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Pocho La Pantera

Pocho La Pantera

| Sally | | 25 comentários em Pocho La Pantera

Hoje resolvi fazer um Des Cult diferente. Chega de agredir vocês com funkeiros escrotos. Já estava ficando cansativa essa brincadeira. Repetitivo, eu diria. Chega uma hora que o brasileiro médio é tão ruim, tão cagado, que nada mais surpreende.

Por isso hoje eu vou introduzi-los ao Argentino Médio. Sim, eu vou força-los a ver o que há de pior na música argentina, uma praga chamada CUMBIA. A cumbia é o funk argentino: baixo nível, musicalmente pobre, repetitivo chamariz de pobre suado e oleoso. Tevez gosta de cumbia. Nada do que Tevez goste pode ser aceitável. A pobralhada se reúne para dançar Cumbia em eventos chamados de “Bailantas”. Se um dia tiver a oportunidade de conhecer uma bailanta, não deixe de perde-la.

E um belo representante dessa hediondez chamada “Cumbia” é um elemento que atende por “Pocho, La Pantera”. O apelido “Pantera” vem de uma de suas músicas onde ele se comparava com uma pantera. Basicamente, o sujeito se acha. Suas músicas no geral são grosseiras, agressivas, cheias de trocadilhos baixo nível e ele se acha fodão. Fui gentil e escolhi uma das baladinhas mais leves, afinal, vocês ainda estão sendo iniciados na arte do Argentino Médio. Obrigada Bolívia e Paraguai, por entupirem o país com essa gente feia!

Uma breve historia de Pocho (pronuncia-se POTXO, não quero ninguém falando errado): começou a vida como cafetão de mulheres, obrigando-as a se prostituirem (respondeu inclusive a processo criminal por isso). Não pensem que ele se envergonha, em um programa de entrevistas disse “brincando” que eram boas meninas mas que “às vezes era necessário umas porradinhas para que elas trabalhassem”. Quer dizer, além de cafetão, agressor.

Pocho se arrependeu e virou evangélico. Gravou CD Gospel e tudo, mas seu vício cavalar em cocaína e álcool fez essa fase acabar rapidamente e ele voltou para a baixaria. Protagonizou eventos que fazem frente ao Rafael Pilha. Entre uma vida de escândalos, baixarias e breguice ele construiu uma sólida carreira de músicas tenebrosas que colocam Bonde das Maravilhas na Academia Brasileira de Letras. Segue seu clipe mais famoso, uma música cujo nome é “Amor Carnal”. Desde já me desculpo.


Pocho está sentado em seu sofá de couro branco em sua casa com decoração dos anos 80, com direito a globo de espelho. Não, o clipe não é da década de 80, ele que é brega mesmo. Talvez o clipe seja dos tempos em que era cafetão e tenha sido gravado em um puteiro, só isso explica essa decoração tenebrosa. Pocho, em uma vibe sofrência, leva a mão à face. Se você não quer que seus olhos sangrem, pause aí. Se passar dos 25 segundos será causado um dano irremediável à sua retina.

Eu avisei. Corta para o jardim da casa. Pocho, que assim como o Pilha, também se acha rock’n’roll. Ele está com um macacão que por si só seria a treva. Complementado pelo seu corpinho de Kinder Ovo, seu mullet alisado e por um zíper aberto até o meio do peito, muito difícil de olhar para essa entidade. Exu Caveirinha, é você?

A vergonha alheia tomará conta do seu corpo, mas calma, depois você vai se acostumando. Até porque, piora. Piora, meus amores. Sempre piora. Agora Pocho aparece com uma capa, tipo um avô reumático do Drácula. Crepúsculo da Cumbia. Vampirão da bailanta. Todo de preto e rechonchudo, mais parece um saco de lixo cheio.

Uma sequência de closes medonhos (destaque para a sobrancelha de taturana de Pocho) e o gritinho “Cumbia!”. Pocho, fica a dica da sua Hermana: se você quer se dizer rock’n’roll, não fica gritando “Cumbia”. Você merece que o Mick Jagger quebre uma guitarra na sua cabeça! Potcho gira no jardim, por um instante tenho medo que ele tenha uma fratura de cabeça de fêmur com este movimento brusco. Parece uma orca encalhada tentando voltar para o mar depois de caçar uma foca.

Aparece a mocinha do clipe, o que me levanta novamente ao questionamento sobre o clipe ter sido gravado em um puteiro. Algo que se assemelha a uma mulher-fruta brasileira rebola de forma ostensiva. Cara de traveco, pouca roupa, piercing no umbigo. A globalização chegou à pobreza. Pochoajeita seu cabelinho de Henê Pelúcia. A periguete traveca se excede na intensidade do rebolado, aparenta uma crise convulsiva.

Para sorte de vocês, muitos não entenderão a letra, já que pronúncia favelada de Pocho dificulta o processo. Seguem cenas de ambos sensualizando (com a sensualidade de um pão mofado) no maldito sofá branco. Depois continuam sensualizando (com a sensualidade de uma tampa de vaso) no balcão do bar. Por fim, se seduzem encostados em um muro pixado que, se vocês olharem bem de perto, pare ter uma urinada de cachorro na parte inferior.

Aqui cabe um adendo. Os fãs de Pocho o acham lindo e defendem que ele se parece com o George Clooney, inclusive ele é chamado de “O George Clooney Argentino”. Estou meio por fora, George Clooney sofreu algum acidente recentemente? A cara dele pegou fogo e apagaram com um tamanco?

Pocho volta a dançar no muro do que deve ser a casa da sua avó. É possível ver mofo na parede do muro. Pocho roda estiloo Pastor do Peão da Casa Própria, com os bracinhos abertos.

Aos 2:30 min a traveca sensualiza mostrando a perna e podemos ver uma pereba. Porra! Pobre está sempre com problema de pele, não sei o que se passa com essas pessoas! E olha que pobre toma muito banho, pois tem complexo de parece limpinho, mas mesmo assim, estão sempre com alguma pereba. Nunca é nada digno como uma alergia. Não, é furúnculo, é micose! Acho que deve ser em decorrência da oleosidade…

Em uma cena de beijo encostados no muro mijado, por um segundo eu confundi Pocho com a traveca, reparem que de costas não tem muita diferença entre os dois. Ok, ok, peguei pesado, eles não são iguais. Pocho tem um pouco mais de peito do que ela… E certamente tem mais bijuteria também. Essa confluência de cordões, anéis, pulseiras e brincos fazem de Pocho o mais feminino do casal.

Aos 3:13 minutos Pocho está sentado em uma sacada detonada, com a porta descascada, parede furada aparecendo um cano. Pare um mendigo. Se você está em um lugar trash, ao menos fica de pé, se não corre o risco de que transeuntes te joguem uma moeda.

3:27 minutos. Eu vou contar quantas bijus essa entidade está usando. Reparem nas pulseiras arrumadinhas especialmente para aparecer no clip. Pulseira jamais fica no lugar desse jeito. Vamos lá: 6 anéis gigantes (praticamente um fusca em cada dedo), três pulseiras hediondas daquelas com inscrições, ao menos dois cordões grossos com pingentes de péssimo gosto visíveis e um brinco de argola. Para prender o Pocho não tinham que ter chamado a polícia e sim o Magneto!

Volta para a traveca dançando sozinha no muro mofado. Ela parece estar recebendo uma entidade. Curioso, está calor o suficiente para ela usar um tomara que caia e uma micro-saia, mas frio o bastante para usar botas. Esta moça deve sofre de bipolaridade térmica. Tento pausar o vídeo para descobrir a marca da saia dela, de modo a nunca comprar nada nessa loja nem a lojas que fiquem no raio de 1km de distância dessa loja mas não consigo.

Aos 4:19 minutos eu tenho a impressão que Pocho grita algo. Ou isso, ou ele espirrou, não sei ao certo, não consegui identificar. O clipe termina com ele mandando um beijo para a câmera.

Algumas constatações:

1) Argentina favelizou de vez
2) Pobreza está globalizada
3) Mesmo mulher favelada é magra na Argentina
4) Agradeçam pela Cumbia nunca ter conseguido entrar no Brasil
5) Mesmo sem entender a letra é provável que essa melodia fique na sua cabeça

Por nada.

Para lamentar não ter conhecido a Argentina nos tempos em que ainda havia dignidade, para criar uma curiosidade mórbida pelas outras músicas de Pocho ou ainda para dizer que prefere o Des Cult comentado do que o Ei Você: sally@desfavor.com


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