C.U.radoria de Conteúdo: Setembro Marrom.

Saudações Anais.

Assinado: C.U.

SALLY

Bom, vocês já devem ter lido o briefing deste texto na postagem anterior. Serei obrigada a aderir à campanha “Setembro Marrom” e fazer uma campanha de conscientização pela saúde do seu… cu. Se eu fosse você, voltava amanhã.

É um fato que no Brasil as pessoas não sabem cuidar bem do seu cu. Por isso, muitos cus adoecem, sucumbem, sofrem pelo maltrato sofrido. Estima-se que cerca de 80% das pessoas apresentarão algum problema nessa região em algum momento da vida por não ter cuidado bem dela. Mas não você, leitor do Desfavor. Você vai chegar aos 100 anos com o cu impecável, cheiroso e brilhoso depois deste texto.

Vamos começar pelo básico, conceituando. O ânus é a abertura localizada na extremidade final do trato digestivo, pelo qual saem as fezes do corpo. Não se confunde com o reto, que é a parte que antecede ao buraco, uma espécie de parte final do intestino, no qual as fezes ficam armazenadas quando estão prontas para sair.

Então, tecnicamente, o cu parece estar mais relacionado ao ânus do que ao reto. Mas cu e ânus não são sinônimos. Como vocês podem imaginar, nada na literatura médica te prepara para esta conversa, então, vamos no freestyle mesmo.

O ânus é cercado por diversas camadas de pele e até uma pequena porção do intestino. Ele tem veias, terminações nervosas e uma série de estruturas complexas. O cu, no meu entender, seria mais simples, seria apenas o buraco em si. Então, para fins deste texto, usaremos essas designações: reto = porção final do intestino, ânus = toda a estrutura da câmara de saída e cu = apenas o buraco. Peço perdão mais uma vez, relembrando que não foi dado escolher este tema.

Seguindo nossa linha de raciocínio, na qual o cu é uma parte integrante do ânus, sendo o ânus a estrutura completa e o cu o buraco, o primeiro passo para aprender a cuidar bem do seu cu é aprender a cuidar bem do seu ânus. E não é tão fácil como parece, a maior parte das pessoas está fazendo isso errado. Muitas doenças, como por exemplo doenças hemorroidárias, fissuras anais, fungos e até lesões cancerígenas poderiam ser evitadas com alguns cuidados muito simples.

Se eu te falar que nem cagada a gente sabe fazer direito, você acredita? Pois é, a maior parte das pessoas caga errado, e isso acaba prejudicando cu, ânus, reto e até seus intestinos. Isso mesmo, nem merda as pessoas sabem fazer direito. Até para cagar precisa de instruções. Um cu que caga errado vai acabar tendo problemas. E, nesta terça-feira iluminada, nós vamos te ensinar como cagar corretamente.

Vamos começar pela posição. Provavelmente você já deve ter escutado falar que a posição na qual cagamos não é a mais favorável e que precisamos de um banquinho para elevar as pernas. De fato, o vaso sanitário não gera a melhor posição para esvaziar o intestino e acaba forçando nossos pobres cus, mas o banquinho é só o começo da conversa.

Vamos começar pelo banquinho, que é o mais popular. O ideal, para respeitar a anatomia do corpo, é que caguemos com as pernas elevadas entre 12 e 15cm. E vamos esclarecer bem, pois uma vez eu disse isso para uma pessoa e ela ficou meses cagando com as pernas estendidas para cima. É uma elevação com as pernas dobradas, como se a pessoas estivesse agachada, só que sentada.

Perninhas separadas, joelhos dobrados, pés completamente apoiados no banquinho, corpo relaxado. Não é para sustentar o peso do seu corpo com os pés. Não é para empoleirar no banquinho feito uma coruja. Pelo amor de Deus, me ajude a te ajudar. Se ficou alguma dúvida, esta imagem pode ajudar.

Além dessa elevação das pernas, outros cuidados devem ser adotados. Seu tronco não pode estar jogado para trás (sim, tem gente que caga usando a tampa do vaso como encosto). Isso dificulta todo o processo e sobrecarrega o cu. O ideal é que o tronco esteja levemente inclinado para frente. Levemente. Não é para encostar o peito no joelho. Digamos, entre 30 e 40° para frente.

Este posicionamento é o ideal pois alinha intestino, reto e cu, tornando tudo uma grande avenida fluida sobre a qual a força da gravidade poderá atuar suavemente em seu corpo, gerando um belo tobogã de fezes, criando ângulos, formas e caminhos ideias para o processo, fazendo com que o cu e adjacências trabalhem menos, não sofram sobrecarga e tenham uma vida longa e saudável.

Provavelmente você não saiba (é esperado que pessoas normais não saibam), mas o reto não é reto. O reto é um pouco inclinado para frente. Vá ao Google e pesquise por imagens da anatomia do reto (é muito importante que você inclua a palavra “anatomia” na pesquisa, caso contrário vai aparecer uma chuva de cu na sua tela) e procure uma imagem lateral. Você verá que o reto não é reto.

Então, como o reto não é reto, para respeitar sua curvatura, é preciso elevar as pernas entre 12 a 15cm e inclinar o corpo entre 30 e 40° para frente na hora de cagar. Fazendo isso sua cagada não será apenas suave e rápida, como você também promoverá o completo esvaziamento intestinal, algo muito mais difícil de conseguir nas outras posições. Quanto mais vezes você cagar assim, menores as chances de uma doença do cu se abater sobre a sua vida.

Mas a coisa não se resume a posição. Uma premissa para você guardar para o resto da vida: privada é para ficar o mínimo de tempo possível. Não estamos te mandando cagar correndo e sair tipo Papa-Léguas, deixando apenas uma nuvem de fumaça sobre o vaso. Faça o que tem que fazer, no tempo do seu corpo, mas assim que se sentar, foque em fazer força para que saia e que acabar, retire-se.

Vaso sanitário não é lugar de leitura, de relaxamento ou de reflexão. Se sua casa é uma zona e o único lugar no qual você tem descanso é no banheiro, então finja que caga, mas não sente no vaso ou, se de fato quiser cagare, cague, saia e continue a leitura. Caso contrário, você estará danificando seu cu. Literalmente, seu cu pode cair da sua bunda (papo técnico: prolapso anal). Use o tempo que o intestino pedir, não a sua vontade de tempo de lazer.

Subindo uma oitava no assunto, além de não saber cagar, a maior parte das pessoas também não sabe como limpar a bunda da forma correta. Vamos lá, vamos desenvolver este tema tão atrativo. Amor é isso, amor é pesquisar sobre esse tema em um blog que você não monetiza.

O que é ensinado para a maior parte das pessoas é que depois de defecar, é preciso esfregar papel higiênico na região, preferencialmente até o papel sair limpo. Isso é um erro, independente do que você faça depois. Esfregou papel e lavou com água e sabão? Tá errado. Esfregou papel e passou talquinho? Tá errado. Esfregou papel e passou água benta? Tá errado.

O ideal é não usar papel higiênico, lavar com água e sabonete neutro (ou seja, que tenha o PH em torno de 7), secando o cu com algo suave como uma toalha e sem esfregar, dando batidinhas, encostando. Se não ficar seco (em climas muito úmidos, pode não ficar), é possível usar secador de cabelo, em uma temperatura que não seja agressiva para a pele. Não se veste um cu úmido, pois as chances de desenvolver algum fungo são grandes e é bem demorado e chato de tratar.

Eu sei que a vida real nos impede de proceder sempre assim, por exemplo, em qualquer evento intestinal fora de casa. Mas é minha obrigação falar do perfeito. Esse é o perfeito. Agora vamos falar do possível. Mesmo no possível, existem opções viáveis melhores do que esfregar papel.

Se o melhor dos mundos não for possível, é preferível se limpar com um lenço umedecido, daqueles para bumbum de bebê, o menos agressivo possível (antialérgico, sem perfume, sem álcool etc.). E sem esfregar. Passe local, sem força, sem atrito, sem idas e vindas. Nunca, eu disse nunca, deslize nada no seu ânus. Nem papel, nem algodão, nem toalha, nem seda pura. Nada. Apenas encoste, com leves batidas, sem arraste.

Não limpou tudo? Passe outro. E outro. Sem esfregar. Apenas coloque em contato com a pele. Batidinhas, como você daria tapinhas na cabeça da sua mascote mais amada. E depois, quando estiver limpo, pegue papel higiênico e seque, sem esfregar, igualmente apenas dando batidinhas. Só suba as calças quando o cu estiver seco.

“Sally sou pobre não posso me dar a esse luxo”. Ok, vamos presumir que em algumas circunstâncias da vida o papel será sua única opção. Ainda assim, tem jeito melhor de fazer. Pegue o papel e dê batidinhas, tal qual uma prostituta francesa do Moulin Rouge retocaria o pó facial. O papel é grátis quando você está fora de casa, pode gastar o quanto quiser. Vai na batidinha até sentir o cu limpo.

E mesmo no melhor dos mundos, naquela cagada no conforto do seu lar ainda precisa de mais regras. Seja para limpar o cu pós-cagada, seja para limpar o cu no banho (o ânus tem glândulas apócrinas, sim, suamos pelo cu, por isso ele precisa de higiene com água e sabão diariamente), devemos observar alguns cuidados com o sabonete.

Lamento informar, mas o sabonete que vai atrás, não vai na frente, seja você homem ou mulher. Para respeitar a flora de ambas as regiões, é preciso usar sabonetes diferentes, pois são PHs diferentes.

O PH da região anal é neutro, ou seja, oscila em torno de 7, para o qual um sabonete de glicerina atende muito bem. Porém, tanto vagina como vulga têm um PH muito ácido, entre 4 e 5. O PH do pênis também é ácido, entre 5 e 6. Por isso, para as partes da frente, um sabonete com PH 7 não é indicado.

Então, o melhor dos mundos é ter um sabonete de glicerina (que tem PH neutro) para o cu e outro mais ácido (normalmente vendidos como sabonetes íntimos) para limpar a parte da frente. Sabonete com glicerina na parte vaginal só para meninas antes da puberdade.

E eu quero deixar uma ressalva aqui. Não vou usar nome nem dar marca, mas vocês sabem de quem eu estou falando: se você passa sabonete “antibactericida” no seu cu, você está cometendo um cussídio. Esse tipo de sabonete é apenas para as mãos, no máximo para um machucado. Não passe isso no seu cu. Respeite seu cu. Eu não compraria esse sabonte para nada além de limpar uma ferida.

Outros cuidados que devem ser observados são os tempos do cu. Nós, míseros micróbios arrogantes que flutuamos em meio a inúmeras galáxias vivemos em uma eterna ilusão de controle, que às vezes pode impactar nossa saúde. Acreditamos que nosso cérebro sabe tudo, manda em tudo, controla tudo. Meus queridos, quem manda é o intestino. Quem já teve uma diarreia em público nunca mais esqueceu esta lição.

O cu tem que cagar quando ele quiser cagar e qualquer coisa diferente disso pode levar a um triste caminho de adoecimento anal. Seja forçar o cu a cagar quando ele não quer (“vou viajar, melhor fazer força e cagar enquanto ainda estou em casa”), seja prender quando você está com vontade de cagar (“vou segurar até chegar em casa”). Ambos fazem mal. Pare com ambos agora. Seu cu manda em você, seja humilde, obedeça.

“Mas Sally, estou no ônibus, você está sugerindo que eu cague aqui, nas calças, no meio das outras pessoas?”. Não seja difícil. Você entendeu o que eu estou dizendo. Existe o perfeito e existe o possível. Faça o perfeito quando der e o possível quando o perfeito for inalcançável. E é meu papel citar ambos para você.

Quando você prende, o reto vai se enchendo de fezes e vai dilatando (a merda nunca para de chegar, ela vai acumulando cada vez mais). Isso, se virar algo regular, pode trazer uma série de problemas que vão desde um acúmulo de fezes que secam e nunca conseguem ser expelidas (causando uma constipação constante que não se resolve comendo fibras) até uma frouxidão pelo esgarçamento que leva a uma série de indignidades futuras.

Não adianta ir ao médico miando “aiiiin doutooorrrr eu como fibras meu meu intestino é tãããão presoooo” se você insiste na ilusão de controle de querer definir a hora que vai cagar. O acúmulo de fezes no reto vai te gerar uma constipação crônica esse é só o começo dos problemas que você terá.

Então, se você tem intestino preso, talvez seja pelas vezes que andou atentando contra o seu cu, principalmente mulheres, que são mais seletivas com seus locais de defecção. Se você prendeu a merda até fazer do seu reto um cemitério de bosta, não adianta beber mil litros de água por dia, comer fibras, injetar Activia na veia, a constipação vai continuar. Procure um médico para te ajudar a desfazer esse maltrato anal que você perpetrou. E para o resto: respeitem os tempos do cu, estamos neste mundo para servir o intestino e não o contrário.

Mais um cuidado com o cu que ninguém se lembra de tomar é dar a ele um descanso. Quando estamos sentados, todo o peso, a pressão do corpo fica no coitado do cu. Você gostaria de passar o dia com 70kg por cima de você? Você chegaria ao final do dia bem? Depois de dez anos você estaria bem? Pois é.

Nosso corpo não foi projetado para passar oito horas sentados em uma cadeira na frente de um computador, o corpo humano foi planejado para longas caminhadas em busca de comida, longas noites de sono na horizontal. Sentar era uma exceção. Agora virou uma regra, e quem sofre é o pobre cu. Não importa o quanto sua cadeira é boa, o quanto você coloque almofada, o quanto você goste de estar sentado: você está danificando seu cu. Pare hoje mesmo.

Não estou dizendo que você tenha que trabalhar de pé, estou apenas pedindo para que dê intervalos de respiro para seu cu. A cada 90 minutos levante e vá fazer outra coisa, caminhe, tome um café, se alongue, dance Macarena. Pouco importa o quê, mas levante, para permitir que o sangue circule pelo seu amigo cu e a pressão alivie. É inclusive bom para a sua produtividade também, já que depois de 90 minutos o cérebro já não rende tão bem, um intervalo vai ser ótimo para a mente e para o cu.

Alimentação obviamente também influencia a saúde anal, afinal, é o que você come que vai formar o que o cu vai ter que lidar para colocar para fora do corpo. Mas nessa área eu não vou entrar, estamos na sexta página desta desgraça. A regra geral, vocês conhecem: quanto mais natural o alimento, melhor. Quanto menos manipulação humana, melhor. Quanto mais fresco, melhor. Beber litros de água todos os dias. Faça o básico e, se não for o suficiente, procure um nutricionista.

Por fim, a última dica para cuidar bem do seu cu é a forma correta de praticar sexo anal. Mas antes, eu quero ficar um minuto em silêncio, relembrando a mim mesma de que faltam apenas três meses para o ano acabar e, com ele, esta humilhação/tortura de escrever sobre assunto que não caberia a mim falar.

Pronto. Sexo anal. Na região anal, o esfíncter é o portão de entrada e saída. É este valoroso anel que impede que você se cague nas calças. Toda sua dignidade reside neste valoroso músculo, que passa 24h do dia fazendo força para fechar e tem uns breves segundos de descanso quando você caga.

O propósito de vida no nosso amigo guerreiro é trancar entrada e saída, então, como você pode imaginar, ele é muito bom no que faz. Na verdade, proporcionalmente, o esfíncter é o músculo mais forte do corpo, inclusive mais forte que o coração, pois a sabedoria da natureza é infinita: é melhor infartar do que se cagar em público.

O esfíncter é um homem com uma missão: manter tudo fechado, para você não se cagar nas calças. Quando você faz sexo anal, você vai de encontro com toda uma missão de vida dele, para a qual ele tem décadas de prática e está disposto a sacrificar a própria vida nesta missão. Então, o mínimo que você pode fazer, se não pela sua saúde, por gratidão, é ter cuidado, jeito e estratégia para não cometer uma violência contra ele.

Para que isto seja menos penoso para todos nós, vamos usar metáforas. Se você quer entrar em uma casa para a qual foi convidado, mas que conta com um forte sistema de segurança, você não sai abrindo o portão à força e entrando, pois, mesmo sendo convidado, pode quebrar o portão, vai disparar alarme, vai vir cão de guarda de morder, etc. Qual é a primeira coisa que uma pessoa educada faz quando vai na casa dos outros? Isso mesmo, anuncia sua chegada. Bate na porta.

Eu disse bate. Você espanca a porta da casa dos outros para avisar que chegou? Não, né? Você enfia o braço até abrir um buraco na porta? Você arrebenta a porta? Não, né? Você dá leves batidinhas e espera. Apenas um aviso gentil: “oi, estou aqui”.

Você bate na porta da casa dos outros com o seu pau ou com um vibrador? Não, né? Pois é, o mesmo vale para o cu. Um dedinho, muito gentil, encostando levemente, só para avisar que tem alguém ali. Você não chega na casa dos outros de mão abanando, certo? Talvez leve um vinho. Pois bem, em se tratando de cu, leve um lubrificante. Leves toques suaves e externos com dedo lubrificado. E o processo pode demorar.

Depois que você avisa ao anfitrião que chegou e ele vai te receber, você não sai correndo, entrando na casa da pessoa e abrindo a geladeira, certo? O mesmo vale aqui. Você entra um pouquinho e devagar, antes de ficar à vontade. Pontinha do dedo. De leve. E espera até o cu estar pronto para receber mais.

Quando você entra na casa dos outros não vai direto para o quarto do dono e deita na cama. Primeiro você fica na porção mais externa da casa, criando confiança. A forma aceitável de entrar na casa de alguém é pela sala. Aqui também há regras, há uma rotina que favorece a anatomia. Se você não quer danificar seu corpo, se começa de lado, a posição que melhor respeita a anatomia de entrada. Qualquer outra entrada em qualquer outra posição é um desrespeito com seu cu e um dia essa conta vai chegar.

Uma vez dentro, você pode ir para a posição que quiser. Plante bananeira, gire como o Pião da Casa Própria, brinque de rodeio, não me interessa. Mas a entrada, tem que ser na posição de lado, caso contrário você está agredindo seu cu e majorando as chances de desenvolver problemas e doenças na região. E, em qualquer momento, tem que lubrificar (com lubrificante à base de água) tanto quem entra como quem “é entrado”, lubrificar apenas um deles não basta.

Longe de mim me meter na sua intimidade, porém, é meu dever comunicar que a região é muito mais sensível do que uma vagina e não foi planejada para fazer sexo como se faz convencionalmente. Portanto, quem trata cu como vagina vai gerar problemas de saúde no parceiro, é questão de tempo. Movimentos rápidos, movimentos fortes, movimentos bruscos vão gerar problemas de saúde. Não reclame comigo, reclame com a natureza, que fez o cu mais frágil que a vagina. O esquema tem que ser outro: mais lento, menos forte, mais cuidados.

Para finalizar, uma última dica que serve para qualquer coisa que se introduza no cu: o que quer que entre deve sempre apontar para o umbigo da pessoa que está tomando no cu, isso ajuda a respeitar a anatomia do corpo e evitar danos. Pense onde está o umbigo da pessoa e “aponte” para lá.

E se for enfiar algum objeto, por gentileza, por caridade, por favor, use uma banana verde, que, caso de perda lá dentro, amolecerá e será cagada. Pode parecer exagero, mas temos um texto aqui sobre objetos que as pessoas enfiam no cu que tem quase 500 comentários de pessoas compartilhando coisas que me assombram até hoje.

O problema anal mais recorrente são as doenças hemorroidárias. Hemorroidas são as veias que cercam o ânus, todos nós nascemos com elas. Quando elas inflamam ou apresentam algum problema, surgem as doenças hemorroidárias. E geralmente elas aparecem graças à má utilização que fazemos desta região.

Os sintomas pelos quais as doenças hemorroidárias são mais facilmente detectadas são sangramento visível no papel higiênico quando a pessoa vai se limpar e sangramento visível nas fezes ou até pela protuberância que aparece na região. Porém, existe um estágio anterior, que é ignorado por muita gente, e não deveria, pois quanto antes de tratar o problema, melhores os resultados: a coceira anal.

Não sei por qual motivo, o brasileiro tende a atribuir qualquer coceira anal a vermes. Não há nenhum fundamento científico para isso. Para que um adulto sinta coceira anal por vermes ele teria que estar com uma infestação monstruosa, algo realmente raro. Coceira no cu por vermes pode ser comum em crianças, mas em adultos, provavelmente tem outra causa.

A coceira anal pode advir de uma série de condições, como dermatite, micose e outras, mas uma das mais comuns é a doença hemorroidária, que, em quadros iniciais, produz um líquido ácido que causa coceira. Não é uma quantidade expressiva para sujar sua calcinha/cueca, mas é o suficiente para gerar uma desconfortável coceira anal.

Então, se você sente coceira anal, procure um médico coloproctologista em vez de pensar em vermes, provavelmente é uma doença hemorroidaria em estágio inicial, que poderá ser tratada com 100% de sucesso.

E depois dos 40 anos eu recomendaria que todos façam visitas regulares a um coloproctologista, pois, assim como qualquer outra parte do corpo, essa também merece cuidados preventivos. Não significa que você terá que fazer uma videolonoscopia (isso fica a critério do médico), significa que você está zelando pela região permitindo que um profissional verifique se está tudo bem.

Eu estou triste, eu estou realmente triste. Não é este o padrão de conteúdo que eu gosto de entregar para vocês. Tá pago. Mais uma vez, deixo meu pedido de perdão. Prometo conteúdo de qualidade na quinta.

Para dizer que surpreendentemete gostou do texto, para imaginar a quantidade de cu doente que eu tive que ver quando pesquisava conteúdo para este texto (você não tem ideia) ou ainda para dizer que o melhor do Desfavor é o C.U.: comente.

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