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Sally Surtada: Bastidores (reloaded).

| Sally | | 190 comentários em Sally Surtada: Bastidores (reloaded).

Para quem não sabe, este foi meu primeiro texto publicado em um blog, em 2007. Estava no Desfavor, mas quando declaramos independência e nos tornamos a República Independente do Desfavor ele se perdeu no processo. Diante das reclamações de alguns leitores, decidi republicá-lo dando uma melhorada, porque vamos combinar, eu escrevia mal pra caralho cinco anos atrás: Bastidores Reloaded.

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso, mas conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes. O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores.

Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo “Vamos jantar amanhã?”. Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: “Claro, vamos sim”.

Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia. Evidentemente, você também para de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e acredita, contra todas as evidência científicas, que é possível emagrecer de um dia para o outro. Daí pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável.

Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos – e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando “Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?” Lei de Murphy. Sempre dá merda. Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão é pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino. Isso é um absurdo, verdadeiro absurdo. Nós mulheres passamos horas na academia malhando e o desgraçado vai reparar justamente onde? Para porra do pé! Isso é coisa de… Melhor mudar de assunto…

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc.. E nessa se vai mais uma hora do seu dia e melhor nem citar o quanto de dinheiro. Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, virilha, sobrancelha etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem. Cadê que você tem tantas horas do dia disponíveis?

Se você trabalha, grandes chances de não conseguir fazer tudo isso em 24 horas. Provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço, depilação assim que sair do trabalho e correr para comprar roupa no final do dia em um shopping e vai ser só isso.

Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Ruela em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele. Mais horas do seu dia e menos dinheiro em sua conta bancária. Pode querer comprar também uma lingerie especial, dependendo da ocasião. Pronto, mais horas do dia e menos dinheiro ainda. Para que? Para que? Para na-da, já que um homem não tem a menor noção da diferença entre uma calcinha de R$ 5,00 e uma calcinha de R$ 200,00 e existem grandes chances dele arrancar tudo embolado com a sua calça e nem ver. Isso quando não querem bancar os machões e puxam de uma vez só arrebentando tudo. Seus idiotas! Vocês estão rasgando R$ 200,00, vocês gostariam que a gente quebrasse um jogo de PS3 na sua frente? Custa apreciar a porra da lingerie? A gente passou a noite toda com essa rendinha pinicando no rego, um pouco de consideração é bem vinda.

Parabéns, você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah sim, você vai dormir, COM FOME. A dieta do queijo continua. Sabe aquele frio que a gente começa a sentir quando está com muita fome? Pois é, você vai dormir com frio e com fome e talvez com alguma tremedeira, para no dia seguinte acordar com o exato mesmo corpo com que deitou. Mas se sentindo mais magra.

Dia seguinte. É hoje seu grande dia (NOT!). A aflição começa assim que você percebe que o Zé Ruela não comunica onde vai te levar. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber. Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, aliás, na maior parte das vezes, eles tem um mau gosto tão galopante que seria até um elogio ele não gostar. Mas a gente se importa, mulher é um bicho otário. Como dizia Angie Dickinson: “Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens”. Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem, mesmo que para as outras pessoas.

E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, não sabem. Não devem saber o nome nem de cinco tipos de roupa feminina. Para eles é muito simples, as Madames só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma Camisa Pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que Madame abra a boca e diga “sei lá, normal, roupa normal”. Eles não sabem que isso não ajuda em nada. Você pensa: “Defina normal, imbecil!” mas sussurra um “ok” e manda um palavrão mental.

Escolhida a roupa, com a resignação que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para algumas é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação (horrível que seja com “s”, né? deveria ser com “x”), etc. E o cabelo? Tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda pode vir a chapinha, prancha e/ou secador com o finalizador, o reparador o protetor térmico e o silicone para as pontas duplas. Se juntar todos os produtos de beleza de uma mulher e somar o valor, dá um carro zero popular.

Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Como dizia Napoleão Bonaparte, “Mulheres tem duas grandes armas: lágrimas e maquiagem”. Daí vem aquela tarefa sutil de estar maquiada sem parecer que está maquiada. Você fica passando reboco na cara para esconder as inúmeras imperfeições com a constante preocupação de ficar com um rosto natural. Na hora de maquiar os olhos a tarefa pode ser especialmente árdua, pois em função da sensacional dieta do queijo você treme mais do que o Michael J. Fox. Pronto, a maquiagem acabou. Surge a obrigação social de não chorar mais até o dia seguinte sob pena do efeito Coringa, do Batman. Se bocejar e o olho encher de água, tem que ficar com os olhos arregalados, cosplay de Simpsons, para não escorrer e não borrar. Ser mulher é karma.

Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda. É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte… PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um cu. Um cu sujo e mal lavado. Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa gritando “EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA”. O chato é ter que refazer a maquiagem. Daí você já está predisposta a uma visão muito crítica e não consegue achar mais nada bom.

E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas. Se estiver sozinha em casa tem que ficar pulando e puxando a calça enquanto está no ar. Não esqueça de fechar as cortinas nesse momento, sabe como é, não queremos perder a dignidade no YouTube.

Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da ligerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável. Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa “Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda”. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa.

Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento, uma espécie de culpa cristã só que ligada a moda. Se eu estou confortável tem algo de errado. Aí você começa a pensar “E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha… Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele ou vai que ela aparece na cintura da calça… se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo…”. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas porras mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir.

Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível. Fato: você passa a noite toda com um desejo incontrolável de tirar aquela merda de dentro da sua bunda a ponto de mal conseguir se concentrar no que ele fala, mas não o faz, porque você é fina. Chega a um ponto que você considera fazer sexo no primeiro encontro só para poder tirar aquela calcinha maldita do demônio de dentro do seu corpo.

Os sapatos. Ahhh os sapatos… Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Dica de alguém que não merece ter as dicas seguidas: quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um “Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar!”.

O que se segue sou eu tentando fazer parecer que as lágrimas são de emoção. Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Porra… me custou muito caro. Posso não usá-lo, mas quero tê-lo. Horrível e materialista, eu tenho plena consciência que vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente! Mas por hora, o sapato fica. Se você optar pelo sapato assassino, ao menos enrole seus dedinhos em esparadrapo transparente para que nenhum deles fique só no osso durante a noite. Porque bolha é coisa de homem, mulher acaba esfolando o dedo até ficar em carne viva, nós usamos sandálias sem meia.

Apesar do texto enorme, quero deixar claro que o que eu coloquei aqui é o mínimo do mínimo. Existem milhões de outras providências que mulheres tomam antes de encontros importantes: clarear pêlos (vulgo “banho de lua”), fazer drenagem linfática, baby liss… enfim, uma infinidade de nomes que homem não tem a menor idéia do que se trata. Então não pensem vocês que “A Sally faz isso tudo porque é maluca”. Eu sou maluca, não nego, mas por outros motivos. Esse basicão quase toda mulher faz.

Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas do tipo “Será que dou para ele?” ou “Será que eu não dou para ele?” ou ainda “Será que devo beber?”. Começa a bater a ansiedade. Cada uma lida de um jeito. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir e imediatamente percebo que não quero sair com aquela pessoa, que aquilo foi um erro. Se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida em todos os primeiros encontros. Até o último segundo me arrependo amargamente de ter me colocado naquela situação. Saio de casa me xingando mentalmente e me perguntando porque eu faço isso comigo mesma. Eu poderia estar dormindo… porque essa é sempre uma opção para mim.

Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da puta liga e cancela o encontro? “Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?”. Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido o dinheiro gasto… nunca ousariam remarcar nada. Se fode aí! Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essas alturas, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a porra do jantar! NÃO CANCELEM ENCONTROS A MENOS QUE TENHA ACONTECIDO ALGO MUITO, MUITO, MUITO GRAVE! A GENTE SE MOBILIZA DEMAIS POR CAUSA DELES!

Perdão, me exaltei. Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata “MMM… ta cheirosa!” (tecla sap: “Passou muito perfume, porra”). Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Claro, ele tomou uma chuveirada, pulou dentro de uma de suas três ou quatro calças e saiu de casa. Zero estresse para o filho da puta, ele pode ser peludo e feliz ao mesmo tempo. O sorriso dele te irrita, porque nessa hora cai a ficha das suas 48 horas de estresse, correria e gastos exorbitantes enquanto ele viveu sua vida na maior tranqüilidade. Você sente vontade de dar um soco na boca dele, mas não o faz porque além de ser fina, ele é mais forte do que você.

Você vai para o evento, qualquer que seja. Terá sorte se for algo agradável ou ao menos se o imbecilóide se dignar a escolher. Porque periga você entrar no carro e o Zé Ruela perguntar “O que você quer fazer” (ok, bacana), você responder “Qualquer coisa, você que sabe” (normal). O que um homem, eu disse um HOMEM faz diante desta resposta? Ele dá uma (ou mais de uma) sugestão! O que um imbecilóide faz? Devolve a pergunta: “Não, sério, o que você quer fazer!”. Daí você pensa “Eu quero ir para a minha casa tirar essa calcinha de dentro do meu útero e comer sorvete com colher de sopa deitada no sofá”, mas só pensa, não fala, porque você é fina e homem tá difícil no mercado.

No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino. Quando ele conta piadas e ri eu penso “É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero”. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira.

Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranquilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma…

Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Não entrei no mérito da quantidade de DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro. Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos, só para que vocês compreendam porque não é nenhum favor nem gentileza parar o jantar, o cinema, o motel ou o que quer que seja. É DEVER MORAL.

Roupa: R$ 100,00
Lingerie: R$ 50,00
Maquiagem: R$ 50,00
Sapato: R$ 100,00
Depilação: R$ 50,00
Mão e Pé: R$ 30,00
Perfume: R$ 50,00
Pílula anticoncepcional: R$ 30,00

Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, QUASE R$500 para sair com um Zé Ruela. Então vamos retribuir e pagar a porra do jantar, pode ser? FATO: a gente gasta muito mais para sair com eles do que ele com a gente!

Para dizer que desde 2007 até hoje eu não mudei nada, para dizer que este texto é uma prova da histeria feminina e depois reclamar da mulher que saiu sem se depilar ou ainda para dizer que da próxima vez que quiser sacanear uma mulher não vai mais comer e não ligar no dia seguinte, vai desmarcar um encontro: sally@desfavor.com


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