Me conquista, porra!
| Sally | Sally Surtada | 25 comentários em Me conquista, porra!
Os homens estão realmente muito mal acostumados… E de quem é a culpa? NOSSA. O que tem de mulher nesse mundo se desdobrando para ser notada, para conquistar ou até para conseguir cinco minutos de atenção de um Zé Ruela não é brincadeira!
Não se trata de fazer joguinhos ou fingir e sim de se valorizar. Chamem de machista, chamem de elite branca, chamem do xingamento da vez, mas eu acho que as coisas estão muito fáceis para o sexo masculino. Muita preocupação em fazer com que o homem “não se assuste”, “não fuja” ou até mesmo repare na existência da mulher. Tá errado. TÁ ERRADO. A frase do dia, inspirada no nosso querido Pilha, é: “Me conquista, porra!”.
Sim, eu gosto da ideia de que o homem se esforce por mim. Não tô topando o contrário não. Se alguém topa, bacaninha, sem julgamentos, um joinha para você. Eu acho mais jogo ser conquistada por vários motivos que oscilam desde a preguiça até uma peneira. Gente com garra me interessa, gente acomodada não, gente meia bomba não, gente descansada não.
E nessa fase inicial é possível avaliar muito da personalidade do elemento, bem como de suas capacidades e prioridades. Podem mentir? Sim. Podem enganar? Sim. Mas, ainda assim, são gente que faz. Gente que teve raça, garra, fibra e inteligência para, no mínimo, emular interesse. Já ganha meu respeito. Melhor que essas amebas acomodadas que se regem pela lei do menor esforço. Não quer nem imaginar como é um relacionamento com uma ameba dessas. Eu quero homem Navy Seal da conquista. Infelizmente, as amebas são maioria.
“E aí, qual é a boa de hoje?”. A boa de hoje, querido ameba, é você ir tomar no meio do seu cu, e depois disso, aprender a chamar uma mulher para sair sem indireta, sem medinho de sair de cima do muro e muito menos jogando a responsabilidade de elucidar o convite/escolher o local. A boa de hoje, mermão, é você adquirir um pingo de hombridade e se portar como uma pessoa segura, fazendo um convite aberto, declarado, cartas na mesa, com coragem e honestidade, sem precisar se esconder nessa zona nebulosa e recuável, tal qual um camundongo se esconde de um rato. Essa é a boa de hoje. Quem cava alguma coisa com mulher perguntando “qual é a boa de hoje” merece ser esterilizado, para não passar seus genes amebas para outras gerações.
Milhões de mulheres perdendo o sono porque fulaninho não a nota, pensando em que cor de cabelo fulaninho vai achar melhor, escolhendo roupa pensando em fulaninho. Apenas parem. Quando foi que permitimos essa inversão do ônus da conquista? Quando foi que confundimos feminismo com assumir papel de homem? Amigas, ganhamos muito mais sendo conquistadas. Deixa Fulaninho ralar atrás de você! Isso nem de longe quer dizer fazer cu doce. Não. Chamou para sair direitinho? Com dignidade e hombridade? Vai. Vai sim. Vai e faz tudo que quiser. Só não recompensem as amebas, por caridades, se não elas proliferam.
Primeiro encontro. Chega o amebão e solta: “Quer vir aqui em casa para a gente assistir um filme?”. E você, quer ir ao proctologista fazer um exame de próstata? Lei do menor esforço, nem um cinema o filho da puta quer pagar. Com um download se come mulher hoje em dia! Mas olha, entendo ser caso de cuspir na cara em vez de responder a uma proposta dessas. Se nem 20 Dilmas o cara quer gastar com você, pensa, pensa bem, Amiga. Não se trata de ser interesseira (eu sou a rainha dos fodidos) e sim de ler nas entrelinhas o esforço mínimo. Quem não se esforça nem no momento de mais interesse que é antes de fazer sexo, vai cagar baldes para você depois. Filtrem as amebas, prometo que a vida melhora depois disso.
Não precisa chamar para programas caros, já tive muitos primeiros encontros em locais cuja entrada era gratuita e foram muito bacanas. Pode ser ir tomar banho de mar à noite, pode ser ver o por do sol, pode ser qualquer merda, desde que denote esforço e empenho. Que a pessoa tenha pensado 30 segundos em um programa que tenha a ver COM VOCÊ. Quem não empenha esforço em te cortejar, em te conquistar, não te valoriza. Alguém aqui quer ficar com um Zé Ruela que não valoriza? Se sim, terapia. Urgente. Por nada.
Uma lição para a vida: Mensagem de whatsapp significa: não me importo o bastante para ligar ou não tenho culhões de ligar. Nenhum dos dois me interessa. “Mas Sally, todo mundo se fala por whatsapp hoje em dia”. Sim, inclusive eu. Mas não coisas importantes. E se eu não sou uma coisa importante, bem, não saio, não saio e não saio. Enfia o celular no cu e bota para vibrar, quem sabe depois dessa não desiste de vez de mulher? Devem ser os mesmos que nos tempos de chat online escreviam “tc de onde?”. É muita paumolescência chamar mulher para sair via whatsapp!
Custa pensar em uma proposta bacana, legal, afinada com o que aquela mulher gosta? Não, pra que? Vamos chamar para algo bem cretino, tipo ver jogo de futebol na casa dos amigo. Cêjura? CÊJURA? Eu lá quero ver 1) futebol 2) amigos? Eu chamo alguém para ir comigo ao salão enquanto faço a unha com as minhas amigas em um encontro? Não, se chamar, certamente o Zé Ruela dirá que eu sou maluca/histérica/sem noção. Eu chamo alguém para ir comprar calça jeans comigo no shopping como um encontro? Não chamo. Não chamo porque homem vai rir da minha cara diante de uma proposta ridícula dessas. Mas homem chama, porque tem infeliz que vai!
Tá muito errado isso de achar que conquistar uma mulher se resume a fazer um convite. Isso não é conquistar, isso é a etapa final, onde se colhem os louros de um esforço. Um esforço em conhecer a pessoa melhor para pensar em um programa bacana, um esforço em se aproximar para ter alguma intimidade e detectar interessem em comum para não sair e ficarem com aquela cara de bunda em longos silêncios nos obrigando a fingir que rimos das piadas sem graça. Chamar para sair, todo mundo chama. ME CONQUISTA, PORRA!
E ainda tem os caras de pau, os acomodados máster que perguntam: “o que eu tenho que fazer para te conquistar?”. Em dias de mau humor, eu respondo “Plástica”, só para pisotear um pouco na autoestima do ameba. Certamente não será com a acomodação de não se dar ao trabalho de me perceber, de me conhecer e colocar em prática informações captadas. Você chega para seu chefe e pergunta como fazer seu trabalho? Não né? Não quer passar por incompetente, né? Se não sabe, vai estudar, aprende, pesquisa, corre atrás por conta própria até conseguir fazer algo decente. Mas com mulher não, não precisa. Pode pedir cola sem problema. ME CONQUISTA, PORRA! Se dê ao trabalho de fazer aquilo que é inerente à conquista! Conheça, se interesse, aprenda e saiba o que caralhos fazer em vez de vir me perguntar. Tenebroso que eu precise sequer estar escrevendo este texto!
Tem os stalkers de internet. Gente que acha que é válido, saudável e não vergonhoso demonstrar interesse curtindo todas as fotos e postagens da pessoa. Não é sedutor. É creepy! É disfuncional! Se você tem interesse na pessoa CONQUISTA a pessoa, conversa com ela, em vez de fazer atos que chamem a atenção. É a versão pós-moderna do menino no colégio que fazia travessuras para ser notado pela menina bonitinha da sua sala. Sério que a melhor forma de conquista foi curtir fotos? Mermão, você está fazendo isso errado, muito errado. Existe uma coisa chamada DIÁLOGO e outra chamada INTERAGIR. Dica para aprender: comece com uma planta, se ela não morrer, compre um hamster. Se ele não morrer, compre um cachorro.
Tem também os que usam fórmulas vagabundas e clichês ouvidos da boca de amigos dementes ou lidos em qualquer revista de quinta categoria. Mulher é tudo igual? Bem, talvez em uma coisa: gosta de se sentir prioridade, se sentir importante, se sentir querida, ao menos naquele momento em que você escolheu dedicar a ela. COMO você vai fazê-la se sentir assim, é personalíssimo, e você só descobre efetivamente olhando para aquela mulher, entendendo o que a faz se sentir bem. Não tem fórmula no COMO, não adianta teimar, quem tenta fórmula erra. Aceita que dói menos e para de fazer encontro coreografado ou ostentando bens materiais, porque fica vergonhoso!
Um detalhe: a conquista não se exaure em conseguir o encontro. Conseguiu que uma desavisada saia com você? Joinha. Agora começa o grande desafio. Não vai comemorando não. Não vai e fica olhando para o celular. Mermão, encontro como o celular ligado (no vibra) só se você for obstetra. Desliga esse cacete de celular que seu pênis não está atrelado ao Facebook não, tá? Funciona mesmo com smartphone desligado. Olha pros cornos da mulher no encontro. Fala olhando nos olhos da outra pessoa, ou por acaso esqueceu sua humanidade na geladeira?
Escuta o que ela está falando. Presta atenção nela. Puta que me pariu, se você não consegue dar sua total atenção a uma pessoa em apenas duas horas que escolheu passar com ela, vai tomar Ritalina, seu maldito! Os olhos e ouvidos não tem que estar no celular, nem na televisão do bar, nem em porra nenhuma que não seja a mulher, é um cacete de um jantar e você nem está ali para jantar, está ali para conquistar a porra da mulher! Não quero convite apenas para jantar, para jantar eu janto com meus amigos e nem preciso me depilar para isso. ME CONQUISTA, PORRA!
Demonstrem, de algum jeito, de qualquer jeito, que tiveram o interesse de conhecer melhor essa mulher e que se importam de alguma forma com seus desejos, com suas necessidades, com suas preferências APENAS NAQUELE MOMENTO que seja. Mas que cacete, é apenas por algumas horas. Mesmo que você seja casado, quando estiver com uma mulher, esteja 100% com ela e deixe tudo de lado, caso contrário nem vá, pois é falta de consideração, medíocre e vergonhoso.
E parem de escutar o que amigo fala sobre mulher ou o que homem fala sobre mulher. Homem entende de carro, de mulher quem entende é mulher. E vai todo mundo à merda, revoltada por precisar escrever este texto!
Para, depois de oito anos, ainda achar que esta coluna se pautou em uma decepção pessoal minha ignorando seu nome, para aguardar ansiosamente pelo Hugo ou ainda para aguardar ansiosamente pelo Somir: sally@desfavor.com
Hahahaha…”TC de onde?”
Conquistar a mulher amada ou desejada é uma arte! E, geralmente, trás ótimos resultados!
Cara, foi um dos melhores artigos que li nos ultimos tempos. Parabens!
Sensacional. Tô traduzida aqui.
Concordo com tudo e olha que não vejo problema em convidar o cara pra sair tbm, mas até pra aceitar sair esses homens estão frouxos,coisas tipo se não tiver a cerveja especial da PQP não serve blablabla. Já estou de boas com a ideia de ser solteira pra sempre.
A questão nem é de iniciativa, é postural mesmo. Não se faz o básico do básico…
Sally, nem precisa aceitar porque pode ficar parecendo aparecimento hahaha
Meu atual namorado fez as coisas de um jeito tão atencioso e carinhoso, bem ao contrário do que narrou no texto. Muita sorte por tê-lo conhecido, pois pela primeira vez me senti VALORIZADA e entendi o real sentido de como um homem deve tratar uma mulher. Antes dele eu nivelava muito por baixo os caras, acho que justamente por isso deu errado! Fiquei muito feliz de ler seu texto e ver que nada disso aconteceu comigo desta vez. Agora valorizo ainda mais todas as lindas atitudes dele comigo, obrigada por me deixar mais feliz hoje <3
bel, vale a pena aceitar sim, para que quem está na merda ou desanimado veja que eventualmente existe luz no fim do tunel!
O Discovery Channel nos ensina que quem faz a côrte é o macho.
Silvio Santos, o Grande Troll, em “Namoro na TV”, nos ensinou a que ponto o gênero masculino se dispõe à humilhação (feita com pouca sutileza por ele), para fazer a côrte.
No icônico programa, eram as mulheres que escolhiam, independente do choro e ranger de dentes dos “parças”.
Nem precisa cortejar não, viu? Mesmo que a mulher tome a iniciativa, ainda assim há falhas rudimentares, tipo ficar olhando celular durante o encontro, ficar olhando para a TV do bar e tantas outras. Naquelas duas horas que você está com a pessoa, ESTEJA COM A PESSOA, de forma prioritária! Custa?
Isso é a coisa mais óbvia que um homem deve saber no encontro. Olhar, conversar, aproveitar cada minuto com a moça. E claro, é válido ao sexo oposto. Nada mais irritante que sair com a pessoa e ela está lá com o olho colado no smartphone!
Bruno, meu querido, também acho que é o básico do básico, mas se você soubesse quão poucas pessoas colocam isso em prática…
Se você espera que um cara faça todo esforço do mundo pra se relacionar com você no mínimo você julga todos os homens como seres inferiores, a paumolescencia é um efeito colateral de uma sociedade que se tornou feminista, onde você não sabe mais qual a linha que separa abuso sexual e flerte então já era esperado que indivíduos com menos sensibilidade aos sinais femininos começassem a pedir permissão
Cejura que entende isso que eu narrei como sendo “todo o esforço do mundo”? Que triste. Meu texto fala do básico, do mínimo, tipo conversar com a pessoa em um encontro em vez de olhar para o celular ou a tv.
Pensei no Jão bêbado na aposta do “duvida eu…” com um babaca puxando a conversa na base do “qual é a boa?”. A boa seria o Jão esmagando o saco do infeliz.
Oi Sally,
Mas será que ainda cabe em nossa cultura esse ‘interesse honesto’ em conhecer alguém?
Supondo que determinada interação entre duas pessoas atravesse a linha de ‘ausência presumida de afinidade’, ela ainda teria que passar pelas linhas de ‘ausência presumida de vantagem imediata’, e finalmente pela de ‘ausência presumida de vantagem a longo prazo’.
Não sei se consegui me fazer entender, mas o que tenho observado entre as pessoas que conheço é o hábito de ponderar sobre suas relações (vivenciadas ou não) norteando-se apenas por estas linhas – e isto, obviamente, é bem pouco compatível com propostas como a que você descreve aqui.
Nem que o interesse seja só comer, porra, que a pessoa se dê ao trabalho!
Eis o ponto… “dar-se ao trabalho”. Se, em situações como essa, temos a impressão de que a “maior recompensa” não inspira mais tanto empenho, em outras, melhor nem pensar no que acontece…
Será que está tão difícil assim as pessoas compreenderem que, quando se busca valorizar o convívio, seja qual for o propósito, todos ganham?
Pelo visto está…culpa das enablers que permitem ser conquistadas sem grandes esforços.
Perfeito. Não poderia concordar mais.
Sempre prezei pela naturalidade da aproximação. Ficar forçando uma situação, chamando pra sair com grupos, curtir fotos, soa tão superficial que não vejo como isso pode surtir efeito com algumas mulheres. As vezes penso que elas são muito carentes pela necessidade de ter um homem pra chamar de seu que acabam aceitando esse tipo de pessoa. Uma lástima.
Lamentável. Alimenta esse comportamento bizarro. Serio mesmo, vou virar coaching de homem, quem eu “treino” pega mulher…
Ia te dar uma grana boa. Esse lance de coaching tá demais. Parece que ninguém hoje em dia sabe executar seus planos sem ter uma pessoa cobrando resultado e dizendo o óbvio. Tô vendo nego pedir exoneração de cargo de auditor pra se dedicar a isso, claro que na área de concursos.
Bizarro…não tem nem o que falar. Vou dar muita surra de havaiana de pau nos meus genros se for assim.
E vai todo mundo à merda, revoltada por precisar escrever este texto!
Sensacional. Catártico. #curti
“E aí, qual é a boa de hoje?”. A boa de hoje, querido ameba, é você ir tomar no meio do seu cu, e depois disso, aprender a chamar uma mulher para sair
HAHAHAHAHAHAHAHA
E ainda tem os caras de pau, os acomodados máster que perguntam: “o que eu tenho que fazer para te conquistar?”. Em dias de mau humor, eu respondo “Plástica”, só para pisotear um pouco na autoestima do ameba.
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
(RESPIRA !)
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA