Ele disse, ela disse: Distância familiar.
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A maioria das famílias acaba se reunindo em ocasiões especiais. A maioria dos casais tem alguma reclamação da família do outro. E quando filhos são adicionados nessa equação, começa o problema discutido nesta coluna. Sally defende que um pode bloquear o acesso dos filhos à família alheia, Somir acredita que a merda não pode ser desfeita tão fácil. E os impopulares aproveitam para reclamar das famílias de namorados, namoradas e afins…
Tema de hoje: Pode-se vetar o acesso de um filho à família do parceiro?
SOMIR
Não é uma boa ideia. Até mesmo porque apesar de toda carga de instintos e experiências que um adulto carrega, sua criação molda boa parte de sua personalidade até o fim da vida. Ilusão achar que uma família bagunçada não vai estar impressa na personalidade da mulher (vale para os dois casos, mas vou usar mulher porque é mais simples de escrever, sem contar que seria bem gay usar no masculino…), e por tabela, no que os filhos vão acabar absorvendo.
O mundo seria um lugar bem melhor se tudo saísse do jeito que eu quero. Infelizmente, bilhões de pessoas pensam assim (eu de ditador do mundo? seria lindo e vocês sabem disso, mesmo que não admitam) e não se vai muito longe na vida sem alguns acordos mutuamente benéficos. Enquanto você acha a família da sua mulher um bando de malucos, ela acha basicamente a mesma coisa da sua. E em vários casos, os dois estão certos.
O acordo de um casal com filhos normalmente passa por expor os fedelhos à influência potencialmente enlouquecedora de seus parentes, sem dar preferência clara a nenhuma. Pode não ser a única solução viável, mas com certeza é a mais eficiente na média da humanidade.
Numa decisão que envolve duas partes conflitantes, dificilmente a decisão mais justa vem de um ou de outro. E no caso desse casal, quem é a voz da razão que define o que realmente vale como família “danosa” à criança? Esse mundinho está cheio de gente chucra que acha que certo e errado são conceitos absolutos que existem em qualquer lugar além de suas cabeças. Não basta querer acreditar que vetar o acesso da criança à família do parceiro seja uma boa coisa, tem que ter motivos sólidos, comprováveis.
Vai se basear no seu valioso senso de quem você gosta ou não? É bom chamar o pessoal que escreveu o Estatuto da Criança e do Adolescente, porque temos claramente aqui um exemplo de quem sabe com certeza o que é bom ou ruim para uma criança.
SPOILER: Gente que você acha chata pode parecer um herói para uma criança. A sogra chata é a vovó da criança, e não vai tratar o(a) fedelho(a) da mesma forma que te trata. O parente distante que enche os cornos e começa a dançar feito um macaco epilético pode ser uma das coisas mais engraçadas que uma criança já viu na vida. A véia esclerosada que fala palavrão não vai traumatizar de forma alguma uma criança… Criança ama palavrão, lembram? “Eu comecei a me drogar porque ouvi um tio meu dizendo ‘caralho’… Tentei me matar umas cinco vezes depois disso…”.
Estamos vivendo numa era onde as pessoas caíram nesse golpe da mídia e da publicidade dizendo que todo mundo é especial e que TUDO é motivo de medo. Seu pequeno remelento não vai deixar de ser um cientista famoso porque a família da sua mulher criava climão em festas de natal, vai deixar de ser porque você conversa sobre BBB dentro de casa… Toda criança tem potencial de mudar o mundo, mas é mais frágil que um lençol de cristal? Coerência passou longe, hein?
As discussões desta coluna tendem a considerar elementos médios, sem casos extraordinários (como minha CARA adora usar quando está desesperada para ganhar). Portanto, é razoável acreditar que nenhuma das famílias se reúne num sanatório e que não tenhamos nenhum caso de pedófilos ou assassinos seriais dividindo a mesa com seus filhos. Sem risco “real” para a criança.
Tratando por essa média, o impacto real na criança das reclamações médias dos pais sobre a família de seus cônjuges é muito pequeno para validar uma medida drástica dessas. Criança não costuma enxergar problemas sutis na relação entre os adultos, aliás, costumam deixar passar até mesmo coisas graves se não geram clima pesado nas reuniões.
Os adultos tendem a tratá-la de forma mais doce, ela tem contato com outras crianças, e francamente… ainda não se importam com dramas da vida adulta de gente burra como Enveja. Foda-se que a sogrona fica te alfinetando, a criança não tem nada a ver com isso. Muito usar criança como desculpa para ver gente que você não gosta muito. Cresça a assuma a responsabilidade de ter um filho. Filho é sentença e tem que cumprir.
E vento que venta lá… Se você pode proibir o acesso da outra família, ela pode proibir o acesso da sua. Vamos lembrar que não temos motivos realmente grandiosos para começo de conversa. Se não houvesse um esforço da parte dos dois para chegar num ponto médio, nem um décimo das crianças desse mundo teria acesso às famílias “estendidas” de seus pais.
Eu passo longe de ser uma pessoa “família”. Não acho bacana essa coisa de índio de viver todo mundo junto e grudado, acredito no valor da saudade, mas é importante ter a noção de que para a criança a família que você enxerga pode parecer bem diferente. Normalmente é a época da vida onde seus parentes mais te tratam bem, onde as portas estão sempre abertas e você se sente valorizado só por existir. Criança tem apoio genético para ser bem tratada por adultos, bobagem desperdiçar.
Sem contar que criança acaba convivendo muito com os pais, com pessoas PAGAS para cuidar dela e com outras crianças no dia-a-dia. A família é uma oportunidade dela ver adultos agindo “ao natural”. Ver adultos reais, mesmo que fazendo merda, ajuda a balancear o caminhão de influências irreais que ela vai receber da mídia enquanto cresce. Entendam que essa merda de fazer toda menina achar que é uma princesa pop-star amada por todos é um golpe da indústria da aspiração para ensiná-la querer que tudo caia no seu colo e a consumir muito para nunca ficar satisfeita (e vale para os meninos também, o mundo emboiolou total…). A vantagem de enxergar aquela tia mal-amada enchendo o saco de todo mundo é que isso balanceia as coisas.
E como eu passeei demais por assuntos paralelos, resumão: Não se deve cortar o acesso de uma criança à família do parceiro na maioria dos casos. Primeiro porque você já escolheu uma pessoa daquela família para conviver com a criança. Além disso, os motivos do pai ou da mãe tendem a ser completamente alheios ao que uma criança realmente percebe nas relações familiares. Crianças não se tornam maníacas traumatizadas por causa de uma rusga familiar passageira e os adultos tendem a tratá-la milhões de vezes melhor do que o pai reclamante. E para fechar o caixão: Tire tensão familiar de uma criança e divirta-se com um adulto alienado e despreparado para enfrentar o mundo real.
Para me chamar de homem de família, para reclamar que a gente passa muito tempo falando de filhos que nem pretende ter, ou mesmo para perguntar se família muito religiosa também vale na categoria de “risco real” para a criança (evidente): somir@desfavor.com
SALLY
Quando você não suporta a família do seu parceiro, tem o direito de vetar o acesso do seu filho a estas pessoas, ainda que em comemoraçõres esporádicas? Sim, se achar que é o melhor para seu filho. Mil desculpas, mas contato com uma família de merda com pessoas de merda é pior do que contato nenhum com a família.
Existem pessoas que pensam na família como uma instituição sagrada que deve ser preservada a qualquer preço, mesmo que para isso se precise ser hipócrita, mesmo que para isso se precise mentir e engolir sapos. Eu não consigo pensar assim. Não acho que a gente deva manter contato e/ou união familiar a qualquer preço. Você acha neguinho um bando de fdp? Então tem direito de vetar o acesso a seu filho.
Sou favorável à necessidade de acordo recíproco entre um casal para decisões importantes: se a mulher engravidar, acho correto só ter o filho se o homem quiser. Se um dos dois não suporta determinada(s) pessoa(s), esta pessoa não deve frequentar a casa do casal, por mais que o outro goste desta pessoa. Dentro dessa linha de pensamento, o acordo comum se estende aos filhos: se não for de comum acordo, prevalece o não.
Se um dos parceiros tem motivos fortes o suficiente para não suportar a família do outro e achar que a família do outro pode ser uma influência negativa a ponto de prejudicar a criança, pode sim vetar o direito à família fdp ter acesso à criança. Sinceramente, não sei porque tanto drama, crescer sem família perto soa mais com uma bênção do que como um problema. Repito: expor o filho a uma família escrota pode ser mais prejudicial do que privá-lo de uma família.
Por mais que suas vozes retardadas nos levem a acreditar o contrário, crianças não são 100% estupidas. Elas podem não ter muita capacidade de se expressar ou percepção total do que se passa, mas crianças sentem quando há algo errado, sentem o clima de hostilidade e a troca de farpas no ar. Não vejo razão para expor uma criança a uma situação hostil onde Papai ou Mamãe claramente estarão fingindo e sendo hipócritas.
Ainda que a criança não preceba o climão (morro afirmando que criança percebe), em algum momento ela vai saber o que o Papai ou a Mamãe acham daquela família. Acho mais doloroso crescer achando que a família é linda e um dia descobrir que tudo aquilo que se viveu por anos foi uma puta mentira, um fingimento imbecil dos pais e que há ódio, discórdia e filhadaputagem acontecendo naquela relação familiar. É assim que se constrói uma sociedade hipócrita.
Além disso, a criança mora com os pais. Ninguém finge 100% do tempo, ninguém consegue estar no modo hipocrisia social o tempo todo. Em algum momento a mamãe ou o papai vai acabar soltando uma crítica, talvez nada delicada, à família do parceiro. Daí a criança vê aquilo e aprende que odiar uma pessoa da família mas sorrir na sua frente e fingir que não a odeia é normal. Eu não acho normal e não gostaria que meu filho ache.
Sinceramente, um pai ou uma mãe tem o direito de escolher quem tem acesso ou quem não tem acesso a seus filhos. Se a mãe não suporta a família do marido ou o pai não suporta a família da esposa e se pretende “poupar” a criança disto, o melhor é poupá-la das brigas, barracos, hipocrisia, mentiras, falsidades e inrigas do que poupá-la do desgostar em si. Fingir que está tudo bem é ensinar a ser mentiroso, hipócrita e duas caras. Mais honesto dizer para a criança que não concorda com o que aquelas pessoas pensam e não acha que elas sejam boas para conviver e ponto final.
O parceiro cuja família está sendo cortada pode até protestar, mas, quer saber? Se deixou a coisa chegar a um ponto onde o outro tem tanto pavor a ponto de não querer que seu filho conviva com estas pessoas, fez por merecer. Família é igual a merda: cada um toma conta da sua e sem o menor prazer. Não cabe ao parceiro ou parceira se desdobrar para ser querido pela família de alguém, o infeliz que saiu dessa família é que tem que impor limites a aquela cambada de filho da puta para que tratem seu parceiro com dignidade.
Não acho absurdo privar uma criança do contato com a família de uma das partes. Não acho família uma instituição sagrada. O bem estar da criança sim é sagrado e só quem pode bater o martelo para decidir o que considera bem estar do seu filho são a mãe e o pai. Família não é sagrada, sagrada é a saúde mental do seu filho. Expô-lo a pessoas que sejam má influência, que metam o pau nos seus pais e que sejam mentirosos, manipuladores e venenosos sob pretexto de defender uma instituição é imbecil. Quem precisa de defesa não é a instituição familiar e sim a cabecinha de uma criança. Só seria absurdo proibir o filho de ver a família por uma picuinha.
Se uma mãe ou um pai chega ao ponto de bater o martelo e decretar que o convívio com aquela família é prejudicial para seu filho, suponho que a situação seja grave. Ninguém compra uma briga desse tamanho que gera tanta paunocuzação a toa. No mínimo uma pessoa que decreta isso tem bons motivos. E se um dos pais acha que é um bom motivo, quem sou eu para escolher como os outros querem criar seus filhos? Não é a situação idela privar a criança de contato com uma das famílias, mas muitas vezes, das merdas pode ser a menor.
Acredito que em casos extremos um pai ou uma mãe tenha o direito de fazer isso. Não por uma simples birra, mas sim por não suportar aqueas pessoas, por acreditar que aquelas pessoas são nocivas para seu filho. Provavelmente um dia o filho vai acabar agradecendo.
Sallyzinha, tenho 1 comentário e 1 sugestão. Queria resposta para os dois da minha ditadora preferida ( bajulação básica pra conseguir o que quero…)
1 – Comentário
Em princípio acho essa ladainha de manter contato com a família só porque é família uma idiotice, incluindo o meu caso. Tenho primos que não vejo há mais de 10 anos e moram na mesma cidade…não sinto falta, acho que são pessoas que não tem a ver comigo, portanto não é por isso que acho que nenhum dos 2 parceiros tem o direito de bloquear o contato à família do OUTRO.
No máximo teria direito a bloquear o contato com a sua PRÓPRIA família, e concordo com o Somir que tentar isolar a criança de tudo é bobagem ( exceto pedófilos, traficantes, coisas assim). Tenho filhas pequenas, e cada vez mais me convenço que o caminho é dar ferramentas e conhecimentos para ela pensar e confiar na inteligência delas para decidir.
2 – Sugestão
Podia fazer uma votação do Ele disse/Ela disse para ter um placar simples de quem os súditos acham que tem razão em cada caso. Só pela diversão…meu voto nesse é claro que vai para o Somir. Poderia manter o histórico na home….
Bionicão, não precisa bajular, eu responderia mesmo assim.
1) Cada pessoa tem uma escala de valores do que considera grave. Para alguns, é preferível que o filho conviva com um traficante do que com um ateu (leia um texto meu de anos atras sobre ateus, tem uma pesquisa interessante lá). Quem é você para dizer quais são os casos que a pessoa tem o direito de achar “grave o bastante” para impedir contato com a outra família? “pedófilos, traficantes e coisas assim”. Pois bem, é desse “coisas assim” que estou falando. Coisas que dentro da esfera de valor do pai ou mãe, justifiquem essa proibição. Se a proibição é justa ou não, é outra história. O direito de proibir a pessoa tem sim.
2) Isso eu não posso decidir, mas seria interessante por um lado porque acirraria o debate, porém ruim por outro porque não discutiríamos pelo amor ao debate dizendo o que pensamos e sim pensando em argumentos para convencer. Acabaria virando um concurso de persuasão e convencimento e não de idéias. Vou levar a sugestão ao Somir, quem sabe?
O concurso é do TRF, Sally.
Tem uma provinha chatinha de múltipla escolha, né? Mete a cara na legislação, sem esquecer das súmulas e cia, geralmente essas provas são mais decoreba do que argumentação!
nao deve ser bom para uma criança ver a mae ou o pai bancando o falso e falando mal depois das pessoas que frequenta a casa dai a criança aprende que e normal falar mal dos outros e frequentar a casa dele como se nada
Não sei se é correto, bonito, indicado, recomendável, ideal etc. etc., mas com certeza é direito da mãe vetar contato do filho com quem ela achar contra-indicado.
Só da mãe? Ou o pai também tem o direito??
Quando eu era criança o máximo que se podia dizer era bunda e eu amava uma tia boca suja que eu tinha. Depois perdeu a graça e hoje em dia eu teria vergonha de apresentar como minha tia. A mulé é muito doida, passou o tempo e não se comporta nem com a idade.
Sempre fui excomungada pela familia da minha mãe, que criou eu e meus irmãos praticamente sozinha, porque sempre me neguei a frequentar a familia do meu pai, que se separou da minha mae quando tinha uns 9 anos.
Como disse a Najla, parece que os filhos percebem esse ‘clima’. Por mais que a familia da minha mae sempre incentivava que fossemos visita-los, eles mesmos viviam falando mal. Como é que uma criança pode conviver com isso ? Depois eu que era a ruim..
Um adendo ao assunto “familia escrota”: ontem estava em um restaurante japonês, quase 11 horas da noite. Entra a mãe-escrota com o pai-escroto com um bebê-futuro-escrotinho de uns 5 ou 6 meses (no máximo). Depois de uns 10 minutos de guti-gutis altos, sacolejos e aquele vômito babento branco, a mãe pede uma caipirinha.
Dado isto, eu acho que uma mãe que bebe álcool enquanto amamenta e leva o filho as 11 horas da noite em um restaurante japones não tem condições de decidir um negócio desses. Pode ser que a vadia-louca só queira prejudicar a outra parte, dar o troco de alguma coisa, sei lá. Em uma situação onde ambas as pessoas são normais, concordaria com a Sally, mas como a média está abaixo do ponto de corte não acho que seja viável.
Carol, uma vadia louca como essa está mais é querendo gente para desovar o moleque. Duvido que brigue com a família do parceiro só por birra. Mais fácil que monte na sogra e desove o pimpolho cada vez que estiver de saco cheio…
O mundo não é um lugar com gente tão legal. Não da pra esconder muitas coisas de um filho. Pelo menos com a familia, vc tem algum controle e pode preparar de perto a criança.
Justamente para não esconder nada da criança eu acredito que não se deva obrigá-la a frequentar um ambiente que lhe seja nocivo, muito mais fácil explicar a verdade, além de ser mais honesto.
Sally, começarei a estudar para uns concursos. Qual material de direito você me indicaria?
Qual concurso você quer fazer?
Primeira coisa é conhecer bem, muito bem, muito intimamente a legislação e só depois começar a mexer na doutrina…
Desculpem a intromissão, mas acho que, se ela estiver se referindo aos concursos atuais, a preparação é pra Tribunais. É recomendável estudar as provas anteriores, além dos livros de doutrina.
Só li seu comentário agora, Mary. É do Tribunal sim, queria indicações de livros.
Olha, Leila! Não sou expert no assunto, mas, sim, sou concurseira como você. Com uma peculiaridade: não sirvo pra fazer cursinho. Aquele condensadão, superfaturado, em sala lotada, sem raciocínio lógico e só decoreba não me acrescentam em nada. Por isso prefiro estudar em casa.
Acho que se você for comprar livros, pode ficar muito caro e muita matéria pra dar conta em pouco tempo. Eu baixaria a legislação que consta do edital e compraria uma apostila. Não dessas de banca de jornal (genéricas), mas de sites “especializados” como degrau cultural, vestcon, dentre outras. Nem vou te recomendar a que eu acho melhor de todas porque não tenho competência/preparação pra isso.
Espero ter ajudado. Boa sorte !
Pra OAB a mesma coisa, né Sally?
Se não for para concursos jurídicos, posso tentar ajudar.
Oi, Suellen ! Se você tiver dicas, eu agradeceria ! Toda ajuda é bem-vinda.
mary, aqui vai meu contato: suellensoveral@gmail.com
saia perguntando que vou respondendo…
Bjs, acredite, vale muito a pena.
Obrigada, Suellen. Logo enviarei minha dúvidas e pedidos de ajuda pra você. Beijo.
A mãe do meu pai sempre odiou a minha mãe (aparentemente ela disse, cito, “prefiro cair dura no chão e ser enterrada antes de ir no casamento do meu filho com aquela mulher”), e mesmo ninguém nunca falando nada pra mim e para o meu irmão enquanto eramos pequenos sempre sentiamos que não eramos bem-vindos na casa dela. Enquanto meus primos eram tratados como pequenos principes eu e meu irmão sempre eramos uns monstros (meu irmão) mimados (eu). Sinceramente, eu preferia ter vivido sem a minha vo na minha vida. Era super engraçado pra mim saber que meus primos ganhavam ovos de pascoa gigantes e presentes otimos enquanto eu e meu irmão ganhavamos calcinha e meia.
E tudo isso porque minha mãe era mãe solteira quando ela encontrou meu pai (coisa que não incomodou meu pai de maneira alguma).
Familia é realmente algo OTIMO!
Najla, as pessoas tem a ideia equivocada de que qualquer família com qualquer clima de merda é melhor do que nada para uma criança. Não acho que isso seja verdade, justamente por ter crescido sem família e não ter ficado com sequelas por causa disso. A mentira, a hipocrisia, o climão e o tratamento escroto é que causam trauma, é disso que uma criança precisa ser protegida.
Eu podia ter passado sem viver com a minha avo que é uma cascavel. Sinceramente se um dia eu tiver algum familiar na minha vida que eu realmente não goste não vou fazer a pessoa conviver com essa pessoa porque eu sei o que eu sofri com familia.
Eu entendo os argumentos do Somir. Se for so um “minha sogra me chamou de gorda”, tudo bem masquando a criança vê que as pessoas ali se odeiam e que a mãe (pessoa que a criança mais ama na vida) esta se sentindo mal a criança se sente mal também.
sALLY… não leva a mal não, mas vc é uma sequela humana. Agora tudo faz sentido.
Não sou sequela porra nenhuma. Sou muito mais racional do que a média geral. Família é um pé no saco, admita! hahahaha