Ele disse, ela disse: Meu herói!
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Com o sucesso das adaptações cinematográficas dos últimos anos, os heróis de histórias em quadrinhos voltaram a chamar a atenção do grande público. Aproveitando essa deixa, Sally e Somir vão escolher qual deles mais merece essa atenção. Os impopulares não deixam essa página virar sem dar sua opinião.
Tema de hoje: Qual é o herói mais legal?
SOMIR
Deadpool. Mas primeiro, um quadro amarelo:
Eu gosto de quadrinhos, cresci lendo desde Mônica até Homem-Aranha como tantos outros de minha geração. Eu provavelmente pararia depois de uma certa idade e guardaria aquelas histórias e personagens na pasta “cultura pop” do meu cérebro como, novamente, tantos outros de minha geração… mas um belo dia eu vi uma revista chamada Heavy Metal numa banca de jornal. Depois de lê-la pela primeira vez, eu percebi que tinha muito chão entre as coisas que eu lia e os grandes artistas do gênero. A diferença entre Zorra Total e Monty Python, por assim dizer.
Fiquei mal acostumado. Poderia dizer John Constantine, Spider Jerusalem… porra, até mesmo o Groo! A verdade é que no final das contas você descobre que tem que seguir o artista e o escritor ao invés da personagem. Mas para não ser chato e despejar um monte de nomes para cima de quem não tem o mesmo gosto que eu, vamos com um que já é popular e tende a ficar cada vez mais conhecido.
Deadpool é um herói da Marvel que ainda não recebeu os devidos créditos nas adaptações para o cinema. Você já pode ter visto ele num dos filmes do Wolverine (fizeram uns 30, está num deles), mas ignore. Tem pouco ou nada a ver com a personagem dos quadrinhos. Deadpool é uma sátira dos heróis e principalmente dos anti-heróis. Se você nunca ouviu falar, imagine o filho bastardo do Homem-Aranha com o Wolverine, com todas suas características marcantes elevadas ao cubo!
Do aracnídeo ele herda o uniforme berrante e a postura. Não só pelas poses exageradas, mas também o senso de humor. E como já disse, de forma exacerbada. Deadpool não é só engraçadinho, ele é um completo inconsequente com suas piadas… Perde um braço, mas não perde a piada. Os quadrinhos dele são basicamente humor com tiros, sangue e desmembramentos, é a Marvel aprendendo a rir de si mesma. E por mais non-sense que sejam suas tiradas e as situações que ele se coloca, tem uma sátira inteligente por trás disso.
Deadpool não deixa de ser o olhar crítico sobre a sociedade atual. Insensível à violência, incapaz de prestar atenção, barulhento, egoísta, reclamão, preguiçoso… Os escritores estão apontando o dedo para os leitores e dizendo qual é o herói que mais combina com sua geração.
Do baixinho invocado ele tem seu poder. Deadpool regenera-se de forma ainda mais incrível que Wolverine. Mas esta coluna não é uma espécie de super-trunfo, os poderes dele importam pelo impacto que eles tem na personagem. Normalmente os heróis de quadrinhos são arquétipos muito bem definidos que por ventura tem super força, voam ou cagam lasers. Deadpool é completamente definido pelos seus poderes. É uma pessoa que foi lentamente perdendo a sanidade por causa de sua invulnerabilidade. Imagine se seu corpo fosse capaz de se recuperar de virtualmente qualquer ferimento, seja um tiro no braço ou uma decapitação! Assim como Deadpool, eventualmente o mundo todo acabaria te parecendo uma grande piada. Ele parece um maluco porque ficou maluco mesmo.
Dos heróis famosos, o único outro que eu acho mais ou menos humano é o Batman, e olha que isso só aconteceu depois do Frank Miller pegar a personagem e reinventá-la. Mas mesmo assim, Batman acaba se tornando genérico e plástico de tempos em tempos. Sem contar que o homem morcego tem o maior poder de todos: o do escritor. Batman faz qualquer coisa sem precisar de muita explicação. Tem tudo e sabe de tudo de acordo com a necessidade. O resto dos heróis “cinematográficos” tem a profundidade de um pires e isso nem deveria ser surpresa.
Deadpool é o tipo de personagem que está sempre pagando o preço pelo o que é, e apesar da invulnerabilidade típica do herói, as coisas dão errado para ele. Ele passa vergonha, ele perde batalhas (sem se vingar na edição seguinte, só perde mesmo)… Você sabe que ele não vai morrer, mas o poço vai ficando cada vez mais fundo e ele vai perdendo a cabeça nessa proporção. Eventualmente Deadpool está tão afundado na merda que dá uma vontade genuína de torcer por ele.
Sem contar que se Peter Parker acha que a vida dele é difícil, se mataria ao ver as condições de Deadpool. Ele vive numa casa horrível, acompanhado por uma governanta/escrava idosa (que ele chama de Alfred! Genial!) e cega e a maioria de seus conhecidos o detestam. Não tem Mary Jane para lamber suas feridas, se é que vocês me entendem. Além disso, eu ainda nem falei que ele é horroroso. Não no sentido de ter um nariz torto, mas no sentido de parecer uma vítima de queimaduras de 10º grau o tempo todo. Deadpool faz crianças chorarem.
Até por isso o mais próximo de uma namorada que tem é a Morte. Com letra maiúscula mesmo. A Morte é fascinada por ele porque não o consegue levar embora e ele é fascinado por ela porque não esconde que está doido para morrer e acabar logo com sua existência desgraçada. Parece dramático e cafona, mas é tudo feito com um senso de humor negro tão bacana (agridoce) que você começa a querer ver o casal finalmente unido. O principal problema da maioria dos heróis é que você não se importa de verdade com eles. Deadpool é alguém que você consegue achar um completo babaca (porque ele é) e querer ver se dando bem em questão de duas ou três páginas.
E antes que eu me esqueça, todo aquele fator “do caralho” de heróis que enfrentam bandidos e fazem coisas incríveis para ajudar outras pessoas está lá também. Deadpool é um mercenário por profissão, mas vira e mexe acaba envolvido em histórias de heróis mais tradicionais. Claro, ele mata os seus inimigos e não tem a menor vergonha de usar uma arma para ter vantagem, mas não vive numa narrativa confusa. Ele é anti herói, mas salva o dia do mesmo jeito. Além disso, ele costuma fazer coisas incríveis como dar um Shoryuken (aquele do Street Fighter) na namorada do Wolverine. Gritando Shoryuken!
E antes que acabe o espaço de vez: Deadpool quebra a quarta parede página sim, página também. Ele fala com o leitor, mas numa jogada esperta de tratar quem lê como se fosse sua consciência (ou uma voz maluca na sua cabeça). Quase sempre um quadro amarelo aparece com ele discutindo mentalmente o que está fazendo, inclusive até apontando furos na história e agindo como se você estivesse falando com ele. Deadpool faz humor “aleatório” durante seus diálogos e lutas, mas as piadas mais brilhantes costumam mesmo estar nessa “consciência amarela”.
Eu com certeza esqueci de mencionar mais coisas sobre ele, mas estamos no limite. Uma personagem dessas não se resume só a “vigilante rico” ou “alienígena”, por isso eu aposto que vou perder a discussão (as pessoas sempre preferem o conhecido – eu sei porque trabalho nessa área), mas se alguém acabar conhecendo a personagem pode perceber também que quadrinhos são MUITO mais do que os filmes bundas que estão saindo… Acho que já vou ter feito algum bem.
CHORE MAIS, PERDEDOR!
Para dizer que mesmo querendo ser acessível eu fui um elitista babaca, para dizer que quadrinhos sempre vão ser coisa de criança, ou mesmo para dizer que queria ter um quadro amarelo: somir@desfavor.com
SALLY
Qual herói é o mais legal? Batman.
Para começo de conversa, Batman não tem aquela carga karmica de outros heróis que nunca cogitaram ser heróis mas receberam de alguma forma um “dom” que canalizaram para salvar o mundo. Batman não tem super-poderes, é melhor do que isso, Batman tem DINHEIRO e COMPRA seus “poderes” com sua fortuna. Ele não foi picado por uma aranha radioativa nem veio de um planeta distante. Ele é rico, ele tem tempo livre, ele está a fim de dar umas porradas por aí. Batman é herói por escolha.
O fato de não ter um super-poder inato permite que Batman possa fazer tudo que o dinheiro pode comprar. Para sempre Superman vai ter visão de raio-x e voar, mas Batman tem possibilidades infinitas. Seu cinto de utilidades pode ter o que ele quiser, seu carro pode fazer o que ele quiser. Os poderes comprados pelo Batman evoluem à medida que evolui a ciência, Batman está sempre se modernizando e nunca fica monótono, pois está sempre comprando brinquedinhos novos. Sem contar que é muito fácil para quem nasceu com um “dom”, um super-poder: é só usá-lo. Batman não, Batman tem que inventar o que lhe pode ser útil e depois colocá-lo em prática. Batman precisa usar o cérebro.
Batman não tem o fator romance. Superman treme na base quando vê Lois Lane, o Homem Aranha é louco pela Mary Jane. Batman não. Batman tem lá suas peguetes, mas elas não lhe tiram o foco daquilo que ele realmente gosta e fazer: cacetar bandido. Não que eu seja contra histórias de amor, mas em matéria de herói, a mocinha é um ponto fraco. Sequestre a mocinha e você neutraliza a ação do herói. Além disso, quando você quer ver um herói em ação, quer ver tiro, porrada e bomba, não romance. Batman não paga pau para mulher nenhuma, essa é a postura de um verdadeiro herói: colocar sua “missão” como prioridade.
Batman não precisa se sujeitar a um falso emprego e a uma suposta adequação social. Não bate ponto no Planeta Diário fazendo um pseudo-jornalismo. Ele faz o que ele quer e foda-se se alguém desconfiar dele. Nem fodendo que Bruce se sujeita a um subemprego para compor um papel social. Ele não quer parecer normal aos olhos de terceiros, ele é rico, ele é escroto, ele é excêntrico e ponto final. Ele é dono de empresa, é respeitado tem dinheiro para jogar para o alto e em vez de casar e constituir família resolveu comoprar brinquedos caros para cobrir os outros de porrada. Tem como não amar? ISSO é um herói, não essa paumolescência que é o Homem Aranha ou esse faniquito ambulante que é o Wolverine. Bruce tem uma combinação bombástica muito melhor do que voar ou soltar teia: dinheiro + cérebro.
Ele faz o que quer, inclusive dar uns pega em inimiga, como fez com a Mulher Gato. Batman é o José Mayer dos quadrinhos: escroto, não é bonito, mas misteriosamente pega geral. Bruce pega mas não se apega, só a criadagem mora com ele. Mulher não interfere na sua determinação de punir quem ele acha que deve ser punido, essa é sua prioridade. É um Hannibal de preto, é o dinheiro a serviço da satisfação pessoal de foder com quem ele acha que merece uma trolha. Eu invejo o Batman.
Talvez ele seja o único herói pelo qual as mulheres se sentem atraídas tanto quando está a paisana, tanto quando está na sua fantasia. Superman, por exemplo, é o Amiguinho Que Nunca Come quando é Clark Kent. Só desperta suspiros quando mete aquela cueca ridícula por cima das calças. As mulheres orbitam tanto em torno de Bruce como em torno de Batman, apesar de não haver qualquer relato de Bruce ser especialmente bonito e, a julgar pelos atores que já o interpretaram no cinema, não deve ser mesmo: Michael Keaton com sua carinha de Pedro Bial dos EUA ou Christian Bato na Minha Própria Mão Bale, com seu aspecto sujo e oleoso não me deixam mentir.
Batman é antissocial, pontos para ele. Não fica de papinho tentando se integrar, naquele complexo de rejeitado na adolescência que molda um adulto desesperado por aprovação. Age sozinho, quando muito com a ajuda do mordomo, não foi sua mamãe nem sua vovó quem fez seu uniforme, ele é autosuficiente. Batman também não tem pudores, se tiver que matar, mata sem chororô, ao contrário de uns e outros que se limitam a imobilizar e prender. Se é para fazer, ele faz o pacote completo. Batman fabrica mais presunto que a Sadia. E que disso ninguém depreenda que eu seja a favor de grupos de extermínio, estamos falando de ficção. Na FICÇÃO ele é o personagem mais interessante.
Batman nada mais é um mocinho com cara de vilão, com roupagem de malvado. E, vocês sabem, os vilões são sempre mais interessantes porque os vilões podem tudo. Batman não tem as limitações éticas, morais ou preocupação com a opinião alheia, ele é aquilo mesmo, e azar de quem não gostar. Ele talvez seja o único mocinho que, assim como os vilões, pode tudo. Não venham me dizer que Wolverine pode tudo, porque ele é um descontrolado faniquiteiro sem qualquer condição emocional de conseguir o que quer. Batman e seu combo dinheiro + cérebro supera em muito os demais “agraciados” com poderes inatos ou adquiridos.
Se você é politicamente incorreto, se você é contra fazer social para ser aceito, se você acha um pé no saco romance permeando história de super-heróis, Batman é o cara. Se não, vai torcer por um babaca que usa a cueca por cima da calça ou um nerd cujo mérito foi tomar uma picadura. E para quem acha que as histórias do Batman não tem uma moral que ensine algo como os outros, tem sim: se você for rico e inteligente pode sair à noite matando quem você quiser que vai ficar impune. Batman é sabedoria pura, cada vez mais atual.
Até citaram Seiya o Cavaleiro Fudido
mas não Goku o Alienígena Porradeiro
Interessante! Confesso que na infância até já li um gibi ou outro mas nunca fui fã assim de super heróis e tals não! Também não os menosprezo, sei de certa importância deles até mesmo na crítica literária. Mas não morro de paixão por eles.
Tem quem diga que as histórias em quadrinhos de super-heróis estão para a nossa época assim como as mitologias transmitidas pela tradição oral estavam para a Antiguidade.
Faz um sobre qual psicopata favorito e por que.
Hannibal Lecter X Jigsaw.
Boa ideia
Meu preferido sempre foi o Batman, principalmente como disse Sally por ele ter escolhido ser um herói. Apesar das neuroses ele faz o que tem que ser feito. Dos filmes os com o Bale são os melhores, há quem goste mas acho o Coringa do Nicholson péssimo não pelo ator mas pelo roteiro em si.
Gosto muito do Constantine, o filme não é lá grandes coisas mas como uma adaptação até que ficou aceitável e ao que parece ele vai ganhar um seriado agora, segundo dizem fiel aos quadrinhos.
Outro sem super poderes que me agrada muito é Nick Fury (não sei quem diabos achou que Samuel L Jackson servia pro papel mas fazer oq né?) .
Eu também achei um desperdício aquele roteiro para o Nicholson…
Em termos financeiros, foi o melhor papel dele. Com um acordo de receber US$ 6 milhões fixos mais uma porcentagem da bilheteria, estimam que o ganho total pode ter chegado a US$ 90 milhões.
Frase que vi não lembro onde: “Quando o mundo tem problemas, chama a Liga da Justiça. Quando a Liga da Justiça tem problemas, chama o Batman”.
hahahahaha
É, o Deadpool é uma paródia do Deathstroke, com o uniforme do Spiderman e o poder regenerativo do Wolverine. Atualmente está em voga e de tanto falarem dele me incomoda, mas até gosto… é divertido.
Eu prefiro o Batman.
Recentemente eu vi a melhor animação que já fizeram dele, baseada em um dos melhores arcos do Batman. Ele sessentão, voltando à ativa e dando uma surra no Superman que era cachorrinho do Presidente e foi enviado para acabar com ele. É o ‘The Dark Knight Returns’. Recomendo. A animação é dividido em duas partes. A segunda é sensacional.
Nem tem como comparar com Deadpool, ao meu ver. Mas também não sou dos fanboys do Batman que ficam saindo nos tapas por ele…
Batman batendo no Superman? Amei
Exatamente, Sally. Também recomendo a leitura da “graphic novel” que deu origem à animação. Mas, dos trabalhos do Miller, ainda prefiro “Year One”, que nos quadrinhos ele só screveu – David Mazzuchelli desenhou – e que também virou animação.
Imagem clássica: http://gnosticbent.files.wordpress.com/2013/07/frank-miller-batman-vs-superman-dc-comics.jpg
Outra: http://cdn.denofgeek.us/sites/denofgeekus/files/batmanvsuperman2.jpg
Animação:
Parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=Mx6l39BR_FM
Parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=cQYmDcNCGKs
é estilo do desenhista ou os dois estão obesos?? Cota gordo, baleia, saco de areia?
Fizeram a animação baseada no traço do Miller, que era assim mesmo. Sempre preferi o traço do Mazzuchelli, do Matt Wagner, do Jim Aparo e do Neal Adams….
Também prefiro Year One. Mas essa animação eu não vi…
THIS
http://1.bp.blogspot.com/-Hh9LIq6cVRA/UhmKc-0XJmI/AAAAAAAAAL4/yJHfL1IgoWs/s1600/batman-vs-superman.jpg
OLHA O DIÁLOGO…
HAHAHAHAHA
Também acho fanboys – de qualquer coisa – o supra-sumo do ridículo, Deja. Especialmente os que saem aos tapas pelos seus objetos de adoração.
Quando alguém me fala em “fanboy”, olha que imagem me vem à cabeça: http://static.tvtropes.org/pmwiki/pub/images/freakazoid-17_8079.jpg
Totalmente!
O Batman… constrói um satélite assassino que causa a morte de milhares de pessoas, e logo depois se acha no direito de condenar a Mulher Maravilha por ter matado um vilão perigoso numa situação em que não tinha alternativa, era matar ou morrer…
Deadpool… não sei muito sobre ele, mas o pouco que sei não me fez ter interesse pelo personagem… quebrar a quarta parede, ele não foi o primeiro da Marvel a fazer isso. Mas talvez seja ignorância minha, um certo preconceito contra coisas dos anos 90, melhor ler mais.
Dos personagens citados no texto, o que mais gosto é o Wolverine (o dos quadrinhos, não dos filmes). Provavelmente ele é mais anti-herói do que herói, porque ele mata. Mas como o que li de mais recente é de antes de 2010, talvez a Marvel já tenha destruído o personagem.
Ahhh… então o Batman mata pra caralho!
Eu acho o Wolverine interessante, porém meio traumatizado e faniquiteiro
Gostei bastante da analise de ambos, gosto muito da maneira como escrevem, sempre com aquele humor indescritível. Apesar de não serem os meus heróis favoritos ,o oque mais se aproxima do meu herói favorito é o Batman. O que mais acho legalé o Sandman,os dois.
Não tenho conhecimento na profundidade suficiente para conhecer o Sadman, mas se você gosta da linha do Batman, ele deve ser escrotinhamente bacana!
Meu preferido sempre foi Asterix. Quadrinho, desenho animado… O Filme não gostei tanto. Marcou minha vida.
Tema muito nerd pra mim, mas gostei muito do texto, deu vontade de assistir Batman.
Asterix também é nerd, você está em casa…
um reduto de uma população numericamente muito inferior, porém muito superior em “tecnologia” digamos assim rs
foda pra caralho!
Asterix chega a aquecer meu coração só de lembrar…
Bom saber!
Fui eu, Sally!
Ok!
Por Tutatis! Boa lembrança, Lichia. Dos fora do mainstream – pelo menos do americano – ,dois dos que eu mais gosto são Tintim e Mafalda. Dos álbuns do Tintim, gosto especialmente dos dois da missão á lua e do Tibet. E aliás, a Mafalda, como a Sally, é argentina, crítica da sociedade, agridoce e solitária por ser mais inteligente que os demais em volta dela. Será que a Sally também detesta sopa?
Amo Mafalda, mas gosto mais dos livros de humor do Quino, que também são quadrinhos, mas são temas mais adultos. E eu gosto de sopa…
Quais são os outros livros do Quino que vc recomenda?
Eu gosto muito de “Sim, Amor”, “Cada um no seu lugar”, “Não fui eu” mas te recomendaria “Quinoterapia” também.
Não sei como é a tradução, porque eu leio no original, mas só as expressões faciais dos desenhos dele valem a pena
Valeu pelas dicas, Sally.
Sempre tive vontade de ler Tintin… Vou atrás!
Com mil raios e trovões! Não seja mais um “marujo de água doce” e vá atrás dos álbuns do Tintim, Lichia. Vale a pena. Viu o desenho dele que passava na TV Cultura? Adoro aquele tema da abertura…
Eu nunca vi o batman matar de propósito, então…
Às vezes em que os rivais dele morrem, geralmente é devido a seus próprios erros…
Viu, o batman não é emocional? Não é pressionado por achaques e chantagens usando suas peguetes?? Ah tá… Encosta no Robin pra vc vê! A louca de capa preta é capaz de morrerrr….
HOMOFOBIA! HOMOFOBIA!
Aliás, puta sacanagem ter que transformar um herói em veado…. Os caras pensaram:”meu e agora? Pintou esse mercado aí, né? quem a gente transforma em gay? Ah já sei alguém que usa uma bijuteria…. caramba é isso aí! mas quem… quem?” Pronto, desse ponto em diante encontraram uma vítima com facilidade….
É a cota gay chegando nas bancas!!
E só não foi o fantasma por que bicha velha não é legal nem em gibi…
No aguardo do Aquaman se assumir. Aquela bicha loira não me engana…
Falha dos roteiristas: como é que o cara vai se defender se ele dá o anel?
Imagina Sally! Por essa característica ele seria um herói muito cruel com seus inimigos. Ele mata e barbariza!!!! É uma lógica simples. Quem não tem dó do próprio anel vai ter dó de quem????
Mas dando o anel ele perde seus poderes!
Putz.. é verdade!
Homofobia! Homofobia!
Olha, outro dia mandei um gay ir tomar no cu e ele me respondeu “Deus te ouça!”. Nem sei mais o que pensar…
Nóóóóffffaaaa, santa…
What about Hulk??? Sale, vc não curte o Incrivel Hulk? Ele é a sua cara!
Ele parece uma mulher na TPM! Sabe quando alguém te emputece? Sabe quando o Alicate te emputece, daí vc fica verde de ódio e joga a porta na cara dele quebrando o nariz?
Pois vc é o Hulk!!!
Hulk não tem inteligência. Ele surta e sai batendo, não acho isso admirável…
Hulk é meu herói preferido.
E ele não quebra tudo e todos não, só quem o emputece.
Verdade… Batman está sempre atual e não dá ibope só com criançada, não. Até adultos curtem!
Vc escolheu o Batima pq ele é gay! É gay, que eu sei!
Ele não baba pela Louis Lane nem Mary Jane pq o caso dele é o Robin!
E tb sei que vc é transex musa gay, então tá na cara o motivo da tua escolha.
Se joga, traveca!
Gay é o Lanterna Verde, que dá o anel
É “Lois” Lane. “Louis” em inglês é nome de homem.
Dos dois heróis apresentados no texto, sem dúvida nenhuma, o meu preferido é o Batman. Ele é o único que me dá a sensação de “poderia ser eu”. E há muitos traços da minha personalidade são muito parecidos com os da dele. Assim como o morcegão, eu também sou – ou tento ser na medida do possível – um cara que é silencioso, discreto, pragmático, obcecado com a eficiência, que entra e sai de lugares sem ser notado, que detesta bagunça, que nunca entra num lugar ou numa situação sem saber como sair, que sempre procura estar preparado, que não confia em ninguém, que analisa e observa tudo à sua volta, que nunca deixa de treinar e de aperfeiçoar suas habilidades, que procura sempre estudar muito e acumular o máximo de conhecimento possível. E, quando estou fazendo alguma tarefa no meu dia-a-dia, quase dá pra ver no ar uns “recordatórios” com o que estou pensando ou refeltindo sobre mim mesmo e aforma como levo a vida.
Ah! e, Sally, o Batman dos quadrinhos é sim um baita de um galã sem a máscara. Freqüentemente, Bruce Wayne é descrito como um dos homens mais bonitos de Gotham City. Além de absurdamente zilionário, o cara também é um tremendo boa-pinta. Um dos defeitos dos filmes, no entanto, é justamente o fato de ainda não terem escolhido um ator bonitão o suficiente pro papel. Acharam que com a escalação do Val Kilmer, do Clooney e do Bale esse problema estaria resolvido, mas, pelo visto, ainda não.
Os dois são horrendos para o meu gosto!
O Clooney e o Bale, né? Pra você, quem seria o ator certo pra fazer o Batman?
Acabo de ver que quem está cotado para fazer o próximo é a porra do Legolas! PORQUE?
Eu gostaria de ver o Eric Bana, mas como ele já fez o Hulk, acho que não vai acontecer
Taí Sally, acho o Eric Bana muito mais Batman que Hulk. Aliás, o melhor Hulk, na minha opinião é o Edward Norton.
E sabe que acho que o Espancador da Própria Mãe cai bem como Batman? Não sei se o diretor dessa última série me encantou tanto que concordo com basicamente tudo o que ele escolhe, mas gostei dele…
A voz dele me incomoda, muito forçada
Ah sim, tem esse detalhe. Mas acho que é pra combinar com o ar sombrio do Batman…
Mas diante dos últimos Batmans que o cinema nos apresentou… esse pra mim foi o melhorzinho! Aliás, o que você acha da ideia do Ben Afleck ser o próximo Batman?
Melhor do que o Orlando Legolas Bloom!
Oi??? Como assim Orlando Bloom???
Nego também não ajuda o Batman… mas que merda!
Não é? Vai parecer um elfo com orelhas de gato!
Eu acho que o ator ideal pra fazer o Batman é o Alexandre Frota. Mete porrada na bandidagem, fala grosso, é bombado e, se o diretor pedir, come o Robin.
Ele faria uma boa versão pornô
Áimi Bátimã! IIIntendeu?
Já viu os fan-films “Dead End” e “City of Scars”? São muito bem-feitos, apesar do orçamento enxuto, e bem mais fieis à fonte dos que os filmes oficiais. Em ambos, quem se veste de Batman é realmente bombado e não precisa apelar pra uma roupa de borracha com músculos falsos.
Veja:
– Dead End (Clark Bartram, fisiculturista e guru fitness, como Batman):
http://scryptcomics.files.wordpress.com/2012/07/clark-bartram-batman.jpg
– City of Scars (Kevin Porter, que às vezes parece uma versão bombada do Gregory Peck, como Batman):
http://2.bp.blogspot.com/-e14Utl6IDrg/TulVrgNe-vI/AAAAAAAACrI/j1pW1lG9yWk/s1600/4723040991_74afb9bdc0.jpg
Kevin Porter à paisana:
http://www.imdb.com/media/rm1187027456/nm1049174
Orlando Bloom fazendo papel de boxeador no filme “Calcium Kid:”
http://image.toutlecine.com/photos/c/a/l/calcium-kid-2004-05-g.jpg
Sei lá. Legolas fazendo um papel assim seria tão adequado quanto Gustavo Kuerten participar de um concurso de fisiculturismo.
HAHAHAHAHAHAHAHA
LOBO
Não tem pra ninguém. O Maioral chuta bundas do inferno até o céu (literalmente), caceteia super homem, ultra homem, e quando está REALMENTE de saco cheio, genocida geral…
… just for the lulz.
Carece de inteligência emocional
Não sou tão nerd assim, mas gosto muito do Universo Batman. Ia comentar que o Batman não é tão politicamente incorreto quanto você disse, pelo fato de toda vez que ele captura o Coringa ele não o mata, mas sim o manda novamente para Arkham, mesmo ciente que ele tem altas chances de fugir de lá novamente. Porém, talvez, o politicamente incorreto dele consista justamente em o Batman ir contra o clamor público e não matar o Coringa.
Isso não tem nada a ver com politicamente correto, é técnica de roteiro. Se você mata O Vilão a história acaba. Batman tortura, tortura é até mais incorreto do que matar
Nas histórias da década de 40 – e em várias de anos posteriores – o Coringa dava a impressão de ter morrido, mas nunca achavam o corpo e ele voltava, cada vez mais louco, malvado e cruel.
Não concordo nem com um, nem com outro.
Com o Somir não, porque eu não conheço esse herói e com a Sally… pra mim o Batman não é herói. É só um riquinho entediado com sérios problemas de stress pós traumático (poxa Sally, a lembrança da morte dos pais dele o persegue a vida inteira e ele é totalmente mimadinho pelo mordomo…).
E não, não que eu curta o Homem Aranha (babacão) e Superman (outro babacão).
Um ponto que me faz detestar o Batman é que, seus vilões são sempre mais interessantes que ele! Cara, ele é um “herói” tão nada, que os vilões são mais interessantes que ele!
E por mais que possa parecer contraditório: eu prefiro mil vezes o Homem de Ferro. Parecido com o Batman por ser um riquinho entediado? Sim. Mas pelo menos reconhece e fala o valor que sabe que tem.
Os vilões não são sempre mais interessantes que os mocinhos?
Deixa eu me expressar melhor: também considero os vilões mais interessantes que mocinhos, mas pra mim, no caso do Batman, o superam. Eu não consigo, em momento nenhum torcer pelo Batman.
Engraçado que por mais que ache o Homem Aranha um babaca, não consigo torcer pelo Duende Verde… Acho o Magneto interessantíssimo, mas sou team Prof. Xavier, entende?
Porque você não consegue torcer por ele???
Rsrsrsrsrs, porque eu o acho um riquinho entediado mimado, com problemas de stress pós traumático, mimado pelo seu mordomo. Ou seja, um chato. E antes que digam que meu problema é com riquinhos, prefiro o Homem de Ferro que é presunçoso e arrogante (e divertido). Sendo sincera, achei a crise que Tony Stark viveu no terceiro filme, muito mais humana que qualque uma que o Batman tenha vivido.
E também porque acho TODOS os seus rivais muito mais interessantes que ele… por mais que um herói seja chato, acho que, a partir do momento que você torce pelos vilões e não por ele, ele deixa de ser herói.
Eu tô com o Somir, o batman é foda e etc mas eu prefiro o Deadpool, porque eu me identifico com o Deaadpool
Então, como bom nerd, é meu dever proferir uma opinião.
Sally, tua descrição do Batman tá perfeita, MAS….
O Batman não mata, ele é totalmente contra matar. O que provavelmente deve ter feito você ter essa opinião são as várias interpretações que o herói teve ao longo de seus mais de 70 anos de carreira.
Em suas histórias iniciais, de 1940, o Batman matava mesmo, como a maioria dos heróis da época. (até o Capitão América matava). Mas com o passar dos anos, o personagem foi consolidado como um justiceiro não-letal. Acontece que em ALGUMAS histórias de realidades ALTERNATIVAS, o autor resolve mostrar o Batman cometendo um assassinato. Inclusive numa das suas histórias mais famosas, “O Cavaleiro das Trevas”, o Batman mata. Nos filmes do Tim Burton o Batman também parece não se importar muito com a vida dos vilões, mas isso é reflexo do cinema de uma outra época(Robocop matava, Indiana Jones matava).
A despeito destas interpretações, o personagem “oficial” dos quadrinhos, o que sai todo mês em histórias regulares, não tolera matança. Inclusive isso gera atritos interessantíssimos entre Batman e seu filho Damian(um garoto de 10 anos criado por uma liga de assassinos desde a mais tenra idade).
Mas todas as outras características citadas por você estão ok. Gosto do personagem exatamente pelos motivos que citou, mas gosto MAIS AINDA de um outro personagem, que é exatamente o que o Batman é sem as amarras morais e o dinheiro: O Justiceiro da Marvel. O Justiceiro é um vigilante urbano impiedoso que persegue, tortura e mata mafiosos e traficantes. Como ele financia sua campanha? Ficando com o dinheiro dos criminosos e reinvestindo em mais armas para matar mais bandidos. Deu vontade de conhecer? Eu recomendo. Aliás, é o MEU personagem preferido.
Somir: Deadpool é páreo duro, cara. Aliás, existe até um fan film com atores muito bem produzido que ilustra bem o debate de hoje: Deadpool Vs Batman, da série Super Power Beatdown. Link para o vídeo legendado: http://www.youtube.com/watch?v=V0l0iulNIN0
Talvez Batman não pegue uma pessoa e a estrangule com suas próprias mãos, mas, para alcançar seu objetivo, já o vi explodir carro, caminhão, prédio e muito mais, tudo com gente dentro. Ou não?
Sim, conforme eu disse ele mata, mas depende da visão do autor: no filme “Batman, O Retorno”, ele ateia fogo num bandido usando o Batmóvel. Mas em ESSÊNCIA(o Batman dos quadrinhos, a versão oficial) o Batman não é um carrasco: ele faz questão de socar os bandidos na prisão, e abomina o uso de armas de fogo, justamente porque foi uma delas que tirou a vida de seus pais.
Aliás, tudo isso depende muito da visão do autor, da época e do meio em que o herói é retratado: no último Superman do cinema, por exemplo, o personagem que até então era considerado o bastião da moralidade, comete um ato condenável e bastante questionável(não vou soltar spoiler pra quem ainda não viu o filme). Mas veja bem: o Superman do CINEMA, não o dos quadrinhos, este continua o bom e velho escoteirão de sempre. É preciso separar as coisas, nem sempre o personagem é transposto fielmente de uma mídia para outra (na verdade, em se tratando de cinema norte-americano, quase nunca, hehe)
Acho que o mais correto é “ele já matou”, o que é diferente de “ele mata”. Regularmente, o Batman não mata – é a “regra” dele. Ele é ok com bater, torturar, sequestrar e cometer todo e qualquer outro tipo de crime (invasão de propriedade, de privacidade, etc), mas não mata.
Mas já matou, por exemplo em O Cavaleiro das Trevas, do Frank Miller, quando ele finalmente mata o Coringa. Aliás, o Coringa é um ótimo exemplo, porque o Batman não mata o Coringa, mas o Coringa não é regenerável – então, por se negar a matar o cara, o Batman é responsável por todas as (inevitáveis) vítimas futuras do Coringa? Essa é uma discussão que aparece em mais gibis do que eu posso lembrar.
Mas, via de regra, ele não mata.
Nem mesmo danos colaterais? Não digo matar O Vilão, porque ninguém mata O Vilão se não a história acaba. Digo incendiar, explodir, fazer coisas que acabem gerando vítimas…
Bem, não de propósito, com certeza. Se acontece, o mais coerente com a mitologia do personagem é o Batman passar algum tempo remoendo o assunto e se culpando pelo ocorrido. Aliás, esse é um defeito dele, ele não consegue superar as coisas.
É bem raro ele tomar uma decisão desse tipo porque a DC Comics é bem cri-cri com essa coisa do valor da vida, os heróis dela dificilmente matam alguém nos gibis. Na TV e no cinema é outra coisa, eles são mais liberais ali.
Inclusive, rolou há uns anos um reboot na DC (que é praticamente iniciar de novo as histórias de todos os personagens) e na primeira história da Liga da Justiça o Superman sai matando um monte de “demônio/criatura horrível de uma outra dimensão” e essa cena gerou alguns comentários negativos nos EUA porque tecnicamente o Superman (e o resto da Liga) estavam matando seres vivos de uma maneira não-justificada.
A Marvel é mais tranquila nisso.
Mas isso não significa que NUNCA ocorra, é que via de regra não rola. O que acontece é que a DC Comics ainda é muito influenciada por algo chamado Comics Code Authority, que é uma espécie de normas de boa conduta dos gibis americanos. Lá estavam um conjunto de comportamentos que as histórias não deveriam ter (nunca deveriam mostrar que o crime compensava, por exemplo) e heróis não podiam matar (por anos o Hulk se transformava e destruía Nova York, mas “oficialmente” não causava nenhuma morte).
A Marvel parou de seguir esse código há muito tempo, mas a DC só foi se livrar disso em 2011, acho eu. Então eles ainda tem esse ranço politicamente correto muito forte e é por isso que adaptações dos personagens deles em outras mídias (tipo cinema) podem tomar essas liberdades.
Sério que a patrulha do politicamente correto chegou aos quadrinhos?
Esse Comics Code surgiu por obra dos próprios editores na era do McCarthismo, a chamada “caça às bruxas” anti-comunista dos anos 50, quando um monte de gente foi dedurada ou posta sob suspeita. Também na mesma época, saiu o livro “A Sedução dos Inocentes”, do psiquiatra alemão Fredric Wertham, que culpava os quadrinhos pela delinqüênca juvenil e, entre outras coisas, lançou a até hoje famigerada insinuação de que Batman e Robin eram um casal gay, reforçada em parte depois pela série de TV de 1966. Editorialmente, o Batman foi muito prejudicado pelo Comics Code e, de um vingador noturno implacável, passou a ser um bobalhão caga-regra sorridente amigo da garotada e defensor do politicamente correto. Um monte de gente também acha que foi Frank Miller quem devolveu o morcegão às trevas no meio dos anos 80, mas essa volta às raízes já vinha desde a década anterior, graças ao trabalho de gente como Denny O’Neil, Dick Giordano, Neal Adams, Jim Aparo, Alfredo Alcala, Steve Englehart, etc.
Que merda…
Queima de revistas quadrinhos em praça pública, 1948:
http://i.imgur.com/uNZIqM8.jpg
O Batman dos quadrinhos não é lá muito espetaculoso em ação. É rápido, silencioso, frio, usa e abusa do fator “setalth” em suas missões e evita chamar a atenção sempre que possível, especialmente quando está investigando. Se alguma explode ou pega fogo, é quase sempre por obra dos inimigos.
Realmente, o Batman não mata. Pelo menos, não a versão “canônica” dos quadrinhos. Ele até chegou perto algumas vezes, em acessos de fúria, mas sempre se conteve no último segundo. Mesmo na aclamada graphic novel “Cavaleiro das Trevas”, ele não mata, embora se “divirta” com o sofrimento físico que causa nos malfeitores. Durante sua luta com o Coringa, ele se penitencia por ser causador indireto dos muitos assassinatos debitados na conta do seu arqui- inimigo – “As pessoas que eu matei por ter deixado você viver” – e, emputecido, chega a quebrar o pescoço do palhaço com as mãos, mas sem se perimitir “cruzar a linha” e matá-lo. O próprio Coringa, então, se diz “decepcionado” com o “coração mole” do morcegão e se retorce todo pra terminar o serviço. Vale lembrar que o objetivo máximo do psicopata Coringa não é dominar ou destruir o mundo ou se vingar de alguém. Tudo o que o palhaço quer com seus atos horríveis é azucrinar tanto o Batman a ponto de fazê-lo perder o controle.
Quanto ao Batman original de 1939, também não acho que ele fosse exatamente um matador de vilões. Digamos que ele me dava era a impressão de que simplesmente “não se importava” se o vilão morresse. Aconteciam coisas como o criminoso caindo num tanque de ácido após perder o equilíbrio por ter sido socado na cara ou sendo queimado num incêndio no esconderijo que o próprio bandido causou ao deixar cair no chão algo inflamável durante a luta. Logo em sua primeira história, “The Case Of The Chemical Syndicate”, Batman friamente diz “A fitting end for his kind” quando o vilão cai no ácido e morre. Essa característica, no entanto, pode ter sido mudada porque, em pouco tempo, iria ficar cada vez mais difícil criar novos vilões interessantes a cada história e havia alguns bem-bolados o suficiente pra merecerem uma sobrevida. E mais: no início, vários elementos da personalidade do Batman ainda não estavam bem definidos. Outros, como já disseram aqui, foram mudados e/ou enriquecidos com o tempo.
Bom, podemos considerar que na Piada Mortal ele mata…
O Batman mata em “A Piada Mortal”?
Não explicitamente, mas há uma teoria de que ele finalmente acaba de vez com a velha inimizade que tem com o Coringa. Se você ler a história com bastante atenção, fica até evidente o desfecho.
Vou reler. Mas os dois não ficam só rindo feito bobos de uma piada infame do Coringa nesse final?
Repare nos últimos quadrinhos no fim da página, as risadas param.
me lembra o filme do Batman com Clooney e os anteriores a ele. Me lembra minha infância. Os posteriores eu quase não vi (!), inacreditavelmente perdi a paciência para ver filmes.
Por ser criança talvez eu não pudesse fazer uma análise tão profunda sobre o personagem, mas… gostava pra caralho! gostava muito do herói sombrio, traumatizado e tal, mas que em Clooney até conseguia ter bom humor algumas vezes
quando criança ocorreu uma cena do filme do clooney em que batman tinha a vantagem, poderia matar seu inimigo, e foi aí que veio A surpresa. O batman ajudou seu inimigo. Foi com ele que por incrível que pareça, aprendi uma coisa excelente, os heróis não matam seus inimigos. Apenas destroem o vilão e suas memórias, e restauram a pessoa dentro da capa de vilão.
cavaleiros do zodíaco eu também acho bem interessante! porém não sei se tem HQ
Cavaleiros começou em HQs (mangás para os íntimos)…
Cavaleiros do Zodíaco foram a minha infância.
Me divirto agora ao reparar que o Seya era um menino de 14 anos, que perdia quase 10 litros de sangue em cada batalha e não morria, rsrsrsrsrsrsrsrs…
Seya era o protegido dos roteiristas
Meu preferido sempre foi o Ikki de Fênix!
Batman mata seus inimigos sim!
Veja o Batman Cavaleiro das Trevas, vale a pena pelo Coringa
Não consigo por nada gostar do Coringa do Heath Ledger, prefiro o do Jack Nicholson(atirem pedras). Não tiro o mérito do ator que realmente fez um ótimo trabalho. O Coringa do Leadger é assustador, e só, ele não tem as facetas, nem a imprevisibilidade do Coringa. A versão de Batman Animated por sinal, foi inspirada por Jack Nicholson.
Eu achei o Coringa do Heath Ledger tão imprevisível! Me passou a clara sensação de “é um macaco com uma navalha, pode fazer qualquer coisa!” depois que ele queimou o dinheiro!
Exatamente isso, Sally!
O Coringa do Heath Ledger me deixa perturbada… não consigo olhar muito tempo pra ele não, adorei a forma como ele retratou o personagem… um louco completamente incontrolável!
Me deu a impressão que o sujeito era louco na vida real…
Sally,
eu acompanho o Batman desde 1989, e foi justamente pelo filme do Tim Burton que comecei nao só a ler mas estudar mais o personagem por duas caracteristica que admiro muito nele: DISCIPLINA E ALTRUISMO. poderia passar meses aqui discutindo o Batman e seria um prazer, mas eu queria comentar que pelo menos eu achei o Coringa do Ledger fraco comparado ao dos quadrinhos, me permita enumerar algumas coisas.
– O Coringa real, teria explodido as duas barcas independente da ação de terceiros ou da sua mesmo, para o caso de ser pego;
– Na cena do banco, ele teria colocado uma granada de verdade na boca do gerente e não uma só de fumaça;
– O Coringa não teria esperado a evacuação do hospital para então explodi-lo.
Para um personagem que nos quadrihos matava sem motivo algum e inclusive crianças com algodão doce envenenado em um parque de diversões ( O Cavaleiro das Trevas, HQ de Frank Miller ) eu achei o coringa do Ledger bem fraco até.
Quanto a matar realmente o Batman não mata ou faz o possível para não matar, tanto que quando finalmente ele resolve matar o Coringa por se culpar das mortes causadas por ele, o Coringa se mata!
Batman ao evitar que alguem atirasse em outro, ele quebra o rifle e diz:
“Essa é a arma do inimigo, são barulhentas e impuras e só causam o mal. Nossas armas são silenciosas… precisas. No tempo certo, eu lhes ensinarei como devem ser usadas. Esta noite, vocês usarão só os punhos… e o cérebro. Hoje nós somos a lei. Hoje, eu sou a lei”
Discurso em o Cavaleiro das Trevas, HQ
e o trailer do novo jogo, que traz um personagem pouco estudado ou falado mas é de SUMA importancia para o que Bruce é hoje em dia: Seu pai Thomas Wayne preste atenção no testamento dele e no contraste das imagens do video.
http://www.youtube.com/watch?v=zJmwNWKvxU0
Calro que essas são apenas as minhas opiniões e minha visão, nunca serão verdade absoluta, estou aberto ao dialogo!
Mas essas críticas são ao roteirista que escreveu o filme, não ao ator! Meus elogios são à atuação do ator…
Entendi, se é ao ator, o dele é bom mas o do Jack Nicholson ainda é o melhor para mim. A cara de maluco do Jack Nicholson ajudou muito na personificação.
Mas eu sinceramente tenho como herói mesmo o meu pai, tirando um pequeno vacilo dele com a minha mãe ( traição ), é um cara que se ergueu sozinho na vida sendo apenas disciplinado, honesto, e principalmente cuidando da propria vida
Algodão doce envenenado! Bem lembrado, Mauro…
Mas falta o humor negro, a capacidade de rir feito maníaco das desgraças que causa, a faceta “piadista” do personagem. Por isso gosto tanto das versões do Alan Moore (“The Killing Joke”) e dos desenhos da “Animated Series”, com excelente trabaçho de voz do Mark Hamill.
Exato! Uma das características do Coringa é exatamente essa. A gente ri das loucuras do Coringa até ficarmos chocados com toda a loucura que ele espalha quando expõe seus planos.
Lista de grandes malvadezas feitas do Coringa nos quadrinhos:
– Balear e aleijar a filha do Comissário Gordon dentro da casa do próprio. Depois, ele ainda tira a roupa dela, fotografa e força Gordon a olhar cada ferimento nas fotos projetadas nos túneis de um trem fantasma macabro num parque de diversões abandonado.
– Espancar um Robin (Jason Todd, o segundo) com um pé-de-cabra e largá-lo pra morrer numa cabana trancada com uma bomba dentro.
– Matar com gás todo o auditório de um programa de TV em que ele próprio era o entrevistado porque estaria supostamente “curado” de sua loucura. O próprio psiquiatria coxinha ati-Batman (Dr. Wolper) que tinha lhe dado o atestado de sanidade também morre.
– Matar crianças com algodão doce envenenado.
– Matar a segunda esposa do Comissário Gordon com um balaço na cabeça depois de ter seqüestrado os bebês da cidade.
– Jogar veneno no sistema de distribuição de água de Gotham City.
O filme do Batman com o Clooney é horrível. Não só como filme de super-herói, mas como cinema de um modo geral.
E aquele com o Arnold Schwarzzherghwnxnegger? (eu ia errar de qualquer jeito, que seja propositalmente) Coisa horrorosa aquele filme…
O Arnold Terminator está no do George Clooney, é o Batman & Robin de 97. Desperdício de celulóide…
Até o Jim Carrey passou vergonha nesse filme…
O Jim Carey está no anterior, Batman Forever, com o Val Kilmer de Batman, ele fazia o Charada e o Tommy Lee Jones era o Duas Caras
Putz… tudo tão cagado que eu nem sei qual é qual
Pois é… Embora se for comparar os 2, eu ainda acho o com o Val Kilmer menos pior que o do George Clooney.
E ‘menos pior’ é de cair o cu da bunda rs
Eu também!!!
Lembro-me do filme do Batman com Clooney, e os anteriores a ele, quase não vi (!) Os posteriores… inacreditavelmente passei a ter preguiça de ver filmes
Veja o Cavaleiro das Trevas, com o Heath Ledger como Coringa. O Batman em si é um cocô, sem carisma e fala igual ao Lula, mas o Coringa é primoroso…
Eu só consigo ver esses últimos filmes do Batman… os anteriores são muito, muito ruins…
Outra coisa: você chegou a ver esse novo filme do Superman? Meu Deus! Muito, muito fraco!
Esse herói já não é lá essas coisas… ainda forçaram uma barra absurda pra história dele se assemelhar à de Jesus Cristo. Muito ruim!
Não vi, eu acho Superman um merda caga-regra, não me interessei em ver…
Achava que o Superman tinha mais a ver com Moisés…
Vou confessar que assisti pelo ator, por achá-lo lindo. Mas achei que forçaram muita comparação à JC…
Pobre Heath Ledger. Foi tomar umas pílulas para dar jeito na falta de sono e conseguiu…
Ele já tinha uns probleminhas pregressos, né?
Já posto isso esperando vir os xingamentos e acusações de ‘reaça’, mas sabem qual é o herói que mais gosto? Sim, Capitão América (o dos quadrinhos, claro, pois o do cinema, apesar de competente, não passa a essência do herói). Primeiramente por causa de seus valores inabaláveis, ainda mais em um mundo distante mais de meio século do seu. É um personagem que funciona muito bem em grupo, principalmente na função de líder (e notem que ele é bem menos poderoso que a maioria). E pra quem acha que o Sentinela da Liberdade é um lambe-botas do Tio Sam, ele na maioria das vezes se posiciona contra o sistema (leiam Guerra Civil).
Quais são esses valores inabaláveis?
O Capitão é o meu segundo herói favorito, só perdendo para o Justiceiro. E sim, o Capitão do quadrinhos é qualquer coisa, exceto um pau-mandado reaça. Ele sai na porrada com o governo quando percebe que os ideais pelo qual luta estão sendo distorcidos. E já foi expulso mais de uma vez do país por causa disso, sempre em histórias fantásticas.
Quais seus ideais? Justiça, igualdade, liberdade, o de sempre. O Capitão é um herói oldschool “puro”, algumas vezes ingênuo, mas nunca um idiota. Até o Justiceiro, um anti-herói que representa exatamente o oposto do Capitão, dele compartilhando apenas seu ideal de Justiça, idolatra o cara. Em sua origem, é verdade que o Capitão era unicamente uma propaganda americana, e nada mais que isso. Tanto que caiu no ostracismo após o fim da guerra até ser “ressuscitado” nos anos 60 pelo Stan Lee e ganhar uma abordagem inteiramente nova. Tornou-se um personagem com uma mitologia muito rica desde então, totalmente independente de sua origem propagandista. É um herói clássico, na minha opinião mais humano e interessante até que o próprio Superman.
O Capitão América é a personificação dos ideias pelos quais os EUA foram fundados (Liberdade, Igualdade, Justiça). O país na vida real pode ser uma hipocrisia e cuspir nesses ideais todos os dias, mas o cara é um personagem fictício que representa isso (e justamente vai contra o país nas histórias sempre que os EUA agem de maneira contrária à essas coisas).
Exatamente Jacob!
Não conhecia o Deadpool, mas agora faço questão de procurar sobre ele. Realmente deve ser muito interessante ver um herói do tipo nas telas de cinema, ou até mesmo alguma série de TV sobre o personagem. É algo que com certeza despertaria meu interesse.
Nunca gostei do Super Homem, Homem Aranha, Lanterna Verde… Mas sempre tive um interesse pelo Batman. Não digo que ele é meu herói preferido, até porque não acompanho muito esse mundo dos quadrinhos. Outro que se encaixa no mesmo patamar do homem morcego é o Homem De Ferro. Outro cara rico e inteligente que faz seus próprios brinquedos e sai por ai batendo nas pessoas. Seu humor ácido então nem se fala… Então. De todos os que conheço, Batman e Homem de Ferro são os meus preferidos.
OBS: Sally, falando em Hannibal… Você anda assistindo a série? Está simplesmente incrível.
Não estou assistindo mas pretendo começa em breve!
Comece o mais rápido possível. É simplesmente incrível. Fotografia, roteiro, trilha sonora…
O Deadpool é legal, mesmo sendo criado pelo Rob Liefeld – aliás, ele só ficou legal DEPOIS que o Liefeld deixou de trabalhar no personagem. E você gosta do Batman do Frank Miller, Somir? Eu reconheço a importância histórica da passagem do cara pelo personagem, mas puta que pariu, como a demência do Miller deixa o Batman chato com suas psicoses e blablabla.
Entre esses dois, o Somir vai me perdoar (a referência do quadro amarelo foi maneira e tal), mas o Batman é mais personagem e é mais legal (o Deadpool tem histórias mais engraçadas e que podem ser lidas por adultos com mais frequência, mas o Batman enquanto ser humano é mais maneiro).
Porém, se vale citar qualquer herói, o mais legal é o Homem de Ferro, pô! Mas o Homem de Ferro oldschool, antes do Mark Millar transformar o cara num playboy de merda em Os Supremos e o Downey Jr. transformar essa versão “piadista” em modinha com os filmes. O Homem de Ferro de raiz, cuja armadura é o “poder” mais legal de todos, e que é uma das maiores trolagens da indústria dos quadrinhos (o cara foi criado nos anos 60, no meio da revolta da galera por causa da guerra do Vietnã e onde os grandes “vilões” da vida real eram os negociantes de armas, mais ou menos como os caras de Wall Street são hoje. Então o Stan Lee disse: “Quer saber? Vou pegar um negociante de armas e transformar num herói e essa galera toda vai curtir e comprar pra cacete”, dito e feito).
Nunca tinha pensando no Ferroso desse jeito, Rorschach. Legal sua definição. Mas e quanto ao personagem de Watchmen que inspirou até teu avatar aqui na RID?
O Rorschach é o espírito reaça que todos nós temos guardado dentro de nós, mas também é um do personagens mais honestos da literatura moderna. Eu acho o cara uma figurazinha desprezível, fruto de um ambiente mais desprezível ainda, mas ele aceita esse lado podre e o coloca em favor do que ele considera certo. De todos, ele é o mais próximo de uma personificação do conceito mais radical de justiça, aquele conceito que perigosamente se mistura com o de vingança e punição.
Mas ele é, também, o mais honesto de todos. Ainda prefiro 1 Rorschach do meu lado do que 1 Dr. Manhattan ou 1 Ozymandias.
Homem de Ferro de raiz foi fueda!!! KKKKKKK Muito boa!!!