Javier Milei
| Sally | Desfavor Explica | 64 comentários em Javier Milei
No último domingo, a Argentina realizou suas eleições primárias, isto é, eleições para definir quem serão os candidatos de cada partido à presidência da república. Contrariando todas as pesquisas, Javier Milei ficou em primeiro lugar, como candidato mais votado. Como a maior parte das pessoas nunca sequer escutou falar sobre ele, resolvemos fazer um texto contando um pouco mais sobre esta pessoa. Desfavor Explica: Javier Milei.
Milei é um economista que ganhou fama participando como comentarista de alguns programas de televisão argentinos. Suas opiniões polêmicas, cheias de certeza e que destoam das de qualquer outro político inicialmente eram vistas com bom humor, mas, com o passar do tempo, passaram a ser vistas como uma opção, o que fez entrar para o mundo da política.
O debate que vejo no Brasil sobre o candidato é sempre focado em suas ideias, seu plano de governo e a forma como escolheram rotulá-lo: “extrema direita”. Porém, existem questões que antecedem esse tipo de debate, que antecedem ideologia, que antecedem qualquer plano de governo que não estão sendo comentadas no Brasil.
Então, vamos falar sobre ambos no texto: o projeto político-econômico de Milei para a Argentina e o lado sombrio do candidato, sobre o qual pouco se fala por aí. Você vai ver que seus projetos não fazem qualquer diferença, qualquer execução de qualquer coisa vinda dessa pessoa tem muito pouca chance de dar certo.
Como eu disse, vejo muita gente classificando o sujeito como “extrema direita” no Brasil, mas acredito que não seja por aí. Milei é, antes de mais nada, um maluco. Seus pensamentos não têm coerência e coesão para serem classificados como de direita ou de esquerda. Ele é “contra tudo isso que tá aí”.
O que sim se pode dizer é que ele é um libertário, ou seja, uma pessoa que acha que a liberdade do indivíduo e a liberdade coletiva devem ter mais peso do que o Estado. Ele acredita que o Estado é ilegítimo, antiético e contraproducente. Ele defende que o Estado não zela pelos interesses do povo, portanto, não tem legitimidade para interferir tanto em suas vidas, muito menos para gerir recursos da melhor forma possível.
Assim, por premissa, o Estado, em qualquer modelo que se adote, será sempre burro, corrupto e ineficiente. A solução? Menos Estado. Em vez de tentar mudar ou melhorar, seu foco é reduzir e tirar poder do Estado.
Então, seu objetivo central (quase tudo que ele defende gira em torno disso) é retirar poder do Estado, o que, convenhamos, dificilmente alguém de extrema direita defenderia. Não é sobre esquerda ou direita, mas isso parece ser complexo demais para que as mentes polarizadas entendam: se não for classificável em uma dessas duas caixinhas, a mente das pessoas dá tela azul.
Milei defende que o Estado não tenha poder sobre a sociedade e que ela se organize em alguma modalidade de governança privada, isto é, que as pessoas criem instituições menores para reger suas realidades em vez de se sujeitarem a regras genéricas, ineficientes e injustas. O Estado ficaria com algumas funções burocráticas, mas sem poder de intervir na vida e escolha das pessoas.
Em tese, talvez isso funcione… na Suíça, onde a população tem um grau de educação, cultura e civilidade que, com sorte, permite que eles possam se reger desta forma. Em um país da América Latina, muito pouco provável que dê certo. Nada contra liberdade, sabemos a bosta que é ter um Estado paternalista que trata o cidadão como criança, mas antes de dar liberdade, antes de dar muita liberdade, é preciso educar, caso contrário as pessoas não saberão se gerir.
E educar é a parte difícil. Isso ninguém quer, pode ou consegue fazer. Pular para a parte final, que deveria ser implementada depois da educação não parece inteligente. Um balão vai voar se você o encher, esse é o princípio, é assim que as coisas funcionam. Só porque um balão pode voar não quer dizer que ele vá voar vazio, ele tem que estar cheio. As propostas de Milei equivalem a jogar um balão vazio do alto de um prédio e esperar que ele voe.
Ele defende, não com estas exatas palavras, que a mudança tem que ser na marra, mesmo sem educação: nunca nenhum político se preocupou em educar o povo e não dá para esperar mais 100 anos até que isso seja feito, provavelmente porque nunca será. Então, ele propõe uma mudança no tranco, ciente de que isso vai causar diversos problemas sociais, mas alegando que é melhor do que continuar como está.
Na parte econômica, o calcanhar de Aquiles da Argentina, Milei diz que pretende controlar a inflação e implementar liberdade econômica. O foco é aumentar o consumo, modernizar a indústria e incentivar exportações. Também pretende cortar verbas para o Estado (corte de gastos, privatizações e redução do funcionalismo público), que ele considera um dinheiro jogado no lixo.
Hoje, a Argentina é um país no qual 55% dos trabalhadores registrados trabalham para o Estado, ou seja, um Estado inchado, oneroso, cabide de emprego.
A maior parte da população, por sua vez, recebe algum auxílio governamental, alguns bastante generosos, por sinal, o que faz com que muitos estrangeiros queiram viver na Argentina, graças a esse auxílio, a uma educação gratuita de qualidade e a saúde pública gratuita de qualidade.
Ou seja, uma pequena parcela de pessoas que efetivamente trabalham sustentam uma grande parcela de funcionários públicos e de pessoas que vivem de auxílio governamental. Isso não é viável em modelo algum: esquerda, direita, acima, abaixo, branco, preto, vermelho ou azul. Mas, assim como no Brasil, esse modelo paternalista é vendido como “se importar com os pobres”. Os peronistas gostam tanto de pobre que fabricaram milhões deles.
Acho ótimo mudar esse quadro, porém, não sei se é saudável, viável ou inteligente radicalizar de uma hora para a outra, como propõe Milei. Seria uma mudança abrupta. De fato, na ponta do lápis, se você cortar gastos do Estado, abolir as medidas antimercado que os peronistas arrombados impuseram ao país por anos e retirar todos os subsídios e benefícios para quem não trabalha, sobra um troquinho para tentar colocar a economia nos trilhos. Mas vai gerar caos. E quando há caos, é muito menos provável que as coisas se acertem.
A ideia dele é conseguir recursos para dolarizar a economia, ou seja, deixar o peso argentino com valor similar ao do dólar (hoje um dólar equivale a 700 pesos e cada dia esse valor aumenta). Ao dolarizar, se torna desnecessário imprimir moeda freneticamente, o que reduz a inflação e se ganham uma série de benefícios no comércio internacional. Mais ou menos o que o Brasil fez com o Plano Real, porém o Brasil tinha recursos financeiros para fazer e sustentar isso. A Argentina não tem. O tamanho do arrocho que seria necessário para que tenha me faz pensar que isso não seja viável, mas eu não sou economista e entendo muito pouco da área.
Existem bons precedentes de pacotes econômicos como este, focados em redução de gastos, liberdade econômica, moeda forte e abertura de mercado. Por exemplo, a Estônia, que na década de 90 estava com uma economia destruída, conseguiu implementar com sucesso este modelo, com crescimento de 800% em seu PIB nas décadas seguintes. Mas, a Estônia não é a Argentina. Na Argentina não está todo mundo a bordo desse barco (pensando no Congresso) e existe muito mais gente dependente do Estado. Outro país, outra cultura, outra realidade.
Se o que Milei propõe der certo, em poucas décadas (20 ou 30 anos) a Argentina será um país rico (e provavelmente todos os outros países vizinhos tentarão fazer o mesmo). Se der errado, ele será guilhotinado em praça pública, a Casa Rosada será incendiada e o fantasma do Maradona será empossado em seu lugar. E muito provavelmente vai dar errado. O que quer que ele faça, vai dar errado, pois vem de um lugar muito bagunçado, muito perturbado e muito maluco.
Agora vejamos os motivos pelos quais eu, em minha humilde opinião, não acredito que Milei seja uma boa opção para a presidência. Nem vou discutir os planos dele ou se o projeto é bom ou não. Quero falar da pessoa. Não adianta um bom plano (que nem é o caso) se quem o executa é um maluco sem noção, certo?
Milei toma suas decisões com base em critérios que eu abomino: desde cartas de tarô a consultas com parapsicólogos, evocando entidades sobrenaturais e mortos para que o auxiliem em suas decisões. Mas calma que piora: nem sempre ele evoca pessoas mortas, ele já evocou, através de um médium, um dos seus cães (Conan) que morreu, para que o animal o guie em suas decisões.
E piora ainda mais: ele sequer tem a adequação de negar isso. Ser maluco de seguir conselhos de um cão morto é uma coisa, mas dizer publicamente que o faz é outro patamar de problema mental.
Quando confrontado sobre esta estratégia duvidosa ele disse “Se o Conan me dá assessoria na política é por ele ser o melhor consultor de todos”. A importância de Conan é tanta que sua irmã fez um “curso” de médium e hoje ela evoca Conan para que eles sejam orientados pelo cão.
Segundo Milei, Conan não morreu, ele apenas desapareceu fisicamente e foi levado ao céu para proteger a Deus. Sim, ele diz que seu cão agora é cão de Deus. Entendem o motivo pelo qual não faz sentido discutir os planos de governo de uma pessoa com esta mentalidade?
Ele é um negacionista científico de mão cheia. Diz que mudanças climáticas são uma farsa, negou a existência do coronavírus, se recusou a tomar vacina e apoia quase todas as teorias da conspiração do momento. Então, além de uma vertente mística-esquizofrênica, a tendência é que ele despreze a ciência em seu governo. Nunca, nenhum país na história recente da humanidade progrediu sem estar de braços dados com a ciência. Por consequência, é contra o aborto (atualmente legalizado na Argentina), mesmo quando a gestação é fruto de um estupro. Quando você não consegue entender cientificamente quando a vida começa, fica realmente confuso se posicionar.
Ele acha que a educação não deve ser pública (pretende privatizá-la em seu governo) e sequer obrigatória, pois não acredita que obrigar alguém a estudar seja um caminho produtivo. Pretende distribuir vouchers, para que, quem quiser estude e quem não quiser que se dane. Diz que não faz sentido o Estado gastar dinheiro com quem não quer aprender e está lá por obrigação.
Agora me diz, que criança ou adolescente vai para escola por prazer? Eu mesma, se não tivesse sido obrigada, teria desistido. É fato que as escolas não educam, que o ensino está defasado, que há inúmeros problemas, mas… o caminho é resolver os problemas e não dizer “não gostou? Não vai”.
É a favor que as pessoas possam vender seus órgãos e dos seus filhos (uma temeridade em um país empobrecido), pois seu corpo pertence a você e o Estado não deve se meter no que você faz com ele. E acha que uma população armada é uma boa saída contra a violência, razão pela qual quer liberar de forma muito nada controlada o porte de armas: venda livre, para quem quiser comprar.
Sua vida pessoal é estranha. Vive com vários cachorros enormes (da raça Mastim Inglês), a quem chama de “sua família” e diz que se for eleito a primeira-dama será sua irmã. Por sinal, dedicou sua vitória aos seus “filhos” (seus cães): Conan (o cão falecido que o orienta através de um médium), Murray, Milton, Robert e Lucas. Veja bem, eu tenho cachorro, eu amo meu cachorro, mas eu tenho a adequação de não me referir a ele como uma criança em público.
Por sinal, ele disse que Conan foi seu “maior e mais verdadeiro amor”. Quando Conan morreu ele se recusou a aceitar o fato e mandou clonar o cão. Mais de uma vez. Ele encomendou a uma empresa dos EUA outro Conan, geneticamente igual, por valor exorbitante, e, segundo conta sua biografia, teria gastado uma fortuna em sucessivas tentativas (50 mil dólares cada uma). Seus outros quatro cães seriam 4 clones de Conan.
Ele criou um super-herói para ele mesmo, chamado ”General Anarco-Capitalista AnCap”, com direito a roupa e tudo (se estiver curioso para ver essa desgraça, clique aqui).
Não contente, apareceu vestido assim em um evento de fãs de anime e otakus, pegou o microfone e se apresentou com super-herói que vem de “Liberland”, contando toda uma fábula tão vergonhosa que, no dia seguinte os organizadores do evento emitiram um comunicado dizendo que ele não foi convidado, que não compactuam com sua orientação político e que isso não vai se repetir.
Sempre foi torcedor do Boca Juniors, mas, por não estar alinhado com os pensamentos do técnico, torceu contra seu time, a favor do River (principal rival do Boca), na final da Libertadores. Eu não sei o que isso representa no Brasil, mas na Argentina, isso equivale a bater na própria mãe. Me diz que tipo de pessoa muda de time em uma final? Não torcer pelo seu time eu até entendo, mas torcer para o rival?
Milei também tem comportamentos questionáveis no trato com mulheres. É hostil, desdenha, é grosseiro. Já disse várias vezes que não vai ficar pedindo perdão por ter pênis e que no seu governo o Ministério da Mulher será extinto. Frequentemente trata mal jornalistas do sexo feminino.
Por fim, seu cabelo. Ele nega de pés juntos que seja uma peruca e diz que o cabelo é assim pois ele nunca o penteia, dizendo ainda que quem fica a cargo de seu cabelo é “a mão invisível” (em uma referência a Adam Smith, se quiser saber mais dá um Google). Optar por não pentear o cabelo e verbalizar isso publicamente sem constrangimento mostra, no mínimo, uma inadequação.
Outro ponto que me chama a atenção é de onde vem todo o discurso dele. Existem diferentes fontes para um mesmo discurso e o discurso dele parece vir de um lugar de desequilíbrio, raiva e loucura. Uma coisa é querer mudanças na economia, outra é pegar um microfone e berrar feito um maluco que quer dinamitar o Banco Central. Não vem de um bom lugar.
É muito claro que a saúde mental de Milei não é lá essas coisas. Ele já falou que é candidato por uma “missão encomendada por Deus”, como se ele fosse um escolhido ou algo do tipo. Disse que Deus falou com ele e lhe pediu que entre na política e que não pare até chegar à presidência, ressaltando que o ajudaria nessa jornada. Também alega ter visto a ressurreição de Cristo três vezes, mas diz não querer entrar em detalhes, pois vão pensar que ele é louco (tarde demais, Milei).
Por sinal, quando era pequeno, recebeu o apelido de “O louco” dos colegas do colégio (que também é o título da sua Biografia, um livro assustador), em função de suas atitudes intempestivas e desequilibradas.
Ele vem de uma infância complicada, na qual sofreu maus tratos físicos e psicológicos em casa, o que fizeram com que fique sem falar com os pais e diga publicamente que, para ele, seus pais estão mortos. Por isso, nem acho justo fazer piada com as muitas incoerências, devaneios e falas insanas. É uma pessoa que, sinceramente, me parece padecer de alguns problemas mentais.
Independente de estar ou não alinhado com a proposta de governo ou com a proposta econômica dele, acho que é necessário antes discutir se é uma pessoa que possui sanidade mental, equilíbrio e maturidade emocional para ocupar um cargo tão importante. As propostas de governo de Milei me preocupam menos do que sua mente perturbada, frágil e instável.
Não é sobre tomar lado, sobre ismos (comunismo, fascismo, capitalismo). É sobre saúde mental. O melhor dos projetos pode ter resultados catastróficos nas mãos de uma pessoa que permite que um cão morto lhe diga o que fazer através de uma médium.
O argentino, assim como fez o Brasileiro em 2017, está votando no desespero: de saco cheio de “tudo isso que está aí”, abraçou a única opção que parece se diferenciar do político padrão. Só que calhou dessa opção ser uma pessoa louca, na concepção médica da palavra, que, por ter muito carisma, está revestido de um manto de excentricidade para disfarçar sua loucura.
Tem até quem perceba que ele não bate bem e ache que para peitar todo esse sistema corrompido tem que ser um maluco mesmo, muito fora da caixinha. E tem ainda quem perceba, saiba que ele não vai mudar nada, mas quer ver o circo pegar fogo, quer que congressista passe perrengue, quer ver caos.
Eu não sei se Milei vai ganhar ou não, mas, já que o brasileiro sofre essa estranha obsessão por focar no país vizinho e dizer o que devem ou não devem fazer (como se o Brasil estivesse ótimo), eu sugiro que vocês comecem a discutir a saúde mental dessa pessoa, já que esse é um requisito mínimo para que qualquer projeto prospere.
Para dizer que é o Bolsonaro de peruca, para dizer que ao menos Milei clona cachorro e não rouba cachorro ou ainda para dizer que todo castigo para argentino é pouco: sally@desfavor.com
Sally do céu, essa coisa ganhou… Meus pêsames!
Se bem que desconfio que tu deva ter adorado ele ganhar, pq argentino tem mais e que se fuder mesmo, etc etc rs
Não, não, eu não quero que argentino se foda não. Eu amo meu país e as pessoas que nele habitam. Me identifico demais com o argentino.
Mas parte de mim ficou feliz com a vitória do Milei, depois de ver o que a campanha do Massa fez nas últimas semanas. Uma campanha de medo, baixa, vil, apelativa, engendrada pelos publicitários brasileiros do Lula. Estou orgulhosa do argentino de ter dado um coice nesses filhos da puta e do Milei ter ganhado rasgando (diferença de mais de dez pontos).
Que esses arrombados voltem para o PT, para o Brasil, fazer campanha de medo, com argentino não cola!
E é sério que as eleições aí na Argentina se baseiam em você pegar um panfleto de tal grupo político partidário e colocar em um envelope?!
Tô sabendo da tentativa de boicotar o Austin Powers hermano, que é vergonhosa, mas ainda assim é cringe observar como a votação funciona aí. Nem nos tempos das urnas de papel tínhamos um modelo de votação tão sujeito a manipulação.
E mais gente no Twitter (hoje só “X”) que também acha isso:
https://twitter.com/UltraLafa/status/1690961468995272705
https://twitter.com/nietzsche4speed/status/1689008528227438592
Ah, mas o Twitter é terra de maluco…
Voltando aqui.
Sally, é sério que vocês vão eleger essa versão latina de olho azul do AUSTIN POWERS?!
Eu gostaria muito que não, porém, a chance é real
Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha!!! E não que ele parece MESMO o Austin Powers?
Hahahahahahaha! “Groovy, baby! Shagadelic!”.
Mandei o link desse texto para o Elon Musk no Twitter. Espero que ele leia o presente aqui, dado que esse texto é importante, pertinente e ele tocou no assunto Milei por meio do Twitter pessoal dele.
O problema é: maluco sempre gosta de outro maluco… hahahahaha
Elão, se você vier aqui, nós te amamos, mesmo sendo um maluco do caralho.
Bolsonaro on roids, talvez ele tenha coragem de fazer o Bolsonaro não fez, talvez não consiga fazer porra nenhuma mas vai ser divertido ver ele na presidência da Argentina mandando o Luladrão tomar no cu e recusando ajuda do Brasil (que por sinal não temos a menor condição de dar).
Pra quem estava há menos de um ano atrás tirando sarro com o Mbappé por ser come trava, bem… Eleger esse VIADO pra presidência é uma piada que se faz sozinha.
Em Ribeirão Preto: https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/politica/camara-de-ribeirao-aprova-mocao-para-politico-argentino-que-defende-venda-de-orgaos/
Os argentinos vêm nos superando em tudo nos últimos anos, primeiro foi no futebol, agora nas bizarrices políticas, esse louco é pior que Bolsonaro kkkkkkjjjj
faria
Se precisar voltar, estamos aqui, ok?
Olha, eu tento nunca dizer nunca, pois a gente sabe que muitas vezes a vida nos deixa em situações de escolhas muito trágicas mas… eu sinceramente espero nunca mais precisar voltar a morar no Brasil.
Caralho, o cara é o Kaulo Pogos esotérico.
Típico paciente de CAPS que você tem medo de falar até bom dia.
Eu tava rindo dessa merda até ler a parte do aborto mesmo em casos de estupro.
Gilead, mesmo com cartomantes, continua sendo Gilead.
Curioso, não? O sujeito se diz libertário, diz que o Estado não deve ter o direito de interferir na vidas das pessoas mas… acha coerente proibir aborto.
Paulo Kogos parece um exemplo de bom senso perto de Javier Mi Gay.
Pelo desenho das primárias, ainda que Mi Gay não ganhe, quem deve ganhar é um grupo político mais à direita, se tendo o debacle do kirchnerismo na atual ocasião de forma a tal posição política NÃO ter mais sustentabilidade e não deve deixar saudade.
Ao que parece, a alternativa dos argentinos a Mi Gay tende a ser a Bullrich (até porque a soma de votos nas primárias entre Bullrich e Larreta é superior aos votos obtidos por Mi Gay).
Mesmo Bullrich tendo condições melhores para uma gestão política mais acertada que Mi Gay (que como você relatou, é o caminho mais curto para o desastre), os ajustes pra tentar lidar com a realidade enfadonha da economia semidolarizada, mas sem condições de uma dolarização a sério, tendem a ser difíceis. Direcionar investimentos de forma que o setor privado passe a empregar mais e se tenha um desenvolvimento a sério tende a ser difícil também. Apostar em privatizações na tentativa de reduzir os gastos estatais tende a ser um caminho difícil e impopular, ainda que um congresso mais alinhado à direita minore os efeitos de eventuais protestos de grupos mais alinhados com a esquerda.
Sobre Sérgio Massa cai o peso de não passar confiança para uma mudança na tendência de descontrole no processo inflacionário da argentina, que vem dando as caras desde os fins dos anos 2000.
Eu não acho que se possa dizer quem vai ganhar. É um jogo muito sujo e ainda faltam alguns meses.
A eleição é entre esses três. Deve ficar entre Mi Gay, Bullrich (não tenho motivos suficientes pra chamá-la de Bullshit, o apelido ofensivo mais óbvio) e Sérgio Massa Falida.
Um dos três vocês vão ter que engolir na casa rosada.
Nunca pensei que fosse ver um Ancap religioso (ou ao menos com esse tipo de religiosidade).
Religioso, místico e com valores conservadores, a favor de intervenção estatal em questões como aborto, por exemplo. É maluco. É completamente maluco.
Pra quem conhece a turminha que lá nos anos 2000 girava em torno do Olavo de Carvalho, isso NÃO é surpresa.
“El Peluca” é de lascar… Pq nós latino-americanos não temos um segundo de paz? Só piora… Até o Chile, que sempre pareceu ser o país onde melhor se vivia, meus amigos chilenos estão pensando em ir embora…
Os políticos são um reflexo do povo. Esse é o nosso reflexo.
Eu conheci ele hoje pela TV e comentei com meu marido sobre o cabelo estranho dele. Não sabia que era tão descompensado.
Agora eu estou esperando a próxima matéria no Delas.ig ou Universa:
Espiritismo: Como contatar nossos filhos de quatro patas que já se foram e superar a perda.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Nada melhor pra desacreditar do espiritismo que a infame literatura espírita.
Como se não bastasse a vergonha de passar pano pra escravidão numa vibe que faz com que Gone Into The Wind pareça uma obra leve, ainda tenho em lembrança o horrível apanhado de cartas “psicografadas” pelo Xico Chavier (Processa EU!) atribuídas a crianças e sempre com o mesmo padrão de linguagem, que por motivos óbvios não é uma linguagem típica de uma criança em idade escolar.
Não tenho nada contra os espíritas, mas não consigo levar a sério os autos da fé deles, assim como também não consigo levar a sério os autos da fé de outras religiões.
Me esforcei pra não comentar isso mas é mais forte que eu.
Se tirar a peruca do Javier ele fica a cara do Alborghetti.Ou não?
A foto que ilustra o post já me lembra muito,mesmo com peruca.
Sim, ele tem uma pegada Alborga, tanto no rosto como no descontrole
Não admito que você ofenda o grande dalborga dessa forma
Um pinel desses tinha que estar trancado em um cela acolchoada, e não na política! E essa imagem dele fantasiado de super-herói me lembrou aquela expressão “tá mais louco que o Batman!”…
É uma pessoa grotesca.
Gemte, lembrei agora do “Super Bigote”, do Nicolás Maduro, lá na Venezuela, que tinha boneco e até desenho animado:
https://observatoriodegames.uol.com.br/wp-content/uploads/2021/12/Nicolas-Maduro-super-heroi–1024×768.jpg
https://pbs.twimg.com/media/Fk_Vs9_XgAA8052?format=jpg&name=medium
https://observatoriodegames.uol.com.br/famosos/tv-venezuelana-lanca-desenho-de-maduro-como-super-heroi-que-combate-americanos
Impressão minha ou essa versão venezuelana do Ratinho não pode ver uma vergonha que já quer passar.
Aqui já achamos um denominador comum entre Mi Gay, Mi Duro e o careca viado da Havan que atende pelo nome de Luciano Hang.
Hahahahahahaha!
Já aconteceu de confundirem o Nicolas Mi Duro com o apresentador televisivo que é pai do governador do Paraná, apesar de Mi Duro não ser tão velho ainda.
“General Anarco-Capitalista AnCap, “Super Bigote”, “Véio da Havan”… Todos esses malucos têm um alter-ego super-heróico. Ou, melhro dizendo, super-egóico… e É Cada um mais bizarro que o outro. O Somir bem que poderia fazer agora uma ilustração com todas essas figuraças latino-americanas reunidas. Com uma “Liga da Justiça” dessas, seria melhor chamar o Coringa e o Lex Luthor!
Tem o Paulo Cavaleiro Deus Vult Kogos, mas não chega nem perto de tanta bizarrice.
Super apóio essa ideia! Por favor, Somir, faz essa ilustrção! Nunca te pedi nada…
Uma ótima ideia pro Ei Você!
Pior só aquele sem noção do Isaac Antunes com moção de congratulação ao Mi Gay na Câmara de Ribeirão Preto.
Parece ficção, mas é só mais um dia comum na América Latina
Sim, depois do Maduro conversando com Hugo Chávez morto através de um passarinho, agora teremos Milei falando com cachorro morto através de um ser humano.
Agora os hermanos vão ter um Bolsonaro pra chamar de seu!Se isso não é castigo suficiente é por causa do peronismo.No fim das contas padecemos do mesmo mal:tanto os brazucas quanto os argentinos encaram política como se fosse um Boca x Ríver ou um Palmeiras x Corínthians.Escolhem um lado e torcem como se não houvesse amanhã,cada qual passando seu paninho conforme a necessidade e fingindo que não vê tudo aquilo que salta aos olhos.
O que sobra para nós,pessoas com um mínimo de discernimento,é lamentar e esperar pela tragédia anunciada.
PS:todo mundo sabe que Palmeiras é o maior do Brasil e Ríver Plate o maior da Argentina.
PS2:agora podem começar os xingamentos!
É o mesmo sistema em ambos os países: vota em um partido, fazem um governo merda, votam na oposição, fazem um governo merda, e assim eternamente.
Mas não é certo que Milei ganhe. Entretanto, só a possibilidade já chama a atenção.
Exatamente!O que me espanta é as pessoas não perceberem que estão nesse círculo vicioso suicida e nem ao menos tentar interromper esse processo.A polarização cega,doutrina e gera esse comportamento bovino que vemos na política.E,claro,isso é terreno fértil para o surgimento de Bolsonaros,Lulas,Mileis e afins.
Falta memória, falta entendimento, falta consciência: se um lado não dá certo eu corro para o outro. É solução imediatista, preguiçosa.
Quanto mais desesperadora a situação de um país, maior a chance de que tresloucados assim apareçam como “salvadores”.
Puta que o pariu! Ele é pior do que eu pensava… Sou ateu, mas que Deus tenha piedade da Argentina se esse maluco do caralho realmente acabar eleito…
Francamente, tudo que aconteça com a Argentina será fruto das péssimas escolhas do povo, que deixou por muitos anos no poder uma esquerda populista canalha e incompetente. A única coisa boa que fizeram foi cuidar bem da população na pandemia, todo o resto foi um completo desastre.
“Para dizer que é o Bolsonaro de peruca”
Eu ia dizer que em algumas fotos por aí, ele fica parecendo o véio da Havan de peruca. Mas não qualquer peruca: parece que ele tosou o cachorro (o Conan, talvez?) e colou os pelos na cabeça
Ele é tipo um Silvio Santos: todo mundo sabe que usa peruca, mas ele sempre nega que use peruca.
“já que o brasileiro sofre essa estranha obsessão por focar no país vizinho”
Ressentimento por qualquer lugar relativamente desenvolvido e com grande população branca (e o Japão também apesar de não ser maioria branca) Só ver os comentários de qualquer notícia sobre algum país rico que planeja facilitar a entrada de imigrantes. É quase uma torcida pro país se afundar em criminalidade, crise econômica e perda da identidade étnica/cultural. Freud explica?
Minha opinião: Argentina é usada como referência para cada lado provar seu ponto.
Durante quatro anos bolsonarista ficou berrando que argentino ia comer cachorro, que era Venezuela, que o país estava devastado, como forma de gerar medo do que um governo de esquerda pode fazer. Se o Milei ou a direita vencerem, petistas farão o mesmo. A Argentina está EXATAMENTE IGUAL, seja Macri, Cristina ou Papai Smurf, mas cada lado quer convencer que ela piorou com X ou com Y.
Pode ser isso também.
Mas também acredito que brasileiro é meio complexado por ter tido muita influência africana. Espanhóis exploraram poucos africanos, comparados com os portugueses. Hispano-americanos tiveram mais mistura com indígenas e, conscientemente ou não, sentem que pertencem a este continente e lutam por ele. Não foram trazidos à força, igual os africanos.
Pelo visto, o Milei mais ou menos o mesmo que um Monark loirinho de olho azul, só que piorado. A mesma falta de noção que dá as cartas no meio “libertário do próprio bolso” só que piorada pela credulidade de tal ser em paradas esotéricas.
Ele deve ser um maricón. Gaydar apita forte (muito forte aliás) quando eu olho para este ser.
Tem certas coisas que atraem votos pra ele, como a problemática da militância tóxica do meio identitário, que está nas entrelinhas por trás do posicionamento reacionário do Milei no campo da sexualidade.
Não fosse pela enorme crise, seja do ponto de vista político, seja do ponto de vista econômico no qual a Argentina está metida, Milei não teria fôlego pra chegar onde chegou e se porventura conseguisse ir adiante, perderia votos pelos seus disparates.
Ele pelo visto chega a fazer com que o Jair Bolsonaro pareça um exemplo de bom senso.
Não acho que ele seja nada como Monark.
Monark é sem noção, Milei tem uma doença mental.
Em termos de posicionamento político, tanto Mi Gay quanto Monark são da turma dos libertários do próprio bolso. O Monark fica no grupo dos sem noção por ficar na bolha e não ter lá muito trato social com quem está de fora de tal bolha. Já o Mi Gay claramente tem problemas de ordem mental mais séria, o que também não é incomum entre as pessoas dentro de tal parte do espectro político.
Já teve gente aqui o comparando com o Paulo Kogos, mas até o Paulo Kogos pelo que tenho percebido parece ser exemplo de bom senso perto dele, apesar de ser também uma outra pessoa com sérios problemas de ordem mental.
E porque Mi Gay? O shape do cidadão e seu relato entregam bem que o cara é um GAY que tem problemas sérios pra lidar com a trupe identitária tóxica que anda tomando espaço no meio LGBTQUIABO, sendo que o considero quase que uma mescla de Monark com Clodovil Hernandez (PROCESSA EU!).
Recomendo que caso você queira detonar este ser, se registre um domínio com o termo Mi Gay em substituição a Milei pra zoar com tal MARICONZÓN.
Traduzindo: Os efeitos de uma eventual eleição desse cara seriam similares aos da eleição do Bolsonaro no Brasil. Uma gestão patética com tentativas de desestatização do que resta sob o controle estatal, só que letárgica graças a completa inabilidade política de tal pessoa para com as questões econômicas e sociais do país, sendo que isso não ajuda em nada a livrar a Argentina da inflação galopante e descontrolada em sua economia semidolarizada.
Um político assim deve fazer com que os argentinos tenham saudades do Macri.
Eu não acredito que Milei possa fazer absolutamente nada do que está propondo, uma vez que, assim como no Brasil, Presidente não governa sozinho, ele depende do Congresso, do Judiciário, do empresariado e de muitos outros grupos.