Ele disse, ela disse: Encrença.
| Desfavor | Ele disse, Ela disse | 62 comentários em Ele disse, ela disse: Encrença.
Definir o tema de hoje é simples: Sally e Somir diferem sobre os benefícios da crença em divindades. Mas como a história nos ensina, chegar em alguma conclusão é que são elas. Vamos nos embrenhar por esse campo espinhoso e convidar os impopulares a versar suas opiniões.
Tema de hoje: Acreditar em deuses é nocivo para uma pessoa?
SOMIR
Sim. Todos os elementos nocivos da fé numa sociedade podem ser traçados de volta para os indivíduos portadores. Mesmo que sejam instituições como Igreja e Estado que se beneficiem diretamente dessa insanidade seletiva da mente humana, são as pessoas que acreditam em divindades e perpetuam a ignorância em forma de misticismo que tornam tudo possível.
Quem acredita em deuses financia ignorância, exploração e preconceito. E a não ser que você esteja em alguma posição de poder conquistada com base na exploração de outros seres humanos neste exato momento, o falso conforto da gnosticismo se volta contra você e as pessoas ao seu redor, com juros e correção. Defender fé é coisa de quem não está pensando ou está mal intencionado.
E como eu parto do princípio que os leitores crentes (sentido amplo) desta coluna não acreditam em um ou mais deuses com o objetivo explícito de conquistar vantagens pessoais explorando outras pessoas, vamos tratar da forma como a simples crença em divindades é nociva para uma pessoa.
Pra começo de conversa: Se você acredita num deus, qualquer um, você está apresentando um sinal inegável de fé. A crença em algo que não pode ser provado. O curioso, e não deveria ser, é que se você tirar a noção de um deus dessa ideia de fé, é exatamente o que definiria insanidade.
Acreditar em um deus é a mesma coisa que acreditar na existência de qualquer outro ser mitológico já concebido. Não é bom sinal sobre a capacidade cognitiva de um ser humano. Você provavelmente perderia uma vaga numa entrevista de emprego em que revelasse acreditar piamente que elfos existem.
Pode até ser que a pessoa que acredite nos elfos não tenha em si nada que vá prejudicar o trabalho ao qual se candidatou, mas mesmo assim, gera uma compreensível preocupação com a capacidade dessa pessoa de discernir realidade e imaginação. Não é inerentemente nocivo, mas é matéria-prima para outras atitudes e opiniões nocivas.
Somos animais racionais e a nossa sociedade depende de um mínimo de compromisso com a realidade perceptível. Não achamos horrível quando uma criança diz ter um amigo imaginário, mas esperamos dela que com o amadurecimento venha também a capacidade de dissociar o que é imaginação e o que não é. Dos incontáveis seres oriundos da imaginação humana, apenas alguns poucos ganham proteção social para continuar existindo na cabeça de adultos: Sim, evidente, os deuses. Seja o judaico-cristão, o islâmico, ou qualquer outro(s) dos panteões das civilizações modernas, temos carta branca para borrar a linha entre sanidade e insanidade desde que seja um dos lucrativos seres imaginários das religiões modernas. Modernas. Te acham maluco se você acreditar nos deuses gregos, por exemplo. Zeus e Jeová compartilham da mesma ausência de evidências, mas só um ainda é economicamente viável.
E mesmo que você acredite num deus pessoal, um que escape das convenções das religiões estabelecidas, ele ainda sim é tão provável quando unicórnios e dragões. E de uma certa forma, as pessoas sabem que é uma bobagem, porque as que não tem dogmas e escrituras para usar como escudo sempre tem rotas de fuga argumentativas para a infantilidade que defendem. Um deus que não interage e não julga não existe.
Na prática, a pessoa é atéia, mas foge do rótulo dizendo que acredita num deus. Favor não confundir uma coisa com a outra. Se seu deus é irrelevante em todas as esferas práticas da existência humana, você é ateu. Não precisa usar o título, mas não me venha dizer que é argumento em prol da utilidade da crença em divindades. Se eu mantiver todas minhas opiniões atuais e disser que acredito em um deus, não posso ser comparado com alguém que acredita em um deus pessoal.
As religiões preferem que as pessoas acreditem nos deuses que eles designaram como verdadeiros (e sobre os quais tem os direitos de colheta de riqueza dos fiéis), mas a pura insanidade (ou fé, chame como quiser) de acreditar em um ser sobre o qual não se tem NENHUMA evidência também tem seus méritos para quem quer se dar bem nesse mercado. Uma pessoa que diz acreditar em deus raramente vai ser incomodada na nossa sociedade atual, pois ela é uma das mais importantes bases da situação extremamente vantajosa dos exploradores da espécie humana.
“Status Quo” é uma expressão do latim que significa “as coisas do jeito que estão”. Manter o status quo é sinônimo de deixar tudo como está. Não preciso argumentar sobre como isso é vantajoso para quem JÁ está em posições privilegiadas na sociedade humana, não? Uma forma menos pedante de dizer a mesma coisa é falar que “em time que está ganhando não se mexe”.
Sem a religião, manter o status quo é muito difícil. Existem muitas outras ferramentas de controle sociais, como a violência, mas é na fé que se encontra a mais arraigada, a mais profunda. A crença numa divindade permite que se trate a IMENSA maioria de explorados na humanidade como se trata. O simples fato de acreditar que está sendo observado funciona como anestésico para as dores de viver como gado. A pessoa média vai viver a maior parte da sua vida trabalhando excessivamente para sustentar luxos e privilégios de poucos… Vamos lembrar que o mundo é um lugar de imensa desigualdade social e que bilhões de pessoas vivem em condições de miséria, ignorância e insegurança.
Bilhões contra no máximo alguns pouco milhões de privilegiados. Como é que esse mundo não explodiu ainda? Como é que o gado ainda não invadiu a casa do dono da fazenda e tomou tudo? A ideia de que existe uma força maior e que essa vida não é a nossa única chance paralisa justamente a parte do nosso cérebro que NÃO ACEITA ESSA VIDA DE MERDA.
Acreditar em seres imaginários como se fossem reais é um passo para trás na evolução intelectual humana. Essa vida de gado da maior parte da população humana não faz sentido. A sociedade fica sem propósito, muita gente acredita que só está aqui para fazer número e esperar o “continue” no final do jogo. Religião só existe por causa de fé, e as benesses da fé podem ser encontradas em inúmeras outras atividades e linhas de pensamento muito mais lógicas e comprováveis. A crença na divindade é a sujeira nessa engrenagem de evolução pessoal.
Propósito, auto-controle, ética, moral… Todas essas coisas existem independentemente de acreditar ou não em uma porra de um amigo imaginário. E se essa crença está no cerne da insanidade anestésica que mantém bilhões de pessoas vivendo de forma injusta nesse mundo, pode me explicar qual a utilidade de manter justamente isso?
Fé faz mal. E quem defende essa sacanagem tem que estar disposto a ser coerente e bater palmas para toda a escrotidão decorrente dela.
Para dizer que eu só tenho enveja da sua capacidade de acreditar numa mentira absurda, para dizer que tem certeza que não podemos ter certeza de nada nessa vida, ou mesmo para me mandar para o inferno: somir@desfavor.com
SALLY
Vamos colocar alguns pingos nos “is”. Durante muito tempo eu pensei como o Somir, por isso não se assuste se achar algum texto antigo meu nesse sentido, não é contradição, eu mudei de ideia mesmo. Hoje, acho que a ideia de um Deus, digamos, uma religiosidade, não é nociva por si só, o que é nocivo é o conjunto de dogmas que o cercam, ou seja, a religião.
O que se convenciona chamar de “Deus” também pode receber outros nomes, como força interior, karma, destino, sorte, inconsciente e tantos outros. Pouco importa o nome que se dê, e sim como a pessoa lida com isso. Se lidar com idolatria, com devoção cega, estará emburrecendo e será nocivo. Entretanto, acredito ser perfeitamente possível que a pessoa lide de uma forma saudável com a ideia de um Deus e apenas se beneficie disso, sem em troca ter que pagar dízimos, seguir regras arbitrárias ou proibições descabidas.
A ideia de Deus dissociada de uma religião pode ser benéfica e sem qualquer prejuízo colateral. Até mesmo um ateu quando passa por um momento difícil busca se fortalecer, não através de Deus, busca forças dentro dele mesmo. A verdade é que no fundo, trata-se da mesma coisa. Quando você quer muito algo e está tentando se superar, pouca diferença faz se busca em você mesmo, em Deus ou Papai Noel. É o ato de buscar forças, de tirar forças do seu cu, de querer vencer, o que realmente conta. Ateus sempre acreditarão que venceram porque conseguiram força dentro de si mesmos e religiosos sempre acreditarão que a força veio de Deus, que, porque não, também pode estar dentro de cada um de nós.
O nome que se dá não faz diferença, pois o que importa é o mecanismo, que é igual para todos. Na verdade, ficar tentando encontrar um nome, classificar, explicar, não deixa de ser uma forma de burrice, tanto de religiosos como de ateus. Você não sabe. Aceite sua insignificância, você não sabe o que existe, o que não existe nem como funciona. Não sabe e no momento não tem como descobrir, então, caralhos, parem todos de tentar explicar. O máximo que pode dizer é “EU acredito” ou “EU não acredito” e ponto.
Tentar desvendar esse processo de superação pelo qual todos passamos ao nos reerguer das porradas da vida é mais ou menos como querer descobrir quem é a Lindamàr: você não vai conseguir. Foda-se quem ela é, o importante é que ela existe, é legal, é divertida e torna nossas vidas melhores. Eu não sei nada sobre a Lindamàr, mas gosto muito dela e ela me faz bem, então, não busco saber mais do que isso, isso me basta. Muita gente passou meses conversando com ela tentando descobrir nas entrelinhas uma pista sobre quem era, onde morava, quantos anos tinha… e por isso deixou de aproveitar um belo papo, uma conversa divertida e inteligente. Te faz bem? É legal? É bacana? FODA-SE se existe, se existe como você imagina, se você pode provar que existe ou se você nunca vai obter nenhuma resposta. Tire proveito do que te faz bem. Manaus, e você?
A ideia de um Deus pode operar melhoras na vida de muita gente. Não através de milagres, mas conferindo mais confiança, mais conforto, mais força, mais determinação. É ilusório? Irrelevante, se beneficia a pessoa sem lhe causar nenhum mal, pouco importa. Sinceramente, mesmo que ficasse provado que não existe um Deus nem nada do tipo, FODA-SE, se faz bem para a pessoa, deixa ela acreditar, não vejo como o simples acreditar em Deus possa prejudicar alguém. Repito: o limitador está na religião e não na religiosidade.
O simples fato de acreditar em Deus não te autoriza a presumir nada sobre a pessoa: isso não faz dela uma ignorante, burra ou incapaz de lidar com a realidade da vida. Existem pessoas inteligentes que acreditam em Deus. O que pessoas inteligentes não fazem é ter uma religião que atrela sua vida a regras e proibições. Pessoas inteligentes sabem se regular, sabem escolher por vontade e critérios próprios o que podem fazem e o que não fazem, não precisam de normas externas para contê-las socialmente de sair dando ou sair matando.
Para falar com o seu suposto Deus você não precisa de intermediários, muito menos de palavras prontas e rezas. Na verdade, você não precisa nem falar, basta um bate-papo mental informal. Essa é a ficha que ainda não caiu na maior parte das pessoas, por isso elas seguem se filiando a organizações bizarras que tomam dinheiro ou praticam pedofilia em larga escala. Que porra de mal pode fazer a uma pessoa conversar mentalmente ou pedir um forcinha para um suposto Deus? Ok, pode ser que ela não esteja oficialmente falando com Deus, pode ser que ela esteja falando com ela mesma, com seu inconsciente ou com FUCKIN’ NINGUÉM, foda-se, se isso lhe faz bem, foda-se muito se Deus existe ou não! Se eu estiver doente e um comprimido me fizer sentir melhor, foda-se se for um placebo!
Conversar com um suposto Deus não é sinal de fraqueza, nem de preguiça nem de nada negativo. É um recurso, mais um recurso, na batalha diária que é a vida. O fato da pessoa usar esse recurso não quer dizer que vá se acomodar e não usar os demais. Tem gente que acredita em Deus mas é super batalhadora, não espera milagres divinos para resolver seus problemas. O problema não é acreditar em um Deus, o problema é se acomodar e deixar sua vida nas mãos dele.
No dia em que eu achar que preciso, que vai me fazer bem, eu vou conversar com Deus. Não sei com quem estarei falando, mas independente disso, pode ser que traga resultados positivos, ainda que frutos da minha mente. Entrando no campo da ciência, sempre tão exaltado pelo Somir, foi comprovado que pessoas com muita fé conseguem operar resultados inesperados em si mesmas: melhoras do sistema imunológico, aumento de confiança, e até mesmo uma melhor/maior utilização cerebral (como no caso da meditação). Então, se você pode obter estes benefícios sem dar nada em troca, porque não? Se te faz bem, foda-se quem é, se é ou como é, se te faz bem, use!
É possível acreditar em Deus, falar com ele e não dar nada em troca. E por nada, entenda-se dinheiro, sacrifícios pessoais, oferendas, rezas e todos esses rituais babacas que só atrasam a vida da gente. Vamos visualizar a equação: você obtém benefícios + você não precisa fazer sacrifícios = win/win. Não entendo como alguém pode encontrar um prejuízo implícito só pelo fato de você acreditar em Deus. É uma presunção equivocada. É perfeitamente possível acreditar em Deus sem ser prejudicado pelo simples fato de acreditar em Deus.
E não estou aqui dizendo que todos devemos acreditar em Deus porque assim seremos pessoas melhores. Estou dizendo que QUEM PUDER TIRAR ALGUM BENEFÍCIO DISSO, tem o sagrado direito de acreditar, sem que por isso paire alguma presunção negativa a respeito da sua pessoa. Se não te ajuda, se não te beneficia, então não fale com Deus (FaleComLinda). Se te ajuda e te beneficia, fale com ele, mas sem intermediários, sem pagar por isso, sem sofrer por isso, sem fazer sacrifícios por isso. E fale no seu próprio tempo, sempre que quiser, onde quiser, quando quiser. Não precisa acordar cedo no domingo para isso, Ele está em todos os lugares.
Os excessos SEMPRE são ruins, sempre são emburrecedores. Eu odeio religiões, mas ateus que se excedem também estão errado, acabam sendo o outro lado da moeda do fanatismo. Ateu que taxa alguém de burro só porque acredita em Deus erra tanto quanto religioso que taxa alguém de mau porque não acredita em Deus. Acreditar não é a questão. O grande problema da humanidade é o que você faz, como você conduz essa crença. Não é vergonha acreditar em Deus, é vergonha ser otário o bastante de achar que um Deus vai querer que você dê 10% do seu salário para alguém ou que ele não quer que você faça sexo antes do casamento…
Em tempo: minha teoria continua. Deus, que na verdade, eu chamo de Gezuiz, existe e está putíssimo com tudo o que esse bando de filhos da puta está fazendo em Seu nome, uma vibe meio Stigmata. Um dia ele vai voltar e vai pisar em todas as igrejas, tipo Godzila. Depois vai levar para o inferno todos aqueles idiotas que ao longo da vida se filiaram a uma religião e que fizeram coisas erradas em nome dela. Se eu estiver certa, vou rir muito da cara de todos vocês. E aposto que Deus tem a cara da Lindamar.
Acreditar em Deus, por si só, não prejudica ninguém. Acreditar no ser humano é que fode com a vida dos outros!
Mal necessário…
Queria fazer um adendo, baseando numa conversa que tive ontem depois de zapear pelo canal do Pastor Waldomiro.
Não recrimino totalmente uma igreja como a dele. Muitos do que vi ali, depositavam nele esperança de melhoras em setores como saúde e dinheiro. Elementos em que o Estado não os supriu devidamente.
Alias, o Estado parece incentivar esse ramo de negócio com insenções fiscais, a velha conhecida liberdade a crença e culto, independente se isso maltratar animais por exemplo e a vista grossa rotineira. Poderiam tranquilamente e a muito tempo, no mínimo processar esse pessoal por extelionato, falsidade ideológica entre outros. Não o fazem, porque assim teriam uma legião de ignorantes começando a se revoltar e bater no governo para melhorias nessas áreas.
Vendo assim, pode se considerar a igreja, como um mal terrível. Mas existem outros, pontos: Mesmo se num mundo ideal o governo suprisse estas necessidades básicas de todos, o ser humano ainda necessitaria de outras como apoio moral, esperança, força e crença de que nem tudo depende unicamente dela e que as coisas podem melhorar se tiverem fé. Não falo aqui de coisas que podem ser supridas facilmente, justamente pelo seu abstratismo. E esta lacuna a religião preenche.
Podem dizer que estes pastores são ladrões e lesam estas pessoas. Sim, são mal intencionados mesmo, mas quanto a lesar é relativo. As pessoas doam uma parte do que ganham, mas ninguem doa realmente algo que lhe prejudique, ao ponto de passar fome por exemplo, estes são exceções. Eles pagam por um ‘serviço’, um show, uma esperança, uma muleta, qual seja o nome; o pastor lhes dá isso. É uma troca.
Se o pastor ganha vamos supor 100, 500 reais de cada familia, e ganha isso de várias familias, obviamente ele ficará milionário, e devia NO MÍNIMO pagar imposto disso. Mas, se ao contrário, ele ao invés do show de sempre, devolvesse este dinheiro pra mesma familia, a situação da mesma não ia mudar em nada. Então não se pode dizer que ele simplesmente prejudica essas pessoas.
Isso é pra enfatizar um pouco mais meu ponto de vista sobre o ‘mal necessário’ das religiões.
Mariatti, odeio ser estraga prazer, mas neste caso infelizmente o buraco é mais embaixo.
Eu também não recrimino totalmente um Valdomiro, um Silas, um R.R. ou um Macedo por conta de suas condutas, mas cabe lembrar que em uma situação mais hostil a pregação feita por eles, os seguidores mais ignorantes não iriam protestar pedindo melhorias na educação e na saúde.
Protestariam sim por ver vendo as suas crenças sendo prejudicadas, sendo alvos fáceis para a demagogia dos pastores que capitaneiam tais “igrejas”.
Isso explica muita coisa, como por exemplo o fato de as igrejas gozarem de privilégios tributários que outras organizações ou até mesmo pessoas comuns como eu e você não tem.
E o grande espaço nos meios de comunicação ajuda a reforçar ainda mais o podério dessa turma, ainda que com um custo proibitivo para neófitos na área.
Acredito que não tenha entendido direito o que escrevi, ou onde o que voce escreveu vai de encontro com o que disse.
De maneira alguma foi um ‘estraga- prazer’.
Ele chegou a aumentar depois do seu comentário.
;)
Em tempo, tem uma frase que independente da crença é muito forte:
“Quanto mais perto da igreja mais longe de deus”
Concordo plenamente. Ninguém precisa de intermediários.
Os argumentos apresentados pela Sally eu já os tinha quando eu tinha com 14 anos. Quando eu os apresentei para meus amigos e a minha familia, me chamaram de louco.Sou ateu hoje e nunca me arrependi disso.
Sou um tanto discriminado pelas minhas escolha, mas foda-se. Deus não existe, céu não existe. Nunca precisei dese tipo de conforto na minha vida, mas sempre tive consiencia que esse tipo de conforto era necessário para a maioria das pessoas, respeitei e continuo respeitando até hoje a escolha de acreditar ou não de cada um.
Os dois textos tem argumentos muito interessantes, e simplismente não consegui escolher um lado. Acredito que depende de cada um se acreditar ou não faz mal para a pessoa, por isso que eu acho que ambos estão certos!
PS: Sou de Manaus tb!! Manaus em peso aqui na RPD com DUAS pessoas… Ei, é uma boa porcentagem da população daqui, viu? rsrsrsr
Júnior, você tem razão, tudo vai depender do uso que a pessoa dê a esse “acreditar”
Porém Somir diz ser impossível que qualquer pessoa na face da Terra com qualquer escolha e qualquer atitude acredite em Deus sem ser prejudicada por isso. Não é. Existem pessoas (por mais que sejam minoria) que acreditam e não se deixam emburrecer.
GALERA, PAREM DE CHAMAR DE RPD, POR FAVOR. Cada vez que eu penso em Republica Popular do Desfavor meu coração morre um pouco. Imagina isso aqui uma democracia? (Sem contar que RID é tão diferente de RPD que eu não sei como não repararam pelos textos que citam isso)
Eu avisei que tinha perigo de separatismo… aquela história de brasão informal com o José Mayer de sunga foi a semente da discórdia.
Nada que a vertente autoritária totalitarista ditatorial do Somir não possa neutralizar
Minhas sinceras desculpas. Obrigado pelo toque bianca, náo tinha percebido o meu erro…
Sally e Somir, minhas desculpas tb…
“foda-se se for um placebo!”
Pra mim é praticamente certo que Deus existe, sendo ele exterior à humanidade, ou talvez seja o próprio universo E a humanidade, sei lá… existem várias teorias…
;)
Sally
Onde eu posso ler mais sobre budismo?
Existem bons livros sobre budismo. Se você for muito leigo como eu era, eu recomendo o mais básico de todos: “Budismo para leigos”
http://www.submarino.com.br/produto/1/23781983/budismo+para+leigos
Se for o islamismo é prejudicial tanto pra própria pessoa quanto pra quem não tem nada a ver com nada. Aquilo é política e ditadura camuflada de religião. O Alcorão autoriza a matar quem não creia e também autoriza o marido ou homens em geral a bater em mulheres. Fora que são homens bomba, se explodem e explodem tudo.
Releia meu texto
Eu disse que simplesmente acreditar EM DEUS não é nocivo, mas que ter uma religião, QUALQUER RELIGIÃO, é extremamente prejudicial.
Sally, desconfio que no banheiro do meu trabalho hã uma camera escondida ( nao tao escondida assim).
Ela fica em cima do mictorio ( portando nao dá pra ver o penis dos homens que la urinam), tendo acesso a quem entra e quem sai, e em que reservado a pessoa entrou, mas nao da pra ver o que acontece dentro do reservado.
Eu te pergunto, isso é legal? Por mais que nao de para ver as pessoas cagando e mijando, eu já vi gente trocando de roupa lá dentro ( ou pq ia viajar, ou pq ia para uma balada depois) fora dos reservados em frente ao espelho da pia.
Seria isso uma violaçao de privacidade ? Se a cam existe lá mesmo, nao deveriamos ter sido avisados?
Caso isso seja ilegal e tenha realmente um camera lá, o que fazer e para quem denunciar?
Não pode câmera no banheiro não.
Você quer denunciar de forma anônima ou quer dar a cara para bater?
como faco em ambos os casos?
acredito que as cameras foram colocadas para identificar autores de atos de vandalismo, mas mesmo assim nao me sinto confortãvel sabendo que alguem sabe se fui ao banheiro fazer xixi, fazer numero 2 ou qto tempo passo no banheiro deixando de trabalhar….
Oficialmente você pode se reportar primeiro ao seu chefe, depois ao chefe dos chefes (preferencialmente por escrito, para que não existam dúvidas de que você o fez) e se nada der certo, delegacia de polícia e ministério público.
Se não quiser se identificar, pode mandar uma denúncia anônima ao Ministério Público ou ao sindicato da sua categoria.
Uma terceira opção é destruir a câmera sem ser filmado por ela, afinal, não vão poder acusar ninguém porque eles estavam errados em colocar a câmera ali em primeiro lugar.
Uma quarta opção canalha é trocar de roupa no banheiro como se nada e ao sair perceber a câmera. Daí é contratar advogado e entrar direito com ação pedindo uma baita indenização , sempre alegando que não tinha visto a câmera quando trocou de roupa.
Aproveitando que esse é o tema do texto: esses dias aconteceu o previsível, a mulher do meu chefe me perguntou de que religião/igreja/whatever eu era. Respondi a verdade, de forma evasiva: falei que minha mãe só vai na igreja em casamentos e que não fiz catequese (todos meus amiguinhos faziam e eu queria fazer também… criança é fogo). Tentei mudar de assunto o mais rápido possível.
Minha opinião é mezzo Somir, mezzo Sally, acho que se você ficar de boa e guardar esse sentimento pra si, é ok, só não vá pentelhar os outros (palavra da pessoa que teve uma acalorada discussão com um colega de firma crente, eu argumentando que não é o fato de acreditar em Deus que faz uma pessoa necessariamente boa). Eu, pessoalmente, me acho bem foda e autossuficiente, acho que acreditar em Deus, unicórnios ou leprechauns é coisa de gente “encostada”, mas também não fico tentando “converter” ninguém.
Dani, você acha que o simples fato de acreditar faz uma pessoa ser encostada?
É que as pessoas ficam dizendo que vão orar por mim, e isso me deixa um pouco incomodada, como se só orar fosse funcionar, sabe?
Mas eu, no fundo, fico “torcendo pra tudo dar certo”, comigo fazendo minha parte, claro, o que não sei se é muito diferente.
Muitas vezes o menos é mais. :))
Muitas vezes o menos é mais… :)
Eu até ia rebater o texto da Sally, mas… ao ler isso:
“Você não sabe. Aceite sua insignificância, você não sabe o que existe, o que não existe nem como funciona.”
Minha vida mudou.
Eu não sei nada, ninguém sabe nada. Não há ponto em discutir mais nada nesse mundo. Preciso arranjar outra coisa para fazer… Quem está afim de cantar alguma música sobre a Era de Aquário?
É realmente, esse ponto ficou meio mistico. Considerei o texto como um todo.
A tempos atras achavamos que raios e trovões fosse algo misterioso e mágico, nem imaginávamos que doenças ao invés de castigo pudessem ser causadas por virus, bacterias…Faziamos rituais pra chover e abençoas a colheita. Algumas pessoas acreditavam em horóscopo.
Mas muito disso mudou, justamente por pessoas que não aceitavam sua insignificancia e tentaram descobrir se havia algo mais…
Hugo, uma coisa é acreditar, outra coisa é usar para explicar aquilo que se desconhece.
Conheço pessoas que acreditam em Deus e que dedicam sua vida à ciência, a estudos científicos. Uma coisa não se presume da outra.
A Sally mudou de idéia mas continua radical nos seus argumentos, esse que o Somir destacou cirurgicamente para sacanear não reflete o texto como um todo. Mas já em outros textos da Sally aparece muito isso de uma certa perplexidade com o ser humano e sua infinita capacidade de fazer merda…coisa de advogado, que convive muito com o lado mais podre das pessoas.
Eu sou bem racional, como o Somir, e portanto concordo em grande parte com os argumentos dele. Mas…sei que vivo num mundo em que poucos são como eu, portanto não posso julgar os outros pela minha ótica.
Em parte acho que a discordância entre os dois decorre da pergunta em si. A Sally optou claramente por responder literalmente, e tem razão quando diz que acreditar num Deus ( sem exagero) não prejudica a pessoa ( no sentido de prejudicar-se a si mesmo).
O Somir expandiu um pouco o conceito e avaliou se essa crença prejudica a própria pessoa e também quem a cerca, pois essa pessoa não vive sozinha no mundo, acaba fazendo coisas baseado em sua fé que afetam os demais.
As religiões são uma poderosa ferramenta para dominar uma enorme quantidade de pessoas. Como as ideologias. E algumas doutrinas políticas. Existem muitas pessoas com necessidade de mandar na outras, e elas vão usar o que puderem pra isso. E a opressão pela violência não é uma boa estratégia pois é muito cara ( tem que manter uns capangas) e pode virar contra você ( quase sempre vira).
Qual a diferença do catolicismo para a religião do aquecimento global? Muçulmano ou ativista do Greenpeace? Vou no congresso do PT ou no culto da Universal? É tudo a mesma merda, uns querendo mandar nos outros…Defender a raça ariana ou o politicamente correto é mesmo tão diferente assim?
Sempre que alguém começa a me dizer o que devo fazer ou como devo viver tenho vontade de levantar o dedo médio. Isso acontece o tempo todo…
Nesse sentido não tenho o menor apreço por religiões de qualquer tipo. Mas sei também que sou parte de uma absoluta MINORIA nesse mundo. Existe ainda um número grande de pessoas que QUEREM ser mandadas, que ficam confortáveis sendo guiadas, são como eternas crianças. Decidir sozinho o que fazer usando o cérebro é para poucos…e não quer dizer que esses sejam melhores.
Hoje falei disso com uma amiga. Meu Deus é a virtude. E fodam-se todos que querem me dizer como viver e agir. Eu escuto, leio, assisto filmes, tento entender as idéias de outros e então decido se serve pra mim. Em geral a resposta é negativa. Mas algo se aproveita aqui e ali.
Desculpe pelo comentário do tamanho de um post. Ou não…
Bionicão, eu sou a primeira a dizer que religião é uma merda que fode o mundo e eu acho honestamente que a pessoa se filiar a uma religião é burrice. Salvo engano disso isso expressamente no meu texto. Essas consequencias negativas ao se acreditar em Deus são fruto de religião e não da crença em si.
Não vejo mal algum em uma pessoa desesperada que passa por um momento difícil encontrar um amparo mental se apegando à ideia de um Deus. Daí para o que o Somir narrou, é um passo enorme. Contra o emburrecimento e a divinização eu também sou contra, mas quero ver o Somir convencer que o simples fato de acreditar em um Deus gera emburrecimento. O que emburrece é a religião…
“Eu sou bem racional, como o Somir, e portanto concordo em grande parte com os argumentos dele.”
Você come o Somir?!?!?!
Deja não vai gostar disso…
Putz, vc ficou com ciúme?? Pode ficar com ele pra vc…
Sally, qual é a proporção de pessoas que é capaz de acreditar em Deus sem seguir uma religião. Acho sim que a sequencia mais comum é
Tenho que acreditar em algo…
Que seja Deus então…
Já que tenho que falar com ele, que seja em uma Igreja…
Pronto, faço parte de “algo maior”
Não é obrigatoriamente assim, mas é quase sempre assim…
Bionicão, a proporção é pequena, mas eles EXISTEM.
É POSSÍVEL, mesmo que não seja a regra.
Por isso fiz questão de esclarecer no meu texto que o problema é a religião, é essa busca por respostas bizarra. O simples acreditar não faz mal algum.
Não eram ciúmes, apenas fiquei surpreso. Vocês são adultos e livres, do mesmo modo que Agnaldo Timóteo, para desfrutar da galeria do amor!
“proporção de pessoas que é capaz de acreditar em Deus sem seguir uma religião.”
Pode me colocar na sua porcentagem!
Somir, não seja difícil. Traçar uma linha entre sanidade e insanidade com base no que VOCÊ crê é, no mínimo, arrogante. Pode dizer “Eu não acredito”, como eu faço. Eu realmente não acredito em Deus. Mas afirmar que você tem certeza que não existe…
Algumas pessoas que acreditam sentem de alguma forma uma “troca” com esse suposto Deus, que, como eu disse, pode ser na verdade com elas mesmas, com seu inconsciente ou sei lá o que. O fato é que desperta nelas uma força para viver melhor. Isso não é pouca merda. Foda-se de onde vem, foda-se se a ciência explica. A pessoa tem mais é que se beneficiar disso sem se preocupar com a explicação.
Sally, não seja troll. Minha argumentação sobre a insanidade (fé) da crença em seres imaginários não se baseia apenas nos meus critérios, tanto que cuidadosamente traço paralelos com seres como unicórnios, elfos e outros menos cotados. A não ser que interagir com seres imaginários (ou seja: sem nenhuma comprovação no campo físico) seja medida de equilíbrio mental para todas as outras pessoas além de mim, seu argumento não se sustenta. Não há diferença objetiva entre a possibilidade de existência de qualquer um desses seres mitológicos, só varia a aceitação do público em relação a algumas dessas figuras, como os deuses das religiões vigentes na nossa sociedade.
Acreditar em seres inventados como se fossem reais é medida de insanidade SIM. E passa LONGE de ser apenas uma opinião pessoal minha.
E sobre a “certeza da inexistência”, seu discurso agnóstico falha ao ignorar que em ciência nada é dado como certeza. As melhores aproximações baseadas em medições, experimentos e reproduções são tratadas como informações confiáveis. Eu não posso mesmo ter certeza que deuses não existem, mas pela MESMA argumentação, eu não posso ter certeza que a gravidade existe. Você parece não entender que isso de “você não pode ter certeza” NÃO é argumentação. Certeza é impossível, mas isso nunca nos impediu de fazer análises e previsões acertadíssimas em nossa história. A discussão sobre a existência de deuses baseada nessa incerteza é a MESMA coisa que uma discussão sobre a Lua ser feita de queijo.
Tudo é discutível, tudo é possível, mas daí a ser provável ou comprovável CUSTA.
Eu posso afirmar que deuses não existem com o mesmo grau de certeza que a Lua não é feita de queijo: A teoria jamais foi sustentada com evidências. Existem outras explicações bem mais plausíveis…
E sobre essa suposta “troca” com o ser imaginário… Tudo o que você levanta como possíveis benesses pode e é explicado por inúmeros outros fatores. Você mesma admite isso. O meu ponto aqui é que a crença numa divindade é irrelevante para essas vantagens, a crença é um elemento separado, dispensável. O que, mais uma vez, não parece levantar nenhuma discordância de sua parte.
A crença em si é nociva pelos motivos que expliquei no texto: Glorificação de mentalidade infantil em adultos, anestésico intelectual que facilita exploração e injustiça social em larga escala, ilusão de propósito alheio ao desenvolvido pela própria pessoa… E quando todas essas “fés” se unem, aparece religião.
Então, por favor, me explique: Se você mesma defende que crença em divindades e as benesses que você menciona não precisam estar interligadas, como é que você não chega à conclusão que NÃO é a crença numa divindade que gera isso? O seu argumento não faz sentido porque tem uma contradição aqui.
Eu separei a fé e a analisei. Você não. Se fosse um texto sobre meditação ou auto-ajuda, você até teria razão, mas como estamos falando de acreditar em deuses, não fecha.
#chatopracaralho
por falar em caralho, chato de verdade é aturar crente que vem postar babando por bilau de big brother
Somir, eu concordaria com você se a boa parte da população tivesse condições de ‘escolher’ seus comportamentos baseando-se apenas em seus próprios valores.
Quando morava no interior, meu pai pagava uma escola para a moça que trabalhava em casa. Ela abandonou a escola depois que a professora disse que a Terra é ‘redonda’. Não teve argumentação que fizesse com que ela voltasse às aulas.
Não sei se falta QI, se falta feijão na infância mesmo, se é a falha na primeira educação… O fato é que temos que lidar com pessoas que nem colocando em Harvard vai resolver alguma coisa. Pessoas que não desenvolveram a capacidade de entender a vida adulta… Num extremo, pense numa senhorinha de 70 e poucos anos de idade no sertão nordestino tendo que entender que a água não vem “porque Deus quer”. Vc abre um poço e mostra o resultado da ciência, e ela vai te dizer que foi Deus que te levou pra lá. E não tem argumentação que funcione…
Eu sinceramente acho melhor que elas trabalhem e sejam honestas “graças a Deus”, aos elfos ou aos gnomos (certeza que era a Sasha no pé da cama) do que fiquem bundando por aí porque não acreditam em nada nem tem valores correspondentes à nossa sociedade.
Acho que as religiões são um câncer da sociedade sim… Mas se a dona Maria puder acreditar no unicórnio sem que ela paunocuze os outros e sem que ela seja explorada por Sagitário, o rei dos unicórnios, beleza.
Nesse ponto eu discordo da Sally. Acho que o único que pode ser beneficiado desse tipo de anestésico e força “interior” é o cidadão que não consegue compreender a vida “como ela é”. O cara inteligente, que busca evolução, que tem consciência de suas escolhas, é o cara que tem uma parte do pensamento “infantil”, uma muleta emocional para determinadas situações. Não acho que faça mal, nem que ele encha o saco dos outros, muito menos o julgaria como sendo pior do que outros, mas também não sei o quanto esse pensamento contribui para ele mesmo evoluir.
PS: eu voto que a Sally é ZZUIS que veio nos salvar e destruir a igreja maligna que desvirtuou o mundo. Dá um descontos isso. :)
Sempre defendi a religião como um ‘mal’ necessário. Ela alcança um numero bem maior de pessoas que não tem tnato acesso a filosofias, padrões éticos, ou mesmo os beneficios da ciência.
Algumas pessoas durante periodos curtos ou mesmo longos, podem precisar acreditar em uma força maior que si mesmo. E isso não é apenas fraqueza. Pode ser uma defesa, um apoio, que muitos não conseguiriam de outro lugar.
Neste fim de semana tive de ir num batismo. Reparei em tudo na igreja e no ritual. Imagens, ordem especifica de se fazer as coisas e maneira de recitar palavras. Em nada difere de crendices e surpestições tolas. Eu mesmo nem rezei, ou acompanhei a maioria nisso, porque me sentiria muito hipócrita; mas ao mesmo tempo reparei no sentimento que aquilo tudo gerava. As familias reunidas, num tom de fraternização e união, a felicidade pela consagração da instituição da familia, sob um aspecto esperançoso, etc. Mesmo que seja temporario, é uma coisa bonita.
Sou ateu, mas não sou anti cristao, ou qualquer outra. Seria um fanatismo tão tolo quanto. Simbolos religiosos em repartições não me incomodam, pessoas participando de rituais dentro da igreja, ou acreditando em deuses idem. O que incomoda é tetnar me converter ou ver alguem usando isso isso como argumentação para qualquer outro assunto que naõ seja apenas para seu intimo.
Sally, se tornou uma pessoa mais compreensiva ao meu ver.
Esse ponto de vista é bem interessante, o do mal necessário, o Hugo já tinha falado nele antes. De um ponto de vista histórico faz bastante sentido.
Quando se estuda filosofia, a necessidade de Deus é bem menor. Quando se pratica o auto-conhecimento também. A ciência e a lógica também ajudam. Mas a verdade é que a ESMAGADORA maioria das pessoas não tem acesso a essas coisas.
As religiões tiveram papel fundamental no desenvolvimento da civilização. Direitos humanos para todos é um conceito razoavelmente aceito hoje em dia, mas na época dos romanos foi o cristianismo que começou a defender isso para seus fiéis. Nâo matarás era algo bem inovador na época, pode acreditar…
Teria outros exemplos: o judaísmo é repleto de regras que ajudaram a salvar os judeus em épocas onde as condições sanitárias não eram lá essas coisas…
Um dos problemas é que alguns dogmas que na época tinham sentido hoje não tem mais, mas a religião não pode abandoná-los sob o risco de desmontar todo o castelinho de cartas…
Bionicão, eu não recrimino crianças que tem amigos imaginários porque se sentem sozinhas, acho que se lhes faz bem, ninguém sai ferido com isso. O mesmo vale para Deus.
Hugo, é uma questão de compaixão. Nem todos são tão “fortes”, “fodões” e autosuficientes como o Somir. Algumas pessoas, por circunstâncias pessoais, precisam de um apoio, de um conforto em determinados momentos da vida. Pois que tenham. Quem nunca precisou de algum tipo de conforto ou acolhimento? Fraco é quem não admite sua fraqueza.
Porém continuo radicalmente contra religiões. Até simpatizo com algumas que me parecem fazer mais bem do que mal, como budismo e espiritismo, mas não consigo deixar de achar que elas propagam ignorância e desfavor.
Exatamente, o problema está na instituição religiosa.
Fiquei muito surpresa em ver vc, Sally com uma opinião mais flexivel, mais aberta. Gostei do que vi, quer dizer, do que li.
Em psicologia junguiana se fala da experiência religiosa não aquela que tenha algo haver com a instituição, mas sim, como um processo de individualização da pessoa.
Retificando: individuação
Pois é, Lichia. Uma crença interna, um sentimento, não prejudica ninguém. A exteriorização dele canalizada para rituais, proibições, questões financeiras e coisas do tipo é que limitam uma pessoa. Cada um deve acreditar no que quiser se isso fizer com que a pessoa se sinta melhor.
Lichia, faz tempo que eu quero elogiar você, então vou aproveitar a oportunidade e fazê-lo do jeito imperativo e autoritário que você prefere:
Sinta-se elogiada!!
Paulo, nem precisava do imperativo autoritário… Muito obrigada pelo elogio!!!!!
Vindo de vc, chego a ficar emocionada. ;)
Se não precisa do imperativo autoritário, melhor. :-)
Se quiser passar lá no blog para um café, você é bem vinda!
Passarei, Paulo! Só estou corrida demais, mas prometo que passarei, e lerei!
8D *com muita atenção!!!
Sally, te amo, você é a minha heroína. Teu lugar no céu ta guardado. Você e Jesus tem muita coisa em comum.
Quem sabe eu não sou Ele, que voltou para lutar contra essa podridão de religiões? Vai saber…
Complicado…
Concordo com ambos, mas o x da questão, que me perguntei esses dias, era até quando a crença em deus, sem excessos, pode ser maléfica.
Os textos não me deram o wake up dessa questão.
Não entendi o Manaus e você? Lá vem outra gripe suína?
“Manaus, e você?” era uma frase que a Lindamar usava para se apresentar, ela é de Manaus
Eu já conheci pessoas que acreditam em um Deus sem ter qualquer religião e apenas se beneficiam disso, sem se deixar acomodar ou manipular. Depois que conheci gente assim mudei de ideia e vi que é possível acreditar sem que isso te prejudique. É difícil, pois é sempre tentador querer se encostar na ideia de Deus, mas pessoas esclarecidas conseguem uma crença benéfica.
A LindaMàr chama o Somir de mijão por causa daquele lence da pia?
Exatamente…
Torcer pelo Corinthians é um ato de fé. Aliás, os cristãos de Corinto, homenageados por este clube, eram amiguinhos de Saulo de Tarso, mais conhecido como São Paulo. Vai ver, é por isso que até hoje há este amor mal resolvido entre Corintianos e São Paulinos.
Acreditar em Deus é uma faca de dois “legumes”, como diria o finado Vicente Matheus. Quando você deixa de fazer a sua parte, achando que o Divino vai resolver tudo por você, é um problema. Quando não há mais o que fazer, acreditar dá a força que a Sally menciona. O problema do Somir com o Divino deve vir do Ademir da Guia, o craque palmeirense que atendia por este epíteto.
Claaaaaaaro que eu apareceria para comentar este Post!! :)
Somir você é muito intrasigente e pouco diplomático.
Isso de : Defender fé é coisa de quem não está pensando ou está mal intencionado
Oi??
É que não dá nem pra argumentar porque você se mostra tão cheio de razão sobre coisas que ninguém nesse mundo, pode afirmar ou negar…
Burrice é acreditar que sabe mais que os outros ou julgar-se superior dentro da propria ignorância…
E quem defende mandinga e superstição absurda para fazer o time de futebol ganhar é o que??
Gênio??? Evolução humana em pessoa???
Você se contradiz….porque acreditar em superstição, mandinga também é acreditar no que não se pode provar.
Concordo em muitos pontos com a Sally ( Sim, você escutou um aleluia!!!)!!
A religião como em tudo nesse mundo, tem prós e contras…excessos e pontos de equilíbrio. Um vez comentei que também acho horrível esses dogmas de castidade que instigam à pedofilia, abortos e homosexualismo dentro da igreja.
A roubalheira que acontece em nome da fé das pessoas e por aí vai…
A ideia de igreja real é muito diferente do que se tem hoje. Igreja seria o templo, a casa de Deus onde os fiéis a ele…não a igreja, pudessem contemplar em oração, em grupo e em paz. O que se fala do dízimo e que muita gente tira proveito, seria para ajudar na manutenção da casa de Deus, para que ela sempre existisse com dignindade e que ali as pessoas tivessem a liberdade fazer suas orações…o que foge da realidade. Não é lugar de comércio e muito menos de enriquecimento ilícito.
Existem muito trabalhos sociais e de conscientização sobre drogas, sexo, família, desamparados….que são realizados através de alguma instituição religiosa. Infelizmente existe gente mal intencionada em qualquer canto do mundo.
Deus realmente é algo que vive dentro de nós e nos impulsiona a ir mais adiante, a não desisitir, que nos faz sentir protegidos….e nos faz melhores pessoas creio eu.
Larissa, não se engane, eu continuo não acreditando em Deus. Só acho que para algumas pessoas que acreditam pode ser benéfico…
tá beleza….só isso já está muito bom!! :))