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Processa Eu!: Houitney Whiuston

| Sally | | 35 comentários em Processa Eu!: Houitney Whiuston

A forma mais rápida de limpar seu nome e valorizar seus feitos continua sendo morrer, não é mesmo? Não aqui. Aqui na República Impopular do Desfavor quando morrem pessoas sem méritos a gente vira as costas e segue a vida. Mas na Suíça… ah a Suíça… quando morre alguém eles se esquecem de tudo que falaram mal da pessoa, como foi com Jicakel Mackson, e se comovem. Não seria diferente desta vez: ex-estrela brega, atual subcelebridade drogada, decadente e acima do peso, mais uma da grossa lista de cantoras que acham que cantam quando na verdade berram… Processa Eu, Houitney Whiuston.

Quem olhava aquela carinha de Alcione, A Marrom dos EUA achava até que ela vinha de baixo, dos guetos, da periferia, alcançando o sucesso depois de muitas reviravoltas. Mas não, quando se tem mãe cantora, primos cantores e nada mais nada menos do que Arettha Franklin como madrinha, a trajetória não é tão sofrida. Começou a cantar no coral da Igreja e logo estava acompanhando a mãe em seus shows. Nada de extraordinário, nada de história triste nem de exemplo de superação. Com os contatos certos, logo lançaria seu primeiro álbum.

Vendeu bem, ela sempre vendeu bem. Como se isso avalizasse alguma coisa. Tiririca vendeu bem, Polegar recebeu disco de ouro e de platina. Nós aqui da RID sabemos que para vender bem basta um belo jabá, um belo trabalho publicitário em torno do artista e massificação de suas músicas, tocadas exaustivamente até aderir ao pequeno cérebro dos suíços. Mas na Suíça, coitados, eles ainda acham que quantidade é sinônimo de qualidade. Acreditam que se vendeu bem é porque a pessoa é boa, quando na verdade geralmente ocorre o contrário, basta ver quem foram os candidatos mais votados nas urnas para ver do que a maioria é capaz.

Se cantando ela já paunocuzava, atuando então, instigava o suicídio. Estrelou um filme lastimável com um galã decadente e roteiro imbecilóide, onde ela era uma estrela e acabava tomando um creu do seu guarda-costas. Sabe filme feito para gente ingorante sem a menor capacidade reflexiva, que leva uma vida tão medíocre, tão de merda, que nas suas horas de lazer precisa se alienar e mergulhar em um mundo falso de glamour declaradamente impossível e mentiroso? É isso aí. O filme virou referência entre barangas, mal amadas, chifrudas e todas essas mulheres que precisam acreditar em histórias fantasiosas de amor perfeito. Não tenho relato de homens que tenham assistido a esse filme, ao menos não até o final, sem dormir, ir embora no meio ou sair para vomitar.

E a música tema desse filme? Sempre naquela vibe gritando para tentar cantar, a interpretação de Houitney Whiuston foi um duplo desfavor: primeiro pela música horrenda e brega em si, segundo porque depois desse filme milhões de mulheres e gays no mundo todo se acharam no direito de sair cantando essa merda e alguns conseguem até mesmo ser piores do que ela. Esta porra desta música brega ecoou por meses de forma incessante em todos os cantos da Suíça e cenas do filme eram recriadas de forma tosca por populares cafonas em casamentos, festas de 15 anos e outros rituais bregas que essa gente costuma fazer.

Tenho muita certeza que metade dos suíços que ouviam e cantavam suas músicas o faziam com tanto entusiasmo porque não compreendiam as letras. Porque na Suíça é assim: se é em inglês, é chique, tem presunção de qualidade. A letras das músicas de Houitney não diferem muito das letras de pagodeiros e sertanejos suíços. São sofríveis, bregas e fúteis.

Mas, como qualquer celebridade que se firmou na base da massificação, da imposição midiática, do jabá, Houitney não durou muito. Nos anos 2000 seus álbuns já eram um fracasso, sua vida pessoal um desastre e veio à tona uma série de problemas envolvendo sua dependência química. Ok, devo admitir que no quesito drogas ela era competente. A mocinha usava de tudo: maconha, cocaína, crack, heroína, álcool, remédios e outros. Foi para a Rehab várias vezes, quando a Rehab ainda não se chamava Rehab. E adiantou porra nenhuma. Até o fim da sua vida seria escrava das drogas. Se ao menos as drogas a tivessem feito parar de cantar… mas não, foi um vício em vão, que não trouxe qualquer coisa boa. O máximo que aconteceu foi ela faltar a shows. Grandes merda.

Você pode estar pensando que a imprensa é má e adora atribuir vícios aos famosos. Sempre tem quem pense assim. Não adianta falar que ela foi presa em aeroporto com drogas (cúmulo da burrice), sempre acham que é invenção. Então vamos ver o que contou uma pessoa da família de Houitney Whiuston? “Quando está drogada, ela vê demônios, esmurra-se a si própria, parte tudo o que encontra pela frente. Fica dias consecutivos fechada no quarto rodeada de lixo. Outras vezes desaparece e encontramo-la nas partes mais perigosas de Los Angeles. Ela pode morrer com uma overdose ou enlouquecer. Ela não tem consciência do que faz. Uma vez, ela estava tão mal que já nem conseguia reter a urina. Usamos uma fralda para a levar para uma clínica de reabilitação. Mas ela fumou ‘crack’ durante todo o caminho.”. DIVA, hein? SIMIJANDO toda enquanto fuma crack. 100% DIVA.

Você pode pensar que usar drogas é o fundo do poço que uma (sub)celebridade pode chegar. Mas não é, Houitney foi mais fundo. Não bastasse usar drogas, ela desceu mais um degrau: fez um reality show. E ainda tem idiotas que insistem em chamar essa mulher de DIVA! Alguém já viu uma diva fazer um reality show? Sério mesmo, você imagina Grace Kelly (a original, não a mulher maçã) fazendo um reality show? Trash, a negona era trash toda a vida, de diva não tinha nada. E ainda era um reality onde filmavam ela e seu marido, em um casamento cheio de brigas (inclusive com violência física), drogas e baixarias. Se essa mulher era uma diva, meu cu também é.

O nível deste reality era algo indescritível. Só para vocês terem uma idéia, uma vez o maridão dela, Bobby Brown, contou como teve que meter o dedo no cu da Houitney para tirar um cocô lá de dentro porque ela tinha “cortado o rabo do macaco”. Ela respondeu “That´s black Love” e eu mentalmente agradeci por ser branca feito leite azedo, porque se falar isso tentam te meter na cadeia né? Se tirar bosta do cu do outro com dedo é black love, eu sou White Pride forever.

Além de tudo rolava uma anorexia na nossa Alcione dos EUA, o que em parte nem era de todo ruim, já que ela é uma estranha exceção: pessoa que usa drogas como cocaína e ainda assim não para de engordar, algo que eu chamo de “síndrome de Maradona”. Sabe aquelas gorduchinhas que logo ganham um braço do tamanho de uma coxa? Pois é. Teve uma época em que eu vi uma foto dela e me lembro até hoje de tê-la confundido com Mike Tyson. A fofolete vivia arrebentando vestido no palco nos seus tempos de porquinha, tem até vídeos. Se a gente pensar bem, nem a anorexia nem as drogas foram tão ruins, pois cagaram de vez a voz dela. Daí você se pergunta como pode, já que vários cantores famosos usam drogas e continuam a cantar bem. Eu respondo: ela não cantava, ela berrava. Parou de conseguir berrar, logo, parou de cantar. Basta buscar pelo nome dela seguido da palavra FAIL no YouTube e ver sua incapacidade vocal.

Ela teve uma filha, à qual chamou de Bobbi. Gente assim deveria ser presa: o marido dela se chamava Bobby e sua filhA meninA Bobbi. Pouca criatividade para uma suposta artista, hein? Porque não bastava ver mamãe se drogando, bebendo, tendo overdose, viajando em turnê, brigando e apanhando do papai e sofrendo com anorexia, ela também tinha que se chamar BOBBI, para garantir que não apenas sua casa seria um inferno, como o colégio também. E para garantir uma infância bem traumática, ainda colocaram este segundo nome na criatura: BOBBI KRISTINA. Podia prestar? Não podia. O National Enquirer e outros jornais anunciaram que a filha tentou esfaquear Houitney em 2008. Honestamente, não a culpo.

Sobre o marido dela, além de ter todo o nosso apoio por embolachá-la, queria dizer apenas uma coisa. Depois que se separou ele decidiu escrever um livro, chamado “Bobby Brown: The Truth, the Whole Truth and Nothing But”, contando supostas verdades sobre o casamento. Seria tentador transcrever metade do livro, porque tem uns babados muito sujos, mas enfim, só tenho quatro páginas e blá, blá, blá, vocês sabem. Então, escolhi apenas uma informação. Ele conta que quando conheceu Houitney ela andava colando velcro e para abafar os rumores sobre um caso com sua assistente, ela decidiu casar.

Uma coisa eu tenho que admitir: esta senhora fez um bem para o ateísmo. Porque por diversas vezes ela deu entrevistas (uma delas ficou especialmente famosa, para Oprah Winfrey) dizendo que havia superado completamente seu vício em drogas graças a Deus e à religião. Frase de destaque: “Não acredito que não vá sentir nunca mais o desejo de usar essas drogas. Só basta um minuto para tirar esses pensamentos da minha cabeça! Oro e eles se vão.” Frase nossa em resposta: “CADE O SEU DEUS?” RID informa: orar não é eficiente para se livrar das drogas. Depois desta entrevista ela foi vista muito doida diversas vezes e acabou ficando viciada também em remédios.

Nos anos que seguiram a esta solução mágica (= orar), a carreira dela foi risível. Foi vaiada em diversos países não apenas por cantar mal (= berrar pouco) como também por esquecer as letras e não conseguir terminar seus shows. Até as manchetes de jornal da época retratam impaciência: “Novamente, por causa das drogas, Houitney Whiuston dá vexame em shows”. Saiu debaixo de vaias até mesmo em países civilizados como a Alemanha. Depois de muitas vaias, muitos vexames, decidiram que ela estava tão na garupa do Bozo que não tinha mais condições de cantar, então colocaram ela para dublar músicas. Também deu merda. Na Austrália, por exemplo, neguinho saiu no meio do show reclamando que aquilo era uma palhaçada.

Sua morte, até o fechamento deste Processa Eu, ainda era de causa incerta. Ela foi encontrada afogada em sua banheira (e a gente achando que merda bóia…) e uma “quantidade excessiva de remédios”, segundo os jornais, foram encontrados. Eram remedinhos bem pesados, coisas como Valium, Lorazepam, Xanax e um remédio para dormir. Familiares deram entrevistas dizendo que era comum ela tomar remedinhos antes dos shows para “relaxar”. Acredita-se que ela tenha caído na banheira ou se afogado por causa destes remédios.

O engraçado é a imprensa limpando a barra dela dizendo que “drogas ilícitas não foram encontradas no quarto”. Parece o que fizeram com a Amy. Como se as drogas não tivessem contribuído em nada para a pessoa chegar naquele estado de degradação e como se bebidas alcoólicas ou remédios que são vendidos de forma lícita não pudessem ser usados como drogas, em um excesso letal. Mas eles insistem em tentar limpar o nome da Alcione dos EUA repetindo que não foram encontradas drogas ilícitas no quarto.

Primeiro que as drogas tem que ser procuradas no organismo dela, não no quarto e segundo que tomar uma caralhada de drogas lícitas é se drogar do mesmo jeito. Na semana anterior à sua morte, em sua ultima aparição pública, ela foi vista saindo de uma boate muito doida. Mal conseguia andar, estava escorada por seguranças e tinha ferimentos na perna e no pulso, de onde escorria sangue. Nesse instante, em algum lugar, Deus fazia um sinal de “joinha” e dizia “Ora, otária, ora para esses criminosos oportunistas filhos da puta, ora…”.

Houitney Whiuston foi uma “cantora” fabricada, que ganhou um banho de loja, uma produção impecável, retoques em sua voz e uma exposição massiva da sua música. Assim, até o Somir de peruca faz sucesso como uma das divas da música. Ela não tem méritos. Seu único mérito teria sido agarrar esta oportunidade de ouro que teve graças à sorte de nascer na família certa e explorá-la ao máximo. Mas não, em vez disso detonou a si mesma com drogas, evasão de privaciade e baixarias. E ainda é endeusada.

Esses idiotas da Suíça não param de endeusar pessoas estúpidas ou criminosas que conseguem fama e dinheiro. Não importa ser era um drogado de merda, um péssimo exemplo, se batia, se mentia. Fez sucesso? Ganhou dinheiro? Eles idolatram, porque é isso que importa, foda-se se a pessoa é uma fraude, é um péssimo profissional ou se não tem um pingo de ética. Fez fama, merece ser admirado, porque na Suíça, ser famoso é a qualidade mais nobre que alguém pode pretender.

Para o resto do mundo era uma coitada, uma profissional medíocre, uma mulher acabada, que fracassou. Fracassou por não ter aproveitado as oportunidades, por não ter criado de forma apropriada sua filha, por não ter cuidado de si mesma. Fama? É, ela teve fama sim, mas não é isso que importa na cabeça de pessoas com um pingo de conteúdo. Coitada, até que ela teve fama, mas passou por tanta merda, por tanto vexame, por tanta humilhação, que melhor tivesse crescido e vivido uma vida normal no anonimato.

E sim, ela cantava MAL, MUITO MAL. Se você não pode ver isso, aprenda a diferença entre cantar e gritar. E se preparem, porque ela deixou um filminho brega que seria lançado em agosto deste ano. O que seria mais um fracasso de bilheterias vai bombar, da mesma forma que aconteceu com o “This is it”. Saco…

Para explorar pela milésima vez o argumento de que eu só escrevo essas coisas porque tenho inveja e projetar em mim a sua inveja da fama alheia, para me ajudar a chutar cachorro morto ou ainda para me ameaçar com algum castigo futuro e incerto da sua religião: sally@desfavor.com


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