Flertando com o desastre: Nivelando por baixo.
| Somir | Flertando com o desastre | 73 comentários em Flertando com o desastre: Nivelando por baixo.
A Marcha das Vadias é um movimento popular que teve sua primeira ocorrência na cidade de Toronto, no Canadá, em Abril de 2011. Desde então, já percorreu o mundo, com versões até mesmo em lugares como Jerusalém. O objetivo? Conscientizar a população de que as mulheres são vítimas num estupro independentemente das roupas que estão vestindo.
A lógica básica de que o único culpado por um estupro é o estuprador é inapelável. O que se desenvolve a partir daí é que são elas…
Sou um grande defensor de jamais nivelar o mérito de uma ideia ou atitude pela reação de gente ignorante e mal intencionada, tanto que vira e mexe estou aqui reclamando quando brasileiro demonstra sua incapacidade de compreender discurso humorístico. Azar dos incapazes: Um mundo que se pauta por ignorância é um mundo no qual eu não tenho a menor intenção de viver.
Mas é inocência ignorar o abismo entre idealismo e a possibilidade de aplicação dele num planeta dominado (numericamente) por pessoas sem capacidade ou meios de sequer compreender a diferença entre realidade e imaginação (eu ouvi um aleluia?).
Em tese, uma mulher tem todo o direito de se vestir como quiser, encher a cara e até mesmo dar em cima de metade da população masculina do planeta sem se obrigar de forma alguma a manter relações sexuais com qualquer um deles. Em tese, uma mulher pode desistir do sexo na cama do motel com a relação já iniciada e ainda sim ter todo o direito do mundo de ser deixada em paz.
O direito já existe. Ele já é inclusive uma realidade para a parcela mais bem instruída e equilibrada da população. Eu ficaria puto da vida se uma mulher desistisse do sexo “na cara do gol”, mas jamais passaria pela minha cabeça tomar uma atitude coercitiva (psicológica ou física) nesse caso. E do meu ponto-de-vista, isso não me faz uma pessoa boa. Assim como ética e honestidade, respeito pelos direitos alheios nada mais é do que a porcaria da obrigação.
Agora, eu preciso traçar um paralelo com outra situação para explicar melhor por que isso aqui vai ser um Flertando com o Desastre: Em tese, eu tenho TODO o direito de entrar com uma camiseta do Corinthians no meio da torcida do Palmeiras e berrar a plenos pulmões que o time deles é uma merda. Em tese, eles não podem encostar um dedo em mim. Nem mesmo me ameaçar ou exigir que eu saia dali.
Se você é uma pessoa minimamente racional, nem deveria passar pela sua cabeça agredir outro ser humano por causa do time pelo qual ele torce. É uma atitude bárbara, algo terrível para seres com tamanho grau de evolução intelectual e organização social como nós.
É errado e ilegal agredir alguém por um motivo cretino desses, mas você diria para alguém querido fazer algo como vestir a camisa de um time rival no meio de uma massa de torcedores? Você daria esse conselho para um filho?
Sally vira e mexe usa uma frase muito bacana sobre direito: “Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga e ignora o direito.” – E dá para traçar um paralelo perfeito sobre bom-senso aqui. Quando o bom-senso ignora a realidade… Nivelar seu padrão de comportamento pela parcela mais ignorante da população é sim algo negativo. Mas nem só de idealismo vive o homem.
Uma coisa é conscientizar as pessoas de que as roupas de uma mulher não a obrigam a agir de uma determinada forma. Outra é extrapolar essa proposta inicial para criar a ilusão de a relação entre causa e efeito deixa de existir na vida real. As marchas que ilustram este texto frequentemente avançam para campos além da composição das vestimentas de uma mulher. Não é incomum ver cartazes defendendo inclusive que consumo de bebidas alcoólicas e flerte também não geram obrigação nenhuma por parte delas.
O que é verdade, e além de tudo, é a lei. Agora… isso é bom-senso? Você tem o direito de andar abanando um maço de notas de cem reais numa viela escura num bairro pobre de sua cidade e não ser incomodado em momento algum. Você tem o direito de deixar seu carro aberto com a chave no contato em qualquer lugar permitido para estacionar e encontrá-lo são e salvo na volta… Nós inclusive temos o direito de não encher nossas casas de muros e grades e não ter nada subtraído de nossa posse.
Temos o direito de manter nossa integridade física e propriedade privada independentemente das medidas que tomamos para assegurá-las. Somos nossos donos e donos do que possuímos. Nossa sociedade é construída ao redor de preceitos desse tipo.
Agora, é de uma irresponsabilidade terrível criar a presunção de que não existem comportamentos e atitudes arriscadas nessa vida. As leis e os direitos só existem e estão “no papel” porque são desrespeitados. Não deveria ser surpresa para nenhum adulto, independentemente de seu sexo, que muita gente age de forma contrária às leis estabelecidas. E que se proteger é uma prerrogativa básica para uma vida segura.
Ser mulher não te exime da responsabilidade pelo risco assumido. Ser mulher não te exime da responsabilidade por ignorar a realidade. A responsabilidade pelo crime do estupro não é dela, evidente. Mas pelos cartazes e discursos presentes nas Marchas da Vadias, a sensação é de que existe uma expectativa de fuga da responsabilidade básica de auto-preservação.
As vestes de uma pessoa são sabidamente catalisadores de comportamentos alheios. Desde a infância aprendemos isso. Se você se sente ameaçado por um estranho na rua, vai pedir ajuda à pessoa com roupas brancas e estetoscópio ou à fardada com uma arma no coldre? Não é obrigatoriamente preconceito julgar o propósito ou intenção de alguém baseado nas roupas que veste.
Uma mulher vestida de forma a exibir mais pele desnuda ou a evidenciar elementos claramente sexuais da sua imagem vai gerar presunção de interesse sexual. Não de obrigação, mas de interesse. Isso vai ser um modificador de percepção para outros seres humanos. Não adianta tapar o sol com a peneira.
Uma mulher claramente intoxicada com o álcool (ou qualquer outra substância com o CLARO propósito de alterar percepção da realidade) vai gerar a presunção de vulnerabilidade e facilidade de interação. A não ser que eu viva num universo paralelo, não é como se as pessoas bebessem (socialmente) para se manter isoladas, não?
Uma mulher que flerta de acordo com padrões pra lá de pré estabelecidos socialmente também não pode dizer que estava passando uma mensagem de afastamento, certo? E não adianta dizer que muitos homens entendem errado o que configura flerte, vários dos cartazes na Marcha dizem com todas as letras que a mulher tem o direito de flertar ativamente. O que de fato tem, mas não de flertar ativamente e ter a outra parte telepaticamente consciente de suas reais intenções.
Exigir o direito de se fazer valer preceitos como o direito de escolha do que fazer com o próprio corpo não é o problema. O problema é a expectativa de isenção de CONSEQUÊNCIAS por causa de leis e direitos escritos em algum lugar. As consequências não podem ser controladas por mera vontade. Elas devem ser controladas e direcionadas ativamente pelas nossas escolhas.
E se suas escolhas trazem consigo riscos indesejados, o papel de vítima não resolve por si só. Uma mulher que passa uma mensagem, se coloca numa situação de potencial risco e quer escapar vai esperar quem para salvá-la? O Batman? E aqui é importante fazer a separação entre o estuprador clássico e o estuprador oportunista.
O clássico tende a nem se aproximar de “vadias” no sentido que prega a Marcha. Estupro como método único de prazer tem muito mais a ver com poder do que com qualquer outra coisa. Toda a situação gira ao redor do estuprador oportunista aqui, até porque não dá para conscientizar quem tem o parafuso solto como o estuprador em série.
E o oportunista, que preda mulheres que julga quererem sexo ou que “pune” as que julgam agir de forma vulgar, esse sim poderia mudar de comportamento se entendesse que não há justificativas para forçar uma relação sexual. Mas o buraco, pra variar, é bem mais embaixo. O “pedaço” da compreensão de alguém que define essas regras de limites sobre o que pode ou não fazer com outro ser humano não funciona sozinho. Ele é resultado de criação e visão do mundo como um todo. Essa pessoa não vai ser convencida nesse ponto apenas, no máximo vai ser coibida de praticar o ato.
Na minha nunca modesta opinião, o movimento deveria se chamar Marcha do Spray de Pimenta ou do Aparelho de Choque. Ensina a mulherada a andar com um desses sempre na bolsa e a usar quando sua integridade física estiver ameaçada. Isso vai gerar mais mudança social a curto prazo do que qualquer cartaz “vitimizador”.
E olha que eu estou pulando toda a parte das mulheres que consentem (mesmo que sem muita convicção) e se arrependem. Querendo ou não, elas são uma parcela das “estupradas” que aparecem reclamando dos malignos companheiros de espécie. E também temos as filhas da puta que nem arrependidas ficam, mas que usam sua presunção de vítima automática para escapar da responsabilidade de suas escolhas e/ou ferrar um homem do qual não gostam ou querem chantagear.
E eu nem vou usar isso como argumentação contra a Marcha porque já disse desde o começo que não devemos nos pautar pelos elementos podres de um grupo. Mulher que usa o sofrimento real de outras para tirar vantagens pessoais é um ser nojento. Ponto.
E como na maioria avassaladora das reuniões de pessoas nesse mundo, não há homogeneidade de capacidade de compreensão do propósito. Sempre tem as pessoas que se juntam ao movimento para pregar ideologias cretinas. Quando a Marcha das Vadias assume um componente feminista, está se nivelando por baixo. Dizer que mulheres devem ser isentas de consequências e responsabilidades que seriam consideradas comuns para seus pares do sexo masculino é a síntese do abominável movimento feminista que anda tomando conta do justo movimento de liberação e igualdade feminina. Uma coisa é querer seus direitos, outra é querer vantagens.
Não cedo nesse ponto: Machismo e Feminismo são lados opostos da mesma moeda estúpida. Assim como um negro dizendo que brancos são inferiores por serem brancos é racista, alguém pregando a noção de que pessoas com um cromossomo Y são culpadas por tudo está sendo sexista (parece piada, mas muita feminista diz que sexismo é coisa que só homem pode fazer). Não importa qual o grupo que mais cometeu injustiças, importa a injustiça. Assim como ensinamos crianças que “quem começou” não influi na reprovação da briga em si, deveríamos ensinar para os adultos que o grupo que realmente importa é o humano.
Direitos merecem todas as marchas do mundo. Sem contaminação. O caminho elevado não passa pela ignorância do funcionamento da sociedade ou dos problemas reais que ela enfrenta. Ser vítima não é o suficiente.
Estuprador é bandido e bandido bom é morto. Seja qual for a roupa ou o sexo da vítima.
Aliás, roupa dveria ser opcional para ambos os sexos em todo o mundo.
Sally,
Vendo que as reações suscitadas aqui ensejam uma explicação mais detalhada e aprofundada dos nossos pontos de vista e que mesmo abordagens mais flexíveis de evangélicos como Larissa caíram em ouvidos moucos, gostaria de, com sua autorização, postar algo para esclarecermos muitas das dúvidas e desconfianças que as pessoas têm em relação ao porquê do nosso modo de vida, ligado e voltado ao Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
Temos pontos de vista bem diferentes, mas prezo sua disposição em conceder liberdade de expressão mesmo a pessoas a quem a senhora demonstra ter repulsa.
O texto não sairá de imediato, pois exigirá muita reflexão. Mas prometo que sairá.
Desde já, fica minha gratidão por sua honestidade intelectual.
Não sei se você já percebeu, mas aqui a gente publica qualquer merda.
Nós acreditamos que até um texto seu é menos pior do que censura. Desde que não viole a privacidade de ninguém, pode escrever o que quiser. Só não me responsabilizo pela críticas que você venha a receber, inclusive minhas.
Já existem aparatos legais pra se defender de certos ‘desconfortos’ virtuais.
Agora, se aprovarem no senado e pela presidAnta, haverá uma lei específica (Projeto de Lei 2.793/11) pra quem viola e expõe a privacidade de terceiros na internet. Lembrando que não existe 100% anonimo (desoficial ou não) por estas bandas.
Alguns problemas podem ser divertidos de se resolver com certa violência, mas é sempre algo muito efêmero. Dar uma dor de cabeça jurídica civil ou criminal pra alguem pode ser muito mais prazeroso.
FikaDika a quem interessar possa. ;-)
“Pessoas que agem de modo a facilitar que crimes sejam cometidos contra si são chamadas ‘vítimas em potencial’ (na minha terra isso se chama mané). As ‘vadias’ podem ter controle sob seu corpo, suas escolhas, mas não tem controle (nem nunca vão ter) de como as pessoas irão agir em relação à suas atitudes e vestimentas.”
O que Thaísa brilhantemente disse é uma das questões que mais enfatizamos com nossas mulheres, ou seja, para tomar cuidado justamente com suas atitudes e vestimentas. Infelizmente, não somos imunes a essa questão, sobretudo quando dessas atitudes e vestimentas resulta uma gravidez indesejada. Tanto entre nossos jovens quanto entre nossos jovens e os ‘de fora’.
Em relação a gravidez ocorrida entre nossos jovens, a questão fica um pouco mais fácil, e o casamento acaba por ser a única alternativa digna para a situação. Agora, em relação aos jovens ‘de fora’, obviamente, não é tão fácil. Essas jovens infelizes vêm a mim pedir aconselhamento, na esperança de que eu amoleça meu coração e relativize os ensinamentos divinos. Mas simplesmente não posso.
Para o cristão, o aborto não é uma questão sobre a qual a mulher tem o direito de escolher. É uma questão de vida ou morte de um ser humano feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27; 9:6). Digo a elas que o que a Bíblia passa, enquanto palavra de Deus, se sobrepõem a qualquer permissão legal. E se optarem pelo aborto consciente da nossa postura a respeito, que procurem outra freguesia.
Por pior que seja ficar grávida como resultado de um estupro ou, pior de tudo, incesto, isto torna o assassinato de um bebê a resposta? Dois erros não fazem um acerto. Dê a criança para adoção por uma família amável incapaz de ter filhos – ou a criança pode ser criada pela mãe.
Nesse ponto, não podemos dar uma segunda chance para deslizes como esses, já que para a criança em questão nenhuma chance seria dada. E essas jovens grávidas acabam sendo exemplos práticos e identificáveis para nossas jovens do quão nocivo pode ser esse tipo de comportamento.
Logo, a questão aqui não é a mera implicância com uma atitude ou roupa aqui e ali, mas sim das jovens procurarem manter-se na decência, pois ainda são muito imaturas para controlar seus desejos lascivos, que não só podem prejudicá-las, mas também a um terceiro completamente inocente.
“Em relação a gravidez ocorrida entre nossos jovens, a questão fica um pouco mais fácil, e o casamento acaba por ser a única alternativa digna para a situação”. HA.
Respondo com palavras do pastor: “Dois erros não fazem um acerto”.
Então, Lucas, você considera o casamento nessa situação específica um erro?
Vejamos seu raciocínio: então além da criança ser privada de um lar com pai e mãe presentes, ela corre o risco de ser criada por outras pessoas que não eles, ou então mandada para a adoção e, nisso, essa pessoas ficarão livres para tocarem suas vidinhas sem a menor culpa nem parcela de responsabilidade, correndo até mesmo o risco de incorrer em uma nova gravidez?
Entre essa série de erros e a suposta série de nossos erros, fico com nossa série de erros. Até porque só mesmo assumindo a responsabilidade por um filho para que os jovens da nossa igreja amadureçam. E se não quiserem casar-se, azar o deles, que procurem outra freguesia. Esse tipo de raciocínio individualista é banido.
Os orfanatos, casas de guarda e Uneis estão cheios de crianças e pré-adolescentes esperando a adoção por uma “família amável incapaz de ter filhos”. Aliás, você conhece quantas famílias com filhos adotivos nesses moldes?
Acho muito cruel colocar um filho no mundo se não tem qualquer possibilidade de criá-lo com o mínimo indispensável para uma vida digna.
Se você me perguntar se eu sou a favor do aborto, te digo que sim, sou a favor da descriminalização do aborto.
Se você me perguntar se eu faria um aborto, eu te digo que não, porque se acontecer de eu engravidar sem planejamento, me viro, trabalho, como minha avó e minha mãe fizeram…
Só que as pessoas não são iguais, e querer que crianças inocentes arquem com as consequências de atos de mulheres irresponsáveis, vivendo uma vida indigna, sem perspetiva, é muito mais cruel que abortá-la.
Se uma mulher aborta uma criança ela é considerada por muitos um “monstro”, se ela a abandona à própria sorte, porque não pode ou porque não quer criar, ela é considerada uma coitada!
“Acho muito cruel colocar um filho no mundo se não tem qualquer possibilidade de criá-lo com o mínimo indispensável para uma vida digna”.
E acho ainda mais deplorável jovens que teriam todas as condições de criarem seus filhos os abandonarem a um orfanato para dar seguimento a uma vida irresponsável e fútil.
“Só que as pessoas não são iguais, e querer que crianças inocentes arquem com as consequências de atos de mulheres irresponsáveis, vivendo uma vida indigna, sem perspetiva, é muito mais cruel que abortá-la”.
Muito mais cruel é uma mulher brincar de Deus, decidindo pelo destino dessa criança e cometer um assassinato covarde.
E mais nefasto ainda uma sociedade acatar o aborto para todo e qualquer caso. Entendo que a criança possa ter chances ínfimas de ter uma vida digna, mas nem por isso a mulher pode arbitrariamente reduzir essas chances a zero.
Alguns religiosos valorizam demais o feto.
Depois que nascem, “se vira que o filho é teu.”; depois vira um drogado ou ex-marginal, dai a igreja ‘acolhe’ de novo.
Não sou a favor do aborto em todo caso, mas seria em mais casos do que os atuais.
Em tempo, eu não faria. Depois que vc tem fiolho isso nem consegue passar pela sua cabeça.
Mas gostaria de poder decidir, e não que uma igreja a que nem pertenço ou acredito decidisse por mim. Simples assim.
Hugo, convenhamos que você chegou a esse nível por já ser pai e por ser uma pessoa esclarecida. Sua opinião é válida como exemplo mas não como parâmetro.
De qualquer forma, é uma questão de ingerência: uns criticam a ingerência da igreja na questão, e nós criticamos a ingerência da mulher na questão. Enfim, um sopesamento entre a vida e a individualidade.
A Igreja sempre criticou a ‘ingerência da mulher’ em muitas questões..rs
Ja passei um link com trechos bíblicos deveras interessantes sobre o assunto.
Caro Pastor,
Faça-nos alguns favores: Renasça mulher, engravide de maneira indesejada e desestruturada, seja obrigado a casar em nome da “lei de Deus”, viva com 1% das possibilidades que talvez você tivesse e depois venha me falar sobre ingerência da mulher, crueldade do aborto e mulheres brincando de Deus.
É muito fácil bancar a voz da divindade desde que lhe seja conveniente…
Reencarnação? Jesus amado! Filhão, eu sou Pastor, evangélico, cristão, e a hipótese de vidas passadas sequer é cogitada, entendeu? Logo esse seu argumento nem pode ser levado em conta.
Já que você parece ter mais empatia do que eu, que tal isso: em vez de você esperar o impossível da minha parte, por que não tenta fazer o possível e se engaje aqui e agora em alguma causa que alivie a barra dessas mulheres que você tanto defende? Aí você nos ajuda um pouco, já que já temos problemas suficientes com nosso rebanho.
E fácil exortar os outros do conforto do seu computador.
Na verdade o que está em jogo então não é o bem estar da criança e sim dar uma “lição de moral” na mulher que engravidou irresponsavelmente, fazendo-a arcar com as consequências de seus atos?
E a criança, como fica? Criada por uma irresponsável e/ou drogada e/ou miserável que não vai dar amor, educação, o mínimo que esta criança vai precisar.
Thaísa,
Esclarecendo a questão. Veja esse trecho da primeira resposta minha a Lucas:
“Entre essa série de erros e a suposta série de nossos erros, fico com nossa série de erros. Até porque só mesmo assumindo a responsabilidade por um filho para que os jovens da nossa igreja amadureçam. E se não quiserem casar-se, azar o deles, que procurem outra freguesia. Esse tipo de raciocínio individualista é banido”.
Logo, essa é a nossa abordagem quando ambos os pais são jovens de nossa igreja.
Agora, respondendo a sua pergunta: pelo contrário, fazemos isso justamente pelo bem-estar da criança. Se os pais têm condições de criá-la, por que fazer com que a criança sofra pelo resto da vida o fato de ter sido rejeitada por pais que poderiam tranquilamente tê-la criado? Ou você acha que todo adotado consegue superar, por melhor que seja sua nova vida e por mais maravilhosos que sejam seus pais adotivos, o fato de ter sido rejeitado? Que sabendo que os pais biológicos estão por aí, o adotado fatalmente vai querer encontrá-lo um dia, correndo o risco de ser novamente rejeitado?
Então, para quê fazer a criança passar por esse sentimento doloroso só porque assumir a família atrapalharia agora o futuro daqueles jovens ‘coitadinhos’?
Logo, não é uma simples “lição de moral”, mas sim de evitar que a criança sofra os efeitos funestos dessa individualidade espúria. E é essa a lição de moral que passamos aos demais jovens: por mais difícil que tenha sido a vida de vocês, lembrem-se que seus pais não os rejeitaram. Jamais rejeitem os seus.
“E a criança, como fica? Criada por uma irresponsável e/ou drogada e/ou miserável que não vai dar amor, educação, o mínimo que esta criança vai precisar”.
Como nos utilizamos dessa abordagem quando o pai e a mãe da criança são de nossa igreja, e nosso rebanho é pequeno, sabemos da vida de todos. Não há drogados nem miseráveis aqui. Um irmão ampara o outro e, caso a solidariedade deles não bastar, todos nos avisam se alguma família está passando por alguma dificuldade para que possamos ajudar. Por exemplo, se o jovem não tem emprego, um irmão mais abastado arranja um emprego ou, pelo menos, uma entrevista de emprego para ele. E por aí vai.
A questão do aborto envolve muito mais que os indivíduos que constituem a sua congregação. Estes, pelo apelo religioso moral, não precisam de uma lei que os permita ou não realizar o aborto, são contra por preceitos religiosos e ponto. Agora, querer impor esses conceitos morais/religiosos a todas as pessoas é demais.
Outra coisa, antes de eu encerrar a discussão (da minha parte), que condições emocionais tem uma pessoa de criar uma criança contra sua vontade? Se uma mulher não sente amor pelo seu feto, a ponto de optar em abortá-lo, qual será o futuro desse filho que só não foi abortado por conflitos morais/religiosos/legais?
Sei que o senhor está falando sobre jovens da sua igreja, porém o debate do assunto limitando a um grupo restrito empobrece a discussão. Já sabemos como sua igreja encara o aborto e suas implicações aos indivíduos que a compõe. Essa parcela da população não interessa na discussão sobre a questão, pois já tem sua opinião formada.
Os outros cidadãos, aqueles que não partilham de sua fé é que sofrem com a ingerência religiosa na vida privada das pessoas.
Estive pensando no assunto, principalmente depois de me deparar com quase uma dúzia de decotes saltando de roupas femininas – quase me fazendo pensar estar na era vitoriana cheia de espartilhos, e saias curtas que me faziam esquecer que estamos num ‘outono-inverno’.
Olhei bem a fundo alguns exemplos (só pra ver até onde ia a pouca vergonha é claro) e percebi que mesmo saindo daquele jeito, algumas paradoxalmente, não gostavam do olhar.
A mulher sai desse jeito pra ser olhada. fato. Mas ela quer ser olhada pelos caras que ela escolhe, o resto ela se ofende e ainda quer se sentir na razão.
Não estou falando de uma violencia do tipo estupro. Mas se alguem sai vestida a fim de evidenciar uma parte do corpo ou todo ele e quer posar de ofendida, pra mim, é meio ahn…ridiculo.
Vou desenvolver a segunda parte da minha misoginia na parte 2. Estou meio ssem cabeça internet, estes dias. E isso não é desculpa pra twitcam. rs
Eu não gosto de usar roupa curta ou decotada porque me incomoda o olhar de macho no cio dos peões aleatórios que tem na rua.
O cara é um peão/caminhoneiro/motoboy horroroso e fica mexendo com mulher bonita. Na cabecinha deles existe uma chance de que a mulher se convença a dar pra ele só por causa da cantada/assobio/businada?
PQP, é muita falta de se olhar no espelho.
Hugo, acho que você teve azar, pois a maioria das mulheres que se vestem assim gostam de chamar atenção para si, não importando de quem (homens ou mulheres). Talvez você tenha olhado com cara de doido tarado e assustou as ‘vadias’. Aliás, gostei da aceitação delas do adjetivo. Vadia é melhor que piriguete.
Olhei com olhar cético de um estudioso antropologico.
Devia ter olhado com cara de bombado no cio que tem dinheiro.
Droga. Sempre esqueço.
rs
“Você tem o direito de andar abanando um maço de notas de cem reais numa viela escura num bairro pobre de sua cidade e não ser incomodado em momento algum. Você tem o direito de deixar seu carro aberto com a chave no contato em qualquer lugar permitido para estacionar e encontrá-lo são e salvo na volta”.
Concordo Somir. A parte da Criminologia que estuda esses comportamentos é a vitimologia. Pessoas que agem de modo a facilitar que crimes sejam cometidos contra si são chamadas “vítimas em potencial” (na minha terra isso se chama mané). As ‘vadias’ podem ter controle sob seu corpo, suas escolhas, mas não tem controle (nem nunca vão ter) de como as pessoas irão agir em relação à suas atitudes e vestimentas.
Essas pessoas querem o que com essa marcha? Persuadir quem tem a cabeça fodida a ponto de forçar uma pessoa a manter relações sexuais de que não podem fazer isso, mesmo havendo uma lei penalizando com reclusão de 6 a 10 anos?? Eu imagino: “putz, não vou mais fazer isso, as minas fizeram uma marcha, elas tem direito de não querer, po”.
Mas uma marcha sem propósito de quem deveria estar fazendo algo realmente importante.
O que o mundo realmente precisa é de uma marcha pelos direitos dos homens heterossexuais brancos, instruídos e com bom poder aquisitivo.
Tô rindo muito aqui… É só folia.
Eu quero uma Marcha da hipocrEsia. Seria um sucesso.
“Ajudar a Sally
Se alcançar 500 eu tiro a camisa na twitcam, 600 eu me converto.
1000 deixo de ser arrogante e prepotente.”
Ah, vá, Hugo, antes de querer alguma coisa, cumpra sua promessa!
Pode ir já na twitcam tirar a camisa. Ou, se quiser esperar os 600 comentários, pode tirar a camisa e se converter, ou se converte aí vai para a twitcam. Deixar de ser arrogante e prepotente aí já não acredito.
Eu acho que podia fazer um dois em um: tatuava Jesus no peito e depois era só tirar a camisa…
Acho que tem que mandar uma foto sem camisa antes, segurando um pequeno (pra não tapar a barriga) papel escrito RID.
Pra gente ver se vale a pena o tempo gasto com a twitcam.
É sally, vamos voltar…
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1088043-argentina-aprova-suspensao-de-tratamentos-de-pacientes-terminais.shtml
ET… phone… home…
Lembrando que as expressões “cu de bêbado não tem dono” e “virar mulherzinha na cadeia” se referem especificamente aos homens e nunca vi ninguém reclamar.
Não gosto de marchas de nenhum tipo. Mas se não fosse pelas marchas, como as pessoas mostrariam a sua opinião e “exigissem” alguma mudança? Desculpa a ignorância…
Priscila, eu não sou dono da verdade absoluta. Mas tenho algo formado sobre o assunto – já que perguntou.
Não existe NENHUMA marcha que ajudou a mudar algo. Se eu estiver enganado me corrija. Quem pode mesmo mudar algo que são os politicos e as grandes empresas, pensam que o povo tem o direito de se manifestar e eles tem o direito de não darem a mínima. Simples assim.
O que muda algo é ‘boicote’ e no caso politico, desobediencia civil. Mexer no bolso move o ser humano a coisas fantásticas.
boicote é simples: uma marca começa uma politica desonesta ou ou similar e várias pessoas deixam de comprar o produto por um determinado periodo. Já funcionou com tarifas telefonicas nos EUA por exemplo.
Desobediencia civil é mais arriscado pois se poucas pessoas aerirem vc se fode. Politico prometeu e não cumpriu? Várias pessoas deixam de pagar IPTU. Sarney não morre? corta outro imposto ou boicotem empresas ligadas ao lobby dos politicos. E assim por diante.
Greve as vezes funciona, mas é movido por gente bem menos moral e com interesses mais politicos do que se imagina.
Teve a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, que mudou o governo Jango para o governo militar… Vc não disse melhorar algo, disse mudar.
Darei o braço a torcer, mas assim como não foram os caras pintadas (eu de idiota incluido ali no meio) que tiraram o Collor, não foi essa marcha isolada que mudou a situação politica vigente.
Quanto a melhorar, melhorou sim. Os militares salvaram o Brasil. rs,rs
Em termos de infra-estrutura, talvez tenham salvado mesmo.
Só o debate e a conscientização que essa marcha vem provocando já pagam a causa. Eu cresci ouvindo na minha própria família coisas como “mulher que veste mini saia tá pedindo pra ser estuprada…”, vê se uma pessoa fala uma coisa dessas hoje? ou tem uma filosofia de vida dessas?
A conscientização pode vir a passos de uma lesma manca, não tem problemas. Mas graças a marcha das vadias, esta vindo…
“A conscientização pode vir a passos de uma lesma manca, não tem problemas. Mas graças a marcha das vadias, esta vindo…”
A marcha começou a mais ou menos um ano atrás. Não coloque a carroça na frente dos bois…
A redução dessa mentalidade se deve muito mais ao desenvolvimento humano dos últimos tempos do que a campanhas de conscientização. A presunção de CULPA da mulher é absurda, mas a presunção de consequência (o que a Marcha acaba tratando no final das contas, até mesmo pela falta de “estofo intelectual” da média que a compõe) tem uma triste relação com a realidade.
Penso igualzinho. Porém, as femichatas são seres contraditórios: criticam o lingerie day e promovem a marcha das vadias.
Eu, por exemplo, acho o Femen brilhante: Mulheres peladas exigindo que mulheres não sejam tratadas como pedaços de carne.
Mulheres bonitas e jovens peladas, faltou dizer. Vou colar isso aqui na porta lá de casa: Квартира сексистські людина
Sob o ponto de vista do estupro e das situações reais em que ele se dá, não tenho o que debater. Abomino a Gestapo feminista e conheço uma lésbica, feminista e negra da qual as pessoas ficam mais comedidas ao falar do que se estivessem perto de um déspota que mata por prazer, mas a questão feminista é muito mais ampla no sentido de contestar o que elas consideram o patriarcado. O que de fato não deixa de ser uma verdade, levando em conta que muitas mulheres sequer questionam as diversas situações em que são constrangidas, e isso não é só o estupro, mas situações de dependência afetiva e financeira do parceiro que faz o caralho a quatro com a mulher. Neste quesito, o feminismo é muito importante – já que a intenção é ir até a mulher sem educação (no sentido de conhecimento formal oferecido pelo estado e blá blá blá). Aí que as coisas ficam complicadas. Em condições normais de temperatura e pressão, uma Marcha das Vadias se restringe a uma classe social e/ou intelectual que já sabe seus direitos e criou certa consciências de algumas questões. Aliás, o que me fode aqui em SP é que fulano quer ser artista ou ativista nas proximidades da Av. Paulista (até rimou), vai fazer isso em Gauianazes… ah, não vai ter visibilidade (começou o preconceito)… Enfim, o que quero dizer com tudo isso é que mesmo sendo um desfavor ambulante em alguns momentos, o feminismo é importante que haja um questionamento dos valores sem noção da parte dos homens. Até porque uma mulher não vai meter o dedo no cu de um cara só por ele estar sem camisa e ser bonito… porque seria imprudente bater de frente com o contrário (guardadas as devidas proporções)?
“Até porque uma mulher não vai meter o dedo no cu de um cara só por ele estar sem camisa e ser bonito… porque seria imprudente bater de frente com o contrário (guardadas as devidas proporções)?”
E se elas começarem a fazer isso? A sociedade fica mais justa?
Não pode ser sobre “eu também posso fazer merda”, tem que ser sobre “parem de fazer merda”.
é justamente sobre parar de fazer merda, já que vc não gostaria que lhe metessem o dedo no cu só porque te acharam mais atraente, saiba que a vadia não está errada em reclamar que metam no dela.
Acho ineficaz, burro, hipócrita e risível falta do que fazer, qualquer coisa que comece com “Marcha da…”
Eu acho que vou estar vivo para ver a Marcha dos Ateus. E que vou morrer de vergonha dela…
Eu cancelei minha assinatura no facebook da página da Atea, onde mandam ‘depoimentos’, charges, memes e piadinhas supostamente ateas, mas apenas anti-religiosas e geralmente mais hipócritas e intolerantes do que as pessoas que critica.
Eu JÁ sinto vergonha dos ateus, uma marcha então, seria a consagração do nivelamento por baixo que citou.
Concordo com você Somir, mas com uma ressalva. Óbvio que para viver em sociedade todo mundo tem quer ter o bom senso se saber se virar e garantir a sua sobrevivência. Uma pessoa com o mínimo de noção de auto-preservação não vai andar por aí ostentando dinheiro, saindo quase pelada na rua ou andando em lugares ermos e perigosos.
Eu, obviamente, compartilho piamente do pensamento que mulher que se veste de modo mais provocante não está pedindo para ser estuprada, nem que ela tenha flertado antes ou esteja na porta do quarto de motel. A questão que eu vejo nessa marcha vai além do estupro, mas que considera também a visão do comportamento da mulher na sociedade, a sua liberdade de expressão e de agir também.
Tudo bem que na marcha leva-se em consideração o discurso quase ensaiado de que, se ela foi estuprada é porque “tava pedindo”, p usar essa roupa curta é porque é piranha, que uma “moça direita” não correria esses riscos, etc, etc. Mas, a grande questão para mim é ir contra esse discurso hipócrita da sociedade que a mulher que queira se encaixar no perfil de boa mãe, boa esposa e até boa filha, tem que ter um certo tipo de comportamento. E aí entra o sexo, uma mulher não deixa de ser boa mãe ou boa esposa porque teve X relações sexuais ou porque se veste de tal modo ou porque não possui ressalvas quanto a um comportamento sexual que ela considere saudável. É inegável que esse tipo de restrição não é imposta aos homens, na verdade, é exatamente o oposto. E é a reversão desse pensamento que deve ser discutido e levado adiante.
“A questão que eu vejo nessa marcha vai além do estupro, mas que considera também a visão do comportamento da mulher na sociedade, a sua liberdade de expressão e de agir também.”
Mas aí tem a questão do nivelamento por baixo. A “vulgaridade masculina” não deveria ser parâmetro para nada. Mas acaba sendo em boa parte dos discursos apresentados. Como se liberação feminina fosse a aprovação da visão “encha a cara, seja promíscuo e tente se matar com frequência” que domina a parcela mais numerosa (por tabela menos instruída e equilibrada) da população masculina.
O erro, de um ponto de vista humanista, não é a repressão dessa mentalidade nas mulheres, é a exaltação nos homens.
Em nenhum momento eu falei que a mulher está lutando pelo direito de ser promíscua ou vulgar como muitos homens são (e não são repreendidos por isso). Num texto da Sally, acho que Sally surtada, ela falou de como o comportamento das mulheres estava entrando em decadência, exatamente nessa onda de que “ah, eu sou mulher, exigo direitos iguais aos homens, vou mijar na rua, vou beber até cair, vou transar com cada pinto q eu ver na frente”. E eu concordo com ela, não é porque os homens fazem que é aceitável, bonito ou símbolo de liberdade de expressão.
Eu entrei na questão de, e como o Pastor Vagner aqui embaixo bem ilustra isso, quebrar esse paradigma de “mulher decente”, “moça de família”, ou qualquer outro nome que se dê àquelas mulheres que devem seguir determinado padrão de comportamento, ter determinada postura, etc, para acabar sendo “mulher p casar”. Óbvio que existem mulheres promíscuas, infiéis, que trabalham muito a sexualidade e não têm conteúdo zero, o problema é juntar no mesmo saco qualquer mulher que queira ter o direito de sair da “normalidade” ou padrão esperado, sendo fazendo sexo sem compromisso, sendo mais agressiva no jeito de se vestir ou se portar. Não digo para avacalhar, até porque acho muito feio(tanto em homem quanto mulher).
“A questão que eu vejo nessa marcha vai além do estupro, mas que considera também a visão do comportamento da mulher na sociedade, a sua liberdade de expressão e de agir também”.
Muitos irmãos consideram que as mulheres levam uma vida vazia, exclusivamente baseada no que chamam de três “S”. Generalizando de forma grosseira, a mulher que teria uma vida baseada exclusivamente em um tripé Sexo-Suplementos-Sapatos, e se esquecendo do quarto “S”, do Senhor, tem uma vida vazia. Vazia porque baseia o sexo na quantidade e não na qualidade, e aí chega a inexorável decadência física e o que fazer?
Suplementos significaria o esforço depreendido para enganar o tempo e, nesse processo, muitas mulheres não se preparam para a maturidade e serão futuras Suzanas Vieiras, tentando adiar sua decrepitude física em academias, clínicas estéticas, nutricionistas e com cirurgias.
E, por fim, sapatos simbolizando o consumismo. Só que, numa dessas, um revés profissional aqui e ali, ou duradouro, e como preencher o vazio diante de uma eventual queda no padrão de vida ou, pelo contrário, mesmo a insatisfação no meio da abundância?
Dessa forma, fico pensando se as mulheres decentes querem deixar esse tipo de mulher, vazia e sem conteúdo, as representarem nessas marchas sem sentido.
Se tiver o quarto ‘S’ então tudo bem, né?
Poderíamos perguntar isso a Gretchen, Mara Maravilha, Rita Cadillac e outras excentricidades que se denominam evangélicas, o que você acha?
Eu acho que o quarto ‘S’ não muda nada que não seria mudado de qualquer forma.
Esses movimentos extremistas são o reflexo espelhado dessa visão estereotipada que muitos segmentos têm da mulher. O pastor, por exemplo, separa claramente a mulher dos homens na forma de conduta e aspirações desejáveis. Isso gera a reação.
A sociedade precisa aprender a reprovar os comportamentos humanos ruins ao invés de separar em comportamentos masculinos e femininos. Afinal, os homens possuem esses mesmos 3s como lema.
Algumas vezes, apenas usam uma ou outra tática diferente pra conseguir seu intento, mas partem do mesmo sentimento.
Concordo com o Marok, não é porque o homem faz que fica menos feio ou mais aceitavel, é ruim do mesmo jeito. O homem nao deve ser visto como um parâmetro de comparação e mulher não tem que ficar tentando buscar aceitação ao equiparar suas ações com as masculinas.
Jesus amado! O tema não é “marcha das vadias”? Logo, estou falando das mulheres. Não mencionar os homens não significa isentá-los de qualquer responsabilidade. Desarmem os espíritos, meus filhos.
De qualquer forma, se há alguma culpa, esta está nas mulheres cada vez aderirem a comportamentos deploráveis dos homens.
É óbvio que separo. Nada contra mulheres lutarem pelo seu espaço. O problema ocorre quando a mulher começa a encampar o que os homens têm de pior, e se esquecem do verdadeiro propósito da mulher neste mundo: ser criada para o companheirismo, para auxiliar o homem em sua tarefa e para perpetuar a espécie.
aff
Você só pode estar de brincadeira nesse ultimo comentário…a mulher foi criada pra ser acessório do homem e pra ser parideira??
Só se for a mãe dele…
Adoro Corintios.
Mas muitos outros ensinamentos interessantes, amulher pode conseguir na biblia.
http://www.estudosdabiblia.net/200448.htm
“Você só pode estar de brincadeira nesse ultimo comentário…a mulher foi criada pra ser acessório do homem e pra ser parideira??”
E desde quanto companheirismo é ser acessório? A mulher pode ser companheira trabalhando também.
E desde quando maternidade e ser parideira são sinônimos? Apenas acho um desperdício uma mulher querer abrir mão desse dom maravilhoso.
Afinal de contas, a Bíblia não permite uma releitura moderna de seus ensinamentos?
Bom, vc acha que é “desperdício uma mulher querer abrir mão desse dom maravilhoso”, mas nem todas vêem isso como dom, não são todas que têm esse furor uterino de desejos pela maternidade. Aliás, tenho um pé atrás quando um homem cita a maternidade, já que o mesmo nunca terá a possibilidade e engravidar e sua opinião fica versada todo no “achismo”.
E sobre sobre companheirismo, bom algumas pessoas têm sua individualidade que não a trocaria por nada…
“Aliás, tenho um pé atrás quando um homem cita a maternidade, já que o mesmo nunca terá a possibilidade e engravidar e sua opinião fica versada todo no ‘achismo’”.
E por que ficaria com pé atrás? Não há nada mais limitado do que uma pessoa viver só para si até o fim. Dá pena ver mulheres que não querem ser mães, mulheres bem-sucedidas, qualificadas, que revertem tudo que ganham somente para si, quando poderiam ter filhos que, bem educados e orientados, melhorariam nossa sociedade geração a geração.
Até porque o problema não é essas mulheres torrarem tudo que construíram ao longo de uma vida à-toa, cada um faz da sua vida o que quiser, mas sim deixar esses recursos pararem nas mãos de pessoas que não fizeram jus a ele (herança, por exemplo) e que nem sempre são as mais competentes para ter uma família, sabe? E são atitudes como essa que pioram a sociedade que as mulheres daqui, que se reputam tão inteligentes, tanto criticam.
“E sobre sobre companheirismo, bom algumas pessoas têm sua individualidade que não a trocaria por nada…”
Pessoas assim deveriam ficar efetivamente sozinhas e limitar sua (in)felicidade a si mesmas.
Ai, pastor…
Senti uma vergonha alheia com esse seu último comentário…
Quem disse que mulher TEM QUE alguma coisa? Então somos acessórios para os homens?Só por curiosidade… e as lésbicas? Elas são erros no processo de criação?
“Senti uma vergonha alheia com esse seu último comentário…
Quem disse que mulher TEM QUE alguma coisa? Então somos acessórios para os homens?”
Sinto vergonha alheia por sua preguiça em ler os outros comentários daqui, já que Pamina havia feito a mesma observação apressada.
Assim sendo, “Ctrl+C/ Ctrl+V”: E desde quanto companheirismo é ser acessório? A mulher pode ser companheira trabalhando também.
“Só por curiosidade… e as lésbicas? Elas são erros no processo de criação?”
Nenhuma criação de Deus é imperfeita.
A opinião das pessoas podem até ser respeitadas, mas chegam momentos quando, enquanto cristãos, precisamos decidir se obedecemos a opinião das pessoas ou a Palavra de Deus.
Aí chegamos numa encruzilhada, acreditar na Bíblia, escrita há tanto tempo, ou simplesmente se deixar levar pela opinião pública e pelo senso comum. A opinião pública considera a prática do homossexualismo apenas uma opção de vida, mas o cristão deve decidir quem deve dirigir sua vida: Deus ou os outros. Só que um dia deixaremos a opinião pública para trás e iremos nos encontrar com Deus.
Poupando-lhe de referências bíblicas, o que quer que a Bíblia condena no refere-se à prática, não à pessoa do homossexual. Deus ama cada pessoa, independente de como ela seja, mas não ama práticas que são contrárias à Sua própria natureza.
Assim sendo, se as lésbicas são erros no processo de criação, não são erros do processo de criação de Deus.
Já li reportagens que lançam a hipótese da homossexualidade é uma alteração existente no cérebro, ou então sobre pessoas que nascem com mais hormônios do sexo oposto, mas isto não é justificativa para que cometam alguma torpeza. Talvez sejam até mais tentados em sua carne do que aqueles que têm uma predominância de hormônios de seu próprio sexo, mas nada justifica que venha a praticar um ato sexual abominável a Deus. Tentar usar desses argumentos supostamente científicos para justificar o homosexualismo ou lesbianismo equivale ao argumento da pobreza para justificar o crime.
Do outro lado, há homens efeminados, de nascença, modo de criação ou devido a um excesso de hormônios femininos, que se casam, têm filhos e são felizes como homens. Ou mesmo exemplo de irmãos que renegaram o homossexualismo e constituíram família. É por isso que, a partir do que vivencio, acredito (não afirmo, é diferente) que o homossexualismo advém sobremaneira das más escolhas do livre-arbítrio. Logo, o que pratica um ato sexual condenado por Deus é culpado daquele pecado, não importando se tenha alguma tendência fisiológica para tal.
Isto porque são necessários alguns passos até se chegar ao ato, passos que não ocorrem por si só se a pessoa simplesmente quisesse evitá-los. Uma pessoa nascida em meio a bandidos e assaltantes pode ter a tendência de se tornar um marginal também, mas isto não a isenta da culpa se vier a praticar um crime. Aliás, o crime é praticado em qualquer classe social e a grande maioria das pessoas pobres são pessoas honestas, não se valem da desculpa da pobreza para poderem roubar.
Aquele que é nascido de novo tem uma nova vida e possui o Espírito Santo habitando em si. Este lhe dará vitória contra qualquer tendência natural de nossa carne, como corroboram os irmãos que conseguiram livrar-se dessa prática funesta. Se acharmos que a inclinação de nossa carne deve ter livre curso, então temos que dar livre curso também aos outros desejos que brotam em nossos corações, ou seja, de praticarmos o que bem entendermos, matando, roubando, ferindo e praticando torpezas.
E vocês diriam que isso nem se compararia a matar ou roubar, pois não faz mal aos outros, que homossexuais são cidadãos tão respeitáveis quanto nós, que devem ser respeitados etc. Concordo. Conheço homossexuais muito mais honestos e respeitáveis do que muita gente que vive com a Bíblia debaixo do braço.
Porém, não é esta a questão que está sendo tratada aqui, não me propus a escrever aqui de como os homens enxergam isso ou aquilo, mas de como Deus enxerga e diz em sua Palavra. E, sendo Pastor, convém a análise da prática sob esse ponto de vista, ou descartá-la de vez para ter a opinião pública ou sua vontade própria como bússolas de sua vida.
A responsabilidade é sua e é você quem terá de prestar contas de seus atos a Deus.
Entenda que o que escrevo aqui não é uma crítica à pessoa homossexual, mas à prática da homossexualidade, e também não estou me baseando no modo como a sociedade aceita ou deve aceitar determinadas práticas. Não sou melhor do que qualquer pessoa e jamais poderia me colocar na posição de juiz. Eu mesmo sou suscetível a qualquer prática mais ou menos prejudicial ou contrária à Palavra de Deus e, como todo e qualquer ser humano, estou incluído na condenação genérica da qual a Bíblia fala e que coloca todos nós na mesma condição: pecadores necessitados de um Salvador. Portanto, não são seres humanos falhos que devemos tomar como referência, mas o que Deus diz em Sua Palavra.
Evidentemente, a tendência na sociedade será cada vez mais de aceitação de diferentes inclinações sexuais, sob a alegação de se tratar de opção pessoal e não implicar em dano à sociedade como um todo. Até mesmo as leis reconhecerão uniões do mesmo sexo como válidas para preservar os direitos das pessoas envolvidas, como acontece em qualquer sociedade entre duas pessoas. São questões civis legisladas por homens e que acabarão definidas pelos legisladores e serão obedecidas pelos cidadãos.
Obviamente nisso não se inclui a idéia de casamento gay defendida por alguns, já que isso seria uma triste caricatura de uma instituição divina criada para o relacionamento entre um homem e uma mulher para, entre outras coisas, auxílio mútuo, procriação e, principalmente, representar Cristo e Sua noiva, a Igreja.
Portanto, o ponto aqui não é o que a sociedade aceita, o que as leis dizem do ponto de vista de uma relação civil entre duas pessoas ou o que as pessoas querem fazer por escolha própria. O ponto é se Deus aceita a homossexualidade como algo normal para Ele. Não, não aceita. Deus pode amar um ateu, mas não irá amar o ateísmo, contrário à Sua própria existência. Ele pode amar o homossexual, mas não irá amar o homosexualismo, contrário ao Seu plano original da Criação.
Não posso amenizar o que a Bíblia diz do homossexualismo para ter uma igreja mais flexível. Se o fizesse, teria uma Pseudo-Igreja. Assim como não posso defender o aborto, mesmo nos casos permitidos por lei.
Enfim, todas as pessoas devem ser amadas como Deus as ama, independente de seu modo de vida. Mas não implica em aceitar seu modo de vida, principalmente quando temos diante de nós um testemunho claro e expresso daquilo que Deus pensa sobre o assunto.
Por favor, me digam que ele está trollando.
Vou ali lavar minhas lentes de contato e meus olhos com água sanitária e já volto.
As mulheres desse blog são mesmo decepcionantes. Esperava, como evangélico moderado que sou, encontrar um local em que pudesse mostrar como podemos ser tolerantes e com que me deparo? Respostas do calibre de “Aff”, “vou lavar meus olhos com água sanitária”, ou então pessoas que tem preguiça de ler (minhas respostas e me atacam com os mesmos argumentos escritos em um comentário logo acima).
Já que vocês deploram nós os evangélicos, repito a pergunta: o que vocês fazem de efetivo para coibir nossos excessos? Ficam só teclando?
Mas não é proibido usar taser e spray de pimenta?
Sally, se eu usar um teiser contra um fdp e ele morrer porque tinha problema no coração ou porque teve um desmaio e bateu com a cabeça no chão eu posso ser condenada por isso?
taser*
Daniele, acho que é proibido sim, porque são armas de uso policial.