
Pronomes criminosos.
| Desfavor | Desfavor da Semana | 14 comentários em Pronomes criminosos.
Após polemicas recentes com a mudança de regras do Twitter, sob o comando de Elon Musk, permitindo que usuários errem intencionalmente os pronomes de pessoas transgêneros – além de utilizar de seus nomes mortos -, pesquisa mostra que 44% dos jovens nos Estados Unidos acreditam que atitude deveria ser crime. Um estudo divulgado pela Newsweek com pessoas consideradas Millennials (Geração Y), entre 25 e 34 anos, acreditam que o ato de “se referir a alguém pelo pronome de gênero errado deve ser uma ofensa criminosa”. LINK
Crime. Essa gente quer que seja… crime. Desfavor da semana.
SALLY
Uma pesquisa indicou que 44% dos Millennials (pessoas nascidas entre a década de 80 e 90) acreditam que errar pronomes de forma intencional deveria ser crime. Sim, isso mesmo que você leu: crime.
A pesquisa foi realizada nos EUA, ou seja, se aplica perfeitamente ao Brasil, que parece ter apenas a cultura americana como referência. Ou seja, se esse raciocínio equivocado ainda não chegou ao Brasil, é questão de tempo até chegar.
Se fosse algo vindo do jovem, nem seria tema hoje, afinal, o jovem é um retardado mental por excelência e nós desconsideramos completamente tudo que ele faz. Mas não são jovens. Pessoas nascidas na década de 80/90 já tem idade suficiente para ter mais discernimento e ser menos chiliquentos.
Mas, ao que tudo indica, não. Parece que o desenvolvimento mental parou na adolescência. Quão mimada tem que ser a sua visão de mundo para querer que errar um pronome se torne crime?
Já falamos sobre isso em outros textos, mas é necessário voltar a falar no assunto: criminalizar uma conduta não a faz desaparecer. Tá aí o Brasil, campeão absoluto em estupros e violência contra a mulher, mesmo cheio de lei proibindo. Criar lei não resolve, criar lei não educa. Lei é punição, não surte efeito algum punir antes de educar, é pura infantilidade revanchista.
Além disso, criminalizar uma conduta significa gastos públicos. Com processo, com defensor público, com presídio e muitas outras coisas. É dinheiro que poderia ir para educação ou infraestrutura mas acaba caindo em um buraco sem fim chamado “sistema penitenciário”, uma máquina de fabricar psicopatas que só piora a sociedade.
Por fim, o fato de uma pessoa se sentir homem/mulher/golfinho, não me obriga a tratá-la como homem/mulher/golfinho. Percebam o buraco no qual estão se enfiando: se uma pessoa trans-espécie, que se sente um cachorro ou um lobo, te processar criminalmente por dizer que é um ser humano, será justo?
A ideia de criminalizar quem erra pronome é absurda, desconectada da realidade, histérica e mimizenta. Além de todos os argumentos racionais que já debatemos aqui no Desfavor ao longo dos anos sobre a total ineficácia da criminalização de uma conduta, tem um argumento muito mais simples: você não é assim tão importante. Saiba lidar com quem te escrotiza sem precisar chamar o Papai Estado para se meter e te defender, você é um adulto, porra!
Não é possível que o mundo tenha que se adaptar e criar infinitas normas para não aborrecer minorias. Não é viável. Simplesmente não vai funcionar e ainda vai custar caríssimo aos cofres públicos. Você é responsável por sua autoestima, por sua saúde mental e por seu autoconceito. Se o que um estranho diz desestabiliza qualquer um deles, a solução não é punir o estranho e sim procurar ajuda para se tornar uma pessoa mais forte e mentalmente saudável.
Estamos criando atrofiados emocionais incapazes de lidar com críticas e até mesmo ataques. Sim, ataques fazem parte da vida. Já escrevemos um texto sobre os Millenials e o problema que vai ser quando a Geração X morrer e o mundo ficar nas mãos deles. É simplesmente absurdo pretender aval do Estado para mitigar seu faniquito. Uma pessoa te chamou pelo pronome errado? E DAÍ? As coisas têm a importância que você escolhe dar a elas.
Metade dos brasileiros caga no chão, passa fome e/ou sofre os mais diferentes tipos de violência física e sexual sistematicamente. Sério que alguém acha que cabe criminalização por chamar pelo pronome errado? Os EUA são um país mentalmente doente (e fisicamente também, bando de obesos que comem mal) no qual toda semana tem maluco dando tiro em escola, sério que o grande problema é o pronome?
Pela milésima vez: lidar com hostilidade alheia faz parte da vida adulta. Não é possível erradicar a hostilidade do mundo, o ser humano escrotiza o próximo e isso não vai mudar tão cedo, muito menos na base da lei. Se lei impedisse algo, ninguém matava ninguém, ninguém estuprava ninguém, ninguém roubava ninguém. Se não conseguimos impedir crimes mais graves, quem dirá algo menor. Ainda mais quando se tem um Judiciário ineficiente e abarrotado.
Lidem com isso: na vida adulta eventualmente todos nós seremos escrotizados, hostilizados e afrontados por mais de uma pessoa. E a forma saudável de lidar com isso é não dando importância ao que essas pessoas dizem, pensam ou falam e não tentando impor o seu querer, o seu desejo de um mundo ideal, a projeção do que te traria bem-estar. Não vai acontecer. Não importa quantas leis se criem. Adulto mentalmente forte e saudável consegue seu bem-estar internamente, o que quer que esteja acontecendo no seu exterior.
Não existe vida adulta sem ter que lidar com opiniões escrotas de terceiros, provocações e até algum grau de falta de respeito. Somos seres humanos, seres humanos são assim. Tomara que evoluam e se tornem melhores, mas não parece ser algo que vá acontecer nos próximos cem anos. As coisas são como elas são, não como nós gostaríamos que elas fossem – e criar lei para tentar transformá-las no que gostaríamos que elas fossem é de uma burrice abissal.
A realidade é que pessoas que erram os pronomes de propósito continuarão a existir, com ou sem lei – e elas são o menor dos problemas atualmente. E se a lei coibir isso, o que eu acho muito difícil, essas pessoas encontrarão outra forma de hostilizar. Daí vão os Millenials e demandam uma lei que proíba essa outra forma e os escrotos inventam uma terceira forma de perturbar. É isso, é passar uma vida enxugando gelo, se aborrecendo, se ofendendo e judicializando questões que nem deveriam ser um incômodo.
Francamente, como pode uma pessoa com 30 anos na cara se incomodar com o pronome que fulaninho usou para se referir a ela? Essa pessoa tem a cabeça mais fodida do que o idiota que a provoca. Como pode alguém dar tanto poder a um desconhecido se deixando alterar, chatear e ofender por aquilo que ele diz?
Olha… eu faço um esforço enorme para não gostar do Elon Musk, pois um babaca imbecil, mas quando vejo uma coisa dessas meu coraçãozinho reserva um lugar para ele e para o Twitter, que, por ordem dele, permite expressamente que se erre intencionalmente os pronomes. Não vai ficar um chorão por ali. Nunca vou perdoar esses Millennials imbecilóides por me fazerem sentir algum tipo de afeto pelo Elão!
Realidade chamando Millennials! Se você se incomoda com o que estranhos dizem, o problema é você, não os estranhos. Você, adultinho, trabalhe sua mente para estar bem, não importa qual seja seu entorno. A solução está dentro, não fora.
Para dizer que eu sou transfóbica (sou faniquitofóbica), para dizer que só vai ser feliz quando o mundo todo se adequar a aquilo que você acha certo ou ainda para dizer que tarja preta em breve será o medicamento mais vendido no mundo: sally@desfavor.com
SOMIR
Vamos falar de fascismo? Talvez seja relevante nessa análise.
Se você, assim como eu, não consegue definir muito bem o que é esse fascismo tão usado por aí como descrição de ideias, movimentos e pessoas, não se preocupe: não existe uma definição universal. O fascismo é várias coisas diferentes para várias pessoas diferentes. Eu até diria que o verdadeiro fascismo foram os inimigos que fizemos no caminho.
O próprio Mussolini, ditador italiano que é considerado o primeiro grande líder do movimento, não respeitava muito a diferença entre direita e esquerda. No começo, rejeitava o comunismo e prezava valores mais conservadores. Mas, depois que foi deposto pelos italianos durante a Segunda Guerra Mundial e foi reconduzido ao poder como fantoche dos nazistas, ficou bem mais raivoso com as elites e simpático à causa do proletariado.
Apesar de muitos valores considerados de direita fazerem parte do “mito fascista”, na prática a única coisa realmente consistente no movimento foi o autoritarismo: com a figura de um líder poderoso inquestionável e repressão por todos os meios possíveis à dissidência. O fascismo prega que precisamos de uma mão forte nos guiando. Mas não é a mão forte divina do totalitarismo ancestral de reis e imperadores, é uma corrupção da ideia de dar poder ao povo: em tese, o fascismo também se vende como a vontade da maioria, mas rejeita métodos democráticos de fazer essa vontade valer.
“Quer dizer que fascismo é de esquerda?”
Não, tiozão do Zap, fascismo não é de esquerda, nazismo (uma versão hardcore do fascismo) também não é. Mas também não é sinônimo de direita e conservadorismo religioso. Fascismo é o que precisa ser de acordo com o povo que quer controlar. É sobre poder. Sempre foi. As pessoas cismaram tanto com esquerda e direita desde o começo do século passado que esqueceram a disputa mais relevante do espectro político: liberalismo e autoritarismo.
Fascismo pode existir em qualquer lado da esquerda e da direita, até porque se você for olhar o comunismo com uma lupa, vai ver muitas semelhanças. Dependendo de onde você for se informar sobre o fascismo, vai ver algo incomodamente parecido com ditadura do proletariado. E essas semelhanças não são sobre ideais de direita ou esquerda, são sobre decisões de quanto o Estado vai interferir na vida do cidadão.
O ditador fascista e o ditador comunista se encontram nos extremos do autoritarismo. Os dois vêm da mesma ideia renovada de mundo pós Primeira Guerra Mundial: ao invés de lutar (forçados) por reis, dinheiro ou pela sobrevivência imediata da sua vila, o povo lutava pelo ideal de uma nação unida. Do outro lado vive a anarquia e o libertarianismo, sem Estado para controlar ninguém. Cada um faz o que quiser e que arque com as consequências.
O eixo entre anarquia e ditadura não deixa de ser uma graduação de desordem para ordem. Muita gente se sente mais confortável sabendo que existe ordem no mundo, que temos regras e que alguém vai nos premiar ou punir por viver de acordo com elas. Não é à toa que tanta gente gosta de ir para o lado do autoritarismo, é o total inverso da lei da selva. Se o ditador da vez não estiver te atacando, a paz de ter regras bem claras que todo mundo tem que seguir vale a pena para muita gente.
Pessoas gostam de líderes fortes, pode ser uma figura carismática, um déspota poderoso ou mesmo a ideia de um Estado-babá. Eu não sou uma delas. Não sou do time libertário, mas entendo que Estado precisa de muitos limites no poder que tem, o mínimo possível para proteger os mais fracos e guiar os mais fortes. Passou disso, o autoritarismo vai se instalando e afundando a evolução social humana.
Tudo isso para dizer meu comentário sobre a notícia desta semana: eu não gosto dessa ideia fascista de criminalizar erro de pronome. Mesmo o proposital. Eu acho que o comportamento é no mínimo infantil, mas convidar o Estado para entrar no meio da sua conversa (afinal, isso que é criminalizar) é um caminho direto para o autoritarismo. É a ideia de que uma sociedade inteira precisa pensar de forma parecida em busca de um “cidadão ideal” moldado por uma mão forte no poder.
O fascismo usa simbologia de união e violência: é a vontade da maioria aplicada com a força. Vivemos em países cujo monopólio da força está com o Estado, então toda vez que você criminaliza uma coisa, dá direito aos seus líderes de aplicar violência para controlar seu comportamento. Tudo bem que não é discurso da direita defender violentamente transexuais, mas esse método de usar a força do Estado para definir como pessoas devem conviver nos menores detalhes é a cara do fascismo.
Até por isso que eu digo que tanto faz o símbolo impresso na bota, eu não quero lamber nenhuma. Se você se distrair com as discussões de costumes da direita e da esquerda, pode não perceber como muita gente só quer um líder poderoso para forçar todo mundo a pensar como ela. E cada cessão de poder para esse tipo de mentalidade é mais um passo rumo ao abismo do poder absoluto na mão de poucos. Só muda quem tem a ilusão de poder: esquerda ou direita. Em Estados totalitários, todo mundo é vítima. Sim, pode ser que eventualmente você goste da lei arbitrária de comportamento criada pelo déspota da vez, mas uma hora ou outra a coisa se volta contra você. Uma hora ou outra um fanático mais fanático que você criminaliza algo que você sabe que não deveria ser, mas aí é tarde demais.
O mundo não sabe o que fazer com a liberdade conquistada nos últimos séculos, as pessoas parecem estar assustadas com a responsabilidade e dispostas a entregar o poder de volta para reis e imperadores, desde, é claro, que eles usem a fantasia preferida deles.
Eu prefiro ser antifascista de verdade.
Para dizer que fascismo é o novo nazismo (era o velho), para dizer que um dia esse texto vai ser crime, ou mesmo para dizer que prefere um símbolo do que outro na bota que vai lamber: somir@desfavor.com
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Gostaria de fazer um contraponto. Quem está pautando a discussão é quem fez a pesquisa. Se fizerem uma pesquisa diferente, vão descobrir que X% dos milennials gostam de cheiro de pum. É relevante? Quem caralhos pagou pra fazer uma pesquisa dessas?
Mas você não acha um absurdo que, mesmo nesse tipo de pesquisa, algum ser humano acho bom criminalizar erro de pronome?
Eu não sei se vale a pena gastar muito tempo com isso, mas dependendo de como a pergunta é formulada, a gente faz as pessoas responderem o que a gente quer. É para isso que servem pesquisadores profissionais!
De qualquer forma, o que se vê em redes sociais converge para isso, para focar em pronome como pior atentado contra a humanidade, deixando de lado questões realmente importantes.
Eu sei que o que vou dizer parece uma obviedade, mas nas pesquisas o diabo está nos detalhes. Lembrando que 4/9=0,44=44%.
Quanto fricote! Sinceramente, eu tenho medo de para onde a nossa sociedade está indo…
Desconexão total da realidade, tanta coisa mais importante acontecendo e acham que errar pronome é grave o suficiente para virar crime.
Adultos se portando feito adolescentes rebeldes sem causa! É o fim da picada! Falam tanto em “deixar um mundo melhor pros nossos filhos” mas nenhum desses palermas dá um pio sobre deixar filhos melhores pro mundo…
Falar em Rebelde Sem Causa me lembra a aquela banda caricata que batia ponto no fim de noite do SBT junto a aquele apresentador que é o mais perfeito pra apresentar programa de TV naquela faixa de horário pelo simples fato de a exemplo do Jigglypuff, ser rosado, redondo e dar sono.
Fascismo e Nazismo são alegorias daquilo que chamamos por populismo, sendo que nós mesmos tivemos nosso “fascista de estimação” na mesma época em que Hitler e Mussolini chegavam ao apogeu em seu poderio político, sendo que o mesmo atendia pelo nome de Getúlio Vargas.
E as diferenças no populismo de direita e no populismo de esquerda são circunstanciais, sendo que o que se muda é a tônica enfocada para efeitos de comunicação com as massas, sendo que enquanto na primeira o enfoque principal é no moralismo e no apelo a autoridade, na segunda a tônica é em favor de vender a falsa ideia da liderança como um suposto representante dos interesses do povo, em especial dos pobres e dos trabalhadores.
Tudo marketing e nada verdade. O voto na forma de sufrágio eleitoral é tão somente para dar a ilusão para as pessoas de que estamos em uma democracia, com o objetivo de dar legitimidade a farsa política na qual vivemos.
Em tempo, essa turminha retratada dentro do grupo dos “younger millennials” e o grupo correlato dentro do grupo etário dos “zennials” (a faixa mais velha na geração Z) é bem autoritária e bastante contaminada pela PSEUDOCIÊNCIA da Teoria Queer, que foi rebatizada como Identidade de Gênero por motivos similares a aqueles que levaram ao rebatismo do Criacionismo como “Design Inteligente”.
Essa parada de querer criminalizar uso de “nome morto” ou de “pronome” é justamente para dar a esses desempoderados, como bem diz a Sally, uma ilusão de poder no jogo das relações públicas, mas na real, essa turma não passa de um bando de CAPITÃES DO MATO da QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL.
Até que demorou para alguém como o Elon Musk tomar uma atitude cortando essa militância tóxica da interseccionalidade. Pra falar a verdade, demorou demais, porque é justo essa turminha que alimenta “discurso de ódio” contra todos aqueles que não são parte neste grupinho de pseudointelectuais da esquerda ativista na linha “Black (american) lives matter (more than black african lives)” e que ficam usando do jogo de forçar a polarização política com vistas a tirar vantagem as expensas disso, sendo que a parada de ficar pedindo a cabeça de grupos não alinhados com os interesses deles (GOP nos EUA e todos os grupos não alinhados ao lulismo aqui) já é um clichê entre esse pessoal.
Essa turminha, que a nível de Brasil eu chamo de esquerda vira-lata, consegue o feito de ser mais tóxica até que os poucos neonazistas que dão as caras por aqui, até porque tais militantes sublimam sua ojeriza aos judeus por trás da máscara de um pretenso apoio ao “sofrido” povo da “palestina”. São pessoas que chegam ao absurdo de conjecturar que o estado de Israel não existe e que tomam parte em atitudes de boicote como essa.
E caso perguntem porque eu coloquei o termo discurso de ódio entre aspas, bem… É pelo simples fato de que é basicamente o expediente utilizado para que as big techs não assumam responsabilidade cível ou criminal por conta da ação desse ativismo tóxico que tem dado as caras na internet dos últimos 10 anos.
Crime deveria ser agressão, negar serviços, etc.
Agora, errar pronome? Que feminilidade/masculinidade frágil dessas pessoas trans, viu? Se forem viver sempre dependendo da validação de outrem, vão se dar bastante mal.
Sempre vai haver um religioso, um tradcon, um ignorante ou um zoeiro que de propósito vai errar o pronome. A pessoa deixa de ser mais homem ou mulher por isso? Pronome que define gênero agora?
Se são homens ou mulheres, acertarem ou não pronomes importaria? Eu não vou deixar de ser Ana porque alguém me insiste em me chamar de João. Claro que o argumento contrário pode ser algo, mas apenas pra quem ainda tiver dúvidas da própria identidade, e existe terapia para ajudar a encontrá-la.
Alguém te rejeitar por ter certo órgão genital pode ser preferência da outra pessoa, apenas. E mesmo que seja por completo preconceito, não deveria mudar quem você é.
“ah, mas a disforia”, de novo: existe terapia pra isso, acredito. Também é futuro que vamos parar de associar ter vagina ou pênis com ser exclusivamente mulher ou homem (e eu nem falo da parada mais progressista “você é o que você sente”, eu falo que existem pessoas XX que possuem pênis, por exemplo).
Se ficar sempre validando a disforia, então não vai importar fazer redesignação, mudar de nome, etc. Todo esforço será inútil se tudo engatilha a “disforia”.
Eu era tratado como senhora pelo telefone quando mais jovem e por mais irritado que ficasse, não ficava armando inquisição por conta disso, como esses Revolucionários de Apê fazem.
Cabe salientar que esses são os mesmos desempoderados de classe média e média-alta que ficam se expondo a situações cringe com vistas a autopromoção e que vivem de difamar quem não entra no jogo de engenharia social deles, sendo que incel (hahahahahaha! Aonde que em nossa sociedade contemporânea alguém vai se submeter a votos de celibato involuntariamente, ainda mais num momento em que a igreja católica apostólica romana vem tendo uma debandada de seguidores tomando a direção principalmente de denominações pentecostais e neopentecostais) é um dos xingamentos mais comuns.
No fundo, essa turma é tão preconceituosa quanto o Gustavo Negreiros, aquele radialista que foi insinuar que o ativismo da Greta Thunberg era por falta de sexo.
Você não entendeu. A ideia é acionar o estado e todo seu aparato para mostrar o quanto são poderosos e influentes numa vibe NELIPE FETO (Processa EU!) a ponto de silenciar e retaliar contra aqueles que eventualmente tentem atentar contra a imagem construída deles por meio de processos cíveis e criminais.
E como apresentado em comentário acima, não é por questão de baixa autoestima e sim por questão de autoritarismo. A turma da esquerda cirandeira deixa os neonazistas no chinelo quando se trata de paradas como engenharia social e manipulação mental das pessoas com objetivo de forçar uma validação de grupo que as favoreça no jogo político, silenciando eventuais dissidências na infame DITADURA DO “BEM”, onde os bens enfocados são aqueles de interesse da patuleia metida a militante que age como capitães do mato no contexto da Quarta Revolução Industrial.
Andréa Werner, aquela mulher que expunha sua vida com o filho autista mais ou menos como a Bruna Surfistinha fazia com a vida sexual nos tempos de prostituição, está processando uma certa pessoa dos bastidores do meio autista por conta de ter sido exposta em certa página destinada a soltar os podres do pessoal lá da turminha militante, que no geral queria usar grupos de autismo pra formar gado com objetivo de ficar forçando aos quatro ventos “Fora Temer”, “Fora Bolsonaro” e coisas nessa linha pra dar um ar de manifestação democrática a seus próprios intentos egoísticos.
Só tem um problema: Ela foi exposta lá por ir querer usar da petição de um medicamento (a RISPERIDONA) que segundo relatos faz mais mal do que bem para autistas e no geral é usada apenas em casos “severos” com o objetivo autopromover com a então coleguinha de partido no PSOL e foi usar da posição pra silenciar uma eventual discussão quanto a questão do medicamento, que segundo o relato de um pai de dois autistas severos, é uma medicação que na dosagem mínima “terapêutica” (0,25 ml de uma solução que tem 1 mg do princípio ativo por ml) faz mal pro filho dele no qual tem que se fazer uso de tal medicação. Segundo o mesmo pai, há casos de ÓBITOS por overdose da medicação onde se deu 10 ml ou até mesmo 25 ml da solução pra crianças autistas.
E aí, do que adiantou a Andréa (uma espécie de Luiza Mell da causa autista) fazer militância contra uma pretensa “Mineral Miracle Solution” (que na verdade é um conjunto de produtos químicos usado em pequenas dosagens para efeitos de TRATAMENTO DE ÁGUA e que por sua toxicidade, são desaconselhados para qualquer outro tipo de uso, ainda mais pra ser usado como enema por uns picaretas yankees que vivem de faturar em cima de pais desesperados com a condição do filho autista “severo”) e contra a infame “Constelação Sistêmica Familiar” (uma pseudagem feita sob medida pra tirar dinheiro de riquinho crédulo que leva a sério tais paradas… esotéricas) e vir me defender isso com vistas a se promover como “boa pessoa”, né?
Se observarem bem, vocês percebem logo que a esquerda militante não se opõe a parada de Constelação Familiar por ser pseudociência, até porque eles defendem a pseudociência “inócua” da Astrologia e “saberes” ditos tradicionais ligados a conceitos neopagães que são convergentes com o conceito de Constelação Familiar, bem como a pseudociência nada inócua da “Teoria Queer” reembalada como Identidade de Gênero, sendo que se essa turma fosse contrapor a essa parada por ser algo pseudocientífico, não ia ter moral nenhum pra isso.
A oposição a isso é na verdade por conta de relatos de pessoas que foram forçadas a lidar com uma situações até mesmo de abuso sexual no seio familiar (o que inclui incesto e pedofilia) e por conta do desenvolvedor de tal conceito ter sido parte no Terceiro Reich (aquilo que conhecemos por Nazismo), sendo que se não fosse por isso, com certeza estariam fazendo vista grossa pra tal pseudagem também.
Quanto a petição da Werner, bem, estava óbvio que não era uma petição séria. Foi entrar em contato com Ministério Público, Secretaria de Saúde do Município ou do Estado, diretamente com a Câmara Municipal ou mesmo com o gabinete do prefeito ou do governador do estado? Mas é claro que não… Ela foi usar da posição pra se promover com a coleguinha então vereadora e hoje deputada federal ERIKA HILTON e hoje, ela, que desde 2018 vinha se candidatando a cargos no legislativo sem o menor senso de preservação de imagem, em 2022 se lançou como candidata a deputada estadual e levou mais de 88 mil votos, sendo eleita para tal cargo.
E acha ruim de ser considerada a mais tóxica das “mamães azuis” (termo pejorativo para as mães de miss, digo, para as mães de autistas que usam dos filhos pra fazer militância), mas também… Querer usar da RISPERIDONA (que ao contrário do CANABIDIOL, não é medicamento de alto custo, sendo que um frasco com 30 ml da solução de RISPERIDONA custa na faixa dos 30 reais) pra querer fazer imagem de guerreira e de boa pessoa e ainda bloquear as pessoas que foram lançar comentários levantando objeção a questão do uso de tal medicação, expondo inclusive o fato dela ter se posicionado de forma bem crítica em relação a tal medicamento no passado.
Tá claro que uma pessoa autoritária dessas não deveria ser eleita nem pra síndica de prédio, mas foi eleita como DEPUTADA ESTADUAL. Vai entender, né?
Pessoas XX com pênis geralmente são as portadoras do gene SRY.