Skip to main content

Sally Surtada: Mijar na rua.

| Sally | | 142 comentários em Sally Surtada: Mijar na rua.

Primeiro Sally Surtada de 2012. Faz três anos que escrevo esta coluna e ainda existem mentes brilhantes que não entenderam a proposta. Para você que acabou de chegar, esta coluna é destinada exclusivamente a falar mal de homem. Não é um falar mal gratuito, mas também não é uma crítica profunda e elaborada. Atentem para o nome: SALLY SURTADA. É aquele falar mal “desabafo”, sabe? É o falar mal de quem está no limite da paciência e não agüenta mais determinada conduta escrota reiterada. Por isso, não venham me encher o saco nos comentários sobre palavrão e etc. É SALLY SURTADA, não é “Sally Reflete”. Quando você surta você é educado? Eu não sou. Esta coluna é um ato de desabafo. Nada mais. Vamos ao assunto de hoje.

Entre as muitas coisas inconvenientes que homens costumam fazer, tem uma que me irrita em particular, a ponto de me fazer escrever QUATRO FUCKIN’ PÁGINAS só sobre isso. Se você espera um tema profundo hoje, passa outro dia: Porque merdas os homens se sentem no direito de botar o pau para fora da calça e mijar em lugares públicos?

Eu sei que em algum momento alguém vai levantar a lebre de que hoje existem mulheres que fazem isso também, mas, convenhamos, elas são a exceção. A regra é que mulheres não aliviem suas necessidades fisiológicas em locais públicos. Então, não me venham com esse argumento. Até porque, quando uma mulher o faz, é execrada: todo mundo acha feio, nojento, vulgar e reprovável.

Não espero muita cultura e educação. Não estou pedindo nada de mais. Estou pedindo apenas que não façam suas necessidades fisiológicas no meio da rua ou em locais públicos. Não é porque homens tem equipamento para isso que adquirem o direito a sair mijando por aí. Eu não sou obrigada a ver (e muitas vezes ouvir) isso. Não é frescura, não é pentelhação. É uma questão básica de educação. Se você não pode ver isso, ou pior, consegue ver e se auto-perdoar, eu te desprezo.

Eu sei que neste país o povo é particularmente mal educado e abusado, achando que pode fazer o que quer, mas mesmo para um povinho mal educado fazer necessidades fisiológicas na rua é demais da conta. É tão errado, de tantas formas, que não consigo nem discutir com quem tenta argumentar sobre a “inofensividade” do ato. A ofensividade está nos olhos de quem vê, e não de quem faz. Presumir que todos os transeuntes estarão de acordo com aquilo só porque você não acha nada de mais é Universo Umbigo ao quadrado.

Para começo de conversa, eu não sou obrigada a ver o pau dos outros. Não sou mesmo. E acredito que todos vocês que tem mãe, irmã, esposa ou filha compartilhem do meu pensamento: elas não são obrigadas a ver o pau dos outros. Por mais que vocês homens super acreditem que conseguem disfarçar bem essa mixaria malocadinha na calça, sinto informar que DÁ PARA VER SIM, dá para ver aquela cabecinha mijando. Dá para dizer até se é rosa, marrom, vermelha ou roxa. Sério mesmo que você se acha tão fodástico que se sente no direito de impor a visão do seu pau para qualquer mulher que tiver a infelicidade de transitar pelo local público por onde você está mijando? Tomara que seu pau fique verde e caia.

Também tem um outro lado da moeda que poucas pessoas pensam: a parceira do imbecilóide que está mijando na rua. Porque vai a gente mostrar um peito no meio da rua (que seja, abrir a blusa contra um muro se for o caso), e vê só o escândalo que o animal que te acompanha vai fazer! Mas ele pode mostrar o pau para quem quiser manjar, né? E tem gente que manja mesmo. Tenho inclusive uma amiga que TIRA FOTOS com seu celular e coloca em um blog que ela tem EXCLUSIVAMEMENTE para isso, destinado a sacanear os mijões. Bacana, já pensou? Ver uma foto do pau do seu marido ou namorado imortalizado na internet para quem quiser olhar? Racinha desgraçada, né não? Os mesmos que dão faniquito por uma saia muito curta se sentem no direito de botar o pau para fora em público! Vai ser hipócrita assim, literalmente, com as putas que os pariram, responsáveis por esta falta de educação.

Tem também a questão do nojo. Porque dependendo da pessoa que vê a cena, pode causar um nojo danado. Em mim causa. Já pensou, tá você lá comendo alguma coisa e nas proximidades um elemento urinando? Me poupe! Tem quem não se importe, mas tem quem ache nojento estar nas proximidades de outro ser humano fazendo suas necessidades fisiológicas! Aquele barulhinho do mijo pingando… eu não sou obrigada a passar por isso. E o cheiro que vem algumas vezes? Se a pessoa tiver bebido (e é muito comum que quem bebe o faça) fica aquele mix uréia + álcool asqueroso que contamina as redondezas. E quando a pessoa urina em um local que você poderia utilizar ou de alguma forma te prejudica? E quando a pessoa urina NA FUCKIN’ RODA DO SEU CARRO? Seus viados! Enferruja a porra da roda, vocês sabiam?

Temos também a questão da falta de higiene total. Além de deixar o local público todo sujo, a mão da pessoa invariavelmente fica suja também. Por mais habilidoso que seja o homem, dificilmente não bate um respingo em algum lugar: tênis, barra da calça, meia, bermuda, mãos… Líquido RESPINGA, seus animais! E um simples respinguinho de nada de mijo vai te deixar com cheiro de mijo o resto do dia. Daí muitas vezes você tem que sentar na mesma mesa, entrar no mesmo carro ou de alguma forma conviver com uma pessoa meio mijadinha, com aquele cheirinho azedo estranho. Ok, convenciona-se não falar no assunto, mas eu vou trair o movimento das mulheres e falar: É CHATO, É ESCROTO, É RUIM, TODO MUNDO PERCEBE, INCOMODA e nós inclusive temos um termo específico para designar macho com resquício de urina. Vai achando que a ninguém percebe que você mijou!

E as mãos? Grandes chances de algo cair nas mãos. O que eu tenho com isso? É que muitas vezes quando você está no mesmo ambiente que o mijão de merda que faz uma porra dessas, ele ENCOSTA em objetos de uso comum: saleiros, banco do carro, roletas ou qualquer outra coisa que vocês queiram imaginar. Eu mereço? EU MEREÇO? Eu sou uma cidadã correta, pago meus impostos, eu mereço ter que tocar no mijo alheio por tabela? Quem merda vocês pensam que são para sujeitar as pessoas a tocarem nos seus mijos por tabela?

A coisa se torna ainda mais grave e broxante quando quem efetua essa atrocidade é um Zé Ruela com o qual, por uma infelicidade, você está tendo alguma coisa. Aí, minhas amigas, se preparem, porque surgirão uma infinidade de maus momentos além de todos os que já foram narrados.

Mas antes, um paragrafozinho para compartilhar uma teoria minha. Mulheres, como regra geral, são mais higiênicas do que homens. Graças a isso, mulheres são taxadas de “frescas”. Porém, contudo, entretanto, se compararmos de igual para igual, homem é mais fresco do que mulher. O que acontece é que a mulher, por ser mais higiênica, não expõe o homem quase nunca a porcaria alguma. Mas, se a gente for comparar em igualdade de situações, homem reage com muito menos tolerância a porcarias e nojeiras. Mija uma mulher na frente do homem e depois abraça e beija ele para você ver. Então, vai tomar muito no cu quem quiser desmerecer meu argumento falando que mulher é fresca. No dia em que vocês engolirem porra, presenciarem arroto e peido e observarem mijo DIBOA, abram a boca para falar. Até lá, calem a merda da boca. Bando de porcos que mijam no box, pensam que eu esqueci? Menos o Phill. O Phill está excluído do esporro.

Voltando às implicações de se relacionar com um PORCO DE MERDA SEM CONSIDERAÇÃO que se sente no direito de realizar suas necessidades fisiológicas em um local público. Vamos lá, o grau de “broxamento” é descomunal. Primeiro pela decepção de perceber que é um porco de merda. Segundo pela decepção de perceber que ele nem ao menos se deu ao trabalho de disfarçar que é um porco de merda. Terceiro pelo pavor de cogitar que ele é tão porco de merda que nem ao menos conseguiu perceber que isso era algo que deveria ser escondido porque depõe contra ele ser um porco de merda. Ou seja, porco de merda e sem noção de regras sociais. Tem futuro na sua vida uma pessoa assim?

Daí vem todo o desgosto propriamente dito de ver/ouvir aquela cena. Porque, Meus Queridos Porcos de Merda, vocês podem tentar desautorizar meu argumento dizendo que eu sou a única que pensa assim, mas eu lhes asseguro que a maioria esmagadora das mulheres sente quebrar lá no fundo de sua alma algo de cunho sexual quando vê seu homem realizando uma necessidade fisiológica. É como se você tivesse visto alguém cagando no seu travesseiro. Mesmo que lavassem depois, você colocaria sua cabecinha nele com a mesma tranqüilidade de antes?

Tirando a questão psicológica, porque eu sei que esse bando de PORCO DE MERDA vai arrumar um jeito de distorcer meu argumento e me taxar de maluca para não acreditar no que eu digo, tem também a questão física em si. Vocês acham legal mijar, sacudir essa mixaria aí que tem no meio das pernas, guardar e vir encostar na gente? Como diria Meredith, SERIOUSLY? Vocês acham que tem clima para agarração depois de uma coisa assim? VOCÊS teriam disposição para dar uns amassos em uma mulher se a tivesse visto mijando e soubesse que sua calcinha está com gotas de mijo? Porque, Senhoras e Senhores, sejamos francos, todos nós somos adultos o bastante para saber que a última gota é da cueca. É DA FUCKIN’CUECA!

Realiza: você está em um evento público qualquer com um Zé Porco de Merda que mija em público e depois quer te agarrar. Dá vontade de colar quadril com quadril? Dá ânimo de deixar ele passar a mão no seu cabelo? Dá coragem de sequer roçar a mão perto da calça dele e quem dirá dentro? E ainda existem os piores de todos, os mais porcoescrotosdemerdafudidos que chegam ao cúmulo de achar que não há qualquer problema se, após um certo decurso de tempo, insinuar um desejo por sexo oral. Mas olha… esse tipo de gente tem que se foder muito na vida. Tem que ter câncer peniano e sofrer amputação ficando com um segundo umbigo. No dia em que uma mulher quiser LAMBER MIJO, ela vai até uma PRIVADA, que NÃO FALA, NÃO RONCA, NÃO ENCHE O SACO E NÃO TRAI. Ficou claro ou quer que eu desenhe? Porque sim, eu adoraria desenhar.

Mijar em público é coisa de bicho. DE FUCKIN’ BICHO. Se aquela senhora sua mãe não te ensinou isso, você teve uma educação deficiente. É absurdo que alguém não sinta vergonha de realizar suas necessidades fisiológicas em um local público, independente do eventual prejuízo que isso traga para terceiros. O ato por si só já é uma vergonha. E é proibido por lei, para quem não sabe.

VOCÊ NÃO É TÃO IMPORTANTE ASSIM para justificar botar o pau para fora e urinar em um local público. Você tem um órgão chamado BE-XI-GA, destinado a armazenar a sua urina até que você esteja apto a eliminá-la em um local adequado, chamado PRI-VA-DA. Para aqueles bebês chorões cuzões que dizem que estão apertados e não agüentam, minha sugestão é que USEM FRALDAS então. Não agüenta é o caralho! Então se estiverem apertados, com vontade de cagar, se cagam nas calças? Arriam as calças e cagam no meio da rua? (temo que existam algumas respostas afirmativas para esta pergunta). Está apertado procura um banheiro: restaurante, banheiro público, qualquer coisa. QUALQUER COISA menos mijar na rua!

Mas não. NÃÃÃÃÃÃO, os Porcos de Merda são muito importantes para aprender a esperar. Quer mijar? Vai esperar para que? Ele é o rei do mundo, o dono da rua, ele aprendeu em casa que pode fazer o que quer! Ele bota o pau para fora e mija, porque ele tem certeza que nada vai lhe acontecer, afinal ele escolhe qual lei quer cumprir. Tomara, TOMARA que seja perto de mim, porque a última pessoa que fez uma porra dessas me irritou o bastante para que eu saque meu aparelho de choque da bolsa (o qual eu apelidei carinhosamente de “O Doutrinador”) e lhe dê um choque. É, meus amigos. Vocês se acham fodões, mas às vezes cruza uma maluca no seu caminho, uma maluca que pode se dar ao luxo de fazer uma porra dessas. A merda de ser maluco é que sempre tem um maluco mais maluco do que você.

Você, Amiga Calcinha: não te peço para dar choque nem agredir porque pode acabar mal para você, mas faça a sua parte. Faça alguma pequena delinqüência com um PORCO DE MERDA que se acha importantão a ponto de botar o pau para fora e mijar em um local público. Vamos educar esses merdinhas, já que aparentemente as mães falharam. Pode ser qualquer coisa: tira fotinho e manda para mim que eu publico aqui e ainda investigo nome e sobrenome. Grita. Chama um policial. Aponta pro pau e ri dizendo que é feio. FAÇA QUALQUER COISA. Isso tem que acabar.

Até quando… ATÉ QUANDO seremos obrigadas a transitar em locais onde homens se comportam como bichos? Os mesmos filhos da puta que reclamam e se dizem indignados por uma série de outras transgressões mijam em locais públicos! Bando de filho da puta: para se INDIGNAR, antes de mais nada, e preciso SER DIGNO. Quem mija na rua está longe disso.

“Lugar de mijo e bosta é na privada”
Phill – 10/05/2011

Para me chamar daquelas coisas de sempre (mal-amada, mal-comida, histérica, maluca, lésbica, fresca e o que mais possa desautorizar um pensamento meu que te incomoda), para negar que você mije em público mesmo sabendo que o faz ou ainda para valorizar cada dia mais a sua namorada quando comparada comigo: sally@desfavor.com


Comments (142)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: