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Plantão Extra Ordináááário! – Começou a baixaria.

| Sally | | 17 comentários em Plantão Extra Ordináááário! – Começou a baixaria.

TCHU TCHU PÁ EDITION, MOTHERFUCKERS!Nós não falamos sobre reality show. Somir proíbe. Mas este plantão não vai ser sobre reality show, vai ser sobre um homem que a gente admira faz tempo e que, por um acaso, está participando de um reality show. Não vai afetar em nada as postagens normais, é um plus. Quem não gostar não leia os plantões e continue lendo nossa programação normal. Como eu consegui isso? Eu só concordei em fazer aquela semana nerd do futuro por um bom motivo: ter direito a postar plantões extraordinários sobre um mito, um poeta moderno, um homem sábio: Cumpadre Washington.

Para quem não se lembra (ou nunca soube) quem é Cumpadre Washington, é um dos vocalistas do É o Tchan. Vocalistas? Bem, vocalista meeesmo é o Beto Jamaica, Cumpadre Washington fica gritando baixarias no meio da música. Desde a década de 90 que acompanho seus passos com profunda admiração: o sujeito era feio feito a fome, casado e pegava a Scheila Carvalho, aquela dançarina eleita um milhão de vezes a mulher mais gostosa pela revista VIP. Não bastava pegar a Scheila, ele ainda deu umas porradas na Carla Perez! Tem coisa mais cidadã do que dar umas porradas na Carla Perez? Até o Somir respeita Cumpadre Washington.

Suas entrevistas são sempre sensacionais. Até hoje me lembro de uma entrevista para um famoso apresentador de um programa de auditório dominical que tentou fazer um momento sentimental discursando condolências pela morte de um filho de Cumpadre, com música triste ao fundo e tudo, quando Cumpadre Washington pega o microfone e solta “Tem problema nããão, tem mais oito lá em casa!” e começa a cantar. Tem como não amar? Se não fosse a discrepância física, eu apostaria que ele é pai do Pilha.

Pois bem, Cumpadre Washington foi trancafiado com mais uma dúzia de ignóbeis em um reality show chamado “A Fazenda”, onde, além de conviver com subcelebridades do mais baixo nível, também terá que executar tarefas rurais. E quando falo que são baixo nível, não é elitismo meu, são baixo nível MESMO. Só para vocês terem uma idéia, vou citar alguns dos colegas de confinamento: Valesca Popozuda, Bruna Surfistinha, João Kleber, Dinei e Joana Machado. Gente, acompanhar este grupo diferenciado é quase que uma experiência antropológica!

Já na entrada Cumpadre Washington gritou “Chegueeei! Estou no paraíso!”, bordão de uma famosa música do Tchan. Camisetinha rosa, pânceps maior que o do Ronaldo e tênis branco com conjunto preto. Chegou logo dizendo que como era feio tinha a obrigação de ser limpinho e cheiroso e conquistou meu coração. Depois soltou umas frases pejorativas sobre gays e queimou o filme de uma dançarina do É o Tchan contando que já tinha “dado uns pega” nela. Isso em dez minutos de programa. “Isto é magnífico, Mãe!”

Depois, com seu vocabulário regional, ele chamou um cavalo de “Pai” e como se isto não fosse pouco, tirou um melecão à beira da piscina, mas não de forma discreta. Ele enfiou até o cotovelo nesse nariz de barraca e fez movimentos concêntricos, depois retirou o braço de dentro do nariz e filho encarando a meleca por uns segundos, com olhar analítico. Infelizmente a câmera cortou a cena dali pra frente, então vou dormir com a dúvida sobre o fim da meleca, mas algo me diz que ele é do tipo que tira meleca e come.

Também achei bacana que não faz muito tempo ele deu uma entrevista dizendo que o corpo das ex dançarinas do Tchan estava embarangando e mandou elas se cuidarem mais. Pudemos ver a perfeita forma de Cumpadre Washington. Acho que se abrir o Google Earth ele aparece. Sua barriga só pode ser vermes, porque eu o vi pessoalmente em fevereiro e não estava daquele jeito nem perto disso. Fica a dica para a produção: vermífugo urgente. No fundo, no fundo, uma parte ruim da minha pessoa torce para que sejam oxiúros, que dão bastante coceira na bunda. Estamos de olho.

Eu acho que são grandes as chances de Cumpadre Washington sentar a porrada em uma dessas vadias semi-famosas ou se meter em um bate-boca muito bacana com alguém. Para quem não sabe, ele tem um vasto histórico de agressão física a vadias, além de bater na Carla Perez (=ato de cidadania), também batia na Scheila Carvalho quando dava uns pega nela. Se tudo der certo, ele dá uns catiripapos numa dessas bonecas infláveis falantes que estão lá dentro. Se tudo der mais certo ainda, ele é idiota o suficiente para encrencar com a lutadora de box e leva uma sova em rede nacional. Tantas esperanças… Eu também tenho a esperança de aprender algum palavrão típico da Bahia e enriquecer meu vocabulário, porque não sei se vocês sabem, mas este homem é um poeta: tchu tchu pááá! Também quero ver uma exibição em tempo real do seu sensacional pandeiro imaginário.

Ele também vai nos brindar com sua vasta cultura geral, assim como o faz nas músicas do Tchan. Enquanto Beto Jamaica canta, ele faz adendos aos berros, sempre com alguma pertinência temática sobre o assunto abordado. Por exemplo, em uma música temática sobre Egito (wat) e dança do ventre (wat) ele solta pérolas como “Olha o kibe!”, “Sayid!” e “Olha a cobra!”. Em outra obra prima com alusão à milenar cultura japonesa ele diz “Venha minha ninja nissei… sansei? Não sei! Só sei que é o Tchaaan do Brasil!”. Por fim, em uma música que narra a descoberta do Brasil com riquíssimos detalhes culturais ele profetiza: “Enquanto Cabral anda, Pero Vaz caminha”. É dele o fabuloso grito de “ÓÓÓÓrdináááária!”, expressão máxima de elogio à alma feminina.

Para você que pensava que É o Tchan havia terminado, fique sabendo que não acabou. O que aconteceu é que Cumpadre Washington se afastou por um tempo, levando consigo todo o carisma do grupo, que acabou caindo no esquecimento. Mas agora ele está de volta, preparem seus ouvidos porque no próximo carnaval tem mais Tchu Tchuu pááá! Tchaaan! Tchaaan!.

Bom, como foi o primeiro dia de programa, sem muito além da apresentação, não tenho material para me estender mais. Começo de qualquer convivência é assim: todos são maravilhosos, todos são amigos, todos se abraçam. Quero ver é quando a coisa começar a pegar fogo. Mas, mesmo sendo o primeiro dia, ficou claro que o único verdadeiro e espontâneo é Cumpadre Washington. Ele é um resquício raro de verdade e sinceridade, tão incomum nos dias de hoje, ainda mais neste meio de subcelebridades.

Sempre que acontecer alguma baixaria ou algo relevante para a humanidade podem contar que escreverei um Plantão Extra ÓÓÓrdinááário. Mas atenção: é sobre Cumpadre Washington, não sobre o reality show. Caguei se a Bruna Surfistinha enrabar o João Kleber com um nabo. Em breve você conhecerá melhor esta personalidade fascinante que é Cumpadre Washington.

OBS: Não tem nada a ver com Cumpadre Washington, mas tem uma coisa me afligindo. Uma das participantes, uma lutadora de boxe chamada Duda Yankovich, nasceu na Sérvia. O que me aflige? Que ela é A CARA DO PETKOVIC! Sério mesmo, é o Pet de cabelo longo e batom. Será que sérvio é como chinês, tudo igual? Alguém sabe me informar porque os sérvios são todos tortos e parecidos?

Para dizer o quanto eu estou caindo no seu conceito, para cantar “toca esse pandeiro, taca a mão no couro…” ou ainda para fazer um protesto silencioso deixando esta postagem com zero comentários como prova de desprezo: sally@desfavor.com


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