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Fim de papo.

Fim de papo.

| Sally | | 125 comentários em Fim de papo.

É isso aí, o barraco está instaurado. É desfavor deixando BBB no chinelo. E se não dá para evitar, eu vou é fazer, eu vou é fazer pra caralho. É isso? É o desejo levar a público? Não seja por isso, eu ajudo! Vai virar público agora. FAÇO QUESTÃO.

Para encerrar a baixaria que promoveram aqui esta semana, eu os convido para o capítulo final, ouvindo quem ainda não expôs seu lado: eu. A partir do momento em que foi feito em público, todo mundo tem o direito de saber e opinar. Quem não quer se expor vem falar comigo em particular.

Eu tenho um pacto com os leitores. Gostando ou não deles, sendo ou não Impopulares, sendo ou não justos comigo, eu não revelo nada, eu disse NADA do que me é dito fora daqui. Em nenhum meio fora daqui: e-mail, telefone, whatsapp, sinais de fumaça. Tudo que me foi dito fora daqui vai para o túmulo comigo, não importa o que a pessoa me faça. Venho me guiando assim nesses sete anos, mantendo, inclusive, a privacidade até daqueles que me ameaçam e me desrespeitam. Isso se chama ética.

O que vou publicar aqui agora é um comentário que foi deixado ontem para mim, ou seja, pensado e escrito para ser PÚBLICO.

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Para quem não viu o que aconteceu: um leitor que por um acaso é próximo o suficiente para ter meu telefone pessoal e falar frequentemente comigo via whatsapp, deixou um comentário como se fosse a Marina se despedindo do desfavor. Li, aceitei, apaguei e removi o IP, para encerrar de vez essa história que já vinha me deixando chateada desde o começo.

Mais tarde, fui questionada sobre minha escolha na condução do meu blog, dizendo que a expulsão da Marina havia sido injusta. Respondi que eu não a havia expulsado, ela mesma se retirou e me cientificou disso com um comentário, que eu apaguei para não causar ainda mais polêmica. Foi quando fui contemplada com essa belezura de comentário.

Para quem não sabe II, A Vingança, Marina era uma pessoa com a qual eu mantinha contato frequente fora do Desfavor. Ela tinha outros meios que não o blog para me acionar de imediato. Marina leu o que eu escrevi e decretou que eu era uma “mentirosa, filha da puta e desonesta do caralho”. Era dez segundos para ela vir me perguntar de forma privada “Sally, por qual motivo você está dizendo isso?”. Mas não. Ela não se deu ao trabalho, ela tinha certeza que eu era “mentirosa, filha da puta e desonesta do caralho” e achou por bem vir aqui me dizer isso.

Para começo de conversa, se ela estivesse banida, esse comentário nunca entraria. Pessoas banidas não conseguem deixar comentários. Entrou. Somir, obviamente baniu (não se enganem, ninguém, eu disse NINGUÉM tem força para se colocar entre Somir e eu, esse vínculo ninguém rompe) e veio cheio de dedos falar comigo, pois sabia que existia uma relação fora do desfavor e sabia que eu ficaria chocada ao ler isso.

Na noite que sucedeu a polêmica do Ei Você, travei uma discussão feia com o Somir comprando briga para a Marina não ser expulsa. Meus motivos: mesmo que ela tivesse feito algo chato, feio e que eu pedi para não fazer, mesmo ela não respeitando os limites que eu estava impondo por não concordar com eles, eu tinha a certeza de que era uma pessoa bem intencionada e que não estaria agindo com a intenção de tumultuar, como outros já fizeram. Eu via a situação como um fósforo riscado pelo Hugo em um mau dia da Marina, e dias ruins todos nós temos.

E falo do Hugo aqui com carinho. Além de sempre me acrescentar coisas nos seus comentários, ele exerce um papel importante no ecossistema do desfavor. Ele provoca sem limites. Isso traz à tona algumas verdades interiores, os malucos não conseguem se passar por sãos muito tempo quando o Hugo entra na jogada, ele faz a pessoa se perder, se descontrolar e mostrar o que realmente esconde lá no fundo. Ele é nosso Caçador de Malucos, ajuda demais na peneira. Antecipa surtos que só viriam anos depois.

Confesso que fiquei triste, mas também aliviada. Não vou exercer juízo de valor sobre o que motivou a Marina, não me cabe julgar. O que sim me cabe é afastar essa pessoa da minha vida, pois não tenho interesse em quem se comporta assim. Por isso, e apenas por isso ela foi banida, por sinal, antes mesmo de eu ver o comentário. Pela divergência, eu lhes garanto que não seria. Alias, me arrependo enormemente de ter comprado briga por ela.

Não foi um “mal entendido”. Um mal entendido apenas não tem força para causar essa tsunami de merda. Foi postural. Um mal entendido se resolve quando a pessoa tem um canal direito aberto para conversar com você e te questiona. Quando a pessoa decide te jogar merda em público, te xingar, colocar seu caráter em dúvida, te ofender na frente de todos os conhecidos em comum, não é um mal entendido. É postural. Curioso que ainda ontem se falou em “linchamento”. O conceito de linchamento qual é? Agredir alguém que se pressupõe culpado sem dar chance da pessoa se defender?

Entretanto, apesar desse show de horrores de descontrole por causa de internet, o que mais me chocou de tudo, e que fiz questão de compartilhar com o Somir, foi o quanto o discurso de ira foi parecido com aquele que o Marciel me deixou em uma situação no mesmo estilo. Existem frases que são, literalmente, idênticas. Estou perplexa e queria dividir isso com vocês, para que compreendam o motivo da expulsão. Não, eu não tenho que me explicar para vocês, mas eu quero me explicar para vocês, como frequemente o faço, para que amanhã ou depois a história não seja reescrita e vire “Marina foi expulsa só por ter contrariado a Sally”.

Fecho este capítulo bizarro do desfavor triste, mas aliviada e convicta de que aprendi coisas importantes. Espero que vocês também tenham tirado algo de bom desse mar de bosta. Acaba HOJE esta palhaçada, último dia para discutir o assunto. Comentem tudo que tiverem que falar a respeito hoje, amanhã vida que segue e este assunto não vai voltar em outros tópicos. Espero que cada um de vocês consiga tirar uma lição deste acontecido. Não postei pela fofoca, não postei pela audiência (que, por mais triste que seja, triplicou nos últimos dois dias, lamentável, viu?). Postei para que cada um de vocês reflita, tire uma lição disso e venha me contar nos comentários.


SOMIR: Pra começo de conversa, você sabe que a culpa disso é sua, né?
SALLY: Não, não sei. Por favor, me banhe com sua sabedoria…
SOMIR: É esse “amor” todo. Você dá abertura demais, deixa o povo confortável para falar qualquer merda que der na cabeça
SALLY: Então tem que deixar as pessoas desconfortáveis e com medo para que elas cumpram uma regra?
SOMIR: Sim! SIM! Ainda bem que você entendeu de primeira, economiza muita argumentação.
SALLY: Tenho pena dos seus funcionários…
SOMIR: Não precisa, eles podem usar celular, facebook e essas merdas todas.
SALLY: Realmente, quando as pessoas vivem com medo, pode liberar tudo, só não acho uma forma saudável de funcionar
SOMIR: E o que aconteceu agora é saudável?
SALLY: Acontece, ué. De tempos em tempos acontece, você sabe disso
SOMIR: Hoje foi um outro nível…
SALLY: Ok, hoje foi foda
SOMIR: Começa com o “Ei, você!”, aí neguinho vai aparecer até no Plantão Pilha dizendo que não gosta da proposta do texto porque não se acha superior ao Pilha…
SALLY: Sim, o pior é que na argumentação, você está certo
SOMIR: “Não gosta, não leia”, é assim que é.
SALLY: Pode até não gostar ou discordar do que leu, por sinal, muita gente faz, mas falando sobre o tema proposto
SOMIR: E se cada pessoa que discorda de uma coluna em vez do assunto se sentir livre para deixar um comentário criticando a coluna sim si, e não o assunto?
SALLY:
SOMIR: Você sabe quantos comentários vai ter por dia?
SALLY: Muitos
SOMIR: Isso está saindo de controle, você não vai dar conta, ficou “emocionalmente comprometida”.
SALLY: Pode até ser, mas acho que o que você está propondo também não resolve
SOMIR: Sally, as pessoas não pagam nada, entregamos conteúdo diário bom e de graça, custa se ater ao debater dos temas dos textos nos comentários? Ao invés de vir dar lição de moral sobre a coluna?
SALLY: Mas no geral, é o que acontece
SOMIR: Não ultimamente…
SALLY: Como assim?
SOMIR: Somir 2016 está respondendo comentários. E estou vendo a zona que é!
SALLY: Zona?
SOMIR: Gente reclamando de tema, de numero de paginas, de formatação e agora, pra ficar bacana mesmo, gente reclamando da coluna inteira!
SALLY: Você concorda comigo que isso não é regra, é exceção?
SOMIR:Você concorda comigo que isso é inaceitável mesmo que seja uma única vez?
SALLY: Não, eu não concordo com você
SOMIR: É razoável escrever um e-mail para um diretor de cinema dizendo o quanto você não gostou do seu ultimo filme?
SALLY: Claro que não! Se eu não gostei eu não vou ver e ponto. Eu hein, que pergunta!
SOMIR: E se você não gostou de um prato em um restaurante, chama o cozinheiro e diz que não concorda com aquele prato por terem matado um animal para prepara-lo?
SALLY: Obvio que não, se eu não concordar não peço esse prato. Qual é o seu ponto?
SOMIR: As colunas fixas do Desfavor estão todas na Constituição, cada um passa e lê o que quer. Você acha mesmo que tinha que dar tanto espaço para o circo em torno de uma pessoa não concordar com uma coluna?
SALLY: Mas eu deixei bem claro que não havia espaço para isso ali
SOMIR: Não parece!
SALLY: Como assim não parece?
SOMIR: Uma pessoa que esta tumultuando uma postagem merece ter voz para deixar quase 40 comentários?
SALLY: Leia e veja que eu pedi para parar de polemizar várias vezes
SOMIR: Pediu. Mas a pessoa não parou. Qual é o procedimento nesse caso? O que a gente faz com gente maluca?
SALLY: Banir
SOMIR: E você baniu?
SALLY: Não
SOMIR: E eu já tinha te cantado essa bola. Eu te disse que você ficava batendo palma pra maluco dançar. Então, a culpa é de quem?
SALLY: Pelo visto minha
SOMIR: Cagaram na sua cabeça porque você deixou.
SALLY: Desculpa, eu não me guio por critérios matemáticos
SOMIR: Humanos… mas, porra, 40 vezes teimando em desvirtuar os comentários?
SALLY: Foda
SOMIR: Quantas horas você gastou durante toda a semana para fazer esse “Ei, você!”?
SALLY: Entre colher frases, selecionar e responder umas quatro horas
SOMIR: Para vir alguém dizer que não gosta do “joguinho”, te chamar de arrogante? Cadê a Sally que bania sem dó gente que se incomodava com humor?
SALLY:
SOMIR: E dizer que seu PROBLEMA é ver desfavor como uma casa e não como um blog? Comeu cocô? Nem eu me sinto no direito de falar isso!
SALLY: É, usar uma figura de linguagem é perigoso, dá margem a esse tipo de interpretação aberrante, vou parar de dizer que é minha casa, pelo visto não estão entendendo o que eu quero dizer
SOMIR: Eu preferia quando a gente era mais ditatorial.
SALLY: Acho que eu também… regras não são um privilégio do desfavor
SOMIR: Não tem pra onde correr… todo blog com muitos leitores tem regras.
SALLY: Me diz um blog com muitos leitores que responda diariamente comentários?
SOMIR: Não sei não…
SALLY: Será que tem?
SOMIR: Nesse esquema, de texto com mais de dois mil comentários, duvido. Mais um motivo para você não permitir achismo, desabafo e comentários gigantes.
SALLY: Ahhhh… os comentários gigantes…
SOMIR: Quanto tempo você perde lendo esses comentários gigantes?
SALLY: Muito
SOMIR: Porra, o blog é NOSSO e não ficamos desabafando, ficamos caçando temas universais para postar. Não pode ter espaço para qualquer um falar qualquer merda que vier à cabeça, vira uma válvula de escape de gente chata e não troca de ideias. Comentário válido é comentário que acrescenta, não comentário onde a pessoa vomita opinião e tudo que vem à cabeça. Você concorda comigo?
SALLY: Concordo
SOMIR: Se cada um resolver fazer isso, nossa vida vira um inferno. Percebe?
SALLY: Percebo, percebo sim
SOMIR: Não pode ter espaço para isso.
SALLY: Meu Querido, às vezes as pessoas fazem as coisas mesmo sem ter espaço
SOMIR: Então é hora de mostrar o que acontece!
SALLY: O que acontece?
SOMIR: Está cancelado o “Ei, você!” convidado.
SALLY: Não, não está
SOMIR: Ô se está!
SALLY: Ah, ok. Meia dúzia não gosta e todo o resto gosta e por causa de meia dúzia cancela? Nem fodendo
SOMIR: Não vai ter, só o medo constrói. Aí cidadão vai pensar mil vezes antes de serem ingrato e folgado.
SALLY: Você está punindo uma maioria que sempre respeitou regras e gosta da coluna e premiando quem não gosta
SOMIR: E você obviamente está desmoralizada por continuar dialogando com alguém que acaba de te chamar de arrogante e recriminar a forma como você trata o SEU blog. As pessoas tem que ter medo de serem tão sem noção!
SALLY: Chega o rosto perto da tela
SOMIR: Hã?
SALLY: Chega o rostinho bem pertinho da tela, por favor…
SOMIR: wat
SALLY: Custa me atender?
SOMIR: Ok. Feito
SALLY: Está com o rosto bem pertinho da tela?
SOMIR: Sim.

SALLY: É O CARALHO QUE NÃO VAI TER!

SOMIR: Muito maduro, parabéns.
SALLY: O que é maturidade? Punir inocentes?
SOMIR: Eu não vou aturar esse circo outra vez!
SALLY: Eu vou ouvir muito durante dias, né? Não vai ter jeito!
SOMIR: Não, Minha Cara. Semanas!
SALLY: Você não faz e vai paunocuzar quem faz por achar que a pessoa não fez do jeito que você achava certo?
SOMIR: Como é bom quando as pessoas nos entendem.
SALLY: Ah é? Já que você se acha tão fodão, então agora eu deixo a responsabilidade para você
SOMIR: Não vai mais responder comentários?
SALLY: Vou, vou sim, mas a passeio, tipo uma avó que brinca com o neto. Quem educa agora é você. Qualquer questão disciplinar eu vou escrever “estou te direcionando para o Somir” e vou te avisar na mesma hora, para você lidar com o problema
SOMIR: Try me.
SALLY: Ótimo. Vamos ver como você se sai. Talvez você realmente seja melhor do que eu nisso
SOMIR: Até um unicórnio tomando Prozac é melhor do que você nisso atualmente. Sério, Sally, você está moooole…
SALLY: Beleza, tá achando que é fácil? Boa sorte
SOMIR: Eu não preciso de sorte pois tenho competência!
SALLY: Melhor ainda. Então, já que as coisas vão andar na linha porque Sr. Competente é o novo encarregado, podemos fazer Ei Você Convidado sem medo!
SOMIR: Eu ainda acho que mereciam ficar sem…
SALLY: Puna apenas quem faz merda
SOMIR: Puna todos e todos se voltarão contra quem faz merda e assim o próprio grupo se regula e você não precisa mais educar um a um! Estratégia, Sally!
SALLY: Tão nojento… e tão verdadeiro… Mas não me agrada
SOMIR: Por isso as pessoas se sentem no direito de questionar uma coluna, a forma como você conduz seu blog e de te taxar de arrogante sem te conhecer!
SALLY: Pode ser, talvez eu esteja mole mesmo. Estou cansada, muito cansada de lidar sempre com os mesmos problemas. Falta a compreensão que não é um parque recreativo, o espaço nos pertence e quem entra nele está obrigado sim a seguir nossas regras.
SOMIR: Amanhã vem alguém dizer que seu problema é confundir o desfavor com um parque, quando na verdade é um blog.
SALLY: HAHAHAHAHAHA
SOMIR: Sério, você está deixado amizade intervir nas suas decisões de moderadora do Desfavor. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
SALLY: Felizmente agora você que sabe tudo vai tomar a frente e vai lidar com isso
SOMIR: Não vai acontecer.
SALLY: O que não vai acontecer?
SOMIR: Ninguém fala assim comigo.
SALLY: Não?
SOMIR: Não 40 vezes. Se falar, fala uma só e perde a voz. Não vai acontecer.
SALLY: Justo
SOMIR: Justíssimo!
SALLY: Confesso que estou curiosa para ver o que vai sair daí
SOMIR: É aquilo que eu falei do excesso de amor, Sally, confunde as pessoas. Acham que é festa.
SALLY: Beleza, trabalha com medo e jogando o grupo todo contra o transgressor, vamos ver se dá certo
SOMIR: Você vai ver a diferença!
SALLY: Não só vou ver, como ainda estarei comendo pipoca…


Achei mais didático transcrever o diálogo do que contar com minhas palavras. Vocês estão nas mãos do Somir agora pois eu cansei e preciso de umas férias. Recomendo que andem na linha.

Para achar divertido ver um maluco ganhando poder, para dizer que em dois meses Somir me devolve a responsabilidade ou ainda para dizer que eu andava mesmo muito bunda mole (não será offtopic, afinal, o tema de hoje é esse!): sally@desfavor.com


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