
Espetáculo macabro.
| Desfavor | Desfavor da Semana | 6 comentários em Espetáculo macabro.
O grupo terrorista Hamas entregou na manhã desta quinta-feira (20) os restos mortais de um bebê, uma criança, a mãe deles e um idoso em caixões pretos. O bebê tinha nove meses e era o mais jovem dos reféns israelenses do Hamas mantidos na Faixa de Gaza. LINK
Já seria macabro pelo fato, mas o show que fizeram ao redor da entrega dos corpos passa dos limites mínimos até de uma guerra. Desfavor da Semana.
SALLY
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Resumo da B.A.: isso não importa, talkey? O que importa é a denúncia contra o nosso capitão, comunistas não passarão!
O espetáculo macabro da “devolução” dos reféns mortos a Israel é uma das coisas mais horríveis que eu vi nos últimos tempos, e olha que a concorrência é alta. O conjunto da obra é chocante. O evento todo foi de embrulhar o estômago.
Não se pode esperar coisa muito melhor de um grupo terrorista, mas a nossa decepção nem é com o Hamas. Décadas de barbárie, tortura, estupros e todo tipo de violência que vocês possam imaginar já nos mostrou quem eles são. Nossa decepção é com pessoas relativizando ou até apoiando isso, seja população da Palestina, seja população do Brasil.
Só para citar um exemplo, um bebê foi estrangulado por mãos humanas, depois foi mutilado para fazer parecer que a morte foi causada por um ataque de Israel. E não foi o Hamas quem fez isso, há evidências suficientes para provar que foram civis palestinos. É muito difícil ver isso e não pensar que é uma sociedade que está em um patamar de atraso civilizatório quase impossível de recuperar.
“Mas Israel…”. Pare. Apenas pare. Nada do que Israel possa ter feito justifica devolver um bebê torturado, mutilado, vítima de violência sexual, morto. Se você acha que algo chega perto de justificar isso, por favor, saia daqui e não volte nunca mais, eu não quero ter o desprazer de interagir com você.
Um povo regido pelo Hamas não pode virar outra coisa se não animais pouco civilizados. É culpa deles? Talvez não. Mas certamente não é culpa nossa. Não é à toa que ninguém, absolutamente nenhum país do mundo, aceitou receber os palestinos que estavam tentando fugir. Ninguém quer bicho por perto.
Mesmo quem diz defender os palestinos certamente preferiria abrigar na sua casa uma pessoa de Israel do que da Palestina. Ou preferiria que sua filha se casasse com alguém de Israel do que da Palestina. Ou preferiria viajar para Israel do que para a Palestina. Não tem como defender. São inconvivíveis. Talvez existam uns poucos convivíeis, mas… como faz esse filtro?
Palestino não tem muita escolha: ou adere ou morre. Ou faz as pazes com essa realidade, com esses valores ou é torturado até a morte. Mas e o brasileiro, que tem escolha?
O que aconteceu nestes últimos dias, e eu me permito não entrar em detalhes, já que os vídeos foram exaustivamente divulgados, deveria causar repulsa inquestionável em todos. Mas, parece que em nome de aderir a uma ideologia, a um pacotinho fechado de crenças, a sentir alguma pertinência em algum grupo, as pessoas estão dispostas a relativizar tudo. Essa compulsão vira-lata que o brasileiro tem de torcer pelo mais fraco, seja em competição esportiva, seja em guerra, é estarrecedora. E reflete em todos nós.
Por mais que fisicamente essa guerra não chegue em nenhum de nós, ela também nos impacta. É um grau de barbárie perpetrado pelo lado palestino que inevitavelmente gera reações. Eu, que sempre me considerei uma pessoa minimamente ponderada quando comparada com a média, me peguei desejando que Israel tratore toda a Palestina e não deixe um único ser vivo ali. Não por vingança ou ódio, mas pelo desespero de aniquilar esse pensamento do planeta.
Eu não acho que essas pessoas tenham solução. Estão barbarizadas num ponto que não me parece recuperável. Assim como não acho que traficante carioca tenha solução, pelo mesmo motivo. Assim como não acho que pedófilo ou psicopata tenha solução. A diferença é: eu não sou alvo preferencial de nenhum dos outros grupos, mas seria alvo dos palestinos. Desejar que quem quer me matar morra é errado, mas é compreensível. Não vou permitir que me façam sentir mal por isso. Quero melhorar, mas por mim, não pelos outros.
Se você é mulher, vai entender o que eu estou dizendo. Já se perguntou como seria sua vida se esse tipo de “sociedade” se tornar dominante? Já imaginou o que pode acontecer se esse tipo de gente expandir, ganhar poder e começar a tomar território? É quase um instinto de sobrevivência querer que quem te mataria se pudesse morra.
Como eu disse, não é um pensamento correto, nem bom, nem aceitável. O extermínio de todo um povo é, inclusive, crime. Não estou aqui para defender isso. Estou aqui para dizer que a situação é tão extrema, tão chocante, tão desesperadora, que esse tipo de pensamento abominável passa pela nossa mente e não devemos nos sentir mal por isso. O problema não é pensar, o problema é não ter a consciência de que esse pensamento precisa ser desfeito.
Devemos lutar contra esse tipo de pensamento. Não se responde a barbárie com barbárie. Essa não pode ser uma solução válida. Mas não acho que devamos nos culpar ou nos sentir péssimas pessoas por pensar assim. Eu sustento meu pensamento, mesmo tendo consciência de que não é o melhor: eu acho que o mundo ficaria melhor sem eles. Estou disposta a trabalhar para mudar a forma de pensar, mas também compreendo perfeitamente por que penso assim.
Sendo bem sincera aqui, se Israel varrer a Palestina do mapa, não tem como mentir e dizer que fiquei triste. Ficaria satisfeita. Comemoraria. Na real, estou torcendo bastante por isso. Mas ao menos eu sei que é um pensamento que eu tenho que corrigir. Estou tentando trabalhar nessa correção. E não pretendo me culpar ou sentir mal por pensar assim. São pessoas que me matariam. Se conseguir me corrigir, ótimo, virarei uma pessoa melhor. Se não, vai à merda todo mundo que me julgar.
É difícil. Esse tipo de barbárie recorrente, ainda por cima com fã-clube defendendo, causa dano à nossa integridade mental. Gera raiva, medo, indignação. Faz aflorar o que temos de pior. E tá tudo certo, quem fica indiferente a isso só pode ser psicopata. O ponto não é não sentir, é sentir com consciência, sabendo que esse pensamento é algo que precisa ser trabalhado.
Então, este texto é para te dizer que está tudo bem em desejar que a palestina seja dizimada e ao mesmo tempo entender que esse pensamento precisa ser corrigido. É apenas humano comemorar que quem te mataria tenha morrido. Não é certo, mas é humano. Você não precisa se sentir mal, com culpa ou com vergonha para saber que tem que fazer essa correção na sua mente. E essa correção leva tempo.
O que sim pode ser feito de imediato é cortar da sua vida, do seu convívio, da sua realidade qualquer pessoa que de alguma forma relativize as barbáries perpetradas pelo Hamas e seus apoiadores. A desta semana é apenas uma entre muitas. E isso eu já estou fazendo. Inclusive aqui: deixe um comentário relativizando barbárie ou defendendo o Hamas e eu te asseguro que você será banido para sempre.
Se é que dá para tirar algo de útil dessa situação horrorosa é isso: um filtro para ver quem é quem. Quem de alguma forma relativiza ou endossa o que o Hamas está fazendo ou o equipara a Israel tem que sair da sua vida. Não importa o motivo pelo qual a pessoa faz isso: burrice, ignorância, sadismo, desconhecimento… não importa. Essa pessoa tem que sair da sua vida. É uma red flag enorme, escute, ou você vai se arrepender.
Tire da sua vida essa pessoa e, em paralelo, compreenda que pensamentos extremistas podem ser compreensíveis (gostar da ideia de que quem quer te matar morra não te torna uma péssima pessoa), mas precisam ser trabalhados mesmo assim, pois esse não é o caminho.
Não faz sentido mentir. Hoje, o que eu sinto é um desejo enorme de ver essas pessoas dizimadas. Não prego isso e sei que não é esse o caminho, eu é que tenho que corrigir a minha mente. Mas não dá para fugir do que sinto. Não fuja você também, pois se não entrar em contato com o que sente, nunca terá oportunidade de fazer eventuais correções.
SOMIR
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Resumo da B.A.: o autor erra feio ao dizer que Israel fez coisa errada mas acerta em cheio ao dizer que o Hamas fez coisa errada, forte abraço!
Quando duas pessoas estão erradas, mas uma delas está mais errada, é complicado argumentar: o seu ponto sempre pode ser distorcido como defesa de um dos erros. Por isso muita gente simplesmente evita entrar no mérito da coisa.
Mas existe mérito na coisa. Existe uma escala de terror na disputa entre israelenses e palestinos. É totalmente possível ser a favor do fim do conflito e de uma paz duradoura na região sem igualar os grupos e “lavar as mãos” sobre as ações de cada um deles.
O que Israel faz na Palestina há várias décadas é conquista hostil de território. O combinado não foi dar toda a região para os judeus, mas eles querem tomar toda a região mesmo assim. E usam o aliado mais poderoso do mundo para chegar nesse resultado: dinheiro. Com os americanos de suporte, o território palestino foi tomado ilegalmente um assentamento por vez. Está errado. É injusto.
Então, como combater essa injustiça? Se a sua resposta é com ataques terroristas, sequestros, tortura e estupro de civis, você está no time do Hamas. Se a sua forma de lutar pelo que acredita estar certo cruza a linha da barbárie e não distingue soldado de bebê, temos uma questão clara de gradação de estar errado.
Não existe mundo sem conflitos, não existe mundo sem vencedores e perdedores. A ideia de direitos humanos não surgiu para criar concordância total entre as pessoas, e sim para estabelecer linhas mínimas do que podemos fazer para resolver os problemas. Ninguém era inocente ao ponto de achar que todo mundo entraria em harmonia plena com os tratados internacionais sobre o que se pode ou não pode fazer em guerras, era a resposta do mundo à brutalidade de guerras mundiais recentes.
O problema de povos discordando sobre fronteiras, ideologias, religiões e tudo mais que gera conflitos não foi resolvido, e não sei se será resolvido em algum momento do nosso futuro. O que tentamos fazer foi criar alguns limites. A diferença entre o erro de Israel e o erro do Hamas está nesses limites.
Um grupo reage de alguma forma caso seja pego quebrando regras básicas de guerra, o outro não. Esse é o ponto.
Existem penas diferentes para quem mata uma pessoa e para quem tortura e mata uma pessoa. Somos contra as duas coisas, mas uma delas é mais urgente de ser reprimida. Pela diferença gritante de poderio econômico e militar entre palestinos e israelenses, grupos como o Hamas se consideram justificados em passar de todos os limites para alcançar seu resultado. E o mais triste é ver gente de outros países com americanos e brasileiros tolerando e até aplaudindo a barbárie por causa disso.
Existe gradação e o Hamas passou muito do ponto. O simples fato de levar civis para trás das suas linhas como reféns é impossível de ser defendido se você tem qualquer noção de humanidade. O Hamas fez isso e não tem a menor consciência de que é algo abominável. Eu quis esse tema como Desfavor da Semana por causa do espetáculo macabro criado pelos terroristas na devolução dos caixões com os reféns. Sobre os corpos de uma mulher e duas crianças, propaganda ofensiva contra os israelenses.
Completo desinteresse pelos sentimentos de civis do outros lado, tudo para causar mais dor no inimigo, mesmo durante uma ação que deveria ser uma oferta de paz para terminar um conflito. Isso é prova que não tem humanidade suficiente na cabeça dos líderes daquele movimento. Estão tão afundados na mentalidade terrorista que tudo é motivo para aterrorizar.
Se você não consegue ver como o Hamas está sendo covarde e cruel usando esse momento para fazer propaganda, você está caindo na mesma vala comum de quem acha que tudo é justificável numa guerra. Se Israel usa o evento de devolução de civis mortos para os palestinos para ofender os palestinos e tripudiar sobre o sofrimento deles, o mundo cai matando em cima dos israelenses. Os israelenses que ainda não tiveram sua mente destruída pelo ódio iriam às ruas protestar, porque lá é uma democracia.
O Hamas e os palestinos parte sequestrados e parte simpáticos por ele não se acham parte do mundo da mesma forma. Por causa de fanatismo religioso e por causa dos cretinos ao redor do mundo que os defendem por achar que é a mesma coisa invadir um território com algum semblante de respeito pelas convenções de guerra internacionais e fazer o que os terroristas fazem.
Não é comparável. Tem um lado pior. Isso confunde a cabeça de muita gente porque é o lado mais fraco. Israel pode massacrar todos os palestinos em poucos anos se quiser mesmo. E é bem provável que nem percam o suporte dos americanos se o fizerem. Israel pode acabar com os palestinos se quiser, e até hoje eles sempre pararam antes de exercer essa capacidade. O plano ainda é eliminar a Palestina, mas eles não querem fazer isso com um genocídio.
Muita atenção para isso: Israel pode chegar aonde quer com um genocídio brutal. Mas não faz. O Hamas e outros grupos islâmicos radicais na Palestina adorariam fazer esse genocídio (eles declaram isso publicamente), mas não tem capacidade. Os ataques terroristas contra civis, o sequestro de mulheres e crianças e os shows de horror que fazem toda vez que tem câmeras por perto são prova disso. Israel escolheu não exterminar os palestinos. O Hamas não consegue exterminar os israelenses, e só por isso não o fez.
Eu mantenho que não existe solução de dois estados, que é pensamento fantasioso ou preguiçoso de muita gente que não quer admitir que um dos lados precisa vencer e acabar com o outro. Não porque a gente aqui de fora acha que é certo, mas porque os dois lados não vão mudar de ideia.
A partir disso, é só analisar quem você acha que combinaria melhor com o mundo moderno depois do conflito. O grupo que faz algum esforço para manter as regras humanitárias que decidimos sobre guerras ou o grupo que sequestra bebês e devolve eles em caixões em eventos de propaganda ofensiva. Um dos lados é objetivamente menos pior, mesmo que o ideal fosse que parassem com esse conflito horrível e evoluíssem para uma convivência pacífica.
Ou, em palavras mais diretas: Israel e Hamas são ruins, mas Israel tem salvação. Entre democracia e teocracia, só um dos grupos tem lugar no mundo que queremos viver. Se você já aceitou que não vai terminar em paz, o evento macabro do Hamas deveria ser a gota d’água para escolher qual lado deveria vencer a guerra definitivamente.
Entre o escroto e o psicopata, é melhor viver ao lado do escroto.
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Vídeo de 3 dias atrás da brasileira Aline Szewkies, que é casada com um israelense e mora em Jerusalém:
https://www.youtube.com/watch?v=RYyxCRMf-Ds
Tem um cara que sigo no X que se tornou influencer depois de montar uma startup ainda bem novo. Passei a seguir porque falava sobre empreendedorismo. Porém, depois de vender a startup, além de enriquecer, virou um militante de extrema esquerda e agora só fala nisso. Tudo é racismo, capitalistas malvados e defesa de todas as minorias. Mesmo assim continuo seguindo pois o conheci pessoalmente e dou um voto de confiança.
Como descordamos politicamente, sempre que eu comentava qualquer coisa, ele respondia dizendo que minha opinião não era válida pois eu era contra o casamento gay. – Detalhe que eu nunca disse isso (só defendo que deveria ter sido via PEC e não STF), ele joga isso pelo fato de eu ser evangélico, querendo me desqualificar do debate. –
Certo dia ele disse novamente e eu respondi: Até quando vc vai ficar usando essa estratégia do espantalho? Além do mais, não adianta se dizer a favor do casamento gay e passar pano para o Hamas que atira gays de cima de prédios.
Imediatamente ele cobrou que eu apontasse 1 link mostrando que ele fez isso. Mas logo ocultou meu comentário para seus seguidores e me deu unfollow.
De fato ele nunca postou a favor do Hamas explicitamente. Mas desde o atentado ele, que é tão eloquente nas redes sociais, simplesmente ignorou o ocorrido, zero comentários. O único twite dele foi um RT de alguém atribuindo culpa pelo ataque ao fato do governo de Israel ser de direita.
Mas eu sei muito bem porque ele nunca postou nada a favor do Hamas. Tão somente pelo fato de que sempre está indo para os EUA. Ele é esperto, sabe que correria o risco de perder o visto americano.
Em fim, a hipocrisia esquerdista!
O Paradoxo da Tolerância, de Karl Popper, deveria ser aplicado em relação ao Hamas, tanto quanto pregamos que seja aplicado em relação a movimentos fascistas. Eles pregam extermínio abertamente e fazem barbaridades terríveis, só não têm poder suficiente para exterminar Israel. Não se pode negociar com quem prega extermínio e utiliza tortura como meio de atingir os objetivos. Hamas é tão ou mais responsável que Israel pelo sofrimento dos palestinos. O mais humano a se fazer é admitir que eles perderam a guerra e tentar integrá-los em outro lugar.
Eu já vou um pouco mais além: se o Islã fosse varrido do mapa, eu ficaria feliz. Cristãos são um saco? São. Mas não estão promovendo terroristas e muito menos atacando inocentes em massa, com apoio internacional. Qualquer lugar que você olhe onde essa religião governa, tem miséria de alguma espécie.
Por isso falei em outro post, agora perigam de serem vistos como terroristas mesmo depois da guerra acabar. Quando você se associa abertamente com terroristas, bom, não espere que te tratem diferente.
“Ah mas eles são oprimidos por tanto tempo” eu consigo entender que é bem merda alguém “roubar” suas terras ou recursos, mas no que MATAR BEBÊS AJUDA?
Uma das poucas coisas realmente boas do Bananil é que aqui muçulmano não se cria
Concordo em ter ido além e, sim, realmente falou.