
Desconectados.
| Desfavor | Desfavor da Semana | 24 comentários em Desconectados.
+Parte de uma campanha da fabricante de preservativos Durex, o Durex Connect é um aplicativo cujo objetivo é aproximar os casais, distanciando-os por um período de seus dispositivos móveis para incentivá-los a se dedicar mais ao sexo.
Em breve teremos um app para lembrar às pessoas o que é sexo. Por enquanto, desfavor da semana.
SALLY
Várias coisas graves aconteceram nessa semana que passou, porém esta notícia trivial me causou mais mal estar do que todo o resto. Geralmente eu fico puta ou revoltada quando escrevo esta coluna, mas hoje eu fiquei TRISTE, triste de verdade. Eu pedi para falar sobre o assunto e o Somir concordou: um aplicativo criado para que os casais se afastem um pouco do celular e façam sexo. Sim, é isso mesmo que você acaba de ler.
A ideia do aplicativo surgiu depois de uma pesquisa que constatou os seguintes dados alarmantes: 40% das pessoas atrasam o sexo por estarem entretidas com seus smartphones e 1/3 interrompe a relação sexual para atender o telefone ou responder mensagens. Ao ter acesso a esses números, um fabricante de camisinha resolveu desenvolver o aplicativo, estimulando as pessoas a largarem o telefone e fazerem sexo.
Meu primeiro choque é que casais precisem de um lembrete para fazer sexo. O segundo é que um aplicativo se proponha justamente a tirar a pessoa do smartphone: seria como um açougue fazer campanha para você comer menos carne. Quão alarmante é a situação para que publicitários tenham visto um nicho em um público que troca sexo por smartphone?
A obsessão pelos smartphones cresce gradualmente e seus usuários nem sentem o quanto estão virando escravos ou viciados. Como a maior parte das pessoas se encontra na mesma situação, uma aura de normalidade recobre o comportamento anormal, afinal, na cabeça dos medíocres “se todo mundo faz, é normal e aceitável”. Onde foi que nos perdemos a ponto de achar um smartphone mais interessante do que a pessoa que escolhemos para partilhar nossas vidas?
Sim, um smartphone tem atrativos: todas as informações do mundo podem ser acessadas dentro daquele aparelho. Um mundo ao alcance dos seus dedos: fotos, vídeos, textos, músicas… o que você quiser, no seu tempo, na sua ordem. Mas não passa disso: informação, mídia, imagem. Muito me espanta que isso substitua o contato humano. Carinho, cumplicidade e intimidade são, para mim, insubstituíveis. Mas eu estou longe de refletir o brasileiro médio. Não sou nem brasileira, nem média.
Daí parei para pensar nessa geração que está escravizada por smartphones e percebi a origem de um mal que eu acreditava ser novo, e concluí que não é, é apenas mais do mesmo, só que agora portátil. Filhos criados pela televisão, por pais ausentes o dia todo, que aprenderam que contato humano é só duas vezes por dia: um beijo de despedida no café da manhã e um beijo de boa noite antes de dormir. Gente que cresceu sem entender a importância de sentar à mesa, conversar, trocar ideias e olhar bem dentro dos olhos da pessoa amada, reparando nela e em seu estado de espírito. Gente que cresceu em uma família unida pela televisão, mais ouvindo Jornal Nacional e novela do que pensando, falando, compartilhando.
Esse vício pelos smartphones reflete essa cultura. Só que agora a TV é portátil, e não é apenas TV, é tudo que existe em vídeo no mundo ao alcance de um clique. Não tem como ganhar disso se a pessoa não foi ensinada desde pequena o valor que tem o contato humano, o diálogo e a troca de ideais. A noção de família como um grupo que se ama e se preocupam uns com os outros diariamente (e não só quando alguém está mal) está se perdendo. Família é estar presente, é olhar para o outro, perceber o outro, se interessar pelo outro. Mas não, com internet as pessoas se interessam por gente de todas as partes do mundo, mas são capazes de ignorar quem dorme a seu lado. Dá vontade de chorar.
Para essas pessoas que cresceram com uma noção de família medíocre, sem conversa e união, o smartphone é interessante demais quando comparado a aquele beijinho de boa noite ou a aquele jantar mudo vendo Jornal Nacional. E quem aprendeu a funcionar dessa forma não quer largar o osso (smartphone) de jeito algum, interação com outro ser humano ao vivo deve realmente parecer muito chato para quem pode falar com o mundo todo. Quem aprendeu a importância (poucos) sabe o enriquecimento insubstituível que gera e ainda cultiva, mas são poucos. Ahhh… são tão poucos…e quem não aprendeu não consegue nem mensurar o que está perdendo.
Além de poucos, aqueles que ainda preferem pessoas a smartphones são socialmente execrados, excluídos. Se você não está o tempo todo antenado, sabendo do último Meme, da última polêmica de rede social, da última informação, é obsoleto, desinformado e ultrapassado. Lembram do meu texto sobre FOMO? Pois é, a porforofobia está tomando uma dimensão coletiva e até o mais forte dos apelos para o contato humano, que é o sexo, está perdendo para o mundo digital. Não estar por fora é mais importante (e mais legal!) do que fazer sexo.
Cai a última barreira. Todo o resto já vinha sendo suprido pela internet. Ontem mesmo eu jantei com uma pessoa que estava a muitos quilômetros de distância de mim, via Skype. Você conversa, troca foto, escuta, vê vídeo, faz quase tudo, menos sexo. Sexo era forte o bastante para obrigar o ser humano a sair para o mundo real eventualmente. Pelo visto, não é mais. O mundo virtual venceu, os smartphones são mais interessantes que uma mulher nua ou um homem nu. E se você discorda, em breve será considerado oldschool.
Não duvido que em breve as necessidades sexuais do ser humano sejam supridas por eles mesmos, através de uma masturbação auxiliada pela internet, e o desinteresse por sexo com outra pessoa se espalhe. Talvez dentro de algumas décadas o sexo a dois seja uma coisa meio vintage, meio retrô, que só os conservadores façam. O último dos fortes apelos pelo contato humano ruiu: na batalha Sexo x Internet, o sexo perdeu. Se antes a internet era um meio de conseguir sexo, hoje é uma distração que afasta a pessoa dele. A que ponto chegamos. A coisa foi evoluindo e quando dei por mim me deparo com essa realidade. Juro que não percebi que estava nesse patamar.
Lembro de uma série de filmes, novelas e comerciais que, em cenas cômicas, mostrava mulheres apelando para investidas sexuais de modo a tirar a atenção de seus parceiros de outra coisa. Sexo vencia tudo, era só acenar com a possibilidade de sexo que a pessoa largava tudo que estava fazendo. Hoje não, pelo visto hoje o que faz as pessoas comemorarem é a existência de Wi-fi. Se Gisele for fazer um comercial, vai sugerir que você dê um smartphone com 4g para seu marido e só depois conte que bateu com o carro.
Pessoas individualistas, narcisistas, egoístas, que estão mais interessadas em saber o que estão comentando DELAS, das SUAS FOTOS, dos SEUS TEXTOS, dos SEUS VÍDEOS do que fazer sexo. EU, EU, EU. O EU virou muito mais interessante do que o outro. Parece ter ficado pequeno agradar a uma pessoa só. Desperdício agradar a uma pessoa só fazendo sexo com ela, quando você pode conseguir a admiração de centenas ou milhares de seguidores de rede social. Aqueles mesmos carentes que entravam em um relacionamento para conseguir aprovação e companhia agora tem uma nova fonte muito mais poderosa para isso, a internet. O contato humano virou descartável.
Quantas pessoas realmente sabem e apreciam manter um relacionamento consistente? No Brasil, quase nenhuma. Quem tem a sorte de encontrar um parceiro(a) que tenha mais interesse na relação ou em você do que na internet deve cuidar dele com muito carinho, porque essa espécie está em extinção e a tendência é piorar.
Todas essas pessoas disfuncionais afetivamente (que são maioria, logo, tecnicamente, a disfuncional na verdade sou eu) criarão filhos igualmente disfuncionais ou piores, pois não havendo a obrigação social de convivência, não demora até que família seja um grupo de pessoas que vivem debaixo do mesmo teto, cada um trancado no seu quarto. Esses filhos disfuncionais criarão filhos ainda mais disfuncionais, pois nunca aprenderam como ser de outra forma. Dá para entender para onde estamos rumando?
Priorizar a convivência humana ainda é escolha, mas, em algumas décadas, nem mesmo essa escolha teremos, pois esse modo de ser, priorizando smartphone, estará consolidado e as futuras gerações nem mesmo saberão como agir de forma diferente. Espero não estar viva para ver. O lado bom? Talvez, pela falta de sexo, essa humanidade de merda se extinga. No aguardo.
Para reclamar que eu te deprimi, para expressar sua opinião sobre quem troca sexo por smartphone ou ainda para tentar encontrar por aqui alguém que não o faça: sally@desfavor.com
SOMIR
Pra começo de conversa, sempre achei sexo uma coisa supervalorizada. Não, não estou me assumindo assexual, é que por mais que os hormônios tenham seu poder, nunca conseguiram me vender a ideia de que o corpo tem vontade própria e estamos fadados a correr atrás disso o tempo todo. Sempre ouço essa conversa, nunca me identifiquei. Acho que tem muita pose aí e também uma desculpa esfarrapada para transformar as próprias escolhas em inevitabilidade fisiológica. É algo mais fácil de ser colocado em perspectiva do que dizem por aí.
Digo isso para posicionar minha ideia de que não acho estranha a redução da atividade sexual ‘tradicional’ na humanidade. A tendência era mesmo essa. Acredito que o sexo como conhecemos atualmente vai sair do centro das atenções da nossa espécie e começar a dividir espaço com outras atividades mais bem adaptadas às novas necessidades de cérebros tão estimulados. De uma certa forma, a mente tende a subjugar o corpo, se prestarmos atenção, nossa evolução toda está baseada nisso.
Mas então por que eu estou concordando que há um desfavor no tema escolhido hoje? Vejam bem: estou apontando uma tendência de longa duração. Se uma notícia do tipo aparecesse uns cem ou duzentos anos no futuro, e eu estivesse vivo para analisá-la, aí sim eu diria algo como “it’s evolution, baby!”. Mas ainda estamos num momento histórico onde as mentes não estão suficientemente maduras para essa transição.
Nossa conexão é ampla, mas frágil. Ainda estamos caminhando nesse processo de virtualização da humanidade. O contato físico não tem substitutos reais para a imensa maioria das pessoas. De uma forma ou de outra eu sempre passo perto desse tema. Há algum tempo atrás escrevi um texto sobre pessoas que se apaixonam por personagens fictícias e abdicam de qualquer relacionamento físico em nome delas: por mais que eu consiga enxergar como isso é um prenúncio do nosso futuro, temos problemas óbvios nesses ‘early adopters’ do modelo de relacionamento virtual… o principal é que a pessoa em si não é virtual. Não há um meio de relacionamento viável que ao menos engane a pessoa a vivenciar as benesses de se conectar com outros seres humanos.
O que acontece então é uma idealização essencialmente masturbatória que isola a pessoa numa bolha de aceitação imaginária. E tudo isso com um corpo pra lá de orgânico para contentar. O corpo ainda precisa de estímulos que só o contato humano pode providenciar e joga a pessoa numa espiral de vício onde as recompensas ficam cada vez menores com o tempo. O abandono da realidade em busca do prazer virtual ainda é algo com consequências sérias na relação da pessoa com o mundo ao seu redor. Não somos virtuais.
E numa escala felizmente menor, algo parecido começa a acometer boa parte das pessoas com acesso a smartphones e internet nesse mundo. O corpo ainda precisa do que sempre precisou, e o mundo moderno fornece inúmeras alternativas ‘pouco calóricas’ para saciar essa fome. Mas como é mais fácil se esconder atrás de uma tela do que encarar as agruras dos relacionamentos físicos, substituições vão acontecendo. É como se o cidadão (ou cidadã) começasse a comer grama ao invés de praticar a agricultura. Enche a barriga, mas vai te matar de fome.
Eu mesmo fantasio ter minha mente virtualizada e deixar esse corpo trabalhoso para a terra comer, mas mesmo alguém tão afeito ao que é da mente não pode ignorar que ainda não é assim que o mundo funciona. Não estamos prontos para nos afastarmos dessa forma e manter conexões apenas através do intangível. Falta alguma coisa. Falta o real. Precisamos nos adaptar primeiro.
É triste que tanta gente esteja queimando etapas, e pelos motivos errados. Esse povo não está deixando de se relacionar com seus parceiros porque querem se concentrar apenas em suas ideias, estão fazendo isso porque estão procurando pelo o que lhes falta no lugar mais fácil. O smartphone não rejeita, não discute, não ignora. Seres humanos com as mesmas necessidades de sempre começam a mudar seu foco para uma espécie de solução milagrosa que lhes foi vendida pela indústria da aspiração.
E precisam que o próprio smartphone diga para deixá-lo de lado e se conectar com alguém de carne e osso! Sexo faz bem, resolve muito problema… até mais do que tem direito de fazer. Até concordo que passou da hora de dar uma arrefecida no sexo para procriação, mas ainda não tem problema nenhum com o recreativo! Repito que não compro o discurso da escravidão hormonal (generalizada), mas a importância dessa relação íntima entre duas pessoas para o nosso bem estar não pode ser ignorada. E, ei, nem precisa mesmo ser sexo: só de interagir com outro ser humano ao vivo, nossos corpos e mentes já começam a trabalhar de forma que smartphone nenhum vai emular num futuro próximo.
Imagino que seja típico da nossa espécie procurar por soluções mágicas para seus problemas. Sempre procurando por atalho para lidar melhor com a complexa condição humana. A bola da vez é uma pequena tela para o resto do mundo, com um conteúdo falsamente subserviente às suas vontades e um viciante estímulo contínuo que deixa pouco espaço restante para contemplar os próprios problemas.
Falta criar um app que diga para as pessoas que aquilo é só uma tela.
Da era da informacao para a era da assexualidade…
A tecnologia parece nos afastar de nos mesmos, depois dos nossos afetos e, em meio a essa triste realidade, caminhamos juntos, rumo ao total desinteresse sexual.
Jamais compraria um aplicativo desses. Digo isto sem titubear, pois falo por mim:
É impossível viver sem sexo! Impossível…
Daqui a pouco o jeito vai ser criar um aplicativo com genitálias 3D na tela do celular e foder por ali mesmo. Eu não sou, de forna alguma, contra os smartphones, mas o brasileiro médio já está passando dos limites. As pessoas não param de punhetear essas merdas nem no cinema pra ver um filme de duas horas. Andar no centro também virou um inferno, a gente com pressa, querendo andar rápido e meia dúzia de babacas na frente se arrastando que nem zumbis, obcecados no celular. Vontade de dar uma voadora de dois pés.
Por um lado é bom que a bateria do smart acabe rápido.
Tenho certeza que pode passar o tempo que for,que nenhuma tela de nenhum computador,seja lá qual for, ira reproduzir aquele cheirinho bom que só a ” gorduxinha” pode produzir.
Acho que a despeito desse fato,enquanto houver humanos sempre haverá sexo real(aquele super saboroso),porque somos( através de nossas mentes) os seres mais heterogéneos que conhecemos.Será como as drogas:nunca deixarão de existir.
Tenho minhas dúvidas
Pois é, evito qualquer modelo de relacionamento tradicional por isso, para me sentir mais dentro das ideias e com a maior privacidade possível, dois (há !) motivos tão interligados…
#sexorecreativoestilodevida #VenhaSallysequiser
=)
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Agora é mais sério ainda : por mais que eu queira referências de gamers e “game world” como um todo (só usei Xbox emprestado uma vez e Playstation na outra, só tive Dinavision e usava consoles Nintendo e fliperamas próximo, nada nem de assistir competição de LOL / Dota e afins) , as de literatura ou de músicas antigas em músicas atuais ou vlogs atuais pra mim têm provavelmente maior valor – tenho que voltar ao restante dos tantos livros (sim, físicos !) que comprei ano passado…
O Sexo já perdeu pro chocolate em outras pesquisas. Quando vier a crise de escassez de chocolate, até a internet vai perder para ele.
chocolate > internet > sexo
Passei uma fase de compulsão por chocolate e melhorei muito graças a dicas da nossa querida, anônima (e misteriosa!) escritora preferida. (Lembra do e-mail, Sally?)
Ok a Internet substituir o lazer (as opções não são lá essas coisas), os contatos físicos (tem tanta gente chata no mundo) e o sexo (nem sempre é bom) para muita gente. Mas substituir o chocolate não vai ser fácil.
Se um dia encontrarem um aplicativo que substitua o prazer de comer um churrasco, uma pizza, um brigadeiro, um sorvete, Nutella, comida japonesa, comida italiana, comida mineira, enfim… comida boa em geral, a Internet terá nos vencido de vez. De vez.
A internet leva essa comida até você. Ela já venceu…
Não comida literalmente. Mas algum aplicativo, jogo ou rede social que dê mais prazer do que comida. Tem gente que acha mais prazeroso receber likes no Twitter do que sexo na vida real. Mas poucos perdem o interesse em comer e beber para ficar só na rede. Somos uma maioria de obesos. Imagino que quando a maioria achar mais interessante ficar na Internet do que comer e beber, será o fim da vida social.
Sou minoria por aqui: Gosto muito de redes sociais, de blogs, de sites de notícia… Adorava o Orkut. Por enquanto, ainda não sinto que a tecnologia atrapalhe minhas relações, até porque a maior parte das ideias para festas, reuniões, idas ao cinema e diversões em geral acontecem pelo Facebook ou pelo WhatsApp. Mas talvez seja questão de tempo para que eu, como os outros brasileiros médios, fique dependente sem nem notar.
Se você se acha BM prestes a “afundar” neste sentido, imagine eu – se soubesse de mim…Pois é, o que mais até eu passei a fazer foi frequentar eventos marcados pelo facebook (e uns por um fórum aí, que conheço há meses…), por whatsapp ainda não porque tive impedimentos “reais”…
Posso ser muito, muito, muito sincera? Eu me acho BM em quase todos os aspectos. Com exceção do fato de gostar muito de ler (muito mesmo!), de gostar de questionar e de refletir sobre tudo o que ouço, sinto e vejo, consciente que sou de que meus sentidos são limitados, eu tendo a ser BM em quase tudo.
Não entendo dos mistérios da Informática. Recentemente até fiz um curso de Excel, mas o que sei da estrutura da rede é muito precário. Até os Gladiadores de Cristo sabem derrubar site e eu não sei nem criar. Não sou boa em Ciências Exatas. Não sou determinada para fazer exercícios físicos e, por isso, tenho sempre que recomeçar, tal como todos os brasileiros médios sem determinação. Nunca morei fora do Brasil. Não passei em nenhum concurso público que prestei. Não tenho esperança de ter grande sucesso profissional. Tenho muita inveja (existe coisa mais BM do que ter inveja???) de quem come tudo o que quer sem engordar e de quem tem cérebro privilegiado, como o Bill Gates. Tenho inveja também de quem já nasce bilionário, como os filhos do Bill Gates.
Tenho um empreguinho com o qual sobrevivo, mas é pouco. Não tenho perspectivas de arrumar nada melhor. Gosto de MPB, de rock nacional, de Caetano Veloso, de Raul Seixas e de Chico Buarque (Sim, Sally. Mesmo com a voz que lembra a de uma maritaca piando.) Sou feminista, mas consigo a proeza de ser xingada de machista por muitas colegas e nem sei explicar o porquê.
Estou acima da média apenas na sábia decisão de não ter filhos.
Marina, acho que eu já te disse isso antes: você não tem NADA de BM. NADA
Gostar dessas coisas não te faz menor. Como portar-se diante delas é o que conta. Nesse sentido, redes sociais trazem uma miríada de benefícios. Até mesmo para cá.
Eu também adorava Orkut: pessoas interagiam, conversavam, trocavam opiniões. Mas Facebook é um culto a si mesmo com fotos e trocas de elogio como premissa
É… eu também uso lá redes sociais mas com moderação. Não acho que seja dependente!
Alguém aí assistiu HER??
“[…] aqueles que ainda preferem pessoas a smartphones são socialmente execrados, excluídos. Se você não está o tempo todo antenado, sabendo do último Meme, da última polêmica de rede social, da última informação, é obsoleto, desinformado e ultrapassado.” Bem vinda ao meu mundo. Os professores e colegas da faculdade fazem referências que raramente entendo. Aqui em casa meu smartphone fica guardado no armário. Já fiquei uma semana sem mexer nele, e só o fiz porque estava pedindo pra recarregar. Eu e amigos mais próximos não somos amarrados em Whatsapp. Não tenho a menor dificuldade em conciliar contato social + responsabilidades + internet, e sinceramente não entendo quem tem.
Pessoas como você estão em extinção
Será q dá pra configurar dele me lembrar de dar umazinha toda sexta à noite? Aparece uma mensagem ba tela tipassim: Caro usuário brocha, desliga agora essa merda e vá trepar!
Eu só preciso de dinheiro e “alvo correto da vez”… ^_^
Smartphone 4G é tudo! Sexo pra que, se tem os prints pelo whatsapp? Eu que não instalo um app desse, nem fodendo e nem sem foder! Os filhos agora são criados pelo tablet, TV já era.