Skip to main content

Sammy Solir: Aquela das desculpas.

| Sally | | 190 comentários em Sammy Solir: Aquela das desculpas.

DECRETO SSSR 02

A coluna que começou como uma punição pelos meus atrasos rapidamente virou uma plataforma de auto-promoção e vitimização barata. Encontrando apoio quase que irrestrito de leitoras ávidas por culpar qualquer outro ser humano que não elas mesmas, Siago Tomir virou um sucesso. Percebendo que eu futuramente poderia lucrar com direitos de imagem, resolvi não criar mais caso.

Mas uma coisa sempre me incomodou: A difamação de meus amigos. Além de ser errado criticar pessoas que não tem sequer uma chance de se defenderem, ainda me coloca na perigosa situação de ter de dividir possíveis receitas provenientes das histórias. Hoje nós corrigimos isso. Hoje Sally está obrigada a se retratar com meus amigos cruelmente atacados em seus textos e mostrar que eles também tem seu lado positivo. Todo mundo é horrível se nos concentrarmos apenas nos defeitos.

Mais do que relativizar os defeitos, precisamos de elogios! Favor (Hahah… brincadeira, isto é um decreto…) dizer pelo menos três coisas que você admira muito no Beto, no Jão e no Alicate.

Importante: Quero um pedido de desculpas muito especial para meu grande amigo Alicate. Prometi imprimir e emoldurar, assim ele pode pendurar em sua casa e SEMPRE se lembrar de como Sally no fundo no fundo é uma grande fã dele.

Ah sim, Sally deve defender meus amigos com unhas e dentes nos comentários. Divirtam-se!

Assinado: Somir

Após muito refletir, pude perceber algumas posturas incorretas da minha parte ao escrever alguns textos para a coluna Siago Tomir e estou aqui para me retratar por eles. Que fique claro: não me arrependo e vou continuar fazendo, apenas estou admitindo que, olhando com mais calma, foram coisas incorretas. Foi merecido? Foi. Foi justificável? Foi. Eu vou fazer novamente? Até morrer. Mas tenho que admitir que são coisas incorretas e por elas pretendo me desculpar.

Foi incorreto contar tantos detalhes sobre a vida dos amigos de Siago Tomir, detalhes estes que em função da riqueza permitiram a identificação de ao menos um deles, o Alicate. Aliás, também foi incorreto chama-lo por esse apelido que tem uma conotação pejorativa, por isso neste texto de hoje, em respeito, o chamarei por seu nome verdadeiro: Sr. CARLOS EDUARDO. Já que é para ser correta, vou ser correta por inteiro.

Sr. CARLOS EDUARDO, gostaria de me desculpar (apesar de não me arrepender) pela evasão de privacidade da sua vida pessoal com fins meramente recreativos. Eu sei que parentes próximos tiveram o infortúnio de encontrar alguns textos e acabaram reconhecendo você graças ao meu excesso de detalhes. Eu sei que chegou até a sua namorada um texto em especial que criou uma crise no relacionamento. Não era minha intenção, se fosse eu teria me dirigido diretamente a ela. Quando comecei a escrever o Desfavor tínhamos qualquer meia dúzia de leitores e a coisa foi crescendo… foi crescendo e alguns textos acabaram se popularizando mais do que o esperado. Por mais que eu desgoste da sua pessoa com toda a intensidade possível, eu não tenho o direito de te causar transtornos na sua vida pessoal, isso é errado e isso é contra a política do Desfavor, que zela pelo direito à privacidade.

Também aproveito a oportunidade para me desculpar por um texto em especial, em uma semana que Somir estava bastante ausente, onde eu me aproveitei da situação para postar uma foto real sua, Sr. CARLOS EDUARDO. Foi baixo. Assim que o Somir viu ele trocou a foto e como isso se deu de madrugada, acredito que poucas pessoas tenham visto. Em minha defesa, quero dizer que em momento algum eu fiz qualquer referência no texto ao fato da foto ser real, logo, os leitores não teriam como saber e achei que tinha escolhido uma foto suficientemente desfocada para que pairem dúvidas sobre a real identidade, não atentando para o fato de uma tatuagem sua ser um tanto quanto rara de se encontrar. Estou ciente que postar uma foto de uma pessoa sem a sua autorização vinculada a uma história que envolve o cometimento de um crime e graves ofensas à sua parceira foi inapropriado. Peço desculpas, o que não quer dizer que eu não farei novamente se tiver oportunidade. Farei repetidas vezes, mas ciente de que estou sendo incorreta, e por isto, de antemão, me desculpo.

Igualmente agi mal quando tentei ilustrar uma postagem recriminando homens que urinam na rua com uma foto sua, desta vez altamente reconhecível. Em minha defesa, tenho a dizer que em momento algum fiz referência ao Sr. CARLOS EDUARDO e que não achava que tantas pessoas assim no mundo conheciam seu pênis e pudessem reconhece-lo por esta parte de seu corpo. Novamente uma tatuagem um tanto quanto incomum parece ter sido a causa de tanto transtorno. Tenho consciência de que errei, mesmo que desta vez a foto não tenha sido postada nem por um segundo porque Somir estava atento e a trocou a tempo.

Quem eu quero enganar? Já tentei postar diversas fotos reais do Sr. CARLOS EDUARDO ao longo destes quatro anos e infelizmente nunca emplaquei uma, sempre por razões alheias à minha vontade. Admito meu erro de tentar sistematicamente ao longo dos anos enfiar fotos suas em situações humilhantes nas postagens do Desfavor. Não que eu me arrependa e não que eu vá parar de fazê-lo (hei de emplacar uma foto), mas tenho a plena consciência de que isso é errado e peço desculpas. Também aproveito e me desculpo por ter sugerido que o Somir batize um personagem chamado “Carlaum”, que existe desde os tempos de Orkut e já deu as caras aqui no Desfavor, com este nome em sua homenagem, Sr. CARLOS EDUARDO, em função da semelhança de ideias, pensamentos e forma de se expressar. Foi incorreto batizar um personagem com o seu nome, ou melhor, foi incorreto criar um personagem à sua imagem e semelhança e depois ainda colocar o seu nome. Perdão.

Também aproveito a oportunidade para me desculpar com o Sr. CARLOS EDUARDO por ter, em meu antigo blog, inserido seu numero de telefone como sendo um contato para um garoto de programa gay, fato este que segundo relatos do Somir, fez necessária uma mudança do numero do seu celular. Novamente, em minha defesa, eu achei que ninguém leria aquele blog, ao menos não o tipo de pessoa que faz uso de um garoto de programa gay. Aparentemente eu estava equivocada e me desculpo pelo meu erro de julgamento. Também não me passou pela cabeça que o Sr. CARLOS EDUARDO atendesse a seu telefone no viva-voz em seu local de trabalho, de modo que todo o constrangimento gerado e a fama de homossexual adquirida perante seus empregadores e empregados foi completamente imprevisível para mim.

Igualmente gostaria de pedir desculpas aos demais amigos citados nos textos Siago Tomir, em especial Beto e Jão, pela riqueza de detalhes de alguns textos que os tornaram identificáveis. Teria sido prudente da minha parte omitir fatos, digamos, incomuns, como por exemplo lamber a roda suja de um carro em troca de dinheiro e coisas do tipo. Foi incorreto da minha parte expor sem o devido consentimento detalhes da vida pessoal de vocês que, embora vocês mesmos não tenham feito questão de preservar, só dizem respeito a vocês.

*suspiro

Foi solicitado que eu discorra sobre eventuais qualidades do Sr. CARLOS EDUARDO, Beto e Jão. Vamos lá.

O Sr. CARLOS EDUARDO (vulgo Cadu ou Alicate) é uma pessoa autêntica, que não se importa com o que os outros pensam a seu respeito. Suas atitudes deixam isso bem claro. É preferível ser e fazer aquilo que você realmente é (mesmo que o que você seja, seja uma merda) do que fingir ser o que não é. Ele não tem essa insegurança de ser socialmente rejeitado ou criticado, ele não faz tipo para agradar ninguém, ele é aquilo mesmo, quem gostar dele que goste e quem não gostar dele que se foda, ele não faz tipo para agradar ninguém. Ele também não engana ninguém, pois logo nos primeiros dez segundos de contato é possível depreender claramente o tipo de pessoa com a qual se está falando. Não faz a menor questão de disfarçar ou atenuar a sua essência.

O Sr. CARLOS EDUARDO também é muito bem humorado, mesmo quando se encontra em situações desfavoráveis não se faz de vítima, não chora, não se deprime: faz piada. Ele sabe fazer piada dele mesmo e de suas desgraças, o que nos dias de hoje é uma qualidade. Faz piada sobre si mesmo e também admite que outras pessoas façam piada sobre ele e sobre seu sofrimento. Não existe assunto “intocável”, é possível até mesmo fazer piadas envolvendo sua mãe. Seu desprendimento e sua tolerância com qualquer forma de humor são dignos de elogio. Ele brinca mas ele também dá toda a liberdade do mundo para que brinquem com ele de volta sobre qualquer assunto, nesse ponto, tenho que admitir, ele é muito justo.

Por último, acho que posso afirmar que o Sr. CARLOS EDUARDO tem uma qualidade notável, uma autoestima privilegiada, posto que inúmeras vezes ele se portou de forma destrutiva para si ou para terceiros e nunca se deixou abater por isso, sempre acreditou ter feito tudo da melhor forma possível. O mesmo comportamento pode ser observado com relação às mulheres de sua vida: sua autoestima não permite que ele se intimide com mulheres mais bonitas, mais inteligentes, mais ricas ou mais qualquer outra coisa. Ele se ama antes de amar outra pessoa e quando tem que fazer valer a sua vontade ele o faz com a segurança de ser uma pessoa muito especial. Também é possível vê-lo frequentemente elogiando sua própria aparência física, suas escolhas e seu comportamento. Esta autoestima elevada faz dele uma pessoa muito segura e isso certamente abre muitas portas. Quando você se acha, a tendência é que os outros passem a te achar também.

Sobre o Beto, posso dizer que ele efetivamente se preocupa com seus amigos. Todas as vezes que Siago Tomir esteve hospitalizado (ainda que na maioria Beto tenha concorrido diretamente para isso) ele fez questão de telefonar, visitar e me oferecer dinheiro se fosse necessário tomando o cuidado de fazê-lo bem longe dos olhos de Siago, pois sabia que ele seria orgulhoso demais para aceitar. Mentir para um dos seus melhores amigos e guardar segredos com a namorada dele é realmente muita vontade de ajudar o próximo, pois tenho certeza que Tomir teria ficado puto de saber que existia algum tipo de segredo entre um amigo seu e sua namorada ou que seu amigo emprestou ou tentou emprestar dinheiro nas suas costas, ciente de que era algo que ele não queria.

Beto também é uma pessoa que batalha por seu relacionamento, pois apesar de inúmeras “indas e vindas” ele faz tudo que está ao seu alcance para dar continuidade a esta relação. Enquanto muitos homens jogariam tudo para o alto depois de brigar, sair para beber com os amigos e ficar com um monte de mulheres por pensar que não haveria mais retorno, Beto continua. Mesmo traindo a namorada ele persiste. Mesmo ela traindo ele, ele persiste. Bacana perdoar um par de chifres, eu jamais teria esse desprendimento, mas Beto tem, em nome do seu relacionamento ele tolera muitas coisas. Admiro essa capacidade de abstrair que sua namorada esteve nua, chupando o pau de outro homem e ainda assim beijá-la na boca depois. É um grau de maturidade altíssimo que acho não ser capaz de alcançar.

Por último, posso dizer que o Beto é extremamente afetuoso com animais de estimação, tratando-os de forma exemplar, mesmo que não sejam seus, como foi o caso da cadela de propriedade de sua namorada, um poodle branco chamado “Joy”, que estava extremamente doente, causando uma série de transtornos em função da sua doença e Beto, em um gesto humanitário, levou Joy ao veterinário sem que sua namorada saiba e mandou sacrificá-lo para acabar com o sofrimento do animal. Um gesto lindo, e depois ele ainda teve a preocupação de dizer à namorada que Joy morreu em paz, dormindo. Muito humano. Eu acho que a namorada dele ficaria orgulhosa se soubesse que Joy morreu porque Beto cuidou disso, mas por algum motivo, Beto optou por não contar este gesto tão humano.

Sobre Jão, é preciso dizer o quanto ele é divertido. É aquele tipo de pessoa que anima qualquer festa e que faz qualquer coisa pela humor: lamber um desodorante roll-on usado por todos os presentes segundos antes, lamber a roda suja de um carro ou até peidar com um isqueiro nas proximidades do ânus para criar uma imensa chama azul mesmo que isso lhe custe queimaduras de segundo grau no cu. Jão faz de tudo pela diversão e de fato, ele é a alma das festas. Não importa quão deprimente seja seu dia a dia, ele sempre encontra forças para fazer com que os outros riam e sempre consegue fazer coisas engraçadas.

Jão também tem uma qualidade rara: ele não tem vergonha de chorar na frente de outras pessoas, sobretudo quando bebe. Por exemplo, eu, que não tinha muita intimidade com ele, já o vi chorando pelo menos umas vinte vezes. Jão não tem aquele orgulho machista idiota de achar que vai parecer fraco ao ser visto chorando, tanto é que mais de uma vez veio desabafar comigo chorando, mostrando seus sentimentos sem medo de ser ridicularizado: quando sua namorada o trocou por seu primo, quando descobriu que sua mãe traía seu pai com seu vizinho e tantas outras situações onde muitas pessoas ficariam envergonhadas. Jão não, Jão bebe e desabafa e chora mesmo, sem medo do que as pessoas possam pensar a seu respeito. Acho bem resolvido.

Por fim, Jão tem uma qualidade que eu admiro: total desprendimento de beleza física. Ele não se prende a este detalhe, ele não segue a imposição de padrões de beleza para mulheres, para eles outros critérios são mais importantes, tanto é que já tentou pegar a irmã do Somir, a personificação da falta de beleza. Tudo bem, ele estava bêbado, mas ainda assim, pessoas bêbadas não ficam cegas! E ele ainda teve o cuidado de fazê-lo sem que o Somir perceba, para não causar constrangimentos na festa, achei um ato de consideração. Suas últimas namoradas confirmam minha teoria: beleza não é condição sine qua non para escolher uma parceira, e quando me refiro a parceira, não falo de uma peguete e sim de uma mulher com a qual ele vai andar de mãos dadas na rua e apresentar para a sua família. Acho bacana que os valores prioritários dele sejam outros que não beleza física e padrões estabelecidos pela mídia, só uma pessoa desprendida destes padrões poderia ter comentado que a mãe do Tomir é “jeitosinha”.

Bom, é isso. Pedidos de desculpas feitos, elogios feitos. Se algum deles ou até mesmo o próprio Tomir quiserem “emoldurar e pendurar na parede” esta postagem, ficarei honrada.

Para mostrar que você se ama e não comentar, para mostrar que o Somir não te intimida e comentar ou ainda para comentar usando o nome de alguém que você não goste assim minhas ofensas serão direcionadas ao seu desafeto: sally@desfavor.com


Comments (190)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: