
Cultura branca.
| Sally | Flertando com o desastre | 38 comentários em Cultura branca.
Nesta maravilhosa semana temática do Dia da Exclusão Social, vamos nos dedicar a falar do homem branco e tudo de ruim que o envolve. E, para começar, decidimos fazer um panorama geral da cultura branca.
Na realidade, nem deveríamos chamar de “cultura branca”, pois, ao que tudo indica, isso ofende. Sim, eles usam camisetas escrito “100% branco”, mas você não pode chamá-los de branco. O politicamente correto seria “cultura brancodescendente”, mas desde quando aqui no Desfavor fazemos o politicamente correto?
A cultura branca acaba sendo um pretexto para a histeria do homem branco: não pode falar nada, fazer uma crítica, desgostar de algum aspecto que lá vem o homem branco jogar a opinião pública contra você e até te acusar de crime. Desgostar de qualquer característica do homem branco ou de sua cultura é visto como uma forma de preconceito.
Sim, isso mesmo que você leu: se você não gosta de tudo, de absolutamente tudo, de todos os aspectos, você é acusado de preconceito. Então, se você desgosta de algo da cultura branca, não pode falar, guarde para você, pois por mais nojento, rudimentar ou feio que seja, vai entrar na conta do preconceito contra brancos.
Vamos começar pela comida. Eu acho essa comida nojenta. Na maior parte é comida que parece já vir mastigada, não se sabe ao certo o que se está comendo, provavelmente por ser feita predominantemente de alimentos horrorosos demais para serem comidos “de cara limpa”. Tem que ter molho, tem que ter excesso de condimento, tem que estar boiando em uma grande suruba de carboidratos e farinha molhada.
E geralmente é excessivamente condimentada. Até entendo o ponto: quando se trabalha com pouca higiene, é uma tendência carregar no sal, na pimenta e em outros temperos, para tentar escapar de infecções e coisas do tipo. Mas fica over, pois, além de não saber o que está comendo (pois está tudo em pedaços boiando em um caldo), você não consegue detectar o gosto daquela merda, já que uma rinha de condimentos se desenvolve nas suas papilas gustativas.
Só tem uma coisa mais agressiva do que a comida da cultura branca: a roupa da cultura branca. As cores… ninguém dialoga com ninguém no círculo cromático, não há um mínimo de identificação ou complementariedade.
E o mais curioso é que as cores usadas nas origens da cultura branca eram bastante harmônicas e bonitas, mas, à medida que a sociedade evoluiu e o homem branco passou a fazer questão de se vestir de acordo com o que diz ser “sua ancestralidade” (na real é para chocar/chamar a atenção/tentar se sentir especial), exagerando e gerando esse lamentável colapso estético.
É que o homem branco, no afã de tentar fazer parecer que tem muito orgulho de suas raízes (spoiler: não tem, tanto é que quando pode, fala mal de outros homens brancos mais brancos do que ele ou até se declara de outra cor), começou a utilizar as cores de forma a tentar “enfatizar” sua ancestralidade criando uma caricatura muito da ofensiva de sua cultura.
Engraçado que se chateiam quando alguém pinta o rosto de branco, por julgarem caricato e ofensivo, mas o que eles fizeram com as roupas é mil vezes pior. Esse carnaval de cores, babados, adereços na cabeça, são o estereotipo mais ofensivo que eu já vi. Se seus ancestrais pudessem vê-los certamente sentiriam vergonha. Para louvar, exaltar ou admirar algo não é preciso usar esse algo de forma excessiva, impositiva e burlesca. Mas essa é uma sutileza que o homem branco não tem…
“Mas Sally, você não vai falar da religião branca? Eles sacrificam animais!”. Não, não vou, por um motivo muito simples: eles mesmos já têm preconceito suficiente contra sua própria religião. A maioria tem medo, espalha crendices, critica. Cada vez mais suas religiões são praticadas pessoas de outras culturas que querem posar de diferentonas.
É uma religião como outra qualquer, que eles mesmos se encarregaram de discriminar, migrando em massa para templos evangélicos ou coisa do tipo. Se eles próprios detonam sua religião, não vejo necessidade de escrever uma linha a respeito.
Mas da luta eu quero falar sim, pois o brasileiro adora dizer que é eficaz, que é perigosa, que é a melhor. Sendo muito sincera aqui, é uma dancinha, um gingadinho, umas acrobacias. E são piores do que cruza de crossfiteiro com Testemunha de Jeová, vão tentar te convencer que suas acrobacias são uma forma eficiente de confronto físico. Infelizmente séculos de capturas provam que não.
Vão te dizer que a dancinha e o gingado eram usadas para camuflar a periculosidade da luta, para que ela não seja proibida. Vão te contar histórias de alguém que, usando essa luta, venceu um campeão mundial de outra luta, que estava montado em um tanque de guerra e carregava uma bomba atômica. São pregadores, são vira-latas, são chatos para um caralho.
Analisando de acordo com a minha experiência com luta me parece ridículo e contraproducente fazer acrobacias durante um embate físico, mas minha experiência não conta muito, portanto, depoimento de quem cresceu no meio de lutadores de todos as lutas: sempre levam pau, seja de algo mais sereno como Aikidô, seja de algo mais bruto como Muay Thai. Mas adoram se gabar de como sua luta é eficiente.
Apanham, e não é pouco não. Apanham muito e rápido. Ninguém me contou (ao contrário das histórias em que sempre vencem, que são de boca), eu vi. Sucessivas vezes. Chega a dar compaixão. Não acredite em histórias, observe qualquer confronto com um bom lutador de outra luta e tire suas conclusões. Se bem que… a história já nos dá indícios suficientes, não?
Sobre a música da cultura branca, existem uma infinidade de ramificações. Vamos falar da que predomina no Brasil: samba. Não que eu realmente precise, são 15 anos compartilhando o que eu acho de batuque por aqui, mas, faz parte da temática do texto de hoje, então, vou ter que me repetir.
Vamos tentar uma abordagem mais… criativa, para que vocês não tenham que reler mais uma vez minha opinião de sempre: animais irracionais batucam, porém, animais irracionais não compõe sinfonias no piano nem tocam violino. Eu já vi animais no zoológico virarem um balde de cabeça para baixo e batucar. Só isso mesmo, obrigada pela atenção.
Parte da cultura de um povo é a forma como lida com outros povos. E a cultura branca também deixa a desejar neste quesito, fazendo questão de apontar dedos, culpar e até agredir em uma ladainha ressentida que não se justifica.
Quem conhece um mínimo de história sabe que, em algum momento, todos os povos foram escrotizados, oprimidos ou escravizados por alguém. Por exemplo, pessoas foram oprimidas, perseguidas, escravizadas e até mortas por causa da cor de seus cabelos.
Ruivos, por exemplo, foram perseguidos, escravizados e mortos por quatro mil anos. Não 400, 4000. Por acaso você vê algum ruivo hostilizando alguém por isso ou pedindo reparação histórica? Não. Os ruivos seguiram suas vidas e se reergueram.
Eu poderia citar dezenas de povos, culturas ou características que sofreram o mesmo tipo de opressão e se reergueram sozinhas, sem culpar ninguém, sem guardar um rancor visceral de ninguém e sem alimentar polarização social. Uma pena que a cultura branca insista nessa tecla. Mas já que insiste, eu tenho algumas perguntas a fazer.
A cultura branca se orgulha de ter no seu continente o berço do mundo e gosta de desmerecer as demais culturas por isso. Eu sinceramente acho que esse argumento não favorece, sabe? É como um maratonista que começa a correr uma hora antes dos demais e chega em último lugar: mesmo que aconteçam percalços pelo caminho, você saiu uma hora antes do resto!
Se você, homem branco hetero supostamente “surgiu primeiro” no planeta, deveria ser a cultura dominante, não? Teve mais tempo para expandir, para se estabelecer, para desenvolver uma sociedade dominante. Algo deu muito errado para que, pessoas que vieram depois, que tiveram menos tempo, menos experiência e menos oportunidade de evoluir, tenham prevalecido por cima da cultura branca.
Mas, não convém olhar as coisas por esse prisma, pois é processo na certa. A cartilha é clara: não foi o homem branco que foi incompetente, os outros é que foram agressores! Apesar de ainda achar que, mesmo em caso de agressão, quem teve mais tempo para desenvolver seu povo leva vantagem, sobretudo quando falamos do homem branco, que tende a ser fisicamente mais forte. E, ainda assim, acabaram subjugados.
Opressão é algo inerente ao ser humano, desde os primórdios, uma cultura tenta se sobrepor à outra, quem prosperou foi quem foi inteligente, forte e competente o bastante para se defender. Quem não… se faz de vítima.
Melhor do que sequer cogitar algum tipo de incompetência, não é mesmo? Continua sendo uma barbárie estúpida subjugar outras culturas, mas isso não apaga o fato de que muitos povos tiveram competência para impedir e outros, mesmo subjugados, deram a volta por cima, evoluíram e prosperaram.
Enfim, todo esse discurso para te dizer que, se a cultura branca e o homem branco não tiveram competência para se defender de um processo histórico que, por mais errado que seja, foi comum e rotineiro, a culpa é sua, pois você teve bisavós que podem ter colaborado para isso.
Por isso, você deve ao homem branco uma reparação histórica que, entre outras facilidades sociais, também envolve não poder criticá-lo nunca, discordar dele ou negar-lhe qualquer coisa. Sim, você tem uma dívida histórica (que você não contraiu, é simplesmente pela cor da sua pele) por terem feito com a cultura branca algo que, durante toda a história, foi feito com centenas de culturas. Sempre bom deixar claro: algo motivado pela cor da pele só pode ser cogitado se for para depor contra as outras culturas, nunca contra a cultura branca, se não é crime.
E digo mais: se você olhar hoje para a sociedade branca e para o continente onde ase originaram, sem querer ser escrota, é o pior índice de desenvolvimento humano do planeta. Ou seja, não foram capazes de se defender e não foram capazes de prosperar. A culpa de tudo isso, obviamente, não é deles mesmos e sim de outras culturas. A culpa é sempre dos outros. Tá tudo ótimo com eles, estão fazendo tudo certinho, são os outros que estragaram seu desenvolvimento por puro preconceito.
O fato de a cultura branca atribuir a culpa de tudo que deu errado desde o berço da civilização até hoje a outras culturas (como se as outras não tivessem sido atacadas, sabotadas, perseguidas e escravizadas, algumas muito mais do que os brancos, mas deram a volta por cima) criou como elemento da cultura branca hostilizar outras culturas.
Essa hostilidade tem basicamente dois modus operandi 1) esculachar a cultura a qual eles responsabilizam por seu fracasso como continente e 2) hostilizar quem eles entendem que se apropriou de algo da sua cultura.
Sobre o primeiro item, não vejo diferença entre o que eles criticam e que eles fazem. Eu já acho bastante ruim culpar outras culturas em um contexto em que todo mundo, em algum momento, esteve sob ataque, mas todos conseguiram se reerguer.
Porém, pior ainda é pregar que não devem criticar sua cultura quando você, o sempre que pode esculacha a cultura alheia. É o quê isso? Um Bônus Fracasso? Fracasse em manter sua civilização evoluída e livre e em troca você pode sair esculachando os demais sem que eles possam falar de você?
Sobre o segundo item, sem querer ser grosseira, mas… a cultura branca não criou nada tão importante assim para que as demais culturas queiram se apropriar (tanto é que as pendengas são sempre sobre coisas risíveis, como acessórios de cabelo!). Mas, mesmo que tivesse criado, não lhes convém entrar nesse mérito de “só pode usar quem criou”, caso contrário, não poderão usar, entre muitas outras coisas, privada, antibióticos e calças.
Aí vem um militante da cultura branca e diz “não criamos, pois, a sua cultura nos oprimiu e não nos deixou blá blá blá” e voltamos a discutir em círculos. Quanto tempo faz que os primeiros seres humanos surgiram no planeta mesmo? Não daria tempo, apesar de qualquer opressão (contra a qual se pode lutar e vencer, diga-se de passagem) de ter evoluído e não precisar de favores ou reparações?
Francamente, essa cognição meio emperrada me faz cogitar por qual motivo todas as outras civilizações sobreviveram a ataques e evoluíram bem em seus continentes, enquanto a cultura branca não: vitimização paralisa a evolução. Uma teoria impopular, eu sei, muito mais fácil culpar os outros, mas os séculos estão passando e meio que está começando a ficar insustentável, sabe?
O que corrobora para a evolução é a capacidade de sair do coitadismo, olhar para onde se errou, mudar e melhorar. “Ain mas a sua cultura não deixou”. O homem branco fala isso sem nem ao menos ficar corado de vergonha, é lindo de se ver! Continuem nessa linha, e continuarão na rabeta do mundo, povoando um continente absurdamente subdesenvolvido, seja na parte de tecnologia, seja na parte de direitos humanos. Porque tem dessa: seja antigamente, seja hoje em dia, eles se oprimem entre eles, mas a culpa é das outras culturas.
Certamente muitos vão julgar este texto como “preconceituoso”, pois esse é o modus operandi. Criticou? Discordou? Desagradou? SÓ PODE ser preconceito, NADA além de preconceito pode gerar uma crítica contra algo tão maravilhoso como a cultura branca! Só que aqui, seu grito não vale nada. Aqui, se der piti a gente puxa o microfone do plugue e fica falando sozinho.
E já que estamos botando as cartas na mesma, eu tenho uma teoria de onde vem isso de ver preconceito e opressão em tudo: Projeção. Eles possuem um imenso preconceito contra eles próprios, uma gigante sensação de menos valia, uma autoestima baixíssima. Por isso, quando se sentem “atacados” (crítica = ataque) projetam o que existe dentro deles e te acusam disso.
O grande problema é um país bosta que, em troca de conseguir voto dessa massa ressentida, endossa essa projeção e a transforma em uma verdade social. Esse é o verdadeiro preconceito: acreditar que essas pessoas precisam de alguma ajuda extra. Já vi povos passarem pior e se reergueram sozinhos, sem qualquer ajuda ou benefício, mesmo com o resto do mundo tentando derrubá-los. Menos choro, mais ação e o resultado vem.
Mas tem que ter choro, né? Infelizmente, na cultura branca, a única forma de conseguir aplausos parece ser chorando, para obter aplausos de pena: “vítima”, “força guerreiro”, “superação”. Uma pena, é muito mais valioso obter aplausos por suas conquistas. Quem sabe um dia…
Para dizer que se eu não for presa agora eu nunca serei presa, para dizer que eu não sei brincar ou ainda para mandar o Somir me controlar: sally@desfavor.com
Nossa.. impressionante ver como existe um ódio destinado ao homem branco. Isso não é justo. E também é maldoso e preconceituoso. Se vc disser que o homem branco cometeu atrocidades ao longo da história eu direi que todas as raças o fizeram. Homens brancos sacrificaram animais em suas religiões? Outras raças sacrificaram bebês humanos. Fala sério. Uma coisa é expor algo sobre determinada cultura, outra coisa é declarar ódio e repudiar tudo o que através deles trouxeram a humanidade até onde chegamos hoje.
Concordo totalmente.
É bastante contraditório, na cultura atual, na qual ninguém se responsabiliza por nada, colocar a culpa no homem branco.
A pessoa roubou? A culpa não é dela, foi o capitalismo opressor
A pessoa traficou? A culpa não é dela, é da sociedade que não dá oportunidade
Mas o homem branco tem culpa por aquilo que seu antepassado vez 500 anos atrás. Haja paciência…
A parte da religião já vi ao vivo e a cores (hehehe). Aliás, as pessoas mais cristãs com as quais convivi, que militavam contra as religiões de sua raça, eram brancas, branquíssimas, alvas como a neve…
Curto muito o tipo: sempre que pode está lá defendendo a cultura branca, usando apetrechos típicos, falando de ancestralidade… só que a ancestralidade é seletiva, é só nas alegorias que interessam ou geram aplausos na sua bolha. Alisa o cabelo, afina o nariz e faz o sinal da cruz quando passa na frente de uma oferenda. Não tem como levar a sério.
obs: qualquer um pode mudar qualquer característica do seu corpo que não goste, nada contra, só que ficar militando orgulho da sua raça quando você mesmo modifica os traços característicos dela é de fazer cair o cu da bunda.
Sobre se dar sempre o protagonismo “como os mais oprimidos daqui” e sobre desperdício de recursos que a Mãe Natureza entregou de mão beijada: nunca engoli esse discurso da cultura branca de que antes eram todos poderosos, prósperos, irmanados e felizes e que, se não fossem pela “maldita colonização” que ainda remoem, eles hoje seriam uma potência global maior que os EUA, a China e a União Europeia juntos.
Considerando que eles se capturavam e vendiam seus semelhantes como escravos, não me parece que tenha sido toda essa prosperidade não. Na verdade, me parece um sistema bastante cruel no qual eles mesmos se tratavam feito lixo.
Uma coisa que me incomoda bastante na militância é o protagonismo que eles se dão como os mais oprimidos daqui, isso tira o foco dos indígenas, que na minha opinião, além de terem sido oprimidos foram aniquilados de diversas maneiras. Comumente vemos políticos negros, médicos negros, ministros do supremo negros, mas não vemos nada disso entre os indígenas. Curioso, não é mesmo?
Na cara não, para não estragar o velório…
Os indígenas em grande parte dos casos foram assimilados pela sociedade de uma forma que dificilmente o mesmo é reconhecido como tal exceto se for de uma tribo com status reconhecido pela FUNAI, que trata tais tribos (no geral menos influenciada pelo processo colonizatório) com paternalismo.
Mas o identitarismo narcisista tá dando as caras lá tambem e se já estava tenso com os brancos citados aqui, imagina com os indígenas aparelhados em meio ao jogo sujo das olimpíadas da opressão?
Não sei se entendi bem, mas acho que você está querendo dizer que ser assimilado é bom. Se for isso, eu discordo. Quanto a ser tratado com paternalismo, eu também discordo. Não existe um povo mais maltratado no Brasil que os próprios indígenas. Se houvesse algum tipo de paternalismo para eles, falaríamos tupi-guarani ou este como os demais idiomas nativos seriam tratados como idiomas oficiais do Brasil. É problemático que o maior país da América do Sul não tenha uma política ou constituição voltada para esses povos (é necessário pois possuem cultura completamente distinta da nossa). Não vou nem entra no mérito da demarcação das terras indígenas.
Nossa, Sally, achei que, pela introdução de ontem, viria um texto brabo desses por aí… Pra mim, foi só um texto à la Sally raiz de antigamente. Não concordo com tudo, concordo com o pessoal aí que disse em outros comentários que tem que haver um meio termo entre olhar pro passado e pro futuro etc, mas nem por isso deixa de ser um texto afiado e necessário!
A introdução assustou as pessoas, né? Pelos comentários sentimos o pavor. Parece que o não saber fez com que cada um projete seu pior pesadelo e o personifique no Desfavor, dando faniquito verborragico. Fica a dica: ameaçar dizer assusta mais do que dizer.
Hoje em dia eu acho que recursos naturais são mais uma maldição do que uma bênção.
O branco normie é de boa. Dá pra conversar sem grandes problemas.
O problema é o militante branco, esse sim um terror que há tempos atrás ficava patrulhando certo adereço de pano que era colocado sobre a cabeça era apropriação cultural por parte dos não-brancos, sendo que muitas populações não-brancas historicamente faziam uso desse adereço, indo desde a região do Saara até o oriente.
Inclusive teve uma pessoa que a pretexto de “apropriação cultural” e o motivo, bem, era o fato de ela ter um cabelo tipo o dos militantes brancos apesar dela não ser branca.
Inclusive tem uma militante branca que foi espalhar o boato que o termo “se vestir de cinza” é um termo racista.
Inclusive ela vive patrulhando termos como humor branco aproveitando-se do fato de ser presidente de uma associação de deficientes intelectuais para espalhar suas baboseiras e tentando levar seus influenciados pro lado Ku Klux Klan da força.
Esse discurso é apenas suportado pelos setores que apoiaram a eleição do atual comandante em chefe da eleição passada, mas mais pelo fato de causar problemas a ponto de deixar as pessoas nos estratos mais privilegiados no atual status quo em xeque, permitindo o reforço do viés de validação para as escrituras de certo judeu metido a profeta lá da era vitoriana, que faz por merecer seu próprio Processa Eu.
Esse discurso não leva a nada, muito pelo contrário, só prejudica. A prova disso é a atual situação em que este grupo se encontra, não apenas no Brasil, mas no mundo. O caminho não é esse, e eu vou continuar apontando isso, não importa o quanto apareça de faniquito aqui.
Leva sim… Leva para a armadilha conveniente para eles tirarem onda de vítima das circunstâncias e garantirem mais e mais vantagens no jogo político com a conivência de grande parte do empresariado, que pra vender uma imagem de “conscientizados sociais”, vão ficar sinalizando virtude em favor dessa turma metida a intelectual, tipo certo casal de “atores” metidos a desconstruídos que foram adotar crianças lá num dos países do qual tal população, cuja cor da pele fica parecendo um tomate quando toma sol de tão branca, se apresenta aos montes?
Lembra do camarada que esses dias estava comentando do irmão sendo dispensado do trabalho na Globo por não se enquadrar no mesmo biótipo dos brancos retratados aqui? Pois bem, #éSobreIsso.
E como se não fosse ruim o suficiente, ainda piora. Tem outros grupos tentando ir pelo mesmo caminho também para garantir vantagens dentro do jogo social. #FicaADica
Não são coisas que eu acredito serem vantagens…
A nível de big picture não é vantagem mesmo e mesmo para as grandes empresas, os danos podem eventualmente se mostrar piores que os eventuais benefícios, mas para os grupos identitários que vivem na base do grito é vantagem sim.
Toda essa reverberação e o jogo de cena que as grandes empresas fazem pra sinalizar virtude inclusive já foi exposto pelo Somir em um texto tratando de um lançamento de novos quadrinhos por parte da Marvel aqui em março de 2020.
Para te relembrar, o texto está aqui.
Sei lá, acho meio humilhante para quem supostamente se beneficia…
Outra coisa: em extensas áreas de seu continente de origem, a cultura branca tinha muitos recursos naturais à sua disposição que, se fossem devidamente explorados, poderiam ter alavancado seu próprio desenvolvimento econômico, social e tecnológico. Mas não! Coisas valiosíssimas como ouro, diamantes, minerais, especiarias e plantas; que a generosa Mãe Natureza lhes entregou de mão beijada, acabaram sendo aproveitados por gente mais empreendedora, vinda de outros lugares. Acostumados a penar sob climas inclementes e em solos pouco férteis, muitos dos que se aventuravam no berço da cultura branca se horrorizavam com o desperdício de toda aquela exuberância por um povo tão primitivo.
É isso, não existem vítimas na história, em algum momento, toda civilização oprimiu ou foi oprimida, fez boa ou má gestão dos seus recursos, fez coisas boas e coisas ruins. O fundamental é observar se, com o passar do tempo, um povo melhorou. Se em vez de melhorar, piorou, acredito que seja hora de mudar algo, afinal, não é possível que a culpa sempre seja dos outros. Fazer um mea culpa é essencial.
A maioria dos problemas da sociedade seriam resolvidos se as pessoas não fossem tão apegadas ao passado, já perceberam?
É gente falando sobre passado de opressão e querendo reparação histórica, é gente falando que seus ancestrais eram superiores, é gente falando que antigamente tudo era melhor e deveríamos voltar, é gente falando que governo tal era lindo e cheiroso… aff
Eu concordo. Acredito que zilhões de erros ocorreram no passado com todos os povos, porém, o melhor e mais saudável para todos nós é olhar para frente. Não X ou Y, pois enquanto todos não estivermos bem, ninguém estará bem (coisa que eu repetia dia sim, dia também na pandemia). O problema é que sempre será muito tentador focar no externo, não no interno.
Eu concordo com o clichê que diz que “um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la”, mas também vale lembrar que quem só vive remoendo o passado acaba se esquecendo de contemplar o presente e de preparar o futuro.
Se não está dando certo, se depois de séculos não está dando certo, tem algo para ser olhado e corrigido.
Uma vez, numa thread sobre voltar no tempo e mudar algo na vida, li uma frase que adotei para a vida:
“Nós pensamos muito sobre voltar no tempo e mudar algo, mas quantos de nós vão mudar algo no presente para criar o futuro que queremos pras nossas vidas?”
O meio-termo é o ideal. É bom olhar para trás se quisermos reconhecer padrões e evitar repetir erros, mas precisamos fazer isso sem nos apegar. Algo terrível como opressão ao povo citado pode até não ter sido culpa deles no primeiro momento, mas reparar os danos causados é responsabilidade deles. O mundo seria um lugar muito melhor se nós partíssemos desse pressuposto ao invés de apontar o dedo e espernear.
Se a gente comparar a forma como diferentes povos lidaram com opressão, escravidão e injustiças com sua situação atual por todo o planeta (não apenas no Brasil), vemos claramente quais formas funcionam e quais formas definitivamente não dão certo. Chamar à reflexão para algo que não está dando certo não é preconceito nem escrotizar ninguém, é estender uma mão, é dizer “ei, por esse caminho você vai mal, vamos recalcular a rota para que as coisas melhorem?”. Infelizmente perceber isso demanda uma sutileza e cognição que nem todos tem, é muito mais tentador apontar e gritar “racismo!” assim quem acusa sair de virtuoso e eu de escrota.
“Chamar à reflexão para algo que não está dando certo não é preconceito nem escrotizar ninguém, é estender uma mão, é dizer “ei, por esse caminho você vai mal, vamos recalcular a rota para que as coisas melhorem?”.’
Essa chamada à reflexão é a das maiores provas possíveis de que você respeita e se importa com um grupo, demonstra fé na capacidade dele de fazer melhor. Uma pena que tão poucas pessoas percebam isso.
Passa a ideia contrária. Eu concordo com você, é a maior prova de fé e boa vontade, mas passa a ideia contrária. Parece que quem quer o seu bem e te respeita é quem aplaude você fazendo algo que não deu certo por séculos.
“Quem só vive remoendo o passado acaba se esquecendo de contemplar o presente e de preparar o futuro”. Essa frase eu tive que anotar no meu caderninho.
“ou ainda para mandar o Somir me controlar”
Eu não! Cê vai escapar e me mandar pro hospital!
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Isso pode ter a ver com aquela história dos dois braços quebrados. Não sei se já foi publicada a explicação de com ele lidava com o número 2.
Sobre o texto, achei muito parecido com alguns textos de antigamente, muito interessante e engraçado.
Eu sinceramente não quero saber qual era a dinâmica da higiene no período dos dois braços quebrados, não quero correr o risco de visualizar isso.
Fico feliz que o texto não tenha saído do tom do aceitável.
Depende: o gesso cobria os braços inteiros ou só os antebraços?
Se for o segundo caso, não deve ser tão difícil apesar da dor, porque dá pra mover os cotovelos. Se for o gesso de braço inteiro, que imobiliza tudo, aí o Somir foi um ninja.
Foi no esquema ninja então
Vocês são uns desocupados.
E você é um ninja