
Mulheres tóxicas.
| Sally | Flertando com o desastre | 10 comentários em Mulheres tóxicas.
Existem diferentes formas de contornar um problema e uma delas é evitando os gatilhos que geram esse problema. Por isso hoje quero falar um pouco sobre mulheres que tem comportamento tóxico, para ajudar a quem está lendo a evitar esse tipo de pessoa ou orientar seus filhos a evitar esse tipo de pessoa.
Tempo de leitura: 20 minutos.
Resumo da B.A.: texto discriminatório que imputa apenas às mulheres a condição de toxicidade quando pessoas trans também podem e são muito tóxicas.
Boa parte do senso de comunidade que se cria entre incels é essa sensação de proteção do grupo: eles te avisam sobre “a verdade”, sobre como “mulher não presta”. Parece uma informação privilegiada, nada que pais ou adultos seriam capazes de falar. E se pais e adultos ficarem negando a existência de mulheres tóxicas, acabam dando razão a esse mecanismo, pois sim, elas existem, assim como existem homens tóxicos também.
Entendam que não há um julgamento moral aqui. Cada ser humano está em um grau de evolução e maturidade e está tudo certo. Todos já fomos tóxicos, todos vamos melhorar, todos vamos evoluir. Não é para ensinar seu filho a odiar mulheres tóxicas. É para ensinar como identificar e se afastar. É para ensinar a olhar para si e se perguntar por qual motivo está atraindo esse tipo de mulher.
Então, este texto não é para incentivar ninguém a escrotizar ninguém, ninguém a discriminar ninguém, ninguém a xingar ou a odiar ninguém. Este texto é para ajudar a um grupo ou aos pais desse grupo a entender sinais que não devem ser ignorados sobre pessoas que, neste momento, não parecem ter condições de construir um relacionamento saudável. Tenhamos compaixão por elas, respeitemos o tempo delas, seu processo de evolução e não as ataquemos. Apenas se afastar é o suficiente.
Como já falamos em outros textos, faz parte da cultura do brasileiro essa crença de que quanto mais intenso, mais se ama. Isso é uma bobagem. Paixão é intensa, amor é calmo, sereno, constante. E paixão é uma descarga química transitória no cérebro, que não deve ser pensada nem almejada no longo prazo.
Então, esperar que um relacionamento seja sempre “apaixonado” (nessa dinâmica química de intensidade) é uma expectativa impossível. Mas muitas mulheres entendem isso como amor e, quando a paixão vai se esvaziando, em vez de colocar algo sólido no lugar, tentam emular esse frenesi de outras formas: criam esporadicamente situações que proporcionem esse tipo de adrenalina.
Mulheres que busquem na intensidade prova de amor irão cobrar isso dos seus parceiros e até provocar brigas, desentendimentos, ciúmes o que mais seja necessário para ver essa intensidade brotar neles. É uma forma muito torta de buscar por amor, porém, mais comum do que a gente imagina. E como a ideia de amor ser intenso e cheio de altos e baixos é socialmente avalizada, muitos homens não percebem que esse é um comportamento do qual se tem que fugir.
E é aí que você entra. Esclarecendo esse mal-entendido e dando algum parâmetro: isso não é bom, não é normal e não são todas as mulheres que fazem isso. Acho importante que esse mito seja gradualmente desconstruído. Intensidade, briga, passionalidade não são sinônimos de amor e sim de problemas de autoestima.
Quem alimenta isso no outro faz mal ao outro. E isso não se alimenta apenas com uma namoradinha neurótica. Ver isso dentro de casa, ver uma mãe ou um familiar se comportando assim, também faz mal, pois reforça essa ideia de normalidade em um comportamento que é bem nocivo e infantil. Então, lembrem-se do que falamos no texto de terça: só discurso não adianta, é preciso demonstrar com exemplos.
Mulheres que de qualquer forma tentam reduzir a autoestima de um homem também são pessoas das quais é preciso manter distância. Normalmente gente que faz isso tem baixa autoestima e precisa reduzir o outro para não se sentir tão mal ou são apenas pessoas sádicas, perversas mesmo. E nesse caso, é prudente agir rápido, pois se a pessoa conseguir reduzir a autoestima do outro, ele se sentirá muito mal e será mais difícil terminar esse relacionamento, pois, se sentindo um lixo, pensará que mais ninguém vai querer ficar com ele.
Mulheres descontroladas emocionalmente, por mais legais e boas pessoas que sejam, não são material para um relacionamento. “Mas Sally, a pessoa não pode melhorar durante o relacionamento?”. Não. A maioria não consegue e fica presa a um padrão. Jura que vai melhorar, jura que vai mudar, passa um tempo e repete os erros. Tem que ficar sozinha e colocar todo o foco em resolver suas questões até virar um ser humano civilizado que respeite o outro na convivência. Aí, e só aí, pode se relacionar com alguém.
Mulheres que, de qualquer forma, chantageiem seus parceiros, fisicamente (deixar de fazer sexo, por exemplo, para conseguir o que quer), emocionalmente (fazendo com que ele se sinta culpado para manipulá-lo) ou financeiramente (pedindo para pagar coisas e dando a entender que se não pagar ela vai se desinteressar por ele) não são material para relacionamento. Na minha opinião, nem para amizade. Para nada. São pessoas com a cabeça muito torta que desconhecem completamente o significado da palavra “amor”.
Mulheres infiéis, quando a proposta do casal é monogamia, também. Essa conversinha de tratar infidelidade como resposta a algo que aconteceu é de uma baixeza que eu nem consigo argumentar. “Eu traí porque ele…”. Não interessa o que ele fez. A pessoa podia responder a isso de diferentes formas e escolheu responder com traição. Quando você está com uma xícara de café e alguém esbarra em você, você derrama café. Por quê? Por que a pessoa te empurrou? Não. Porque na sua xícara tinha café. Na xícara dessas mulheres tem traição. Tem que sair fora.
Eu poderia ficar até amanhã citando atitudes que devem desencorajar um relacionamento, mas não acho produtivo. Todos vocês devem saber quais são. O grande ponto aqui é como ajudar, e não listar características de mulheres que não são boas escolhas para relacionamentos. É preciso ajudar o jovem a construir esse entendimento. E isso se faz não apenas falando sobre mulheres, mas, sobretudo, falando sobre eles mesmos.
Não basta falar. Não basta fazer. Não basta ser. Quem já educou qualquer coisa, desde um cachorro a uma criança, sabe que não existe aprendizado com uma repetição. É preciso ser consistente, persistente e didático. Sua parte é plantar uma semente, quando ela vai germinar, não está sob o seu controle. É preciso falar, repetir, encontrar a melhor forma de falar, saber o melhor momento de falar. Persistir, persistir, persistir.
O jovem vai assimilar imediatamente? Não. Claro que não, pois o jovem é uma metralhadora de merda. Vai repetir erros, vai desacreditar o que escuta, vai até debochar do que lhe é dito. Mas, meus amigos, aqui vai uma coisa sobre a verdade: quando nos deparamos com ela, podemos até negar, lutar, resistir, fugir, mas ela entra dentro da gente e ressoa com algum lugar lá nas profundezas do nosso ser. Mesmo que não tenhamos condições de assimilá-la naquele momento, ela fique latente, adormecida, presa em um casulo, até que um dia ela amadurece e é assimilada.
Então, o fato do jovem cagar de imediato para seus ensinamentos não significa que o que você está dizendo não está sendo absorvido. Em algum nível está. E o tempo, os eventos da vida, a sensação interna e as experiências que ele vai viver vão se encarregar de, em algum momento, virar uma chavinha e fazer ele assimilar esse conhecimento. Vai bater um “Nossa, olha só tudo que está acontecendo, Fulano tinha razão quando falava tal e tal coisa”. Então, persevere. É plantar para colher algum tempo depois.
O fio condutor desse discurso é simples: uma relação deve primar pelo respeito, pelo companheirismo e pela paz. Um casal deve crescer junto, confiar um no outro e ajudar um ao outro. Qualquer coisa que fuja disso é um sinal de toxicidade e é motivo para não querer mais estar ao lado da pessoa.
Como já falamos em outros textos, o Brasil normaliza e até valoriza muitos comportamentos tóxicos: mexer no celular do outro, gritar, ameaçar e todo o conjunto de comportamento que já descrevemos neste texto. Tem que desarmar essa bomba e ensinar que mesmo sendo socialmente aceito, não é algo aceitável, pois a sociedade está doente.
E não ser aceito não significa atacar quem o fez, esculachar quem o fez ou ter raiva de quem o fez. Significa compreender que essa pessoa não está com uma boa saúde mental e o melhor a fazer é se afastar. O foco nunca tem que estar no erro do outro, isso é problema do outro. O foco tem que estar em por qual motivo a pessoa deu liga, se interessou, se sentiu atraída por alguém com esse comportamento.
E nessas horas sempre tem o pessoal do “se eu for tão exigente vou ficar sozinho”. Esse pensamento já é um grave sintoma. Não. Não vai ficar sozinho não. Tem muita gente legal, civilizada e correta por aí, talvez essas pessoas não entrem na sua vida por você não ser legal, civilizado e correto ou por ter algo quebrado dentro de você que dá liga com gente tóxica. Talvez você esteja passando sinais errados, valorizando a coisa errada. Reflita. Tem algo seu para ser corrigido. Pare de culpar fora e olhe para dentro. Ensinar autorresponsabilidade ao jovem e imprescindível.
Também existe o fator complementariedade. Existem alguns homens que adoram uma mulher quebrada, problemática, maluca, pelo ganho secundário que isso gera. Talvez se sintam os salvadores da mulher, se sintam mais seguros estando por cima já que a mulher e seu descontrole sempre a colocam em situação de débito com ele.
Talvez se sintam maduros, racionais e superiores em comparação à pessoa descompensada que tem ao lado. Talvez se sintam quebrados e achem que uma mulher normal nunca vai querer ficar com eles. Esse ganho secundário pode vir de trocentos benefícios diferentes, o fato é que quando percebem esse mecanismo, ele geralmente desmonta e a relação se torna sem graça. Ajudar a perceber esse mecanismo é crucial, pois dificilmente a pessoa percebe sozinha.
Em linhas gerais, algum ganho secundário sempre existe para manter a pessoa em qualquer situação desconfortável, se não, o desconforto falaria mais alto e a pessoa sairia. Só que esse ganho secundário é camuflado de “mas eu a amo!” e isso acaba sendo socialmente aceito. Tem que ajudar a desfazer esse equívoco. Não, não ama. Para amar alguém precisamos antes amar a nós mesmos, só podemos dar aquilo que temos. E se você está com uma pessoa assim, você não ama a você mesmo. Educação afetiva é tão importante como educação formal.
O que se chama de “amor” é, na verdade, qualquer outro sentimento menos nobre e mais doloroso de admitir: dependência emocional, medo, conveniência, vaidade, euforia, vício ou sei lá o que. Só que passarão décadas até que o jovem descubra isso sozinho. Mas, se tem alguém plantando essa sementinha, o processo vai ser mais rápido.
Seja a pessoa que planta lentamente essas sementinhas. Saiba o momento certo de falar, todos nós temos momento de mais vulnerabilidade, quando estamos dispostos a escutar e momentos mais fechados nos quais estamos reativos. Saiba como falar. Nunca fale de um lugar de arrogância, ataque ou de ameaça. Nunca pelo medo. O aprendizado só acontece no amor. Fale quantas vezes seja necessário. É quando seu filho menos merece o seu amor que ele mais está precisando do seu amor.
E nunca fique “contra” alguém. Se você fizer disso algo pessoal, ficando “contra” outra pessoa, só vai prolongar esse relacionamento. Fale da forma abstrata, de atos, de escolhas, de coisas que não são legais (e não pessoas). Sem ataque, sem cobrança, sem passar a impressão de que há decepção ou que as portas estão se fechando (“eu avisei, se você quer insistir eu sinto muito”). E não seja a pessoa “eu disse”, quem se ferra precisa de acolhimento, não de lição de moral.
Se eu pudesse resumir este texto a 5 ensinamentos que seriam pilares para evitar ver seu filho sugado pelo masculinismo (e não posso, tem muito mais do que isso, mas vou fazer, só para fins didáticos), seriam eles:
1) O QUE É DO OUTRO, É DO OUTRO: se uma mulher se comportar de uma forma escrota com você, isso é dela. Não pegue para você. É um problema dela, é uma deficiência dela, é uma falha dela. Não se sinta afrontado, humilhado ou com raiva. É uma deficiência emocional. Assim como existem pessoas aleijadas fisicamente, também existem aleijados emocionais. Eles não tiveram amor, estrutura emocional, saúde mental ou um lar saudável e ficaram assim. É sobre eles, não sobre você. Afaste-se, pois não são pessoas saudáveis e não é bom ter pessoas assim por perto, mas sem raiva. Você sentiria raiva de um cadeirante por ele não poder andar? É a mesma coisa aqui, não sinta raiva de aleijado emocional por não poder ser uma pessoa decente.
2) RAIVA NÃO É FORÇA, É FRAQUEZA: Raiva não te protege, te expõe. Quando você permite que outra pessoa desperte raiva em você, você dá poder para essa outra pessoa. O maior dano que você pode causar a alguém é remover essa pessoa da sua vida. Ela perde pois não terá mais você, que é uma ótima pessoa por perto e porque fica sem poder ao não conseguir te arrancar uma reação. Isso causa mais impacto do que qualquer outra medida. Não ataque. Não tenha raiva. Discuta ideias e atos, não pessoas.
3) AS PESSOAS NÃO SÃO TODAS IGUAIS: Existem homens e mulheres bons e maus, interesseiros e corretos, filhos da puta e leais. Se no cenário da sua vida sempre aparecem pessoas de um certo tipo (escrotas, interesseiras, infiéis) é porque algo que você está fazendo está atraindo esse tipo de pessoa. Ao generalizar e dizer que “toda mulher é igual” apenas se foge da responsabilidade de olhar para dentro e entender o que você está fazendo para que esse tipo de pessoa se repita na sua vida.
4) ABUSO É ABUSO, AGRESSÃO É AGRESSÃO, NÃO IMPORTA O TAMANHO: nada abusivo ou agressivo deve ser tolerado. Pessoas que nos sacaneiam sempre dão sinais menores, que geralmente são ignorados graças a alguma idealização ou por não querer abrir mão do relacionamento. “Defeito todo mundo tem”, mas nem sempre de caráter abusivo ou agressivo. Se for de outra ordem, pode relevar. Caso contrário, não. Se o ato ou o discurso invade sua privacidade, te desrespeita, se vem de um estado de descontrole emocional, se é agressivo ou se é tóxico de alguma forma, não deve ser tolerado, por menor que seja.
5) QUEM QUER RESOLVER QUALQUER COISA COLOCA O FOCO EM SI MESMO, NÃO NO OUTRO NEM NO EXTERNO: A postura de quem resolve e evoluí é olhar para todas as situações e se perguntar “qual é a minha parte nisso?”. Se dedicar a colocar um holofote no erro dos outros, a dividir os envolvidos entre vítimas e algozes, a culpar qualquer coisa fora (redes sociais, pessoas ou objetos) é postura de infantilóide que vai repetir os próprios erros, pois não está indo na fonte resolvê-los. Veja qual foi a sua parte para que aquilo aconteça e no que tem que melhorar para que não volte a acontecer. Olhando assim, é tudo aprendizado. Não tem vítimas. Tem situações que apareceram na sua vida porque você é um cabeça dura que estava se recusando a olhar para algo ou aprender algo. E quanto mais a gente se recusa, mais difícil vem a lição.
É evidente que não dá para exaurir o tema em um único texto, mas acho que ao menos algumas ideias gerais daqui podem ser úteis. Educar dá trabalho. Filho não escuta nada de primeira. É um exercício de paciência, insistência e habilidade de repetir mil vezes a mesma coisa da forma mais adequada possível no melhor momento possível para ele um dia essa sementinha plantada brote.
Muito boa sorte para vocês.
No passado eu costumava entrar em recantos redpill da internet e era muito comum ver manuais de “como lidar com ambiguidade feminina”, “como despertar fortes emoções no relacionamento”, “por que elas adoram cafajestes? Porque eles despertam emoção”, etc.
Mas sabe qual a melhor forma de lidar com isso? Essa que é a parte maneira, você não lida. Não está em você a função de ser pai, instrutor ou adestrador de outra pessoa. Quem gosta de “fortes emoções” toda semana em um relacionamento, é caminho pra arrumar ou exacerbar um transtorno ansioso. Não recomendo.
E uma última coisa que eu gostaria de reforçar é que sim, quando você faz mudanças internas e desarma um problema em seu cerne, resolve que é uma beleza. Eu, por exemplo, até entender melhor minha sexualidade, tinha uma necessidade muito grande de ter relacionamentos. Eu tinha porque tinha que ter um. Depois que eu me entendi e me aceitei, essa necessidade sumiu e estou tranquila que, quando aparecer alguém na minha vida, vai ser alguém compatível comigo.
Não foi por raiva, não foi por medo, não foi por ressentimento ou vitimismo, foi me responsabilizando pelo meu bem estar mental e emocional. Dá medo encarar o que tem dentro de você? Dá. Mas quando você o faz, é um caminho sem volta. Pode fazer sem preocupação ou vergonha, sua vida vai melhorar.
Quem busca essa intensidade nas relações acreditando que isso é sinônimo de amor e é assim que tem que ser para alguém amar a outra pessoa, além de desenvolver ansiedade, se mete em todo tipo de furada, inclusive em relacionamentos abusivos, violentos e até letais. Só uma pessoa muito desequilibrada fica ao lado de alguém que apresenta como meta de relacionamento essa intensidade toda.
Não tem outro caminho a não ser olhar para dentro, entender os mecanismos que nos movem, entender os ganhos secundários e desarmar isso.
E o que não falta por aí é exemplo de gente que só entrou em furada na vida por causa dessa busca por intensidade…
Mas e o perdão? Você parece achar mais fácil descartar as pessoas que erram sem dar a elas chance de melhorar. Nunca aconteceu de você errar com alguém na sua vida, se arrepender e querer ser perdoada?
Você pode perdoar, aliás, deve. Mas se manter ao lado de alguém tóxico é se auto sabotar, é ter pouco amor por você.
Se afaste. Quando a pessoa se tratar e deixar de ser tóxica, você volta com ela se quiser.
Eu vejo muita dificuldade dos brasileiros de discernir o que são coisas que podem ser toleradas e o que não. Uma coisa é cometer erros comuns, que todo ser humano comete, outra coisa é faltar com o respeito, agredir, atacar, manipular, invadir a privacidade, trair a confiança. Esse tipo específico de erro tem que gerar o fim de um relacionamento se a pessoa é mentalmente saudável e tem autoestima.
Junia, é muito preciso discernir quando há principalmente manipulações e/ou invasões de privacidade, senão ficará sendo a descartada que nem eu me sinto há mais de década…
Uma pergunta que vale muita a pena fazer a nós mesmos quando nos vemos num relacionamento com alguém com atitudes tóxicas é: “O que eu estou fazendo para recompensar este comportamento?”
Dar atenção e fazer o que a pessoa quer quando ela te manipula emocionalmente é recompensar o comportamento manipulador. Arrumar a vida de uma pessoa irresponsável é recompensar a irresponsabilidade. Continuar num relacionamento que não tem mais salvação é recompensar tanto as suas atitudes ruins quanto as atitudes ruins de quem está se relacionando com você. E a não ser que você esteja sob grave violência e ameaça, relacionamentos ruins precisam de duas pessoas para acontecer. A culpa nunca é só do outro, nós nunca somos alecrins dourados.
Sim, Paula. O olhar é sempre em nós mesmos. Qual é nosso ganho secundário nisso. O que fazemos para recompensar. Por que ficamos.
A gente só colhe o que planta. E antes de reclamar que todo(a)s não prestam, olhe bem pra dentro de si mesmo e veja o que tem feito ou deixado de fazer consigo próprio pra merecer o(a)s que prestam.
É muito mais fácil culpar o outro, né?
Acreditar que todas as pessoas do mundo são as que não prestam