Desfavor Convidado: Amor.
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O Somir se reserva ao direito de implicar com os textos e não publicá-los. Sally promete interceder por vocês.
Quando li a resenha do filme Amor, pensei que fosse um filme sobre…amor. No caso, o amor de duas pessoas na casa de seus oitenta anos, tentando suavemente lidar com a velhice à espera da transição para o andar de cima, de baixo ou simplesmente o fim, dependendo da sua crença.
Só que de transição, suavidade e amor, esse filme não tem nada. E é por isso que merecia ganhar o Oscar.
Georges e Anne são dois professores de música aposentados no alto dos seus oitenta anos, com uma vida tranqüila, já que a filha mora com sua família no exterior, morando em um grande apartamento em Paris e aproveitando a vida cultural que a cidade oferece, como assistir concertos de um grande pianista ex-aluno deles.
Um dia, Anne sofre um pequeno derrame. Médicos dizem que a cirurgia que ela fizera pouco antes para justamente evitar essa situação não havia dado certo e que a piora era inevitável. Tanto que, logo em seguida, ela fica com metade do corpo paralisado.
Nessa hora, pensei que ser daqueles filmes melosos, em que a única filha deixaria de ser aquele ser ingrato ausente, e comporia com o pai aquele quadro adorável de família de comercial de margarina, na torcida de que o amor curasse milagrosamente a mãe.
Porra nenhuma. Nada de amor e abnegação. O que o derrame da mulher desencadeou foi o egoísmo de todo mundo.
A começar pela própria doente, a mais egoísta de todas, ao pedir que não fosse levada novamente para o hospital. Afinal, uma coisa é ter um câncer terminal, poucos meses de vida. Outra é ter um derrame e não saber quanto tempo levará para a pessoa morrer (a avó de um amigo meu passou dez anos entrevada). Uma coisa é ter uma família morando junto ou perto, em que todos possam se revezar na hora de limpá-la. Outra é incumbir um idoso de oitenta e tantos anos ao esforço físico e psicológico de cuidar sozinho da mulher. Por mais que se contratem enfermeiras que dêem banho com aquele carinho de um banho-e-tosa.
Em seguida, o velho. Muito bonito ficar ao lado da cama da velha, cantar-lhe músicas, fazer-lhe carinho. Mas, caramba, de novo, uma coisa é topar algo que vai ter um final determinado. Outra é topar algo que não se sabe quando vai acabar. Numa dessas, estará tão velho e frágil que ele mesmo se coloca em risco (e a mulher) quando faz um esforço descomunal para tirá-la ou colocá-la na cadeira de rodas. Ou colocar a mulher de volta na cama, quando esta caiu no chão. Sem falar do desgaste psicológico. Ter que amenizar o sofrimento da mulher, enquanto esta o xinga, faz pouco de seus cuidados, delira ou mesmo se recusa a tomar água. Aí soldadinho perde a paciência, senta a mão na doente e todos saem criticando.
Por fim, a filha. A cena mais legal do filme é quando a infeliz está sentada ao lado da mãe, incapaz de falar pelo derrame, e insinua que seria uma boa aproveitar o bom momento do mercado imobiliário para vender o apartamento, que não seria uma boa herança já que a filha morava na Inglaterra. No filme todo, a filha se desespera, chora, reclama da atitude do pai, cobra um melhor tratamento para a mãe, mas ajuda efetiva me$mo, nada. Ao que o pai responde que, “se é para falar sério”, a alternativa seria deixar a mulher aos cuidados da filha, e esta arrega. O único mais sensato é o genro, que pergunta ao sogro até quando ele pretende ir com aquela situação.
Aliás, podem criticar, mas simplesmente não consigo engolir filhos únicos que deixam seus pais idosos para ir morar bem longe. Afinal, nem todos nossos idosos têm as mesmas condições financeiras quanto o casal do filme para se virarem sozinhos. E tão nojento quanto aqueles que seguem carreiras românticas e deixam os seus aos cuidados do SUS.
Ao final do filme, a primeira coisa que disse ao marido foi de que, se eu ficasse doente na idade daquela mulher, pode me mandar para um asilo sem o menor problema. Asilo sim, não sou fã dessa coisa de que o idoso possa levar uma vida independente. Não só porque vi o quanto, no começo do filme, já era difícil cuidar das lides domésticas com uma desenvoltura muito ruim, mas também por ter como vizinhas, quando solteira, senhoras viúvas que compartilhavam um mesmo terreno, cada uma na sua casa. Uma delas, a mais velha, me confidenciou uma vez que, para preparar o almoço, tinha que acordar cedinho para cozinhar.
Diante disso, por que não, no final da vida, ir para um bom asilo? Em primeiro lugar, não teria que incomodar filho nenhum, e os profissionais cuidariam de mim com profissionalismo, sem qualquer bondade condicionada a um quinhão maior de herança. Além disso, caso eu precisasse de cadeira de rodas, os apartamentos de hoje não tem o mesmo tamanho dos apartamentos de antigamente, ao passo que um bom asilo teria espaço suficiente para me deslocar. Em seguida, qual o estigma de ir para um asilo em se tratando do convívio com os filhos? Com a vida corrida de hoje, a freqüência da visita deles tenderia a ser a mesma, seja na sua própria casa, seja estando em um asilo. A não ser que essas visitas fossem para tascar os netos para que você alimente, dê banho e eduque por anos e anos, da infância até a adolescência (estendida), aproveitando-se da sua mão-de-obra, e, nisso, melhor mesmo ficar no asilo.
Enfim, do que adianta ter a suposta vida independente se a pessoa idosa leva muito mais tempo para realizar as tarefas do dia-a-dia? Não seria melhor delegar essas tarefas e aproveitar o pouco tempo que lhe resta realizando algo que realmente agregue? Afinal, estudar, ter família, criar os filhos, ser ainda capaz de realizar tarefas domésticas, não é realização para levar para o túmulo ou para a urna. Criar os netos muito menos. É meramente um conjunto de escolhas a que você se propôs ao longo da vida e tem a obrigação de concluir. Nada de edificante nem de especial.
Sem falar que me doeria ver o marido, bem idoso, se desdobrando, indo além de suas forças, só para cuidar de mim. Longe de mim ser um fardo no caminho dos meus…Esse filme abriu os olhos.
Pois é, esse filme, aquele outro, os Intocáveis, fazem com que prestemos mais atenção ao cinema francês, sem firulas, sem o dito-pelo-não-dito. Pena que ainda dependo (e muito) de legendas para assistir seus filmes. Caso contrário, baixaria muito mais filmes de lá.
Assinado: Suellen
Suellen, vc viu?
Ades proibido pela ANVISA?
http://www.alagoinhasnoticias.com.br/produtos-ades-sao-proibidos-pela-anvisa-de-serem-fabricados-distribuidos-comercializados-e-consumidos/1171
Show!!!!
pois é, e olha que é a ponta do iceberg…
Foi exatamente o que eu pensei. Falou-se de um unico lote. E os outros?
Os lotes da fábrica do AdeSoda estão proibidos de ser vendidos.
Isso me lembra o caso do Toddyinho, que foi na mesma linha.
Tomei aquela merda de ADES uma vez… Uma meeeeeeerrrrrrrrddddddaaaaaa pra nunca mais. Antes um Del Valle da vida, pois apesar de não ser grandes coisas, ao menos tem um gosto mais palatável.
Eu até gostava, mas perdi a confiança na marca, não compro nunca mais
Eu tb! Se bem, que depois que a Suellen descascou essa tal de soja, ficou muito difícil tomar sem lembrar dela. A sorte que misoshiro pode.
Suellen, tofú tb pode? Ou tb é problemático?
Lichia, longe de ser do ramo da saúde, mas, partindo do princípio de que tudo em excesso faz mal, pelo que andei pesquisando, pode-se comer tofu, só que com MUITA parcimônia.
O problema é que brasileiro come salada de soja (o pior de todos) como se fosse feijão e come tofu como se fosse uma fatia de pudum. Na verdade, o que japoneses, pelo menos os mais tradicionais, comem é bastante peixe, arroz, alga e, de complemento, um tantinho de soja fermentada, a sopa e um pouquinho de tofu…Ou seja, a soja faz parte apenas de uma ínfima parte da alimentação. Jamais é base pra leite, carne e outros produtos de soja que as pessoas comem aqui como, digamos, prato principal.
De qualquer forma, pesquise, avalie, pergunte e, caso você descubra algo que vá ao encontro do que estou falando, ou mesmo contra, por favor avise.
Ok!
Eu concordo com o que vc disse faz muito sentido pra mim. Uma das coisas que percebi é que não dá pra ser 8-80 mesmo. Inclusive algo que percebi, foi essa a modinha sem gluten, sem lactose que se instalou. E que hj vejo que não dá pra ser assim, tem que ter um caminho de equilíbrio mesmo. De qualquer forma, obrigada.
Del valle é bom mas tem muito sódio! Fora aquela pepticina que tem nele que é a enzima responsável por manter a polpa da fruta intacta e dar aquele aspecto grosso do suco. Quanto ao Ades eu particularmente só gosto daquele de soja mesmo… bem gostozinho hehe
Somos o reflexo de como fomos criados e o meio em que vivemos. Os valores que recebemos, as companhias que tivemos e principalmente os limites colocados. Certamente nascemos com uma carga genética que encaminha nossos comportamentos primários, mas estes podem ser controlados ao que formos aprendendo.
O velho nesse caso por mais que no fundo se incomode com a situação de carregar esse “fardo” não o deixa de fazer pois está em seus princípios o dever de cuidar da esposa. Por mais que seja a contra gosto mas SIM ele ESCOLHEU fazer isso. Ele pode estar sendo inconsequente em levar a situação pela frente visto os riscos, mas egoísta não.
A velha essa sim não escolheu estar nesse estado de saúde. E em uma luta psicológica em negar a nova realidade não aceita ficar no hospital ou mesmo ir para uma casa de repouso, asilo ou outro local do tipo. Agora sim temos o segredo do desastre: uma pessoa em negação com outra acatando a negação. Resumo: vivem em um mundo paralelo, com situações perigosas e avessos a realidade. Egoismo: também não!
A filha criada com poucos limites e com tudo ao seu dispor. Vai viver onde bem quer preocupando-se unicamente com seu precioso umbigo. Dá esporros no pai reverberando na verdade as broncas que ouve de si mesmo. A culpa inconsciente por não fazer nada em ajudar acaba por leva-la a descontar em outra pessoa. Egoismo? Não, egocentrismo (o que é diferente) e um tanto de imaturidade emocional.
Também penso em minha velhice em procurar um bom lugar para ficar com outros de minha idade. Para ter companhia, ter os cuidados necessários, pela segurança em relação a saúde e demais aspectos. Também acredito que não dar trabalho aos outros é um ponto importante, mas isso é uma questão de ponto de vista. Vejo minhas tias e minha mãe cuidar de meu avô (viuvo) e não fazem isso como peso, pois a gratidão e o amor que sentem pelo pai é tamanha que a situação é tratada de forma suave. Meu avô não cobra e também não se sentem mal em ser cuidado pois sabe das condições e que as filhas fazem de coração.
“Vejo minhas tias e minha mãe cuidar de meu avô (viuvo) e não fazem isso como peso(…)”
Claro, se o(a) idoso(a) dispuser de familiares dispostos de bom grado a se revezarem para cuidar dele, por que não? O que pega é efetivamente restar apenas uma pessoa, sobretudo se fosse uma pessoa tão ou mais frágil do que ele. Em uma situação como esta, onde está a empatia?
“A culpa inconsciente por não fazer nada em ajudar acaba por leva-la a descontar em outra pessoa”.
A culpa inconsciente da filha acaba no momento em que o pai a coloca na parede, exortando-a a cuidar da mãe, e ela arrega. A partir daí, começa o egoísmo.
Compreendo sua opinião mas ainda estou propenso a acreditar que ela é egocentrica mesmo. Só pensa nela e no umbigo dela, imatura emocionalmente pela estrutura de sua criação e ambiente que conviveu.
E veja, se o velho não estivesse escolhendo viver esse calvário ele poderia ser firme, colocar essa negação da velha em questão e ter uma pessoa para ajudar a cuidar. Mas o cara é turrão e quando junto dois desse tipo (o velho e a velha) é merda na certa.
Particularmente adorei o filme.
Mostra realmente o quão egoísta o ser humano se mostra quando fica doente.
É tanta chantagem emocional que mesmo sem poder, aquele que está presente cuida, zela, trata, mesmo que isso lhe custe tbm a saúde física e emocional.
É a velha máxima: ” Enquanto eu estava saudável eu servia, agora que estou doente serei abandonada?!”
Odeio esse defeito do ser humano, que acha que os outros tem obrigação de fazer o impossível.
Faz-se o que está ao nosso alcance, o que está além não se faz!
Não existe amor que resista a esse egoísmo, essa chantagem.
E o que dizer dos filhos?
Que agem feito urubus diante da carniça, onde a pessoa nem morreu ainda e já estão a arrancar-lhe pedaços, dinheiro, ganância, interesse, as desgraças da humanidade.
É bom quem pensa em ter filhos achando que cuidarão na velhice, na doença, assistir esse filme e refletir, se é isso mesmo que vai acontecer.
Crescem e vão viver a vida.
Pais ficarão doentes, cada um terá uma desculpa pra não ajudar, mas na hora de abrir o inventário estão de prontidão, as vezes até saqueando os bens do morto antes mesmo do caixão descer.
Lamentável, triste, mas real.
O filme realmente abre os olhos, nos faz refletir no que realmente acontece, e tudo que estamos sujeitos a enfrentar na velhice.
Parabéns pelo texto, Suellen.
Bjo**
“Odeio esse defeito do ser humano, que acha que os outros tem obrigação de fazer o impossível. Faz-se o que está ao nosso alcance, o que está além não se faz!”
Não poderia dizer melhor…
Concordo contigo Julianna! Adoro quando filmes – independente de todo mimimi lindo hollywoodiano – têm um bom roteiro e nos faz pensar, nos faz termos “catarse”. E bom, não querendo pagar pau pro modo “vivre la France” mas eu meio que sempre defendi isso: As produções européias e iranianas dão 10 a 0 nas produções hollywoodianas, salvo raras exceções. Tão logo há que se dizer que o prêmio OSCAR é um puta jogo de interesses por traz.
Eu assisti esse filme e depois o “O Escafandro e a borboleta” e então decidi de fato ir no cardiologista.
(Inclusive lembrei agora que esqueci de tomar os remédios hoje… droga)
(Também esqueci de fazer os exames e as guias venceram…droga)
Sally, sei que a postagem não é sua, mas de qualquer forma tu aprovarás o comentário. Vocês poderiam fazer um Desfavor Explica: Pirâmide Invertida? Estou cansado de ver alguns amigos compartilhar a joça do “Telexfree” no Facebook. É um conto do vigário do caramba, porém seres humanos adoram soluções milagrosas estão caindo nesta.
Exemplo: http://www.youtube.com/user/marciovarolo
Este sujeito defende com unhas e dentes (e falácias) a entrada de mais cordeiros no sistema.
Basta procurar “Telexfree” no pai dos burros da internet e presenciar uma cena de lacrimejar. Sites de notícia (comentários do G1 provam que devíamos esterilizar grande parte da população), vídeos, blogs, enfim, em todo o canto surgem pessoas defendendo a causa! Não adianta explicar que a bolha irá estourar!
Se me permitir envio um “Desfavor Convidado”, mas seus textos ácidos são muito melhores. Dica dada.
Escrevi igual um macaco. Estou com sono e bêbado…
Samuel, não acha suficiente o artigo lá sobre a parada na Desciclopédia? QQ Coisa. fala comigo no face até porque já deu no saco esse assunto de TelexFRIA.
Ihhh Samuel… isso é tão idiota que até me desanima falar no assunto. Quem é imbecil de cair em uma furada dessas tem mais é que se foder muito mesmo, não vou ficar alertando não.
Oks, posso enviar um texto? Caso aprovem…
Claro, o espaço é aberto a todos
Tenho que concordar contigo Sally. Levantei informações sobre o assunto e fiquei enojado com o público da “Telexfree”. Eles realmente acreditam que aquilo é um sucesso, e que toda crítica é ENVEJA.. Como já existe material farto no G1, Gizmodo, blog do Nassif, vídeos do Hoje é um Bom Dia, etc, desisti de encaminhar um texto. Farei algum de outro assunto, quero que esse povo se exploda mesmo! Em breve o tema será pauta da grande mídia, restarão bolsos vazios e mais gentalha procurando a solução para todos os problemas de suas vidas (estudar e trabalhar é duro para este povo). Abraços!
É que nem a tal da Herbalife… Procura por Herbalóides, Herbabacas ou similares…
O povinho bunda esse da suiça, que tem mais trabalho para não trabalhar do que teria se tivesse um mínimo de vergonha na cara…
Se usassem essa esperteza para o bem…
Perguntinha: herbalife funfa mesmo?
Aguarda ai que vem mais material relacionado a TolexFree. http://www.cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=276624&codDep=3
OFF: Nem vi, mas parece que a população de impopulares de Ribeirão Preto está aumentando. Será algo que eu disse sobre a Darcy Brega?!
Que nada, foi a propaganda gratuita que aquela blogueira fez da gente. Muita gente que caiu por aqui acabou gostando e ficando!
Olha, Suellen, não acho que caiba romantizar os asilos como exemplos de cuidado para com o idoso justamente pelo fato de grande parte das instituições por aqui tratarem deles de forma bem precária, por vezes tendo de complementar os vencimentos da aposentadoria dos idosos com eventuais doações.
Por outro lado, uma pessoa já de idade (ou com condições relativamente frágeis de saúde) cuidando de outra pessoa em estado precário é um flerte com o desastre. Não dá para delinear uma solução adequada em projeção ao futuro pois cada caso é um caso.
Não estamos romantizando asilo algum. Tanto que falei em escolher um BOM asilo no texto, assim como o Fabiano em seu comentário. Não asilo apenas. E esses bons asilos existem. Já pesquisei alguns, por conta de estar mais próxima da cova.
Agora, se o que restar como opção na velhice for um asilo que tenha que complementar os vencimentos da aposentadoria dos idosos com eventuais doações, a culpa não é da generalizada penúria dessas instituições, mas sim da incapacidade da pessoa em delinear uma solução adequada em projeção a seu futuro. Ou seja, a velha história de se culpar por último em toda e qualquer situação.
Afinal, todos ficaremos velhos e decrépitos. Se até lá, o soldadinho não fizer por onde garantir uma possibilidade de ter uma velhice ao menos financeiramente suficiente para ‘pagar os remédios’, independente de ir para um asilo ou não, azar o dele.
“Afinal, todos ficaremos velhos e decrépitos. Se até lá, o soldadinho não fizer por onde garantir uma possibilidade de ter uma velhice ao menos financeiramente suficiente para ‘pagar os remédios’, independente de ir para um asilo ou não, azar o dele.”
PERFEITO. Não dá para colocar o seu futuro nas mãos de outra pessoa, seja filhos (Suzane feelings), marido/ mulher, etc etc etc.
Guardo o meu para esses momentos tb. E tb já decidi que se ficar Fernandinha ou precisando de cuidados especiais ou mesmo se ficar sozinha, quero ir para um desses lugares.
Só não cheguei (ainda) a ir conhecer os “candidatos”.
Suellen, precisamos marcar um “bar” pra conversarmos.
Boa sorte ai então… Não preciso lembrar que a população mundial está envelhecendo por conta das questões tratadas aqui, né?
Não é questão de sorte. É questão de arregaçar as mangas e ver nessa restrição mais um incentivo para tentar chegar a uma certa dignidade ao fim da vida, sem posar de vítima tampouco reclamar do mundo como ele é.
Cinema francês não tem o mela-cuequismo hollywoodiano. E nem o politicamente correto.
Achei esse filme maravilhoso! O comportamento humano, o lidar com as situações que não escolhemos, mas temos uma ‘obrigação’
A filha indiferente, o marido abusado, mas que, no final, foi quem cuidou dela. Quem a amou até odiá-la.
Espero muito não ficar doente assim e, se acontecer, morrer logo.
Ótima, review, sue!
Sobre as legendas, tenta pelo menos em ingles, que dá uma ajudada boa.
Bisous bisous
Obrigada, Cath. Vou precisar de dicas suas para entender melhor o filme.
E a atuação da atriz principal é fantástica, se o Oscar não fosse comercial, ela teria ganho.
Oscar não é apenas comercial. É acima de tudo POLÍTICO.
Faltou dar o link de onde se pode baixar o filme. Respeito aos direitos autorais é coisa de país democrático.
Manda aí o link!
Preciso assistir a esse filme
Gente, existe torrent!!
Tem um monte de site de busca de torrent onde é só digitar o nome do filme e tcharan!
Busquem conhecimento!
Usem o Google!!!!!
Concordo com você Suellen, acho que quando envelhecer a última coisa que vou querer ser é um estorvo para quem quer que seja, mulher ou filhos, um bom asilo é sem duvida nenhuma a melhor opção. Fora que um asilo garante a interação social que pode ser difícil para um idoso em outros cenários.
Mas para mim o filme fala sim de amor, não é esse amor mela-cueca que estamos acostumados, é um amor mais profundo que levou o marido a tomar a atitude que tomou no final.
Cinema francês é mesmo incrível.
Ótimo texto!
Acho que esse amor é mais “real”, por isso as pessoas não gostam. É difícil admitir que vc ama, mas tem vontade de estrangular de vez em quando. Vide postagem da gravidez…
Pois é, Fabiano, a riqueza desses filmes é nos levar a interpretações das mais diversas, como as que vi nesses comentários. Dois excelentes atores e um apartamento como elementos suficientes para contar uma bela estória. Precisaríamos de orçamentos gigantescos para tanto?