Skip to main content

Processa Eu!: Xico Chavier

| Sally | | 210 comentários em Processa Eu!: Xico Chavier

Amores da minha vida, não tenho palavras para expressar o quanto eu senti falta de vocês! Por isso, hoje decidi romper a última barreira e carimbar em definitivo meu passaporte para o inferno, como prova de amor e de comprometimento com a República Impopular do Desfavor.

Na Suíça (porque esse tipo de charlatanismo não acontece no Brasil, onde o povo é culto e questionador) existiu um homem que se achava muito especial e dizia falar com os mortos. Porém, não era muito inteligente, pois deixou uma série de contradições à mostra. Mas isso não importa, pois o povo suíço prefere acreditar na versão mais agradável em vez da versão mais lógica. Virou mito, ídolo, quase que um Deus e enganou muita gente esperta, emburrecida pela carência e pelo medo. Processa Eu de hoje fala sobre Xico Chavier.

Xico ficou muito conhecido por falar com os mortos através de uma técnica conhecida como psicografia. Em tese, o que acontece na psicografia é que o médium “cede” seu corpo para um espírito, para que este o utilize com a finalidade de escrever o que deseja. Quem já perdeu um ente querido (e quem nunca?) sabe que dá uma tentação incrível de acreditar que isto seja possível e um conforto enorme crer que este ente está em um lugar seguro e está bem. Era em cima disso que Xico trabalhava, no “querer crer” das pessoas. Bem ou mal intencionado, não sei, mas o que viabilizou seu trabalho foi a fragilidade humana diante da perda. Após pesquisas exaustivas, confesso que não cheguei a uma conclusão: maluco da porra ou estelionatário de primeira. Vamos aos fatos, quem sabe vocês me ajudam a formar uma opinião.

Xico tem aquela clássica história de pobreza e sofrimento, sempre muito exaltada em suas biografias, devidamente valorizada, como cabe a um mito. O pai relatou mais de uma vez que, quando pequeno, Xico era sonâmbulo, andava e falava dormindo, o que já poderia ser um indício de que ele tinha um ou dois fios desencapados naquela cabeça. Após a morte de sua mãe, Xico passou a experimentar fenômenos supostamente paranormais de forma mais intensa e ser visitado frequentemente por um espírito que o acompanharia e o guiaria durante toda a vida. Nada mais plausível do que uma criança traumatizada e sozinha encontrar um amigo imaginário. Tá rindo do amigo imaginário dele? Só tem esse direito quem é ateu, caso contrário você é hipócrita.

Adoram dizer que ele era ignorante, iletrado e até mesmo analfabeto. Ora, vamos ver o que pensa a mulher que foi, por um ano, sua professora particular?

Porque sim, ele teve professora particular: “Distinguia-se por sua inteligência, sua memória prodigiosa e sua aplicação ao estudo. Só queria ler, não participava das brincadeiras com os outros meninos” (publicado no jornal “O Diário”). Ao contrário do que muitos pensam, ele fez estudos secundários e quando era jovem publicou sonetos ditos de sua autoria, com sua assinatura. Segundo análise de especialistas no jornal “O Diário de Minas”, “sonetos melhores do que muitos psicografados por ele e atribuídos a Olavo Bilac”. Então, é hora dos suíços pararem de repetir a versão que lhes é contada tal qual papagaios retardados e gastarem um minuto do seu tempo questionando. Não é porque te contaram isso que necessariamente seja verdade. Xico tinha plena capacidade intelectual para escrever poesias e outras porcarias do tipo, como de fato o fez. Mas a tentação de um conforto religioso pesa mais. Ainda bem que eu não moro lá.

É fato que Xico tinha desde pequeno uma enorme aptidão pela literatura, pela escrita e muita criatividade. No colégio ganhou vários prêmios em concursos que envolviam escrita. Isso é ser iletrado? Vou apresentar um ex-namorado meu a vocês para vocês verem o que é de fato um iletrado. Esse sim se escrever mais de duas frases concatenando idéias eu acredito que seja através de espíritos! E olha que tem diploma universitário. Xico, ao contrário, tinha aptidão para poesia e para inventar histórias. Basicamente suas obras psicografadas se resumem a isso. Porque ele não escreveu um tratado de medicina ou então qualquer outra obra técnica? Eu escrevo uma poesia se eu quiser. Qualquer um escreve. E qualquer suíço, com a devida propaganda, acredita que seja de Olavo Bilac, porque os suíços votam no Riritica e acham que Caulo Poelho é literatura. Grandes merdas que precisa para enganar um suíço! Ainda mais quando este está carente e vulnerável e quer ser enganado para ter algum conforto emocional.

Muito fácil convencer um povo que, em sua esmagadora maioria é iletrado, ri usando a expressão “kkkkk” e grita GRIPE SUÍNA quando quer dar ênfase a um argumento de que a escrita de Xico era similar à de qualquer autor falecido. Quem vai saber? Quem tem verdadeiro conhecimento literário? Se Somir ou eu morrermos, o infeliz que sobrar pode tocar o blog emulando a escrita do outro sem qualquer sobra de dúvida. Vocês acham que alguém vai perceber? Não vai. E olha que são apenas três anos de escrita, Xico tinha muito mais anos de leitura/convívio com os autores que psicografava. Em todo caso, não é matéria para leigos. Porque não ouvimos o que críticos literários especialistas nestes autores opinam? Saibam que inicialmente rendeu mais de quatro páginas só de críticos literários apontando falha a falha os textos psicografados e desmentindo a autoria, porém tive que cortar boa parte das críticas.

Agripino Grieco: “Os livros póstumos, ou pretensamente póstumos, nada acrescentam à gloria de Umberto de Campos, sendo mesmo bastante inferiores aos escritos em vida. Interessante: De todos os livros que conheço como sendo psicografados, escritos por intermédio de um médium, nenhum se equipara aos produzidos pelo escritor em vida” ( jornal “Diário da Noite”). Vamos ouvir agora João Dornas Filho, sobre obras psicografadas de Olavo Bilac: “Esse homem que em vida nunca assinou um verso imperfeito, depois de morto teria ditado ao Sr. Chavier sonetos interinos abaixo de medíocres, cheiros de versos mal medidos, mal rimados e, sobre tudo, numa língua que Bilac absolutamente não escrevia!” (jornal “Folha da Manhã”).

Osório Borba, que realizou não apenas uma crítica, como também uma perícia junto ao II Congresso Brasileiro de Escritores em 1947, disse o seguinte: “Levo anos e anos pesquisando. Catei números defeitos de várias espécies, essenciais ou de forma. A conclusão de minha perícia é totalmente negativa. Aqueles escritos “mediúnicos”, por quem quer que conheça alguma coisa de poesia ou literatura, não podem ser tidos como de autoria dos grandes poetas e escritores a quem são atribuídos. Autores de linguagem impecável em vida, aparecem “assinando” coisas imperfeitíssimas como linguagem e técnica poética. Os poetas “desencarnados” se repetem e se parodiam, a todo momento, nos trabalhos que lhes atribuem “mediunicamente”. Eu posso ficar aqui até amanhã citando as pauladas que Xico levava dos especialistas literários, porque foram muitas. Existem trabalhos provando, ponto a ponto, autor por autor, as diferenças entre a psicografia e o estilo dos autores originais, que desmentem ou ao menos plantam uma bela dúvida. Alguém divulga isso? Ninguém divulga. A gente divulga e ainda vai arrumar um processo por isso (*cruzando os dedos).

Aliás, uma coisa que eu nunca entendi: se o sujeito dizia que os verdadeiros autores eram terceiros já falecidos, porque merda pegava o dinheiro dos direitos autoriais? Esse dinheiro não deveria ir para a família dos verdadeiros autores? Até porque, ele tirava uma onda de quem não fazia questão de dinheiro… VAI SE FODER, quem não faz questão de dinheiro é a gente que senta o rabo e escreve quatro porras de páginas todo santo dia, DE NOSSA AUTORIA, sem ajuda de espírito nenhum e sem se prevalecer do nome de gente famosa morta para dar publicidade ao que é escrito. Mas na Suíça, ele é santo e nós somos os filhos da puta. Isso nunca vai mudar.

Muito se fala ao citar sua bondade e desapego por bens materiais, por exemplo, que o valor arrecadado com a publicação de suas psicografias de autores famosos era toda revertida para caridade. AHÉÉÉN. Desculpem, estou com uma coceirinha aqui na garganta. Se ele era mesmo esse médium inconteste, porque então omitir que boa parte dos valores obtidos com os direitos autorais das publicações foram usados para divulgar o próprio Xico Chavier e o espiritismo? Não haveria qualquer mal nisto, salvo se ele fosse uma fraude e precisasse de mentiras para robustecer uma falsa bondade. Outra coisa: porque as obras psicografadas contem erros crassos sobre a vida dos autores ou de pessoas públicas ou de fatos históricos? Mas não adianta, a versão que eu tenho para oferecer é desagradável demais para ser aceita. Os suíços preferirão me xingar do que parar e refletir.

Quer ver como é fácil enganar quem quer ser enganado? O sobrinho de Xico, filho de sua irmã mais velha, foi “treinado” desde cedo por ele para seguir seus passos na mediunidade e ser seu sucessor. Publicou mais de CINQUENTA livros psicografados, foi aclamado e até mesmo considerado melhor do que seu tio, psicografando, entre outras coisas, uma epopéia de Camões. Um dia, teve uma crise de consciência, chamou os jornalistas e disse o seguinte: “Tudo o que tenho ‘psicografado’ até hoje, apesar das diferenças de estilo, foi criado pela minha própria habilidade, usando apenas conhecimentos literários”. Sobre o Titio, disse ainda que: “não passa de um grande farsante”. O bacana é que não foi numa roda de bar, foi na revista de maior publicação da época.

Melhores momentos do circo pegando fogo: “Revoltava-me contra as afirmações dos espiritistas (que diziam que era médium). Levado à presença do meu tio, ele me assegurou, depois de ler o que eu escrevera, que um dia eu seria seu sucessor. Passei a viver pressionado. A situação torturava-me, e várias vezes, procurando fugir àquele inferno interior, entreguei-me a perigosas aventuras, diversas vezes saí de casa, fugindo à convivência de espíritas. Cansado, enfim, cedi dando os primeiros passos no caminho da farsa constante. Tinha então 17 anos. Perseguido pelo remorso e atormentado pelo desespero, cometi vários desatinos. Vi-me então diante da alternativa: mergulhar de vez na mentira e arruinar-me para sempre diante de mim mesmo, ou levantar-me corajosamente para penitenciar-me diante do mundo, libertando-me definitivamente. Foi o que decidi fazer procurando um jornal mineiro e revelando toda a farsa. Meu tio é também um revoltado, não conseguindo mais recuar diante da farsa que há longos anos vem representando. Eu, depois de ter-me submetido a esse papel mistificador, durante anos, resolvi, por uma questão de consciência, contar toda a verdade”. Ele provou que é possível enganar todo mundo. Se não tivesse assumido, teria virado lenda como o tio. Perguntinha que não quer calar: porque os espíritos não avisaram a Xico que ele ia ser sacaneado por seu sobrinho? Seriam os espíritos trolls? Ou então é aquela clássica desculpa “Me fode que eu te escuto”, onde dizem que era algo pelo qual a pessoa “precisava passar”. Conformismo me dá náuseas, mas fazer o que, é a base de quase todas as religiões.

Daí você pode pensar que esse sobrinho era um tremendo filho da puta e teve algum benefício com isso (se jogando no anonimato? wat). Então tá bom. Então vamos ver o que pensa a família de Xico sobre seus poderes mediúnicos? Vamos na fonte, sua irmã mais velha, a mulher que o criou. Ela declarou várias vezes que a pretensa psicografia era na verdade fruto de exaustivo treino e chutou o pau da barraca da desmoralização dizendo inclusive que seu irmão teria lhe dito que os espíritos haviam previsto uma data determinada para sua morte. A data chegou e ela continuou vivinha, não se deixou sugestionar porque sabia que irmão não falava com mortos porra nenhuma. Daí Xico mandou um “desculpa foi engano” e previu uma nova data para a morte dela, data na qual ela também não morreu. Cueeem cueeem cueeeeeeeem.

Olha, eu não digo que o sujeito seja um tremendo mau caráter que queria se dar bem. Eu acho que ele era meio pancada da cabeça, escutava umas vozes, via umas coisas e foi convencido por praticantes do espiritismo que eram vozes de espíritos. Estes também não são necessariamente maus, prefiro acreditar que eles estavam desesperados por uma prova de que sua doutrina era verdadeira. Nessa, Xico deve ter sofrido um efeito bola de neve e quando caiu em si era tarde demais para desmentir ou então ele mesmo acabou se convencendo de que tinha poderes justamente para conseguir conviver com a situação. O fato é que ele não falava com os mortos. Sinto muito.

Mesmo quando não está psicografando poesia, Xico é igualmente desastroso. Quem já leu seu livro mais famoso, “Nosso Lar”, e tem cérebro e senso crítico, sabe que é praticamente uma historinha infantil para acalmar o medo que as pessoas tem da morte. Ele narra uma espécie de nação Teletubbie colorida e florida para onde os bonzinhos vão quando morrem. Lembra daquele cenário do antigo Xou da Xuxa? (sim, esse caralho era com X) Pois é, é uma porra dessa gigante, onde as pessoas são felizes, não sofrem e cagam cupcake. Recomende o filme para algum inimigo seu, é ainda pior do que o livro. O filme é tipo o livro só que com o Toque de Merdas da Globo. Se for assistir, não diga que eu não avisei. Guarde o balde de pipoca para vomitar na hora do “aeróbus”. Sério mesmo, é totalmente ofensivo à inteligência de qualquer ser humano razoavelmente pensante.

Fato é que com o tempo a fama de Xico foi crescendo e ele foi sendo cercado por pessoas que o blindaram e o adestraram aos poucos. Religião caga tudo onde põe a mão. Uma coisa que ninguém conta: mesmo após muita insistência, Xico se recusou por diversas vezes em psicografar monitorado por um eletroencefalograma e outros exames que poderiam determinar se a escrita era de fato inconsciente ou consciente. Porque? Porque os espíritos não queriam. AHÉÉÉAAANN. Essa coceira na garganta não me deixa! Quem não deve não teme. O curioso é que, por motivos de saúde, certa vez Xico foi obrigado a fazer um eletroencefalograma, contra sua vontade, cujo resultado foi divulgado pelo médico à revista “Realidade” em 1971: “Foco temporal classicamente responsável por distúrbios sensoriais, alucinações, ouvir vozes (…), arritmia, tendência a ataques epilépticos ou ‘transes'”. Alguém deu bola? Ninguém deu bola. As coisas como as pessoas querem que elas sejam são muito mais agradáveis do que as coisas como elas realmente são. Caralho voador, quarta página…

Já repararam que quando Xico Chavier supostamente psicografa, ele cobre o olho esquerdo para dar toda uma aura de “nem estou vendo o que estou escrevendo”? Putz, foi mal! Ele era CEGO do olho esquerdo! É a mesma coisa que psicografar tampando o olho do cu! Adianta tampar um olho que não vê? O olho direito, que é o que interessa, fica coberto apenas por parte da mão, assim, sendo o caso, uma piscadinha marota e rápida permite ver o que está escrevendo.

Uma pergunta fruto da minha ignorância… Todos, inclusive os espíritas, afirmam que Xico era um espírito de luz e até mesmo a encarnação de Kallan Rardec, um espírito elevado e bom. Então porque caralhos sofreu que nem um cão com a mãe morrendo na infância, maltratado pela madrinha, sem vida amorosa, cegueira, dois infartos, problema de próstata e tantas outras desgraças? Sério mesmo, é ISSO que se ganha por ser um espírito de luz? TÔ FORA, viu? A vida toda cagada de sofrimento de Xico contradiz a própria doutrina espírita. Mas religião é assim, a razão de ser de você nascer aqui é SOFRER PRA CARALHO, se foder todo. Quanto mais você se fode todo, melhor vai ser o seu futuro. Masoquismo, oi?

E por falar em espírito de luz, presumo então que para os espíritas o grau máximo de fodasticidade (sim, aqui a gente inventa palavras, acostume-se) que alguém pode chegar é homossexualidade. Nada contra, acho moderno. Porém muita gente que diz cultuar Xico se manifesta de forma contrária à homossexualidade, que contraditório, né? Meus queridos, aceitem. Parafraseando o Poeta Eterno da República Impopular do Desfavor, Rogério Skylab: “Xico Chavier é viado, Roberto Carlos tem perna de pau”. Então, você, espírita, quando evoluir bastante, quando for um espírito de luz nas suas últimas encarnações na face da terra antes de ir para o Xou da Xuxa Land, saiba que VAI DAR O FIOFÓ, viu? Esse é o modelo top human do espiritismo. Deal With It. Quem fala mal de gay tem que tirar o retratinho de Xico Chavier de cima de geladeira.

Olha, eu não nego a existência de coisas que não sabemos explicar. Não sou radical nem fechada. Acredito que talvez seja possível algum tipo de telepatia, troca de energia ou sei lá o que. Não é isso que estou negando aqui. Estou negando as habilidades mágicas de Xico Chavier. Por várias vezes pais desesperados por notícias dos filhos mortos recebiam cartas psicografadas com letra e modo de escrita completamente diferentes das do seu filho. Ainda assim, lhes era explicado que o “espírito estava confuso” ou então que “quando a pessoa desencarna ela se expressa diferente”. O que ninguém conta é que na fila que se formava antes dos “atendimentos” de Xico Chavier seus assistentes passavam de família em família e pediam o máximo de informações possíveis sobre o morto, alegando que estas eram necessárias para que Xico pudesse localizá-lo e tentar contato. Daí, mais tarde, estas informações pipocavam nas cartas psicografadas e quem via de fora achava que era prova incontestável de mediunidade. Até nas biografias mais doces, bondosas e açucaradas sobre Xico, como na de Marcel Souto Maior esta prática é narrada. Minha gente, assim até eu!

Um repórter de uma revista decidiu colocar à prova esse sistema. Ficou na fila, deu nome e sobrenome e disse que tinha perdido um filho em um acidente de moto dando detalhes e nomes que nunca existiram. Sentou e esperou. Em determinado momento, chega uma cartinha psicografada do filho inexistente dando relatos do que teria ocorrido no acidente, se desculpando pela imprudência e dizendo que estava bem e feliz cercado por pessoas queridas. Alguém lembra disso? Foi publicado. Mas ninguém lembra. Porque neguinho só lembra do que é agradável, do que convém. Porque informação que desminta ou desmoralize Xico Chavier é inveja, é pecado, é mentira, é conspiração e é coisa do demo. Na minha terra se chama VERDADE, mas na Suíça, coitadinhos, eles precisam de mitos, ídolos e heróis. Sabe como é, um povo muito carente e ignorante, que leva para o pessoal uma crítica feita a um terceiro que ele admire.

As pessoas se acham tão fodasticamente gostosas e importantes que não conseguem conceber que, como qualquer merda de ser vivo, a gente morre e pronto. SE existe algo depois, não está provado. Até onde se sabe, morre e PONTO FINAL. Mas não, as pessoas se acham tão especiais, se acham a oitava maravilha do mundo a ponto se ser inconcebível que algo tão fenomenal como elas acabe assim, de uma hora para a outra. Pois aqui é realidade na veia. Meus caros, somos uma mera remela do mundo. Você não tem tanta importância quanto acha que tem. Seu organismo tem o mesmo mecanismo de vida e morte que um besouro rola bosta ou que bonobo. Essa cafonice de se achar super especial é coisa de gente brega, carente e desesperada.

Essa porra de mediunidade, ouvir vozes e toda a palhaçada é coisa de gente CARENTE, que quer, consciente ou inconscientemente, se sentir super especial. Puxa o histórico da pessoa para você ver! Sempre tem algo que justifique essa tentativa infantil de chamar a atenção, tipo trauma de infância, tipo mamãe morreu ou coisas do gênero. Existem centenas de instituições no mundo todo oferecendo prêmios de valor elevadíssimo para qualquer pessoa que possa provar evidências de um poder paranormal, só para citar uma, o prêmio de UM MILHÃO DE DÓLARES oferecido por James Randi. Se realmente houvesse alguém com esta capacidade inequívoca, vocês acham que não teria se prontificado a ser estudado pela ciência ou a ter se candidatado a uma desta centena de prêmios? Mesmo que doasse para caridade o valor obtido… NÃO EXISTE, por mais que a gente queira que exista, até segunda ordem, NÃO EXISTE. Parem de buscar conforto em pouca merda e aprendam a ser felizes, bem resolvidos e seguros com base na realidade, qualquer coisa diferente disso é indigno e idiota.

Já voltei cagando no pau- seis páginas.

Para dizer que sentiu a nossa falta mas agora que a gente voltou preferia que não tivesse voltado, para passa atestado de Escória e me corrigir dizendo que Xico Chavier se escreve “Chico Xavier” ou ainda para cantar “Chico Xavier é viado, Roberto Carlos tem perna de pau”: sally@desfavor.com


Comments (210)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Relatório de erros de ortografia

O texto a seguir será enviado para nossos editores: