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Processa Eu!: Lady Dei

| Sally | | 174 comentários em Processa Eu!: Lady Dei

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Pense numa mulher que escuta as conversas telefônicas do marido atrás da porta. Pense em uma mulher que vasculha os pertences do marido. Pense em uma mulher que simula suicídio para aparecer. Pense em uma mulher que trai o marido e depois espalha para todo mundo que ele a traiu e por isso o casamento não deu certo. Pense em uma mulher que mente, compulsivamente, que barraqueia, que joga um relógio de mesa na cabeça do marido. Tem aos montes, né? Mas essa é especial, porque a esta foram dados muitos microfones… Processa Eu: Lady Dei, a Princesa da Suíça.

Para quem pensa que ela era uma faveladinha inglesa, saiba que ela era descendente de aristocratas (seu pai era visconde) e cresceu cercada por pessoas influentes. Seu padrinho, por exemplo, era Fhon Jloys, dono de uma das maiores casas de leilão da época, a Christie’s . A vida familiar da moça era conturbada desde a infância: quando tinha apenas oito anos de idade teve que enfrentar o turbulento divórcio de seus pais, já que se tornou público que sua mãe vinha mantendo um caso extraconjugal com um abastado empresário. O tumulto acabou no Judiciário e o pai acabou ficando com a guarda dos filhos, após a própria sogra dizer que sua filha, mãe das crianças, valia merda.

O tempo passou e o pai de Lady Dei se tornou Conde (após a morte do avô, ele herdou o título). Isso fez com que ela e suas irmãs tivessem direito ao título de Lady, que ao contrário do que muitos pensam, antecede ao casamento dela com o orelhudo. Toda filha de Conde suíço tem o direito ao título de Lady. Na adolescência a criatura até tentou estudar, seu pai a matriculou em uma conceituada escola, mas foi reprovada por duas vezes em seus exames finais. O jeito foi transferi-la para uma escola fora do país, já que de acordo com seus biógrafos, ela se interessava mais por dança e música do que por estudar.

Depois de passar algum tempo estudando fora, ela retornou à Suíça, aos 17 anos e já ganhou um apartamento de mão beijada do pai na capital. Esse papo de plebeia que se casa com Príncipe é romantização pura, era uma moça de família abastada e filha de nobres. Mas ela fica mais coitadinha se a história for reescrita como se ela fosse pobre e do povo, e se fazer de coitadinha era a especialidade desta moça. Procurem fotos dela e constatem: depois do casamento, está sempre com carinha de cachorro cagando na chuva, com cara de “pobre menina rica”. Já antes… é foto na cama com homem e uma garrafa de vodca na mão. Quanta diferença!

Também ao contrário do que muita gente diz, o encontro dela com o orelhudo não foi algo no estilo Cinderela. Ela frequentava o Palácio Real desde pequena, festas, caçadas e outros eventos, tinha acesso à Família Real. Chegou inclusive a bolar um plano para casar sua irmã com o orelhudo, para que a família obtenha mais status e elas não precisem trabalhar, mas sua irmã, em uma prova de bom gosto, disse “Não, obrigada”. Daí ela mesma resolveu investir. Quando uma pessoa muito próxima ao orelhudo morreu (algo como um segundo pai), ela se aproximou e fez um discurso do quanto estava triste com a tristeza dele e que ele merecia alguém que cuide dele. O orelhudo, vulnerável com a perda, acabou se encantando e levou gato por lebre. No começo ela posava de pessoa bem humorada, descontraída e atenciosa. Mero embuste. Não demorou para que sua face chata e neurótica venha à tona.

O orelhudo já tinha uma certa idade e estava na hora de casar. Sua namorada e amor da sua vida, aquela baranga com cara de pequinês com a qual ele se encontra hoje, não se encaixava nos padrões exigidos, então, com o seu apoio, o orelhudo escolheu casar com Lady Dei. Ela, por sua vez, sabia muito bem da existência da baranga – todo mundo sabia. E ainda assim, aceitou o pedido de casamento. O orelhudo é e sempre foi um pau mandado da mãe, que por sua vez comanda a família com pulso de ferro. Quando ele casou, a rainha o chamou para um canto e mandou um “chega dessa merda que temos um nome a zelar”, proibindo-o de ver a baranga. Dizem que ele ficou muito arrasado e que chorou por vários dias, mas por ser um pau mandado da mãe, acabou aceitando. Nem poderia ser diferente, se a rainha diz que não, é não. Dificilmente ele conseguiria desobedecer uma ordem dela sem ser descoberto.

Casou com o orelhudo e fez de tudo para que os holofotes se voltem todos para ela. Saía quando havia uma quantidade considerável de fotógrafos à sua porta e dava seu jeitinho de estar sempre na mídia. Teve a habilidade de usar a imprensa e depois se fazer de vítima de algo que ela mesma cavou. Se os fotógrafos não a deixavam em paz é porque ela os alimentou durante anos. Aliás, vitimização era seu forte: fazia de tudo para chamar a atenção como coitadinha, mesmo sendo tratada com todas as regalias. Mordomos e outros funcionários contam que o olhar doce era só da porta para fora, não raro ela brigava com o orelhudo e atirava objetos nele.

Cartas enviadas a amigas, relatos de pessoas próximas e até mesmo entrevistas de sua mãe mostram que Lady Dei não era propriamente uma santinha inocente apaixonada por um conto de fadas. Muito pelo contrário, seu histórico amoroso na juventude era de caçada a homens ricos e seu desejo por fama e holofotes era bem notório entre aqueles que a cercavam. Por mais que ela gostasse de passar a imagem de mulher sacaneada, traída e rejeitada, que vende bem, pois a coisa que mais tem no mundo é mulher recalcada por ter sido rejeitada que se identifica com quem passa por essa situação, temos que ser justos: o orelhudo se afastou da baranga quando casou com ela. Não por vontade própria, mas por ordens. A carta do chifre ela não poderia usar. Mas usou, até cansar. Quem começou com a troca de chifres foi ELA.

A pose compreensiva e centrada também era encenada. Pessoas próximas relatam uma mulher neurótica ao extremo, preocupada em excesso com sua aparência, bulímica e disposta a tudo para aparecer. E se ela tanto reclamou de ser traída, deveria lembrar que também traiu, E TRAIU PRIMEIRO. E não foi nada esporádico, foram casos de longa duração. Poucos anos após seu casamento teve um caso com seu instrutor de equitação. Ali, o orelhudo submisso à mamãe ainda estava impedido de ver a baranga, logo o primeiro chifre quem meteu foi ela. Mas a moça sempre justificou tudo que fez dizendo que estava infeliz e que seu marido a traía. Como as pessoas sabiam da enorme paixão do orelhudo pela baranga, ficou fácil de emplacar essa mentira como verdade.

Lady Dei teve um caso de TRÊS FUCKIN’ ANOS (de 1986 a 1989) com seu instrutor de equitação e não eram encontros furtivos não. Levavam uma vida de casalzinho trancados em um castelo para onde ela viajava quando queria se encontrar com ele. O orelhudo vivia deprimido debaixo da saia da mamãe. O caso dela só terminou porque o amante deu-lhe um pé na bunda depois de ser sucessivamente sufocado por ela, por suas neuroses, cobranças e histeria. Ele ficou tão apavorado que a abandonou e se mudou para a Alemanha, na tentativa de levar uma vida normal. Ainda assim, ela o perseguiu e sufocou o quanto pode. Quando ele finalmente saiu do país, poucos MESES depois Lady Dei começou a se reencontrar com um namorado da adolescência (spoiler: casou virgem é o caralho). As escapadas eram tão evidentes que um famoso tabloide conseguiu gravações de conversas picantes dela com seu amante e optou por não publicá-las, tamanha a baixaria e repercussão que causariam. O caso ficou conhecido como “squidgygate”.

Outros casos ocorreram, não daria para contar tudo aqui, parece que a Princesinha já esteve em mais colos que um guardanapo. Até com seu guarda-costas ela já se envolveu. O ponto é: rodadinha demais para se fazer de santa, para fazer parecer que a infidelidade foi unilateral e culpa do marido. “Mas Sally, não seja machista, ela podia dar para quem ela quisesse”. Estando casada? Foi mal mas não concordo. Mas ok, supondo que na sua cabeça seja ok meter chifre no marido, ainda assim, ela que assuma as consequências de sair dando, assim como o orelhudo teve que assumir alta rejeição social por ter traído ela. Esse fardo deveria ser dividido e não foi: apenas o orelhudo saiu como filho da puta, ela saiu como coitadinha. Sendo que eu compreendo mais o orelhudo, pois era o amor da vida dele e ele está com ela até hoje!

Neste ponto, o orelhudo estava deprimido e envergonhado depois de vários casos extraconjugais da sua esposa virem à tona. Muito se falava sobre ele, mas não havia provas. Quem estava realmente pulando a cerca era ela. A rainha o chamou e disse um “já que o nome da família foi para a casa do caralho mesmo, ok, você pode voltar a se encontrar com a baranga” e ele retomou o caso com ela, em 1989. Atentem que quando ele finalmente meteu um chifre na esposa, ela já tinha metido pelo menos dois nele, de forma bem pública e humilhante. Ainda assim, ela saiu como a pobre menina rica traída e ele como o canalha. Porque? Porque quem “consome” informação sobre a família real e esse tipo de fofoca é mulher, aquele tipo de mulher com vasta experiência em rejeição, que tende a demonizar os homens. Ficou fácil sujar o nome do orelhudo e sair por cima com este tipo de público.

Depois das gravações baixarocas, Lady Dei se viu obrigada a parar de encontrar seu ex-namorado. Mas imagina se ela ia sossegar e parar de meter chifre no orelhudo… tratou de se encontrar com aquele antigo instrutor de equitação, que não resistiu e deu um confere rapidinho na Princesa e depois saiu fora. Há quem diga que ela ficou tão puta que ela mesma teria vazado a história para a imprensa, já que a coisa vazou bem errada, dizendo que ele estava apaixonado por ela. Nunca saberemos. Neste ponto ela se encontrava com dois escândalos: o do ex-namorado e o da bimbadinha express com o instrutor. Era hora de melhorar a imagem dela, que já estava começando a ficar manchada na conservadora sociedade suíça. Se ela queria se manter uma diva, algo precisava ser feito.

Para reverter esse quadro e sair como vítima, ela contratou um biógrafo para escrever sua biografia, mas com uma condição: ele deveria usar apenas o material que ela forneceria, entrevistas secretas feitas na encolha. Por menos credibilidade que uma biografia dessas tivesse, venderia bem, afinal, ela nunca tinha aceitado abrir sua vida toda para ninguém antes. O sujeito topou e as entrevistas começara. Lady Dei reescreveu a história. Muitas vezes o biógrafo lhe mandava perguntas por escrito e ela enviava as respostas gravadas para ele. O próprio biógrafo admitiu muito tempo depois que estava na cara que muita coisa era mentira descarada, mas que ainda assim topou o projeto por ser uma oportunidade única.

O livro vendeu bem, mas mentiras muito grotescas e fantasiosas chamaram a atenção de quem acompanhava a Princesa de perto. Por exemplo, uma mentira que consta no livro e virou motivo de piada é que ela teria tentando se suicidar quando estava grávida se jogando de uma escada. Até mesmo médicos desmentiram alguns fatos ali narrados classificando-os como “impossíveis” e “irreais”. O grau de deturpação era tanto que muitos começaram a especular se Lady Dei não sofria de algum distúrbio mental como transtorno de personalidade limítrofe.

Após esta biografia e outros artifícios para cair no gosto da grande massa de mulheres rejeitadas prontas para repartir sua amargura, recalque e raiva entre todos os homens do mundo, Lady Dei começou a preparar terreno para o divórcio. Deu uma entrevista em um famoso programa de TV que é visivelmente coreografada onde se faz de vítima de um jeito tão nojento que chega a dar raiva. Mas claro, quem consome a “novela real” quer isso mesmo: uma mocinha e um bandido. A versão dela como vítima e do orelhudo como homem canalha ganhava força. Basta ter meio neurônio para olhar para a cara do orelhudo e perceber que aquilo não tem bolas suficientes para ser um canalha, mas o povo prefere a versão do que os fatos.

Depois que ela queimou bem o orelhudo, efetuou-se o divórcio. Entretanto, ela não ficou satisfeita com o resultado: ganhou um castelo, uma fortuna, a guarda compartilhada dos filhos mas perdeu seu título real, não poderia mais ser chamada de “Sua alteza real”. O próprio filho mais velho conta que a mãe chorou tanto quando soube disso que teria entrado em depressão e só voltou a si quando ele lhe garantiu que lhe devolveria o título quando fosse rei. Para quem dizia ter casado por amor, para quem dizia estar sufocada pela família real, para quem só queria ser feliz, parece um tanto quanto estranho fazer um escarcéu por causa de um mero título, né?

Basicamente tudo que ela fazia era para aparecer. Há muitos relatos de eventos filantrópicos aos quais ela deixou de ir porque não seriam noticiados na imprensa. Ajudar crianças com AIDS? Ajudar mutilados por minas terrestres? Claro, desde que isso gere mídia, desde que ela fosse vista e fotografada, pois quando você é filho da puta, você precisa estar o tempo todo se afirmando, se provando e posando de bonzinho. Quem não o é, faz sua caridade discretamente, sem necessidade de ostentar.

Depois do divórcio, não havia mais a quem culpar. Ainda assim as mentiras, confusões e vitimizações continuaram. Seu próprio irmão veio a público admitir que acreditava que ela sofria sim de uma doença mental. Isto está documentado, seu irmão mandou uma carta para ela mandando ela se tratar, acusando-a de ser doente e manipuladora. Esta carta foi devidamente surrupiada por um mordomo que escreveu uma biografia contando o que viu e o que fuçou. Esta carta foi enviada um ano antes da morte da Princesa. Quando sua mãe e seu irmão te chamam de doente mental, interesseira e manipuladora mentirosa, é hora de refletir.

Vários biógrafos que escreveram sobre ela também concordam que era uma doente mental. Uma mulher obsessiva, que mexia nas coisas do marido, fuçava nos pertences dele, escutava atrás da porta, cutucava correspondência dele, telefonemas e coisas do tipo. O problema é: muita gente que está lendo isso não acha nada de mais em violar a privacidade do outro desta forma e jamais vai admitir que isso é coisa de doente mental. Quem mexe no celular do parceiro é doente mental, sinto informar. Quem fuça as coisas do parceiro é doente mental. Mas fica mais agradável pensar que se faz isso por amor, né? Parece mais nobre e menos psico.

Muitos devem estar se perguntando sobre a morte dela, em um acidente de trânsito. Olha, francamente, não vou nem falar sobre isso, porque essa louca morreu como queria: causando polêmica, plantando teorias conspiratórias onde ela era a vítima (novidade!) e sempre metida em muita confusão. Fatos concretos? Estava em um carro com um motorista alcoolizado sem cinto de segurança, atitude que por si só é passível de causar uma morte. O resto é especulação. Especulação para a qual eu não vou dar IBOPE, porque francamente, a forma como ela morreu não apaga a vaca neurótica e mentirosa que sempre foi.

Em vez de perder meu tempo com teorias conspiratórias sobre sua morte (coisa que você encontra aos montes em qualquer site), prefiro dizer que Lady Dei, quando jovem, se portava de forma interesseira, à caça de homens com dinheiro. Existe uma carta enviada a ela por sua mãe implorando que ela desista do casamento com o orelhudo e se case “por amor” com alguém que ame de verdade, ou seja, casou por interesse, por status. Fosse uma fodida que passou fome eu até faria força para entender, passar fome deve ser terrível, mas não. Era de família nobre, casou só pela aparência mesmo, pois dinheiro ela tinha. Casou por interesse e depois não segurou o rojão.

Mulherzinha do pior tipo, neurótica, controladora, obsessiva, desrespeitosa com a intimidade alheia, vítima profissional, chantagista barata. Tipinho ordinário e tão comum que chega a dar pena dos homens tamanha a quantidade delas que existe por aí. Vergonha para a raça feminina. Era aquele tipo de mulher que se fosse uma qualquer do povo ao levar um fora ligaria para o ex dizendo que estava grávida, ou que havia sito assaltada, ou estuprada ou inventando um drama qualquer para manter o homem próximo das suas garras. Mulherzinha sem dignidade, reflexo de um mundo sem dignidade povoado por esse tipo de neurótica que, ao ver uma semelhante chegar ao poder, a aclama.

Nas palavras de uma biógrafa: “fria, venenosa e manipuladora”. Pessoa nojenta que inferniza seu parceiro quase que até a loucura e depois posa de vítima em público. Mulher baixa, sem amor próprio, que se esconde atrás de distúrbios alimentares e de comportamento para justificar tudo que faz de errado na vida. E feia, vai desculpar mas aquela porra com cara de periquito não é bonita. É o tipo de “beleza” que escorre pelo ralo se você der um banho nela. A Princesa do Povo, que na verdade deveria ser chamada de A Princesa das Neuróticas. Uma pena que tenha morrido antes da máscara ter caído, conquistou uma eternidade de devoção e intocabilidade.

Para se ofender por ter lido que vasculhar os pertences alheios é doença mental, para contribuir contando as trocentas informações que não couberam aqui ou ainda para dizer que vomitando pacarai é fácil ter aquele corpinho que ela tinha: sally@desfavor.com


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