylvia no meu caminho”
Deveria mesmo !
( Talvez até com um capítulo “Apesar da Sylvia”… )
DSVS