
Ele disse, ela disse: Vencendo o prazo.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 77 comentários em Ele disse, ela disse: Vencendo o prazo.
Da série títulos enganadores. Quem nunca se deparou com algum alimento fora do prazo de validade em sua casa? Seja por ter comprado demais ou mesmo por termos esquecido completamente dele, a situação é muito comum. Sally e Somir discutem sobre o que fazer com eles. Os impopulares tentam estragar o argumento contrário…
Tema de hoje: É aceitável consumir alimentos fora do prazo de validade?
SOMIR
Claro que não vem sem uma certa dose de riscos, mas normalmente não maiores do que os que você encara normalmente no seu dia-a-dia. Comer alimentos fora do prazo de validade é aceitável sim. Entre a passagem de uma data impressa numa embalagem e um alimento estragado há uma considerável diferença.
Não estou advogando aqui que você escolha consumir alimentos vencidos, mas não nos deixemos vencer pela irracionalidade: É – ou pelo menos deveria ser – senso comum que as empresas que produzem e comercializam os alimentos não estão lá muito interessadas em assumir riscos com a saúde de seus consumidores. Nem precisa ser questão de ética, é algo básico para ter uma empresa do setor funcionando.
Se fosse só pelo lucro a curto prazo, imagino que a imensa maioria das data de validade nos alimentos por aí seria empurrada bem para a frente. Se o risco não fosse alguém ficar doente e acabar processando o fabricante e/ou o distribuidor, valeria a pena. Mas é. Então trate de trabalhar com uma confortável margem de segurança se quiser se eximir de responsabilidades excessivas!
E é sobre essa margem de segurança que eu monto meu argumento hoje. Os alimentos que consumimos diariamente tendem a estar bons na hora que a validade chega. Faz sentido: Se você disser com todas as letras que só assume a culpa enquanto o alimento está tranquilamente consumível, quase impossível ser pego de surpresa.
Prazos de validade são mais uma dessas linhas arbitrárias tão comuns em nossa sociedade. Pense neles como uma classificação etária. Não é da véspera para o aniversário de 18 anos que alguém passa a ser capaz de lidar com todas as responsabilidades e riscos da vida adulta, não? Todos sabemos que não é mágica, mas precisa de uma linha, senão teria que analisar tudo caso a caso… e não faríamos mais nada além disso.
A lata de molho de tomate não vai se transformar em veneno de um dia para o outro, mas acabamos aceitando o conceito de validade para facilitar a nossa vida. Todo mundo sabe que não estragou. Pelo menos não mais do que o iria naturalmente desde o vencimento. Assim como o resto da humanidade, aceito a linha arbitrária pela sua praticidade. Mas não vamos ignorar o óbvio ululante: estragado não está.
Até porque se estiver, é relativamente simples de se notar. O corpo humano tem suas armas na hora dessa análise. Os cheiros que indicam alimentos perigosos vem “tatuados” no nosso cérebro como coisas indesejáveis. O paladar tende a enviar sinais bem urgentes quando encara comida estragada. Fungos, bactérias (estranhas) e afins não são conhecidos pela sua habilidade de nos tapear. Quando atacam, é por força bruta mesmo.
Se a discussão fosse se era aceitável comer comida estragada, claro que não estaria discordando de Sally; mas estamos falando de comida cujo único crime é um número ultrapassado na embalagem. Quando a validade chega, o que acontece de verdade é que o fabricante passa a responsabilidade para você, e não que a comida passou a fazer mal.
E como sempre, bom senso dirime as questões mais complexas. Cada tipo de alimento exige atenção específica. Alguns são naturalmente mais perecíveis como frutas e vegetais, outros apresentam riscos específicos de contaminação como a maionese… Se você sabe quanto tempo um alimento dura, não precisa de diploma em matemática para calcular a margem de segurança real dele. Tem alimento que é feito para durar horas, dias ou meses (alguns especiais até anos).
Desde que você não ache que um ovo pode ser consumido semanas depois da compra, grandes chances de não se arriscar mais do que se arriscaria normalmente. Comer é perigoso. Tem quem fique doente com alimento na validade… a vantagem é a chance de ter tudo pago pelo fabricante ou distribuidor. E olhe lá, às vezes tem que ganhar na justiça antes. Justiça brasileira, só para deixar mais claro.
Sem contar que a forma como você armazena e usa o alimento influi também na duração dele. Uma lata guardada num lugar seco e fresco vai durar MUITO. Uma panela aberta em cima do fogão no verão vai estragar sua comida mais rápido do que ela estragaria normalmente. Não estou falando nenhuma novidade aqui: sabemos onde é um risco e onde é só um número.
E enfiando mais o pé na jaca: mesmo que você seja maluco e coma algo obviamente estragado, não é tudo que vai te causar problemas. Só os fortes sobrevivem no caminho pelo sistema digestivo humano. Alguns microorganismos conseguem vencê-lo, mas a grande maioria estava mais adaptada mesmo à comida do que ao consumidor. E mesmo quando um desses mais fortes passam, temos outras linhas de defesa além dos ácidos estomacais. Se não deveria ter entrado, o corpo manda sair. Por cima ou por baixo.
Repetindo: não estou dizendo que é desejável consumir alimentos fora do prazo de validade, mas o discurso de Sally é exagerado. Eu mesmo evito, mas não entro em parafuso se o queijo na geladeira venceu há algumas horas atrás! É um risco baixo demais para a média da vida. Tem que estar vencido há muito tempo (relativo à duração média daquele alimento) para ser tão roleta russa assim.
E só para arrematar: Você come fora de casa? Frenquenta restaurantes, lanchonetes, fast foods ou bares? Então você come comida vencida. Pouca gente se importa com esses preciosismos de horas e minutos de validade, não sem razão.
Vencido não é estragado.
Para dizer que eu sou nojento, para dizer que faz bem comer alimentos vencidos por causa dos anticorpos, ou mesmo para falar que o dinheiro está tão curto que comida só vence depois depois que você come: somir@desfavor.com
SALLY
É aceitável comer alimentos fora do prazo de validade? Não. Se o prazo de validade está ali, é por algum motivo. Colocar sua saúde em risco só para não jogar fora um alimento é de uma mediocridade inaceitável.
Depois que o prazo de validade expirou se trabalha com o RISCO. Dali para frente o alimento pode ou não estar apto para o consumo. Você quer arriscar seu bem estar? Você gosta de vomitar? Você acha legal ter diarréia? Eu não acho, eu não me arrisco, até porque geralmente o valor desses alimentos é irrisório. Vale a pena arriscar passar mal por causa de um iogurte de menos de cinco reais? Vale a pena se arriscar a ter que comprar um antibiótio cujo valor é mais de dez vezes o valor do alimento? Quem faz isso ou é um tremendo pão duro ou um baita de um arrogante que acha ser possível identificar em 100% das vezes quando um alimento está estragado.
Pois adivinha só… nem sempre um alimento impróprio para o consumo está azedo, com cor estranha ou com qualquer outro sinal gritante que torne seu consumo desagradável. Quem aqui nunca comeu algo estragado que lhe fez mal sem perceber? Quem aqui nunca comeu algo que parecia bacana e só descobriu horas depois que não estava bom, quando a hecatombe intestinal chegou? Por favor, sejamos menos arrogantes, pode acontecer de você não perceber e a comida estar de fato imprópria para o consumo. Vai arriscar?
Quando eu me deparo com um alimento fora da validade e me dá uma tentação arrogante de comer achando que o alimento está bom, eu me pergunto quanto custa aquele alimento e depois me pergunto se esse valor vale alguns dias de vômitos e diarreia. Nunca vale. Um queijo, um iogurte, uma fatia de pão… Por favor, não ousem usar a questão financeira como desculpa, porque quem não está podendo gastar dinheiro é quem mais deve cuidar da sua saúde. Remédio é muito mais caro do que comida.
Não existe um teste definitivo que você possa fazer para saber se um alimento está estragado ou não. Se existisse, não seria necessário prazo de validade, a embalagem diria “consumir até ficar verde”. Não adianta cheirar, sacudir, olhar, aquela porcaria pode estar estragada, por te fazer um mal tremendo e ainda assim ter uma aparência normal. Desculpa mas comer alimentos fora da validade é falta de consideração não só com você mesmo como com todos aqueles que convivem com você, porque se der errado, alguém vai ter que cuidar do doente.
Queria chamar a atenção de vocês para o fato de hoje, ser proibido no Brasil a venda de antibiótico sem receita médica. Isso agrava ainda mais o risco. Porque se fosse há alguns anos atrás a pessoa poderia se arriscar e, ao primeiro sinal, entrar no antibiótico tentando abortar uma gastroenterite. Hoje não, se passar mal vai ter que ir a uma consulta com um médico e só depois vai poder começar a tomar o remédio. Boa sorte tentando marcar uma consulta rápida com médicos de plano de saúde e mais boa sorte ainda se depender de um pronto-socorro. Não é mais fácil jogar fora aquele suco e pagar três reais por um novo?
Para muita gente custa. Gente que acha que tem o controle de tudo, que sabe tudo, que vai identificar um alimento estragado semopre, sem falhas. Ou pior, gente “Aicate” que acha que validade é invenção. Apesar do fabricante estar te mandando não comer, tem gente que acha que sabe mais do que o fabricante e que nunca nada vai dar errado. É uma modalidade de irresponsabilidade arrogante que eu repudio. O pior é que a pessoa que o faz não admite o risco de forma alguma, muito pelo contrário, se come e não passa mal, acha que isso valida sua conduta: “Viu? Eu estava CERTO, comi e não aconteceu nada”. Não, o erro persiste, mesmo que não aconteça nada, porque se colocar em risco é o erro, independente de dar certo ou errado.
Daí tem também os negadores que citam riscos diários que todos nós corremos para justificar esse tipo de erro: “Risco a gente corre todo dia, eu posso escorregar no banho, bater com a cabeça e morrer”. Bela falácia. O detalhe é que você não pode ficar sem tomar banho, portanto, é um risco NECESSÁRIO. Mas pode muito bem deixar de comer um alimento fora da validade, o que torna esse risco DESNECESSÁRIO. Infelizmente poucas pessoas tem a clareza mental de ver isso, os riscos se embaralham na cabecinha da pessoa e o fato de existirem riscos necessários acaba avalizando correr qualquer risco.
Qualquer risco que se deseje correr na vida deve ser ponderado. Para valer a pena é preciso que o ganho seja bem maior do que uma eventual consequência negativa. O maravilhoso ganho de tomar um Yakult compensa três dias de vômito, diarreia, mal estar e até febre? Se você respondeu “sim”, recomendo terapia. Anda alguns quarteirões e compra um novo, porque o bem estar e a saúde não tem preço. Você daria um produto com a validade vencida para o seu filho? Então porque você vai comer?
Se as pessoas fossem menos arrogantes e tivessem consciência do RISCO, não comeriam produtos fora da validade. Mas em geral o povo se acha muito esperto, infalível. Malandro é quem burla a orientação do fabricante e faz o que quer, esse é o esperto e não quem respeita as orientações do criador do produto. O bacana é ser malandro, esperto. Ser obediente e cuidadoso é para os otários. É o jeitinho brasileiro à mesa.
Comer algo vencido é o mesmo risco que vc corre em transar sem camisinha com alguem desconhecido e correr o risco de pegar dst ou gerar um filho . Reasaltanto que mesmo se previnindo há chances de se contaminar imagine sem se prevenir Quer correr o risco come nao quer descarte-o. Simples assim #segurança em primeiro lugar
E se for um chocotone da cacal show…rsss ele venceu dia 01/02, esta cheiroso e com cara ótima… aahhh!!!
Esqueci ele no guarda roupas, intacto e não deu formigas nem nada. O que fazer!
Não, não e pronto! Qual o problema que as pessoas têm em lidarem com prazos corretos? Poxa, se tem determinado prazo de validade estipulado, é porque houve certamente algum estudo pela empresa que lança o produto, né? Há que se ter um mínimo de consideração consigo mesmo e saber que, se o fizer, aquilo pode te fazer mal. A questão é: as pessoas confundem o “pode” com o “vai”, e acabam inserindo aquele argumento “nunca aconteceu comigo então não vai acontecer…”. Ridículo isso! Mais: não é porque o alimento ainda está “bonito” e não apresenta nenhuma deformidade aparente, cor ou cheiro diferente após a data de validade, que tu tenha que comê-lo.
Bom, digo tudo isso por experiência própria, dado que no dia que resolvi comer um pão de fôrma que estava na geladeira com um dia de vencimento após o prazo, e acabei passando mal tendo dores de barriga intensas, jamais que como algo vencido de novo!
As pessoas adoram se sentir “espertas”.
O fabricante coloca um prazo menor para vender mais mas os espertões sacaram e vão burlar isso, porque são ESPERTOS.
Este comentário é longo mas é muito informativo, recomendo ler até o final. O prazo de validade é fato, cumpre a legislação pertinente e deve guiar o consumo. Por outro lado, existe sim uma margem de segurança variável, a data de validade nunca é absoluta a ponto do alimento virar lixo imediatamente após o vencimento. Isso depende muito do quanto o alimento é perecível, dos cuidados na sua conservação e da maneira como for preparado para consumo. Todos os alimentos apresentam certo grau de risco, nem sempre relacionado à sua validade. P.ex., ovos e leite nunca devem ser consumidos ou usados crus – o exemplo clássico é a preparação de maionese caseira com gemas cruas, frequentemente associada a surtos localizados de salmonelose, basta um ovo contaminado para estragar toda a maionese – e sim devem ser sempre ao menos previamente pasteurizados, ou seja, aquecidos a 55°C por poucos minutos. Peixes e frutos do mar devem ser sempre protegidos da luz, mesmo artificial, porque esta provoca a liberação de histamina da sua carne e é essa que causa intoxicação aguda que pode ser fatal, por anafilaxia e sufocamento (enquanto não prepara, mantenha na geladeira, na bancada embrulhe em papel alumínio). Em países onde o cólera é endemico, peixes e frutos do mar nunca podem ser consumidos crus e sim somente após serem cozidos, assados ou grelhados, isso porque o calor mata o vibrião colérico. A mesma regra vale para regiões onde ocorram infestações por parasitas aquáticos. Na dúvida é melhor preparar no fogo, forno ou grelha. Aliás, calor é o principal método de eliminar contaminações nos alimentos, porque a maioria dos micróbios causadores de doenças e suas toxinas são sensíveis ao mesmo. Apenas alguns fungos e cistos resistem a temperaturas maiores que 120°C e a maioria é inativada a temperaturas bem menores, desde os 55ºC da pasteurização até os 100°C da fervura da água, passando pelos 72°C da maioria dos cozimentos. Cozinhar em panela de pressão esteriliza, pela combinação de temperatura e pressão elevadas. Voltando ao tema “data de validade”, obviamente os alimentos mais perecíveis tem margem de segurança menor: uma bandeja com peixe cru refrigerado deve ser transportada do ponto de venda à geladeira doméstica em sacola refratária ou caixa de isopor contendo gelo embalado em plástico e no menor prazo possível, de acordo com a duração do gelo (menos de 30 minutos se usar gelo comum e até 3h se usar gelo de transporte, aquelas caixas plásticas contendo gel, previamente congeladas no freezer) e a data de validade é de algumas horas, exceto se for congelado ou preparado por cozimento no mesmo dia da compra. O outro extremo são as conservas enlatadas, que duram anos porque o processo de enlatamento requer sua esterilização a vácuo. Um detalhe pouco conhecido do público é que, se um alimento apresenta mancha de bolor (uma mancha isolada, circular ou eliptica escura ou esverdeada), não adianta apenas remover a mancha, o alimento inteiro deve ser descartado na lixeira. Isso porque os fungos (bolores) emitem filamentos microscópicos (hifas) por todo o alimento e geralmente produzem toxinas que agem sobre o sistema nervoso central, causando doenças ou intoxicações agudas que podem ser fatais. Exemplo típico são as frutas (comum em papaia) ou pães apresentando somente uma mancha em forma de moeda, muita gente acha que basta remover aquela lesão com uma faca e o problema está resolvido: doce ilusão, as hifas já permearam o fruto (ou pão) inteiro e certamente farão estrago no organismo de quem o ingerir. Creio que com essas informações a maioria aqui já saberá lidar com mais segurança com sua alimentação. (O autor é médico e Mestre em Ciências em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal de São Paulo)
Um adendo para o Somir: os fabricantes e os maiores lojistas (como as grandes redes de hipermercados) mantém profissionais especializados – na maioria veterinários, engenheiros de alimentos, farmacêuticos, químicos industriais, biomédicos e biólogos – e laboratórios de análises dedicados a estabelecer os períodos de validade de cada produto. Isso não é tão arbitrário quanto parece, mesmo usando as margens de segurança, por vezes extensas. Isso tudo segue um método de segurança alimentar chamado “Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle”, recomendado pela Organização Mundial de Saúde e obrigatório por lei no Brasil desde 1994.
Em tempo, eu tentei usar o negrito para destacar uma palavra no meu comentário principal mas errei e metade do texto ficou negritado. Peço pra moderação remover essa formatação, se possível.
Obrigada pela informação!
Olha… eu uso o critério do cheiro…
Se passou do prazo, eu abri e não está cheirando mal ou mofado, eu como…
Você sabe que é um risco, né?
Sim, sei.
Vale a pena se colocar nesse risco por algo que custa tão pouco?
Mas aí entra a vontade de comer (já falei aqui, no âmbito alimentar, sou um pequeno bode) e a preguiça de me deslocar até o mercado.
Sempre agi assim e nunca “deu ruim”. Sei que um dia algo me poderá me fazer mal, tenho essa consciência. Mas faço mesmo assim.
Se vc morrer por tão pouco, Darwin agradece.
No meu caso, depois de um tumor que me levou parte do intestino, até tem esse risco. Mas para pessoas normais o risco nem precisa ser de morte. Vomitar e ter diarreia sao duas coisas ruins o suficiente para evitar o risco!
Talvez esse seja o desejo dele…
se Alimento passa da data DE VALIDADE QUE DOENÇAS CAUSARA AO NOSSO ORGANISMO POR FAVOR MIM RESPONDER
Querida índia, isso você tem que perguntar a um médico e não a um bando de leigos da internet
Não me arrisco de forma alguma, concordo plenamente com a Sally, melhor três reais a menos no bolso do que ter que arcar com as consequências problemáticas de comer algo possivelmente estregado.
Já ví gente comendo queijo VERDE, tirando o “pedaço estregado” (sendo que a merda toda está imprópria) e comendo. Falta de bom senso total.
No verão o problema é ainda maior, não confio nos prazos de validade do pão de forma, por exemplo, sempre dou uma olhadinha pra garantir que o calor não acelerou o processo.
Ainda tem essa… nesse país QUENTE tudo estraga num piscar de olhos!
Queijo verde só o legítimo Pesto! xD
Minha reação a esse debate é engraçada. Meu lado racional concorda com o Somir mas na prática faço como a Sally. E olha que trabalho com pesquisa biomédica há mais de 20 anos. Uma coisa que muitos de vocês provavelmente não sabem, mas um organismo nunca mais volta a ser o mesmo depois de ficar doente, mesmo que ele volte a ser saudável. Isso é pesquisa de ponta, os especialistas ainda não sabem toda a extensão disso, mas é um fato interessantíssimo absolutamente comprovado. E o Guanabara de Vila Isabel é limpo. É cheio por que é barato e bom. E você não fica MINHENTOS ANOS NA PORRA DA FILA DO CAIXA que nem no mundial por que tem muitos caixas, mesmo. Morava na Tijuca e tenho TRAUMA do mundial. E Zona Sul e Pão de Açúcar é coisa só para pessoas muito ricas e distintas e maravilhosas que moram no melhor lugar do mundo da cidade mais maravilhosa do mundo e que podem pagar 5 mil reais de condomínio.
Depois de saber disso, agora é que eu tomo o dobro de cuidado com comida!
Prazo de validade é coisa de rico.
Hahahahahaha
Coisa da elite branca!
Me lembro de um conhecido que já tinha trabalhado com transporte de refrigerante. Quando ele recolhia os vencidos, no almoço ele tomava os que ainda não tinham um mês de vencido.
Ele falava que refrigerante no geral podem ser tomados até um mês depois de vencido. No caso de cerveja, eles usam um prazo menor, uma semana.
Se bem que ouvi isso há pouco mais de 10 anos atrás, não sei se ainda é válido.
É um risco. Eu me amo demais para me colocar em risco por uma coisa que custa menos de cinco reais.
E quando o empresário é inescrupuloso a ponto de REEMBALAR produto vencido? Explico: aqui nesse cu do mundo atrasado onde sou obrigado a morar, donos de panificadores pegam pão de forma velho, seco, murcho, todocagado e REEMBALAM-NO, trocando a etiqueta antiga por outra com prazo de validade estendido. A coisa é tão mal feita que o pão tá lá, mostrando toda sua velhice, mesmo com a etiquetinha dizendo que ainda vencerá daqui a duas semanas! Nas primeiras vezes fiquei desconfiado da péssima qualidade do produto: afinal, nessa aldeia de merda, tudo é feito nas coxas. Mas depois ouvi relatos de várias pessoas (incluindo alguns aborígenes) a respeito dessa prática odiosa. Fiquem, portanto, alertas a produtos “caseiros” ou feitos pela própria empresa (panificadora ou mercadinho local).
Vou te falar que isso tambem acontece em grandes cidades…
No Japão também. Trabalhei nessa realidade lá por um tempo. Pensem mil vezes antes de comer lanchinhos de loja de conveniência. Tinha bosta de rato, conservante medido no olho, reaproveitamento de comida que cair no chão…
Acho inaceitável. É apenas um momento de prazer ( se o produto tiver com gosto ruim, nem tem prazer)… Sem contar que pode ser prejudicial a saude e perder tempo com doença que poderia ser evitada é inaceitável e um atestado de monguice.
Concordo plenamente
Esses prazos sao exagerados pra evitar se der alguma m geral nao cair de pau na fabrica. Esses dias mesmo achei uma lata de doce de leite vencido la em casa, mas abri e parecia bom dai comi e nem passei mal.
Ninguem disse que fora do prazo ha certeza de estar estragado. Ha RISCO. E o risco ja me basta. Eu me amo demais para me colocar em risco…
Validade?!
Eu nem sabia que tinha disso.
Nunca fique solteiro, você não vai durar nem um mês…
Hahahahahahahahahahahaha!!!
Nem tanto assim pq sou eu que vejo as datas de validade. Minha namorada nem liga. Pao de forma entao ela guarda na geladeira e descarta se estiver verde.
Eu vou passar a chamar a minha namorada de Huga!
hahahahahaha
Pra que validade? Se Deus quiser…tudo vai dar certo.
Deus não deve estar muito satisfeito comigo, logo, vou continuar respeitando a validade…
Sally, yakult não dá pra consumir nem mesmo dentro do prazo de validade.
Tendo a concordar com o Somir. Se o alimento tiver vencido por um só dia não acredito que vá fazer mal. Basta usar um pouco de bom senso. Me parece haver um meio termo.
Os Impopulares amam Yakult. Eu acho que tem gosto de porra de girafa, mas o povo aqui gosta…
Sério? Não sei como alguém consegue beber esse yakult e aquele chamyto. Desconfio do paladar dessas pessoas.
Teve uma postagem recente onde eu meti o cacete no Yakut e a nação Impopular em peso se levantou para defender essa porra de girafa…
Só de sentir cheiro de Yakult, meu estômago revira, estando na validade ou não. E vocês ainda me execrando por conta da minha técnica do cheiro…
Eu também acho o gosto estranho, mas os impopulares se levantaram para defendê-lo quando eu falei mal…
Não acho aceitável consumir fora da validade, se eu vejo que a validade já passou me dá um nojo. Mas se for tipo, venceu ontem e a pessoa come hoje não penso que vá fazer diferença, não é a carruagem da Cinderella que passou da meia noite vai estragar. Quando passa mais tempo aí é complicado. Para mim o problema maior é quando está escrito “após aberto consumir em _ dias.” Ninguém se lembra quando abriu a embalagem e tem coisa que não dá para consumir no prazo estipulado, então é lixo.
Tenho que concordar que não dá sempre para perceber que está ruim. E essa história de que o corpo manda sair, por cima ou por baixo, acho bem desgradável.
Eu não topo esse esquema do corpo mandar sair, porque o corpo costuma mandar sair em jatos, por ambos os orifícios, em qualquer lugar que você estiver. Minha dignidade vale mais do que um alimento. Jogo fora e compro outro.
Gente eu nem acredito que esse tema está em questão…
Mas já que é pra dar uma opinião, não vejo como falar disso sem falar de experiências pessoais. Tanto para alimentos, cosméticos e remédios não uso se tiver vencido. Já fiquei péssima por acreditar que nada ia acontecer.
Acho desnecessário correr esse risco e é uma economia que pode cara depois.
“…pode ser* cara…”
Não é? Se fosse algo do valor de um carro eu até entenderia o risco, mas porra, estamos falando de coisas que dificilmente ultrapassam os vinte, trinta reais! Por favor…
Dependendo do caso, como sem problemas. Coloco na balança os fatos que o Somir citou: ovos, maionese, alimentos abertos, descongelados… Mas também não jogo fora um pão que venceu ontem ou um queijo (que já nasce estragado) que venceu há poucos dias.
Tenho duas amigas que fizeram engenharia de alimentos e dizem que os prazos são muito menores do que poderiam, porque os fabricantes não sabem qual vai ser o método de conservação, transporte e preparação dos alimentos. Então eles deixam uma boa margem de segurança.
Ah sim! E lembrando que tem supermercados que re-embalam carnes, aves, peixes, frios e mudam a data de validade.
Dica: as luzes de cada setor são feitas para realçar a cor do alimento. Assim carnes recebem luz para ficarem vermelhas, legumes e verduras luz “verde”, etc. Sempre que forem comprar alguma coisa, TIREM a bandeja de dentro da gôndola e observem em outra luz. Observem também se tem um ou dois plásticos na bandeja (alguns mercados nem se dão ao trabalho de tirar o anterior. Data de validade é o que menos importa nesses setores.
Eu pareço uma louca comprando: olho, tiro de perto, cheiro, aperto. Um açougueiro veio falar comigo uma vez (eu estava cheirando o peixe): “Moça, fui eu mesmo que limpei os peixes hoje, pode ficar sossegada”…
Eu já vi vários funcionários do supermercado Mundial apagando a validade com um algodão embebido de alguma coisa (álcool, acetona, éter, sei lá) e recarimbando a data. Peguei nojo do Mundial, fica o aviso para quem mora em um Estado onde essa praga de supermercado sem higiente exista.
Por aqui eu acho que – ainda – não tem…
O Mundial só serve pra você mandar um desafeto comprar uma latinha de refrigerante… E não vou nem falar nas baratinhas que eu já vi por lá.
Eu odeio o Mundial. É barato mas é SUJO. Os frios de lá tem gosto de carne de gato!
Fui 2 ou 3 vezes no Mundial e nunca mais, prefiro gastar um pouco mais e comprar num supermercado mais limpinho, o que tá ficando cada vez mais complicado aqui no Rio.
E comentando a postagem de hoje: Podem me chamar de fresca, mas a partir de 1 semana pra vencer a comida, eu não como.
A bosta é que limpinho meeeesmo só o Zona Sul e alguns Pao de Açucar, cujos preços fazem o bolso sangrar…
O Guanabara do meu bairro é limpo.
Não costumo ir no Guanabara porque é muito cheio, não saberia dizer
Guanabara? Limpo? Onde? Isso existe???
Dependendo do Zona Sul, nem é tão limpinho assim. Tem um aqui perto de casa que nunca mais pus os pés depois de ver baratas passeando nas gôndolas.
Puta merda, o que nos resta?
Sally, em qual Mundial vc fazia compras? Já vi rato no de Copa.
Eu penso que no Mundial os produtos são frescos. Como? O lugar é tão entupido de gente que não é possível que a mercadoria não “gire”, fique parada a ponto de perder o prazo de validade.
Ja fiz em quase todos da Zona Sul e da Zona Oeste. Tudo um lixo sem higiene reduto de gente feia!
Putz… Sally, será que tem ao menos uma coisinha – qualquer uma, mesmo que insignificante – no Jio de Raneiro – que NÃO SEJA toda absurdamente suja, inaceitavelmente cagada e/ou incrivelmente mal e porcamente feita?
O supermercado Zona Sul é lindo, ótimo, cheiroso. Mas faz seu bolso sangrar…
Falando em parecer uma louca no setor de carnes…
Esses tempos eu percebi que no Pao de Açucar onde eu compro (zona sul de sp) o peso das carnes é muito menor do que marca na bandeja (algo como 20%).
Considerando que tudo lá é absurdamente caro, você é roubado uma segunda vez, puta que pariu!
Tive que pegar o hábito de pedir pra mulher do caixa colocar a carne em cima da balança e conferir junto comigo o peso. É sempre chato quando está diferente, demora um tempão pra concordarem com o valor a ser devolvido, o absurdo de não saberem fazer conta é tanto que chega ao cúmulo de voltar ao açougue e pesar de novo, desta vez com o peso correto.
Pessoal de SP, fique atento no Pão de Açucar.
Filhos da puta! Vou conferir aqui no Rio também!
Mas sempre existe o risco, concorda?
eu ja comi muitas coisas vencidas e nunca me aconteceu nada, já meu irmão teve salmonela com produto no prazo de validade….
tudo depende do que for comer e da própria higiene do local onde o produtos esta armazenado….
para carnes, derivados do leite, iogurtes e outros produtos perecíveis é melhor respeitar o prazo de validade
para enlatados e industrializados esse prazo é mais flexivel (porém sempre sinta o cheiro, veja a coloração, se nao há fungos, se a lata nao esta estufada, etc)
em todo caso, se houver duvida, jogo o produto vencido fora
SEMPRE haverá dúvida se a validade está vencida…
Teve uma vez que pedi um empadão de uma pizzaria bem conhecida e os fdp me mandaram bem com a etiqueta de validade vencida. Eu armei barraco e nunca mais comprei lá, já minha namorada, a Huga, queria comer mas eu não deixei.
Nessa concordo com o Somir, eu já consumi produtos fora da validade levando em conta certos critérios. Coisas como iogurte ou maionese fora de questão, mas algo que estivesse congelado ou enlatado cozinhei depois e correu tudo bem. Claro que não é algo recorrente, isso aconteceu duas vezes no máximo e sempre que possível evito.
Mas você concorda que é um risco, independente de você achar que não tem problema?
É sim, por isso não consumo todos sem parcimônia, laticínios, por exemplo, passo longe.