
Senha da discórdia.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 42 comentários em Senha da discórdia.
Com a internet, hoje em dia temos senhas para praticamente tudo. Sally e Somir discutem quem deve ter acesso a essas senhas num relacionamento. Os impopulares contam seus segredos.
Tema de hoje: Há problema no(a) parceiro(a) saber suas senhas?
SOMIR
Sim. Senha é algo pessoal e muito se engana quem acha que relacionamento é essa coisa ‘cagar de porta aberta’ de dividir tudo. Vamos primeiro entender que senhas são essas: contas pessoais de e-mail, redes sociais ou mesmo de dispositivos como celulares ou computadores. Coisas que não são do casal e sim da pessoa. No caso de uma conta conjunta é óbvio que não tem problema, oras. Estamos falando de coisas íntimas e pessoais.
Um casal é a união de duas pessoas, ênfase na “união”. Dois elementos separados que resolvem se aproximar e dividir momentos e experiências da vida. Infelizmente muita gente acha que união é sinônimo de amálgama, como se o casal tivesse que virar um ser novo, mistura de ambos. Isso não é relacionamento, isso é medo de ficar sozinho: abdica-se do que é próprio e pessoal em nome de uma companhia tão constante ao ponto de parecer uma extensão do próprio corpo.
Quem quer se relacionar não se funde. A graça está em se unir em prol de um objetivo, mas mantendo-se o que já existe como fundação. Boa parte da graça de um relacionamento é lidar com o outro, permitir-se surpreender às vezes, tem que existir um mínimo de risco para manter as coisas interessantes. Qual a graça de alguém sobre quem já se sabe tudo?
Privacidade é algo valiosíssimo na vida. É sinônimo de liberdade. Quem cede privacidade abre a porta para o escrutínio alheio e pede para ser mal interpretado. Tem coisas que são só nossas e não é bacana ser obrigado a dividi-las. Muita gente não vai entender e você vai ser punido por algo provavelmente inofensivo. É assim que controla-se populações: fazendo as pessoas se vigiarem e eliminando privacidade.
E outra, tem gente que não gosta de ter sua vida devassada. Eu sou um livro fechado e ai de quem me negar esse direito! Essa pressão social de dividir tudo num relacionamento faz muita gente ser forçada a fazer o que não se sente à vontade fazendo só para fazer os outros acreditarem na veracidade do seus sentimentos. E quem disse que amar é abdicar da individualidade?
É preciso deixar a outra pessoa ter sua vida separada de você. Um relacionamento não substitui tudo (muito embora muita gente pense assim) e é até mais bacana para o casal que ambos tenham suas experiências próprias para que ambos possam somar ao conhecimento do outro. Querer misturar tudo deixa as coisas previsíveis e estagnadas. Relacionamentos saudáveis são compostos por duas pessoas inteiras.
E mais importante, que confiam uma na outra. Gente ciumenta também sabe ser esperta: dizem que há praticidade em deixá-las ter acesso a todas suas contas e aparelhos citando uma série de situações onde elas podem economizar tempo e resolver pequenos problemas com esses acessos. Mas a verdade é uma só: querem as senhas para bisbilhotar. Quem não quer espionar não faz questão NENHUMA de saber senhas. Isso é golpe. Eu não caio.
E aqui provavelmente entra o argumento que a outra parte vai usar: “quem não deve não teme”. Eu sou tão contra essa frase que temo gastar todo o espaço falando só dela. Mas vou me controlar e falar primeiro sobre a parte de fuçar na privacidade alheia. Se você precisa inventar desculpas para ficar espionando seu(sua) parceiro(a), o relacionamento vai mal, vai muito mal. Sei que para muita gente relacionamento é baseado apenas em carência, mas para mim ele é 100% confiança. Acabou a confiança, acabou o relacionamento. Simples assim.
Eu tento tratar os outros como gosto de ser tratado: eu confio porque não admito não ser de confiança. Não quero saber senhas, não quero saber onde está indo, com quem vai… faz o que bem entender. Confiança se ganha uma vez e se perde uma vez, ponto. Não tem nada do que ficar vigiando adultos para evitar que eles façam merda: vão fazer de qualquer jeito. Eu me recuso a prestar o papel ridículo de ficar lendo mensagens de uma mulher para saber o que ela está fazendo. Se ela quiser me contar, me conta. Se não quiser, não me diz respeito.
Mas vamos tentar condensar a parte do “não deve, não teme”: essa frase é horrível porque diz que a paz só existe sob a vigilância alheia. Transforma todos nós em culpados potenciais até fornecermos uma prova de inocência. Absurdo! Somos inocentes até que se prove o contrário. Eu tenho horror da ideia de ser acusado e ser obrigado a me provar inocente. Nenhum sistema legal do mundo moderno trabalha com essa ideia escrota, e não é à toa.
“Não deve, não teme” é mentalidade medieval de um mundo em que ninguém gostaria de viver. Você não deve, PONTO. Quando dever, aí sim que corra algum procedimento contra você. Você quer que outros tenham acesso a sua intimidade portando apenas uma acusação? Estou sendo consistente aqui. Tem coisa mais importante que um relacionamento nessa vida: liberdade e individualidade são duas delas.
Quando se segue um ideal consistente de direito à privacidade e princípio de inocência, você não diz “quem não deve não teme” nem de brincadeira! O mundo já sofreu demais com essa frase nefasta e o melhor que fazemos é afundá-la no ostracismo, lugar que lhe pertence.
E sim, eu sei que estou condicionando meu argumento das senhas à vontade da outra parte de devassar sua privacidade, mas pensem bem: quem se preocuparia tanto com pedir suas senhas se não quisesse saber o que elas protegem?
Direito de cada um ceder à desconfiança do outro, mas eu passei dessa fase. Eu não devo, e só.
Para dizer que é muito papo para esconder os vídeos pornôs no Whatsapp, para dizer que deve e teme ou mesmo para dizer que cagar de porta aberta é seu modelo ideal de relação: somir@desfavor.com
SALLY
Vamos prestar atenção na pergunta? A pergunta é HÁ ALGUM PROBLEMA em seu parceiro saber as suas senhas? Não, não há problema algum, se você não tiver nada a esconder. E se você tiver algo a esconder acobertado por uma senha, desculpa, você é um idiota, pois não existe senha que não possa ser quebrada.
Atentem que a pergunta não é sobre a obrigatoriedade de dar a senha para o parceiro. Dá quem quer, quem não quer não dá. A pergunta é se quem escolheu dar suas senhas ao parceiro está se portando de forma problemática, equivocada ou anormal. NÃO. Se confia no parceiro e quer dar as senhas, não vejo problema algum.
Posso pensar em mil razões para um parceiro ter uma senha do outro. Desde poder mexer na conta bancária em caso de morte até reenviar um e-mail que por algum motivo não foi enviado no prazo correto. Pouca diferença faz o motivo, o ponto é que não me parece anormal, não me parece disfuncional informar a um parceiro suas senhas.
Evidente que ninguém aqui vai sair dando suas senhas para uma pessoa que mal conhece. A ideia de parceiro pressupõe amor e confiança. O grande problema é que as pessoas andam aceitando qualquer bosta como parceiros, e a consequência natural dessa falta de filtro é se relacionarem com pessoas que não são confiáveis. Porra, se não existe confiança, a senha é o de menos, o relacionamento nem deveria existir!
Confiar uma senha a seu parceiro não significa que ele vá fuçar tudo aquilo a que essa senha dá acesso. Só uma mente muito invasiva e fofoqueira veria as coisas por esse ângulo. Em bom português, se você depreende que dar a senha é dar passe livre para fuçarem sua vida, provavelmente é porque você é assim e está projetando seu defeito nos outros.
Dar sua senha a alguém é apenas dar sua senha a alguém. Não autoriza à pessoa fuçar, mexer, mudar, apagar ou responder a nada. De onde vem tanto medo camuflado de privacidade? Francamente, vejo pessoas que evadem sua vida em grau máster se ofendendo com a ideia de compartilhar senhas. Privacidade não é o problema, rabo preso sim. Quem não deve, não teme.
Eu me considero uma das poucas pessoas que, se tiver redes sociais (whatsapp é classificado como uma), e-mail, SMS e tudo no estilo lido em voz alta em praça pública não geraria qualquer mal estar para um parceiro na constância de um relacionamento. Essa é a regra? Não, essa é a exceção. O que quero mostar é que a exceção existe, já que muita gente insiste no “todo mundo tem algo a esconder”. Não, todo mundo não, desculpa aí. Não devo e não temo, dou minhas senhas sem receio se confiar na pessoa.
Somir, por exemplo, sempre teve todas as minhas senhas. Ok, ele não lembra da maioria delas, mas em algum momento ele já as soube. Todas ou quase todas. Inclusive muitas senhas nossas são iguais. Não vejo o menor problema nisso. Tudo que está na minha caixa de e-mail ou em rede social pode ser lido. Sabe porque? Porque eu não sou idiota de dizer coisas comprometedoras online.
Se você não quer que seu parceiro saiba sua senha de jeito nenhum por medo que ele revire suas entranhas, de dois ambos: não confia no parceiro ou está devendo. Porque quem está ao lado de uma pessoa com amor próprio sabe que esta pessoa não vai se prestar ao papel de fuçar nada. E quem não deve, não se importa que sua correspondência seja vista. Privacidade online não existe e se você discorda, ou é burro ou é inocente.
A senha está lá para evitar que o resto do mundo veja um determinado conteúdo. Essa ideia de uma senha para que “ só eu” possa ver é um tanto quanto bizarra. Pessoas confiam a chave de suas casa para parceiros, mas dar a senha do e-mail seria absurdo? Pessoas tem conta conjunta em banco, mas compartilhar senha de rede social nem pensar? Juro, não entendo.
Informar sua senha não é abrir mão de privacidade, porque se você se relaciona com uma pessoa normal, sua privacidade não vai ser invadida apenas pela ciência de uma senha. Dar a senha não implica, ou não deveria implicar, em devassar sua vida. Além disso, quem coloca sua privacidade ao alcance de uma senha, tá precisando urgente de um psicólogo.
Essa peneira toda que as pessoas fazem na hora de esconder tudo com senhas deveria ser exercitada na hora de escolher seus parceiros, pois escolhendo uma pessoa segura, bem resolvida e com amor próprio, não é necessário trancar nada debaixo de senha. Construindo uma relação saudável e de confiança, senhas se tornam risíveis. É assim que eu vejo.
Isso quer dizer que temos que compartilhar absolutamente tudo com nossos parceiros? Não, claro que não. Isso quer dizer que aquilo que não pode ou não deve ser compartilhado não deve jamais ser colocado sob a falsa proteção de uma senha, justamente por essa proteção ser falsa. O que não deve ser compartilhado não deve ser registrado em lugar algum. No dia em que o ser humano aprender isso, os relacionamentos vão melhorar.
Senhas não são necessárias em um relacionamento saudável baseado na confiança. Eu sei muitas senhas do Somir, inclusive a do e-mail dele do desfavor e nunca, em seis anos de blog, entrei na sua conta para nada. Senhas te protegem de gente fofoqueira, abusada, sem noção e sem limites. E se o seu parceiro é assim, bem, não entendo o que você pretende construir ao lado dessa pessoa.
Não vejo problema algum em saber as senhas do parceiro ou em dar suas senhas a seu parceiro. Muito pelo contrário, eu vejo problema é em precisar esconder informações debaixo de senhas. Não pelo segredo, que segredos todos mundo tem, mas pela burrice de acreditar que existe uma senha 100% segura.
Senha é como cu: não se cobra, mas, querendo dar, problema de cada um.
Claro que há problema no parceiro saber, quem deve ter acesso a senha é só o proprietário. Tenho que concordar com o Somir, quem pede a senha é para fuçar mesmo. E sim, a pessoa pode dar espontaneamente, mas eu acharia muito estranho. Provavelmente o outro estaria esperando uma contrapartida. Ou seja, quem não deve não teme serve para o outro lado também. Não é nem questão de ter algo a esconder, mas sim ser desnecessário estar grudado desse jeito.
esse tema foi desdobramento do desfavor da semana: #somos todos machistas, não?
Eu já precisei pedir senha e não foi para fuçar…
Da pra resumir tudo nessa frase da Sally:
“Senha é como cu: não se cobra, mas, querendo dar, problema de cada um.”
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
O único problema de entregar a senha, vide meu caso, é você se relacionar com uma pessoa desconfiada por natureza. Mesmo sem motivo você sempre terá que ter bons argumentos……..
Eu acho senha uma bobagem.. Vc mora com o outro, compartilha coisas tipo por remédio no furúnculo que nasceu lá na sua “privacidade”, seu pai está com câncer, abortar ou nāo um acidente etc. mas vai querer ficar de mimimi achando que uma senha te “disfunde” de alguém? Me poupe.. Só nāo dou as que nāo lembro! Tenho intimidade e respeito suficientes inclusive para receber um e-mail de ex de longas datas e aquilo continuar sendo pequeno diante da grandeza e complexidade de se unir a um outro ser.
Concordo plenamente. É uma noção totalmente deturpada de individualidade.
Concordo com o Somir considerando o risco de ter sempre versões femininas de Siago Tomir ou pior… Versões femininas de Alicate, Jão ou Beto.
Não tenho ciúme nem faço merda documentada, mas minhas senhas são minhas e de mais ninguém.
Meus pais eram bem casados e nenhum passava senhas pro outro, só da conta conjunta porque essa não tem jeito. Nas contas individuais cada um tinha a sua senha.
Meu celular tem bloqueio de tela, meu notebook tem senha do windows e se minha namorada quiser usar faz o perfil dela, nenhum xereta o outro.
Compartilhar senha é igual a usar banheiro junto ou cagar de porta aberta, não rola e cada um na sua.
Provavelmente no tempo dos seus pais nem tinha senha a compartilhar…
Concordo contigo!
Agora me senti burro e precipitado. Nao por achar que senhas sao iviolaveis, mas por ter comentado pela primeira vez sem ter lido todo conteudo. De fato, agora compreendo a posição da Sally, apenas em alguns pontos. Em caso de falecimento, por exemplo. E vai que alguem tenha um diario registrado No WORD, que sera elucidativo em caso de crime? Tambem a questao da inviolabilidade da senha. Está tao facil descobrir senha hoje em dia…E, finalmente, a analise da pergunta: no meu caso, nao HÁ PROBLEMA algum em alguem ver minha senha.
Dito isto, posso dizer que, neste post, volto a torcer pelo meu time de origem.
Eu resolvi o problema de conta bancária com conta conjunta. Se eu morrer a outra titular saca de boa. Senha de internet eu acho tão bobeira e sem importância… Só não divulgo pq não é legal saberem q acesso putaria. Vcs tem a mesma senha de blog pq o blog é dos 2, oras!
Somir tem minhas senhas de tudo
Ultimamente, ando meio assustadocom o ED/ED. embora a Sally admire quem discorde dela, nao conseguia agrada-la e sempre me identificava com suas opinioes, sei la, pareciam mais populares…
Mas de uns tempos para cá…bem, se Sally Somir fossem times de futebol, eu serria um vira-folha. O Somir tem falado por mim. O que dizer mais? Se minha preta quer minha senha, ta desconfiando de mim.
Celular, redes sociais, acesso ao pc, ora isso sao coisas pessoais. Quem confia nao precisa fuçar. Moises inventou essa coisa de que, apos o casamento, somos uma só carne. Jesus reiterou. Mas e a individualidade, a privacidade?
Senha é pessoal e intransferivel.
Ultimamente tb tenho concordado mais com o Somir…
Hoje também. Para mim existe um problema em compartilhar senha de tudo: términos de relacionamento. Pelo mesmo motivo que eu não deixo filmar nem tirar foto de qualquer momento íntimo. A gente tenta se relacionar com pessoas saudáveis da cabeça, maaaasss vai saber… Tem gente que só conhecemos quando termina (e quando seu chefe recebe um e-mail “seu”).
Sei que senhas são violaveis, mas podendo dificultar…
Mas… não tem como trocar a senha antes de terminar?
Ivo, concordo também! Nem tudo num relacionamento deve ser compartilhado full time entre os parceiros. Há coisas que dizem respeito à individualidade de cada um e pronto, e acredito que senhas estejam neste grupo. Ok que quem não deve não teme, mas também não vejo motivo algum pro parceiro fuçar nas tuas coisas pessoais, tuas conversas no whatts, face, tuas publicações ou whatever.
É isto.
Entao, Ge: nossa resposta seria adequada para a pergunta “Senhas devem ser compartilhadas com terceiros?”
Mas nao responderia a pergunta do post “Há problema no(a)
parceiro(a) saber suas senhas?”
Veja que tal questao nao invalida nossa opiniao sobre o assunto. Pelo contrario, enfatiza e estimula um debate totalmente diferente.
Sally nos ensinando a interpretar textos…e isto de graça!
Eu acho que a circunstância na qual a senha é informada faz toda a diferença.
Eu já precisei pedir para meu esposo acessar meu e-mail para pegar alguma informação pois eu estava na rua sem acesso e precisava daquela informação. Assim como eu já precisei acessar o e-mail dele e ele me forneceu a senha sem stress.
Eu também já precisei sacar dinheiro da conta pessoal dele para pagar uma conta. Estas são situações nas quais eu não enxergo qualquer tipo de problema. Mas eu não forneceria minha senha nem a pau se fosse algum tipo de “obrigação” isso me parece doentio.
Acho importante pelo menos alguma pessoa ter a senha das redes sociais, para quando eu bater as botas alguém delete o meu perfil. Acho macabro aqueles perfis onde as pessoas ficam se comunicando com o morto.
Compartilho exatamente da mesma opinião que você. Acho que se meu parceiro quer ter acesso a todas as minhas, senha sem um desses motivos citados, ele está desconfiando de mim e eu NÃO confio em quem não confia em mim!
Eu descobri um chifre porque o idiota do meu ex nao sabia que eu sabia a sua senha….
PS: 2 chifres!!!!
Uma pessoa que deixa prova de chifre registrada em qualquer lugar é idiota
Era idiota… Como eu confiava, não havia passado pela minha cabeça antes ficar bisbilhotanto. Uma vez que vi uma mensagem por a caso no celular dele enquanto verificávamos o funcionamento da extensão de casa, desconfiei que ele estava mentindo e resolvi olhar o email… Pois tava lá… :P
Eu e meu marido não temos a senha um do outro nem de email nem de redes sociais, mas se precisarmos por algum motivo (não consigo imaginar qual) passaríamos com toda a confiança sabendo que um não ia fuçar as coisas do outro, isso chama-se respeito. Mas cagamos de porta aberta sem problema algum…
Justamente. Não há obrigatoriedade em dar, mas se der, não vejo problema algum
Eu não dou senha, nem o cu.
Desconfio que mais pessoas aceitem dar o cu do que dar a senha.
A senha anda mais valorizada que o cu.
Dar pode dar, não vejo problema nenhum, a escolha é de cada um mas eu, particularmente, não daria.
Concordo plenamente com o Somir, senha é uma coisa individual não é coisa que você deve compartilhar com ninguém, acho justo manter todas num lugar seguro e, em caso de EXTREMA necessidade dizer onde estão, mas não liberar geral.
Ser humano é de lua, tem dia que tá amando e confiando cegamente, tem dia que tá com a pulga atrás da orelha. Por mais que o conteúdo de uma mensagem não seja comprometedor até a frequência de comunicação com alguém pode causar um problema num momento de ciúmes doentio, ou durante uma briga, que poderia ser facilmente evitado se a pessoa não dispusesse das chaves para sua vida privada.
Entendo que relacionamento não deveria ter destas coisas, mas ninguém vive num mundo cor-de-rosa, todo mundo tem uma fraqueza que pode chegar a desencadear um surto em busca do cabelo no ovo. Esconder algo online é burrice, mas dar passe livre pro parceiro fuçar na sua vida (cada vez mais online) não é uma decisão lá muito sensata.
Não precisa ser um mundo cor de rosa para que uma pessoa não sinta um ciúmes doentio. Pessoas tem defeitos, claro, a questão é quais deles você tolera. Uma pessoa bem resolvida não tolera alguém invasivo e doentiamente ciumento.
Problema algum. Aliás, mantenho um arquivo em word com as senhas de e-mails e de redes sociais para não só avisar a todos com quem relaciono que bati as botas (ou que ficarei fora de circulação por um bom tempo), mas para que os receptores desse arquivo (não só o parceiro) deem continuidade ou término a assuntos pendentes com todas essas pessoas. Afinal, alguém poderá necessitar muito de algo que você deixar pendente e que possa custar caro a todos os envolvidos. E, nisso, a privacidade fica em segundo plano.
Penso da mesma forma. Se eu morrer, não quero dar trabalho.
Só uma nota bene: manter senhas salvas em arquivos no computador é um perigo! Se invadirem e pegarem o arquivo, já era… E não venham me dizer que windows é difícil de invadir bla bla bla não porque é bem o contrário: windows meio que qqr um invade, só querer.
Acho totalmente desnecessário o parceiro saber as senhas, pois se ele confia em você não vai nem querer acessar suas coisas.
Mas uma coisa que aprendi muito com vida é: Nunca sabemos realmente quem as pessoas são, mesmo confiando 100% nelas. Então acho um problema SIM e dos grandes. Vai que os dois terminam no dia seguinte e uma das pessoas num surto de raiva quer te sacanear? Às vezes nem dá tempo de mudar nada…
bel, a senha não serve para uma pessoa fuçar suas coisas. É só selecionar com quem você se relaciona.
Sei que a senha não quer dizer fuçar. Por vezes já precisei passar as minhas para ajudar amigos/namorados, mas mudo rapidamente. Após várias decepções, nem selecionando muito para saber quem as pessoas são. Prefiro passar apenas quando necessário e olhe lá… Não quero esconder nada, mas na minha cabeça senha é tipo escova de dentes, que não se empresta a ninguém.
Sim, há problemas. A senha é minha, a rede social é minha, o e-mail é meu. Não compartilho as minhas senhas com ninguém.
Isso não quer dizer que eu seja burra a ponto de achar que estou protegida por senhas. Ninguém está. Não tenho nenhum segredo nos meus e-mails e redes sociais. Não escrevo nada que possa me comprometer no WhatsApp. Tudo que escrevemos pode ser usado como prova documental contra nós.
Mas a senha não é para ser uma garantia de proteção: é para ser como uma chave na porta. Quando tranco as gavetas da minha mesa, por exemplo, não significa que há segredos lá dentro, mas sim que aquele espaço é meu. A gaveta pode ser arrombada e os objetos podem ser roubados, mas esse é o risco que corremos com ou sem chave.
Toda senha pode ser quebrada. Mas, se eu tivesse um parceiro que quebrasse minhas senhas e eu descobrisse isso, ficaria bem longe dessa pessoa controladora, invasiva e perigosa. Sim, perigosa.
Acredito que antes de chegar ao absurdo ato de violência de tentar descobrir minha senha, ou de arrombar as minhas gavetas, ele já teria dado sinais e teria, no mínimo, pedido para saber minhas senhas e ter cópia das minhas chaves. E eu já pularia fora aí mesmo. Mesmo. Porque um pouquinho de liberdade e de dignidade vale mais do que qualquer relacionamento deste mundo.
E há muita gente legal por aí, que não é possessiva nem babaca. A gente não precisa se contentar com uma vida de merda ao lado de controladores obsessivos.
O texto do Somir foi excelente. E até poético, viu? Texto de escritor dos bons. Falou tudo o que eu queria dizer, mas com o talento que eu não tenho. Sei que ele não gosta de elogios, mas foda-se. Sou uma anônima desconhecida qualquer que ficou encantada com essa capacidade toda que ele tem de dizer o indizível.
“Quem quer se relacionar não se funde. A graça está em se unir em prol de um objetivo, mas mantendo-se o que já existe como fundação. Boa parte da graça de um relacionamento é lidar com o outro, permitir-se surpreender às vezes, tem que existir um mínimo de risco para manter as coisas interessantes. Qual a graça de alguém sobre quem já se sabe tudo?”
“Não deve, não teme” é mentalidade medieval de um mundo em que ninguém gostaria de viver. Você não deve, PONTO. Quando dever, aí sim que corra algum procedimento contra você. Você quer que outros tenham acesso a sua intimidade portando apenas uma acusação? Estou sendo consistente aqui. Tem coisa mais importante que um relacionamento nessa vida: liberdade e individualidade são duas delas.”
Para o espaço ser teu você precisa trancá-lo?
Desta vez não me encaixo em nenhum dos lados, mas admito que (e isso é um caso em meus anos de desfavor), pendo mais para o lado da Sally.
Eu não escondo minhas senhas, mas também não faço questão de anuncia-las oficialmente e pedir a mesma coisa.
Deixo minhas coisas abertas, deixando fácil acesso ou não. Se eventualmente alguém precisa da senha pra algo (o dono não poder realizar determinada ação naquele momento, por exemplo), trocamos e depois de momentos a esquecemos. Muitas vezes vemos um e-mail ou rede social do outro aberta, simplesmente deslogamos e abrimos o nosso.
Parto do pressuposto que a Sally mencionou: Se um de nós dois formos fazer alguma merda que precisa ser escondida, não o faremos por escrito, online. Pior do que ter parceiro infiel ou qualquer outra coisa igualmente ‘desagradável’, é ter parceiro burro.
Senhas podem sim ser bem difíceis de ser quebradas. Algumas podem ser impossíveis se vc tomar cuidados necessários. Mas se alguem tem acesso físico ao seu ponto de acesso online, descobrir senha é apenas questão de querer.
Enfim. Não me importo que minha parceira saiba minhas senhas, mas também não tenho obrigação nenhuma de passa-las.
Então você concorda comigo.
Concordo em 2 pontos:
É besteira guardar a senha a 7 chaves sua senha dentro de um relacionamento.
Se alguém quisesse mesmo fazer algo errado ou desagradável na internet, não o faria num computador com fácil acesso pelo seu conjuge pois este se quisesse, descobriria sua senha.
Discordo de ter de oficializar isso. E passar esta senha como se fosse uma obrigação.
Não deve ser obrigaçaõ, mas não se deve importar com isso caso necessário.
O que tem de gente que faz merda em computador de fácil acesso e ainda deixa a coisa escancarada… Eu tenho uma teoria que homem, quando trai, QUER ser descoberto inconscientemente.
Problema não há, mas eu não me sentiria bem compartilhando senhas. Não dou a minha e nem faço questão de saber da outra pessoa. É coisa muito pessoal. Nessa eu concordo com o Somir.