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Desfavor Explica: Budismo.

| Sally | | 176 comentários em Desfavor Explica: Budismo.

Kaaa... Meeee... Haaa...Antes de mais nada quero começar me desculpando com todos os budistas que lerão esta postagem pelo grau de síntese e superficialidade. Falar em Budismo em quatro páginas é como pretender conhecer bem uma pessoa em quatro dias. Impossível. É uma mera pincelada, uma apresentação sem qualquer pretensão maior do que isso.

Nos ensinam que Budismo é uma religião. Me parece mais uma filosofia de vida, mas como eu não entendo nada de religião, deixo a critério de vocês a classificação. A primeira coisa que você tem que saber sobre o budismo é que não existe um Deus. Exatamente, aquela figura divina, sobrenatural, que nos conduz ou nos julga não existe. Também não há um sistema de crenças, no sentido de que não existem dogmas a serem seguidos, proibições às quais corresponde uma punição e crenças baseadas em fé cega. Muito pelo contrário, os mestres budistas até aconselham que sejamos céticos em relação aos ensinamentos ouvidos e que apliquemos apenas aquilo que faz sentido para nossas vidas, que nos faça bem. Não há um pacote fechado ao qual você tem que aderir, você não deve aceitar passivamente tudo que lê, deve questionar e adotar apenas aquilo que achar que se aplica a você.

Frase atribuída a Buda: “Não aceite nada do que eu fale como verdade, simplesmente porque eu o disse. Em vez disso, analise para ter certeza se o que prego é genuíno ou não. Se, após examinar meus ensinamentos, descobrir que eles são verdadeiros, coloque-os em prática. Mas não faça isso simplesmente por respeito a mim”. A intenção é que a pessoa reflita e só adote se concordar, porque só operará uma mudança na vida da pessoa se for uma aceitação consciente, com convicção.

Falemos de Buda. O Budismo é fundado nos ensinamentos transmitidos por Buda, há aproximadamente 2.500 anos. Ele nasceu Sidarta e depois passou a ser chamado de Shakyamuni Buda. Calma, não é uma história fantasiosa sobre uma esposa que engravidou virgem e um homem-zumbi que morre e volta numa vibe Thriller. É uma história simples que vou resumir para vocês. Sidarta era o filho de um rei superprotetor que buscava poupar seu filho dos sofrimentos da vida. Foi criado trancado em um palácio, sem a noção de como era o mundo lá fora, uma espécie de playboyzinho de condomínio dos dias de hoje. Um dia, já adulto, ele quis conhecer o que havia além dos muros. O rei achou que estava na hora dele sair e ver o povo que ele iria governar.

Sidarta saiu do castelo e teve um choque de realidade nas ruas da cidade. Entrou em contato com morte, doença, velhice. Ficou apavorado. Viu que de nada valia sua fortuna porque dali para frente viveria angustiado com medo que seus ele ou seus entes queridos sofram uma dessas desgraças. Então ele abandonou o palácio. Foi embora e vagou buscando uma forma de se livrar do medo, do sofrimento. Tentou várias formas e no final das contas sentou a bunda debaixo de uma árvore e finalmente, depois de anos buscando a resposta, conseguiu ver as coisas com clareza, o que se chama de “iluminação” (vulgo “cair a ficha”). Percebeu que a merda toda vem de um sentimento chamado APEGO, o apego é a fonte do sofrimento e é fundado na ignorância. Percebeu que tudo é impermanente, que não podemos achar que as coisas são imutáveis ou eternas porque tudo está em constante mudança. Também percebeu que todos somos uma coisa maior, que a individualidade é uma ficção. Sim, você não é tão importante, você é apenas uma fração de um todo, de uma energia que circula. Decidiu compartilhar com os outros o que havia descoberto.

Uma coisa bacana do Budismo é que Buda era uma pessoa qualquer, que não fez nada de extraordinário nem de inalcançável. Apenas sentou e refletiu, usou seu cérebro. Ele mesmo disse diversas vezes que todas as pessoas do mundo tem o mesmo potencial que ele e qualquer um pode alcançar esse estado “desperto” (despertar para uma nova visão das coisas). Então, ele não é o rei da cocada preta porque teve seu momento de iluminação, ele não é mágico, superior ou melhor que nós. Você, eu e até mesmo o Somir podemos chegar a esse patamar. Basta saber pensar, refletir. E para te guiar na direção certa, o Budismo passou adiante por gerações o que eles consideram ser o melhor caminho para alcançar essa iluminação. Siga-o se quiser, é uma faculdade, não uma obrigação. A iluminação está dentro de você, alcance-a da melhor forma possível.

É preciso entender que a nossa visão do mundo é alterada por uma série de fatores que fogem ao nosso alcance. Temos que ter a consciência que a realidade que nós vemos não é a realidade que de fato existe. Não precisa arrancar os cabelos tentando ver A realidade, basta ter sempre em mente que nem sempre o que a gente vê corresponde ao que realmente é. Em resumo, basta ter a humildade de reconhecer que você não é dono da verdade e que sua visão das coisas pode estar ofuscada ou distorcida por alguns “véus” que não te permitem ver com clareza. Ciente disso, você tem a opção de tentar tirar esses “véus” e procurar viver de uma forma melhor, com menos sofrimento, menos dor e menos sentimentos negativos que paunocuzam sua vida, como insegurança, ciúmes, inveja, medo, ódio, obsessão e tantos outros.

A orientação budista básica para alcançar esse patamar de se livrar do sofrimento consiste em praticar um comportamento ético, praticar meditação e cultivar a compaixão por todos que te cercam. Para o Budismo, todos somos parte de uma grande massa indissolúvel. É como se todos fossemos uma energia que ao final da vida retorna para um único lugar. Somos energia em trânsito. Eles acreditam em reencarnação, mas não nos moldes do espiritismo, e sim de forma mais abstrata. Somos energia que circula. Além disso, eles são extremamente humildes e abertos, dizem com todas as letras que acreditam em reencarnação sim, mas que se um dia a ciência comprovar que ela não existe, abandonarão essa crença.

Quando se fala em “compaixão”, pode ter gente que imagine aquela coisa politicamente correta pau no cu de bondade a qualquer preço. Não é nada disso. A compaixão significa tentar ser tolerante, cultivar o amor, porém dentro dos limites da justiça. Assisti uma palestra de um Lama que respondeu de forma brilhante a uma pergunta de uma jornalista que lhe fez uma indagação pessoal. A jornalista contava que estava se divorciando e que o marido estava dificultando ao máximo sua vida, brigando na justiça pelos bens e fazendo aquelas baixarias de gente rejeitada mal resolvida. Ela disse que era budista e não sabia o que fazer, pois o Budismo prega o amor, a compaixão e o desapego, então ela achava que talvez a mensagem fosse abandonar todos os bens e virar as costas para o marido, seguindo sua vida.

O Lama disse que de jeito nenhum ela deveria fazer isso, pois ela tinha direito a aqueles bens e deixando-os todos nas mãos do marido ela não estaria praticando nem amor nem compaixão e sim fomentando e recompensando um comportamento egoísta, injusto e desonesto. Ele sugeriu que ela tente resolver as coisas com diálogo e que se isso não fosse possível, aplicasse a LEI. Quase pulei da cadeira para abraçar o homem. Ele ainda disse que ela aplique a lei mas que procure não cultivar sentimentos negativos ou, se cultivasse, que procure trabalhar para modificar esse tipo de sentimento. Esta é a compaixão da qual se fala.

O Budismo te permite ficar irritado, ficar puto da vida e peitar injustiças. O Budismo incentiva que você se defenda quando estiver sendo sacaneando ou injustiçado. Eles apenas recomendam que você não seja motivado por ódio e outros sentimentos negativos. Se possível, o faça com compaixão e sabedoria. Compaixão não é deixar que os outros pisem em você. Compaixão é se defender na medida do necessário, sem cultivar o ódio e o rancor, desejando que a pessoa que te fez um mal deixe de ser tão bostinha e babaca e um dia, quem sabe, vire gente.

No Budismo não tem pecado. Não tem contraprestação de pecador: fez sexo antes do casamento? Reza tantas vezes tal coisa. Não. A compaixão que eles pregam você deve aplicar inclusive a você mesmo. Nada de se punir ou ser punido. Errou? Se ame, seja compreensivo com você mesmo e use o erro para refletir e aprender o que fazer para não voltar a errar e ser uma pessoa melhor, em vez de ficar se remoendo em raiva por ter errado. E sempre, SEMPRE questione qualquer ensinamento que ouvir e só aplique aqueles que fizerem sentido para você. O Budismo não serve para violentar ninguém, apenas para ajudar. Se te faz mal, deixe de lado.

O Budismo sugere, não manda. Nada de ruim, mortal ou terrível vai te acontecer se você não seguir o caminho sugerido. Aliás, o caminho sugerido é apenas UM caminho, nada impede que você chegue por outros. Eles não tem a pretensão de serem os únicos donos da verdade. O importante é cultivar a sabedoria, porque para o Budismo a ignorância é a raiz de todo o sofrimento. A forma pela qual você vai fazê-lo compete apenas a você. A experiência milenar que eles tem indica que o caminho deles deve ser o mais eficiente, e ele o compartilham com os interessados, pois para viver em harmonia, o ideal é que todos estejam em harmonia. É a parte deles para um mundo melhor. Mas você pode traçar seu próprio caminho se quiser.

O Budismo ressalta como nossa mente é poderosa. Como criamos armadilhas para nós mesmos o tempo todo e cultivamos sentimentos equivocados. Sugerem que ampliemos nossa mente através de meditação, que é a prática central do Budismo. Meditação é um processo de relaxamento e concentração cujo objetivo é alcançar um pensamento profundo e refletir. Não, meditação não é sinônimo de manter sua cabeça vazia. Isso é ignorância. Meditação busca transformar sua visão da realidade, te colocar em contato com uma parte de você mesmo que você desconhecia. Impossível fazer isso com a cabeça vazia. Meditar é conversar com você mesmo, é se tornar amigo de você mesmo. É se ouvir, se conhecer melhor e refletir sobre você, olhar para dentro e avaliar o que vê, o que agrada, o que prejudica. Faz falta nos dias de hoje olhar um pouco para dentro, todo mundo parece se preocupar demais com o exterior e preterir o interior. Infelizmente nós ocidentais temos tanta dificuldade em olhar para dentro que muitos sequer entendem o conceito.

Meditação não é lavagem mental, não é sentar, fechar os olhos e se “programar” através de frases repetidas para fazer ou deixar de fazer tal coisa. Meditação serve para refletir e tentar ter uma nova visão, para se “desprogramar” de jeitos nocivos de funcionar, de condicionamentos que te fazem mal. Para o Budismos nosso maior inimigo é a nossa mente. Uma vez que a compreendemos e a dominamos vivemos melhor. O processo de meditação é algo muito complexo, daria um novo Desfavor Explica. Para quem quer começar, sugiro que se posicione em um ambiente calmo, em uma posição confortável e foque toda sua atenção e concentração na sua respiração. Deixe sua mente vagar em pensamentos mas não se deixe dominar por eles. É bem mais difícil do que parece. É como musculação, na primeira semana você não consegue fazer porra nenhuma, mas como tempo vai evoluindo. Com dedicação, é possível chegar a um estágio de total concentração full time na sua vida, quase que um viver em estado de meditação consciente, que pode te beneficiar muito em diversas áreas, até mesmo no seu trabalho.

A meditação parece ser a forma mais eficaz de se conscientizar e adquirir a sabedoria necessária para passar a ver o mundo sob um novo ponto de vista e, consequentemente, passar a funcionar de forma diferente. É difícil romper com um padrão de anos funcionando de uma forma para passar a pensar e funcionar de outra. Mas é possível, caso você se sinta infeliz e ache que irá se beneficiar com isso. Sabe aquilo que te incomoda que você tenta mudar e não consegue? O Budismo é um dos caminhos. Os budistas relatam paz de espírito, tranqüilidade e calma após modificar a forma como reagem ao meio, aos outros e a si mesmos. Mais: eles dizem que se você estudar, se informar e tentar por um período de tempo razoável e não notar nenhuma mudança ou melhora na qualidade de vida, deve abandonar o budismo. Palavras de Dalai Lama: “Você não tem a obrigação de seguir os ensinamentos de Buda. Apenas tente ser uma boa pessoa, é o suficiente”.

Curiosamente pesquisei muito e não encontrei uma única pessoa que tenha colocado em prática as técnicas budistas com seriedade e estudo e que tenha abandonado. Todas relatam que se beneficiaram. Reparem que o Dalai Lama diz que basta TENTAR ser uma boa pessoa, quer dizer, você nem ao menos precisa SER uma boa pessoa, basta que tenha essa intenção e trabalhe para isso. Quer coisa mais democrática? O Budismo não te obriga a meditar, ele recomenda porque depois de muito tempo de experiência, concluíram que é a forma mais efetiva. Mas se você quiser traçar outro caminho, está livre. E mesmo não obrigando, todo mundo faz. Deve funcionar. Estudos médicos com mapeamento cerebral que só foi possível recentemente com a evolução dos aparelhos médicos comprovam alterações no cérebro de pessoas que meditam. Alterações que ocorrem durante a meditação e surpreenderam. A meditação pode operar fenômenos que até pouco tempo se pensava serem impossíveis, como retardar o envelhecimento cerebral, afetar a percepção visual e uma infinidade de outras coisas que deixaram a comunidade médica de queixo caído.

Graças a essa descoberta, concluiu-se que a meditação, cientificamente falando, é uma forma de expandir a atividade cerebral. Sabe aquele papo que a gente usa apenas 10% do cérebro? Pois é, a meditação nos permite fazer um uso maior e melhor do cérebro que até pouco tempo nem ao menos se julgava possível. Uma espécie de “super-poderes” meritocráticos que surgem depois de muito estudo e dedicação e podem te garantir uma série de vantagens nos mais diversos campos da sua vida.

Independente dos benefícios científicos, a filosofia Budista pode beneficiar em muito nossas cabecinhas pequenas, mesquinhas, materialistas e apegadas do ocidente. Destaque especial para a forma como o Budismo nos ensina a lidar com nossa morte ou com a morte de entes queridos. Não, eles não mandam você não se importar. O Budismo considera essa dor que sentimos como algo normal e compreensível e a recebe com compaixão. Mas seus conceitos sobre impermanência, ausência, sobre o “eu”, sobre vazio e tantos outros ajudam, por incrível que pareça, a diminuir o sofrimento e amenizar a dor da perda. O sofrimento vem da ignorância, lembra? Independente da sua reação à morte, o Budismo prega que você seja compassivo com você mesmo e vivencie a dor de forma mais saudável, em vez de procurar evitá-la.

Uma coisa bonita do Budismo é que ele prega o amor próprio o tempo todo. Ele te relembra que você deve ser compassivo com você mesmo ao mesmo tempo que também te estimula a melhorar, evoluir. Se ame, se aceite e se perdoe como você é, e se possível, tente melhorar. Queira melhorar. E se não conseguir, não fique irritado ou frustrado com você mesmo, seja compassivo, e, novamente, se aceite, se perdoe e se ame. Alguém me explica porque caralhos o catolicismo é a religião mais praticada do mundo? Qual é o problema das pessoas? Neguinho GOSTA de sofrer, só pode! Enquanto o catolicismo glorifica o sofrimento e o trata com Green Card para uma vida melhor, o Budismo busca justamente o oposto: propõe uma nova forma de pensar, de funcionar, de ver o mundo onde, através de conhecimento e sabedoria, buscamos mitigar o apego, ignorância e o sofrimento.

O Budismo trabalha com a idéia do karma. Uma versão antiga da Lei do Retorno. Comportamentos destrutivos acabarão por se voltar contra você no futuro. Não por uma vingança punitiva de um ser supremo, mas por mera conseqüência dos seus atos, o clássico “quem planta merda colhe bosta”. Karma é basicamente causa e efeito, porém, para o Budismo as INTENÇÕES das ações são mais importantes que as ações em si. Isso quebra com aquela coisa hipócrita de fazer o bem por medo de punição ou almejando um benefício futuro. A pessoa que faz o bem com esse tipo de pensamento interesseiro cheio de segundas intenções vai se foder.

Outra coisa bacana: o karma não opera com julgamento de valor. Você não é bom se fizer tal coisa ou mau se fizer tal coisa. É só causa e conseqüência, você colhe aquilo que planta. Gente, karma é um assunto tão interessante mas tão extenso… Um dia eu faço um Desfavor Explica só sobre karma. Tem até forma de purificar seu karma negativo! Não é como no espiritismo, que você tem que sofrer para resgatar tudo aquilo e não pode fazer nada a não ser passar por isso. No Budismo, o karma não é um destino fixo e imutável, está nas suas mãos e muda constantemente dependendo da sua postura e das suas escolhas. Karma não tem nada a ver com Deus ou destino, e sim com suas escolhas. A responsabilidade é sua, só sua.

Não tem como falar em Budismo sem falar em Nirvana. Nirvana (ou “iluminação”) é um estado de clareza mental, de compreensão e de paz que você pode alcançar quando se liberta das causas do sofrimento. Na verdade, todos nós temos este estado dentro de nós, mas está abafado por nossa ignorância, por idéias distorcidas e padrões de funcionamento nocivos que acabamos adotando ao longo da vida. O Nirvana está lá o tempo todo, em todo mundo, o Budismo te dá apenas orientações e ferramentas para interromper e quebrar esse ciclo de sofrimentos no qual acabamos nos enfiando, alcançando esse estado de paz e clareza mental, que não será garantia de felicidade mas te fará viver melhor.

Para terminar, é um erro pensar que apenas os budistas podem praticar o Budismo. O Budismo pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive por adeptos de outras religiões. Você não precisa ostentar o estigma ou o título para ser um praticante. Pelo contrário, mestres budistas frequentemente estimulam seus seguidores a não abandonar a religião na qual foram criados, por respeito às tradições daquela cultura. Todos podem seguir os ensinamentos budistas.

Basicamente, o Budismo nos ajuda a aceitar e ver as coisas sobre um novo ponto de vista que acaba por nos beneficiar, pois acarreta menos sofrimento e nos permite conduzir melhor nossas vidas e nossas escolhas. Aprendemos a eliminar gradativamente a ignorância que nos leva ao sofrimento, a aceitar a impermanência de tudo, o que faz com que não nos desestruturemos quando aquilo que acreditávamos ser permanente muda de um momento para o outro e interiorizamos de coração a idéia que não existe eu, você ou fulaninho, somos todos uma coisa só, uma grande energia que circula. Como isso ajuda? Bom, para começo de conversa se aprende a não criar expectativas incorretas (“tal coisa vai me fazer feliz!”), depois, aprendemos a aceitar algumas mudanças com mais dignidade e estrutura, pois sabemos que tudo é impermanente (“não acredito que meu casamento acabou, casamento é para sempre!”). Também ajuda a analisar e compreender atos sob a ótica da compaixão, o que consequentemente ajuda a controlar sentimentos negativos como raiva, ira e vingança. Também aprendemos que as coisas só tem a importância que a gente dá a elas, e em um segundo passo, a dar importância apenas ao que realmente tem importância.

Só para deixar claro, eu não sou budista. O que faz com que o Budismo tenha ainda mais mérito por receber um elogio meu, coisa que acontece raramente no Desfavor. Acredito que a prática de alguns ou todos os ensinamentos possam beneficiar a qualquer pessoa. O único inconveniente do Budismo é que sua compreensão requer INTELIGÊNCIA, isso excluí a grande massa do seu alcance. Se você tem cérebro e sabe usá-lo, gaste um tempinho conhecendo melhor o Budismo. Não precisa aderir, praticar nem virar budista. Apenas estude e tire suas conclusões.

Fuck. Sete páginas…

Para dizer que tem budismo em quase tudo que eu falo no Desfavor, para dizer que Somir deve estar tentando se suicidar abrindo a boca com as mãos estilo Didi Mocó ou ainda para dizer que Desfavor continua sendo uma cruza de caixinha de surpresas com balaio de gatos: sally@desfavor.com


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