Flertando com o desastre: #precojusto
| Somir | Flertando com o desastre | 45 comentários em Flertando com o desastre: #precojusto
Adoraria me manter completamente alheio aos assuntos que “bombam, uhu” no Twitter, mas como a mídia é preguiçosa e uma pauta baseada em cliques dentro de um site é pra lá de econômica, não tem mais como escapar.
A campanha de divulgação de um jornal disfarçada de movimento social Preço Justo se baseia na utilização de um abaixo assinado para pressionar o governo a baixar os impostos de importação. Bom, os impostos de importação aqui no Brasil são realmente absurdos, não se pode negar.
Mas essa campanha é claramente uma balela. E isso fica claro pela pessoa contratada (é campanha publicitária disfarçada, pagaram sim) para ser a cara do movimento: O famoso “mamãe quero ser rebelde” Felipe Neto.
Se fosse uma idéia séria, escolheriam alguém cuja opinião tenha mais peso. Fica na cara que mais um daqueles diretores de comunicação “super descolado” pegou alguém que geraria interesse do público jovem e emprestasse aquele ar “conectado” para o produto vendido (no caso, o jornal).
Felipe Neto é superficial e previsível demais até para a MTV, e olha que essa é uma acusação séria. Chamar um babaca desses para encabeçar um movimento supostamente sério evidentemente vai jogar contra a causa. A promessa dele é levar o abaixo assinado direto para a presidente assim que alcançar um número pré-definido de adesões.
Claro, um Zé Ruela que argumenta “Preço justo já nessa porra!” vai ser recebido com honras de chefe de Estado pelos políticos nacionais. Excelente idéia!
Ei, eu também uso palavrão, mas eles não são linha argumentativa. Mas deixemos esse assunto de lado, Felipe Neto é a mesma coisa que Justin Bieber e qualquer outro fenômeno adolescente para mim: Falar mal é fazer o jogo deles.
A última informação que li foi de que o abaixo assinado (virtual: vale muuuuito, viu?) já alcançou mais de 400.000 adesões. Evidente que não vai dar em nada, a idéia original era fazer propaganda e escolheram um mané para ser porta-voz.
Mas, porra… são quase meio milhão de pessoas concordando com a idéia. Não é uma estatística de se jogar fora! (Ok, como é online, é sim… difícil provar que não foi adulterado…)
O problema aqui é tanta gente achando que a coisa é tão simples como baixar impostos e fazer todo mundo feliz. Eu também adoraria que fosse só a maldade de algumas pessoas que me impedisse de comprar os equipamentos e softwares que vivo precisando por um preço justo.
E sim, eu me coloco num patamar de necessidade superior ao das ANTAS que querem pagar 10 vezes mais por um produto por causa de uma maçã mordida impressa no verso. Enfiem seus iPads no rabo! Mesmo sem imposto algum vocês estariam pagando demais por algo, deveriam achar “super cool” desperdiçar dinheiro. Vocês merecem toda a carga tributária do mundo. (E talvez uma doença crônica “não revelada” como a que matou a Lacraia… Só eu que ri quando li?)
Os impostos brasileiros são altos porque o governo gasta demais com bobagem? Sim. Os impostos brasileiros são altos só por causa disso?
Não. Tem tudo a ver com o resultado da bagunça que o nosso país sempre foi. Na prática os impostos de importação tem a função básica de arrecadação para a máquina pública, mas também servem como medida de proteção para a frágil e tosca economia de engenho tupiniquim.
Se os produtos importados chegarem aqui pelo preço justo, a nossa economia QUEBRA e vai faltar contracheque para pagar sua prestação das compras. A fábrica chinesa tem uma série de vantagens que a brasileira não tem, como não ter que lidar com uma das legislações trabalhistas mais paralisantes do mundo. A fábrica chinesa pode enfiar dez mil produtos a um real no nosso mercado antes da brasileira conseguir produzir mil a dez reais.
E as pessoas vão comprar essencialmente o que acham a melhor relação entre custo e benefício. Entre um importado bom e barato e um nacional bom e um pouco mais caro, vai o importado! Nem os americanos, com aquela mania de patriotismo, conseguiram convencer sua população a valorizar a indústria nacional em detrimento dos importados melhores e mais baratos. E olha que por lá a campanha é bem agressiva. Ser acusado de não ser patriota por lá é quase como ser acusado de ler um livro aqui no Brasil: Queima filme.
E se você está pensando que concorrência é saudável e um influxo de produtos importados pelo preço justo faria bem a nossa economia, pense de novo. Tocar qualquer negócio no Brasil é enfrentar o mercado consumidor, os concorrentes e o governo! Somos um país muito burocrático com uma dose alarmante de corrupção e incompetência.
Não é à toa que nossa economia ainda é muito primária (índio plantar soja, índio criar gado, índio quebrar pedra, índio cavar buraco) e dependente das flutuações de mercado. O Brasil produz e vende o ferro que faz o parafuso que compramos de volta cem vezes mais caro prendendo as peças de um notebook.
Sério, o nosso modelo econômico é um tiro no pé no mundo de hoje. E não podemos ignorar que coincidentemente o maior poder de lobby em Brasília é justamente o do setor primário. Bancada ruralista, cúpula das “estatais”… Fica bem claro porque não interessa mudar o foco.
Tudo bem que em outros países a coisa não é tão melhor assim (gente burra e desonesta é o tipo da coisa que ninguém precisa importar…), mas só do concorrente gringo ter que levar uma trolha a menos no rabo para competir no mercado, ele já passa muito na frente do nosso.
E o empreendedor brasileiro leva uma das piores trolhas do mundo com burocracia, taxação e é claro, a nossa podre legislação trabalhista. Contratar é caro, burocrático e inseguro. Grandessíssimo pau no cu ter que escolher entre crescer e contratar mais funcionários, mas é assim que a banda toca por aqui.
Você vai pegar a empresa nacional (ou multinacional com filial aqui) que já leva até cansar da máquina pública e dizer para ela que vai entrar um concorrente no mercado que pode fazer tudo o que ela faz pela metade do preço? Uma década, no máximo, para emprego bom no Brasil virar sinônimo de “vendo meu corpo para turista”. Estilão Cuba.
Concordo que é uma merda perceber que o preço de um produto que você quer é 100 lá e 300 aqui, mas não existe solução simples. Se uma campanha feito a #precojusto conseguir QUALQUER resultado, vai ser um placebo do tipo redução de 5% para iPad (os playboyzinhos só se importam com isso mesmo), compensado com minúsculos reajustes nos outros trocentos de impostos que pagamos.
Nem o mais bem intencionado dos políticos brasileiros poderia endossar uma campanha oportunista dessas com expectativa de algo além de auto-promoção. Por mais que a proposta suba, vai chegar em algum especialista com poder de decisão real que vai dizer que não tem o que fazer de verdade.
Se esse país fosse um pouco menos esperto e mais inteligente, não bateria de frente com uma reforma trabalhista para nos colocar nesse milênio de uma vez por todas. Mas todo mundo quer todas as vantagens… Governo paternalista e economia livre não costumam nem dividir a mesma frase.
Triste que mais de 400.000 pessoas acreditem num stunt publicitário desses, encabeçado por um babaca comprado e sem fundamentação econômica razoável. Quando não der em nada na prática (claro que vão fazer festa se ganharem alguma esmola, é bom para o jornal), vão continuar achando que a única coisa que impede esse país de ir para frente é um grupo de vilões em Brasília.
Se gritar pega ladrão, não fica um, mermão. Mas tem muito mais nessa história do que simplesmente “o homem querendo te sacanear”. O sistema está tão bagunçado que quebra as pernas até de quem quer ajudar. O Brasil precisa de reformas GRANDES que vão muito além de textos de leis, o povo precisa começar a perceber a diferença entre pirotecnia (abaixo assinado de Twitter) e dedo na ferida de verdade… (VERGONHA NA CARA de não aceitar essa economia que nada mais é do que uma versão em larga escala do que os primeiros habitantes dessa terra faziam… Trocando recursos naturais por badulaques brilhantes.)
Do jeito que vamos, Custo Brasil e #precojusto significam a mesma coisa. Estamos pagando justamente o que devemos.
muito bom,aí meu blog é foda tá curioso,acessa porra!
Não entendi a crítica ao cara,está fazendo algo, desculpe mas parece que faz mais que vc que continua com o seu ar de intelectual suuuperr moderno(INSUPORTÁVEL) que está acima dos pecados de pobres mortais como eu, tenho notado essa linha.
Porra, cria um site para reinvindicar o direito de destruir o que está errado em nossa sociedade ocidental (ou acidental) _PRATICAMENTE TODAS AS LINHAS DE PENSAMENTO MUDERNOIXX_ e fica de NÃO ME TOQUES (tiques intelectuais) politicamente corretos, cientificamente incorretos (como dizer, sooomoos todooss ''eguaize'') e ainda ataca o carinha que ao menos tenta atingir o público jovem, com uma roupagem e linguagem deles e instigá-los a pararem de palermar deliberadamente???(pra mim me pareceu uma rinha pessoal com o rapaixxxx).
cara, o mundo tá uma merda tão fedorenta que manter pose ultrapassada de ''bom moço inteligente'' num dá mais, desculpe se estou te ofendendo mas a impressã do blog é exatamente o contrário do que tem escrito, vc em especial.
"E parei de ler esse texto quando vc chamou o cara de babaca. parece mto pessoal para ser levado a serio."
Babaca está num dos últimos parágrafos. Você leu tudo o que veio antes e só sentiu que havia uma crítica em nível pessoal quando leu a palavra "babaca"?
Isso não faz sentido.
HA!
Apesar de ter uma certa desconfiança nessa campanha eu participei. É assim que os manipuladores metem os pes pelas maos.
E parei de ler esse texto quando vc chamou o cara de babaca. parece mto pessoal para ser levado a serio.
Hugo, eu liberaria se eu soubese a senha. Juro.
Somir, eu entendo que existam soluções reais e plausíveis, e por outro lado existe o brasileiro médio. A população é por demais manipulada a se votar e fazer o que os outros querem, e então, esse seu ideal de votar no candidato certo (otáaaaario nós somos, porque mesmo com todo o trabalho que eu tive pra escolhre os candidatos baseados em suas propostas, profissões e estilos de vida, nenhum candidato meu ganhou também. O que deve significar que eu votei razoavelmente bem.) é justamente isso: um ideal. Uma coisa é fazer o que é certo pra mudar o país aos poucos, a outra é ter algum tipo de arma contra o governo para que algumas coisas possam ser negociadas. Eu sei, eu sei, não resolve nada de importante, mas é alguma coisa, cacete! Mobilização sem sustentação técnica É válida justamente porque atrapalha o governo e faz eles terem que manusear os interesses populares com menos descaso.
E, no caso, você está certo. No final das contas, eu sou o mais pessimista mesmo. Pode transitar em julgado.
Putz Maradona, eu era viciado em Knightmare, e adora o basic, ficava criando adventures de texto, e ficava esmiuçando cada linha de código quando dava uma erro. Bons tempos.
Ow Somir, pelas postagens e comentários percebo que as vezes penso muito só com meu umbigo, talvez deva parar de votar no Tio Luf.
Bem, ainda acho válida uma campanha deste tipo, nem que seja pelo carater 'educativo' do mesmo. Mas vou ficar mais empolgado quando alguem fizer uma campanha com alto poder de dissiminação pregando formas brandas de desobediencia civil, que acredito mais que passeatas.
Se bem que sua majestade Çilva I e sua sucessora Lady Di I estão fazendo um ótimo serviço de distribuição de renda, que é melhor que ipads pra todos. tudo bem uqe eles não incluem os pobres e a classe média, mas é um começo.
Phill, muito boa sua asinatura. Vc libera a senha do mail "tomanucusomir@desfavor.com"?
"Ou pelo menos, está fazendo mais do que você, com todo o seu intelectualismo, é capaz de fazer no momento."
Você me pegou! Eu estou com ENVEJA dele!
Phill, larga de ser malufista! Essa avenida pode ser linda, mas não leva a lugar nenhum e foi superfaturada.
Sinto te informar que você está sendo mais pessimista. Você está se contentando com esse pouco, provavelmente por achar que para quem é, tá bom. Eu acredito que existem formas reais de enfrentar o problema, só que nenhuma tão bonita e midiática quanto uma revolução de sofá dessas. Gire o quanto quiser no ideal de mobilização, mas sem sustentação técnica não tem resultado.
Nas últimas eleições eu tomei o cuidado (otááário, eu sei) de votar em candidatos que mencionavam apoio aos pequenos e médios empresários e não estavam nesse oba-oba de "Brasil: País do futuro".
Porra, eu votei no Skaf para governador de SP. Tem noção do grau de desespero?
Ok, nenhum deles ganhou.
Mas mesmo assim, eu fiz mais pela redução REAL dos impostos do que quem votou no Dilmão e agora escreveu a porra do CPF numa lista da internet que NÃO TEM COMO dar em nada.
Essa tara pelo setor primário extrativista sempre cobra um preço salgado. Temos que diversificar a produção, depender menos de mega-empresas e modernizar a legislação trabalhista. Só que isso não dá um videozinho bacana do Youtube, dá?
E como eu estou dando uma de Olavete repetindo a mesma coisa seguidas vezes, me despeço por aqui.
Somir, diversificar a economia CU$TA. Estamos comendo poeira na área de know-how tecnológico, estando na posição de meros importadores e assimiladores de tecnologia na maior parte dos segmentos nessa área.
Até mesmo o “agronegócio” é uma área de risco, fortemente sujeita a intempéries graças a eventuais bravatas no jogo do poder. Uma medida mais ousada pode causar o desmonte de boa parte dessa área que bem ou mal segura um pouco as coisas por aqui.
Marciel, quando for para escrever comentário grande assim, manda como texto para o e-mail do desfavor que vira "convidado".
E isso vale para o resto do povo.
Concordando ou discordando. Só precisa estar suficientemente bem escrito (KKKKGRIPESUÍNA) e um tamanho razoável.
Ninguém mais lembra que tem esse espaço por aqui.
Ah..antes que esqueça. Sei que não faz parte do escopo, mas…
CHUUUUUUUUUUUPAAAAA CURINTHIANS!!!
É Somir, talvez tenha razão. Tenho de parar com esta mania besta de achar que um dia evoluiremos politicamente e economicamente, mesmo sem invstir um puto em educação e formação técnica, como fazem China, India e outros.
Vou vender laranja na rua.
Caralho, que dificuldade que tá postar no blogger agora, puta merda -_-'
Basicamente, apesar de na teoria eu ter comentado antes, eu concordo com o Hugo.
Não sou fã do muleque, é mais um nesse meio Brasileiro de subfama, mas nesse vídeo ele chegou num ponto interessantíssimo pro brasileiro. Não é imposto, não é preço justo, não é QUALQUER merda que fosse ser pedida… e sim o Ânimo de pedir em si.
O brasileiro vive numa inércia filha da puta, e só o fato de haver uma mobilização, NEM QUE SEJA pela internet, é uma avanço pra esse povo que não faz nada, não luta, não protesta, deixa o governo mandar e desmandar do jeito dele. Só o fato da demonstração da insatisfação geral já ser explicitada… porra, é um passo.
E, então, eu tinha te xingado falando que você é um pessimista do caralho (ainda mais que eu, e isso é dizer muita coisa!), e tinha argumentado que o Felipe neto pode ser um muleque, um bosta, um escroto… mas ele, mesmo que por motivos menos nobres, está fazendo algo pelo país onde vive (grandesmerdas, mas enfim), o que já é alguma coisa no meu livro. Ou pelo menos, está fazendo mais do que você, com todo o seu intelectualismo, é capaz de fazer no momento.
E também, vamos combinar que a camapanha foi inteligente: pra mobilizar a massa jovem, pra mexer na RAIZ da inércia… fale do que afetam eles! Playstation, videogame e ipads… o jovem médio não quer saber de política, de protecionismo no geral, de economia ou de balanço comercial… mas saber que eles estão pagando mais que 4 vezes o preço de um playstation 3, e que mutias das vezes tem que comprar lá fora??? AHHHHH, aí não!
Como vê, isso mexe diretamente com eles, vai ao encontro dos interesses da população mais jovem de uma maneira muito forte. Esse é o jogo da campanha, que foi muito bem feito. Nem tem como dizer que não.
Para dizer que vai xingar muito o Felipe Neto do Twitter, para falar que a merda no Brasil está além de campanhas e abaixo-assinados e que o negócio tinha que ser resolvido na porra mesmo, ou para me chamar de burro só porque eu discordo de você: tomanucusomir@desfavor.com
Tá bom de xingamento assim?
Deve estar tão fuá por ai que escolher o desfavor da semana deve estar sendo de doer.
"Se uma campanha feito a #precojusto conseguir QUALQUER resultado, vai ser um placebo do tipo redução de 5% para iPad (os playboyzinhos só se importam com isso mesmo), compensado com minúsculos reajustes nos outros trocentos de impostos que pagamos."
MP para tablets mais baratos pode ser encaminhada ao Congresso na 2ª feira
Acho justo um "Não disse?".
Ponto esquecido:
E o empreendedor brasileiro leva uma das piores trolhas do mundo com burocracia, taxação e é claro, a nossa podre legislação trabalhista. Contratar é caro, burocrático e inseguro. Grandessíssimo pau no cu ter que escolher entre crescer e contratar mais funcionários, mas é assim que a banda toca por aqui.
Fato, tanto que quem tem condições apela a família para sustentar o negócio e evita o quanto pode contratar gente de fora da roda. Além disso, utiliza de todos os recursos possíveis de elisão fiscal para que seu negócio não quebre.
O pior de tudo ai é saber que funcionário no geral não quer saber de assumir compromisso com a produtividade e sim com os ganhos no contracheque.
Se gritar pega ladrão, não fica um, mermão. Mas tem muito mais nessa história do que simplesmente "o homem querendo te sacanear". O sistema está tão bagunçado que quebra as pernas até de quem quer ajudar. O Brasil precisa de reformas GRANDES que vão muito além de textos de leis, o povo precisa começar a perceber a diferença entre pirotecnia (abaixo assinado de Twitter) e dedo na ferida de verdade… (VERGONHA NA CARA de não aceitar essa economia que nada mais é do que uma versão em larga escala do que os primeiros habitantes dessa terra faziam… Trocando recursos naturais por badulaques brilhantes.)
Fato! Não adianta apenas fazer a mudança no campo legislativo. O brasileiro médio também precisa ter consciência do tamanho do problema, o que em meio a este clima de ufanismo se torna um trabalho muito difícil e desgastante, a ponto de ser mais conveniente se utilizar de tais pirotecnias que são justamente para manter o rebanho ajuntado. Agora as coisas estão bem, mas vamos ver quando a bomba estourar… Sai de baixo!
Do jeito que vamos, Custo Brasil e #precojusto significam a mesma coisa. Estamos pagando justamente o que devemos.
Não comparo essa de "Custo Brasil" com a do #preçojusto. Comparo o #preçojusto ao movimento dos "Fiscais do Sarney", até porque tanto um quanto o outro são incapazes de enxergar o tamanho do problema e são o prelúdio de um desastre no campo da economia.
Concordo que é uma merda perceber que o preço de um produto
que você quer é 100 lá e 300 aqui, mas não existe solução
simples. Se uma campanha feito a #precojusto conseguir QUALQUER
resultado, vai ser um placebo do tipo redução de 5% para iPad
(os playboyzinhos só se importam com isso mesmo), compensado com
minúsculos reajustes nos outros trocentos de impostos que
pagamos.
O que se pode fazer… Melhorar a logística e alguma redução nos
impostos. Ainda assim a redução pode não ser muito significante,
até porque estamos diante de uma bolha cambial que pode estourar
a qualquer momento.
Nem o mais bem intencionado dos políticos brasileiros poderia
endossar uma campanha oportunista dessas com expectativa de algo
além de auto-promoção. Por mais que a proposta suba, vai chegar
em algum especialista com poder de decisão real que vai dizer
que não tem o que fazer de verdade.
Fato, mas infelizmente, apelar a sensatez só faz algum sentido
quando o risco político é baixo. Melhor se aproveitar dos
agitadores na plateia do que dizer que tanta agitação é por uma
causa perdida.
Se esse país fosse um pouco menos esperto e mais inteligente, não bateria de frente com uma reforma trabalhista para nos colocar nesse milênio de uma vez por todas. Mas todo mundo quer todas as vantagens… Governo paternalista e economia livre não costumam nem dividir a mesma frase.
Reforma trabalhista pra que? Para virar bode expiatório dos poderosos sindicalistas, que tem até mais lobby atualmente do que os ruralistas ou os ambientalistas? É uma atitude tão suicida, mas tão suicida que o governo atual não teria a menor coragem de levar a proposta adiante, tanto que acho que tal proposta só terá alguma condição de passar depois que entrarmos em um cenário de grave crise econômica, já na ressaca da Copa e das Olimpiadas (caso esses eventos venham a ocorrer mesmo no país).
Triste que mais de 400.000 pessoas acreditem num stunt publicitário desses, encabeçado por um babaca comprado e sem fundamentação econômica razoável. Quando não der em nada na prática (claro que vão fazer festa se ganharem alguma esmola, é bom para o jornal), vão continuar achando que a única coisa que impede esse país de ir para frente é um grupo de vilões em Brasília.
Nem me surpreende isso… Gente alienada é isso ai. Tudo HOMER SIMPSON. Um bando de incapazes de ver o tamanho do problema, que é bem maior do que aparenta.
E se você está pensando que concorrência é saudável e um influxo de produtos importados pelo preço justo faria bem a nossa economia, pense de novo. Tocar qualquer negócio no Brasil é enfrentar o mercado consumidor, os concorrentes e o governo!
Somos um país muito burocrático com uma dose alarmante de corrupção e incompetência.
Fato! Um liberalismo suicida não vai resolver os problemas da nossa economia. Tocar um negócio produtivo no país é um desafio enorme justo porque as pessoas no geral só querem saber dos benefícios, com a lógica do maior ganho com a menor responsabilidade possível. Se for o caso, coloca na conta do governo, coloca na conta das multinacionais, até porque o pessoal não quer saber de cuidar nem do próprio umbigo.
Não é à toa que nossa economia ainda é muito primária (índio plantar soja, índio criar gado, índio quebrar pedra, índio cavar buraco) e dependente das flutuações de mercado. O Brasil produz e vende o ferro que faz o parafuso que compramos de volta cem vezes mais caro prendendo as peças de um notebook.
E ainda temos sorte de conseguir ter condições de ter espaço no campo econômico pelo potencial do setor primário, que senão arriscavamos de estar num estado de barbárie semelhante ao de certos países da África e sem a menor condição sequer de tocar os programas assistencialistas que temos por aqui.
Sério, o nosso modelo econômico é um tiro no pé no mundo de hoje. E não podemos ignorar que coincidentemente o maior poder de lobby em Brasília é justamente o do setor primário. Bancada ruralista, cúpula das "estatais"… Fica bem claro porque não interessa mudar o foco.
A bancada ruralista tem certo lobby, mas o projeto de seu maior interesse anda atravancando apesar de todos os esforços para aprová-lo.
Convenhamos que os mesmos estão em uma bela queda-de-braço com os ativistas do ambientalismo, que também tem um lobby igualmente poderoso e um discurso que combina bem o politicamente correto com a demagogia.
Mas a sério, o lobby, perto de problemas como o clientelismo, a burocracia e a demagogia, acaba por ser o menor dos males.
Tudo bem que em outros países a coisa não é tão melhor assim (gente burra e desonesta é o tipo da coisa que ninguém precisa importar…), mas só do concorrente gringo ter que levar uma trolha a menos no rabo para competir no mercado, ele já passa muito na frente do nosso.
Sustentar toda a burocracia e o clientelismo que gira em torno do aparato governamental é um custo enorme e obviamente ele
teria de ser repassado de alguma forma… E dá-lhe CARGA TRIBUTÁRIA. Claro que nossa estrutura é cheia de gente mediocre e incapaz de colocar o dedo na ferida, mas é o que temos para segurar a nossa grande farsa.
Você vai pegar a empresa nacional (ou multinacional com filial aqui) que já leva até cansar da máquina pública e dizer para ela que vai entrar um concorrente no mercado que pode fazer tudo o que ela faz pela metade do preço? Uma década, no máximo, para emprego bom no Brasil virar sinônimo de "vendo meu corpo
para turista". Estilão Cuba.
Pior que já é assim. Bruna Surfistinha não me deixa mentir e os imigrantes tem reclamado desse tipo de estigmatização lá no exterior.
Ainda há gente que investe e se empenha por acreditar que este país ainda tem potencial, mas é só bambear a corda que o castelo de cartas cai. Por isso é que nosso governo fica no "diz que diz" e não inventa de dar uma de "Hugo Chavez". Vê a responsabilidade que é governar esse Brasil, não?
E sim, eu me coloco num patamar de necessidade superior ao das ANTAS que querem pagar 10 vezes mais por um produto por causa de uma maçã mordida impressa no verso. Enfiem seus iPads no rabo! Mesmo sem imposto algum vocês estariam pagando demais por algo, deveriam achar "super cool" desperdiçar dinheiro.
Vocês merecem toda a carga tributária do mundo. (E talvez uma doença crônica "não revelada" como a que matou a Lacraia… Só eu que ri quando li?)
Eu também já me coloco acima dessas pessoas e nem é porque eu me ache. É porque acho muito importante ter um pouco de sensatez em meio a este bando de alienados que tem por ai. Também estou me cagando para os iPads, iPods e iPhones. Além disso, esses sofativistas não tem muito porque reclamar e pela irresponsabilidade, merecem mesmo coisas tipo AIDS, a doença que se presume ter matado a "Lacraia" (Informação que caso seja verdadeira, os jornalistas não publicaram seja pela falta de fontes fiáveis, seja pelo medo de um processo pedindo indenização e retratação por danos morais.)
Os impostos brasileiros são altos porque o governo gasta demais com bobagem? Sim. Os impostos brasileiros são altos só por causa disso?
Não. Tem tudo a ver com o resultado da bagunça que o nosso país sempre foi. Na prática os impostos de importação tem a função básica de arrecadação para a máquina pública, mas também servem como medida de proteção para a frágil e tosca economia de engenho tupiniquim.
Fato! Mas junta-se o lado arrecadatório com a questão da balança comercial e você vê que é uma área crítica. Os constantes déficits nessa balança fizeram um estrago na dívida pública e até por conta disso que os milicos tinham uma política de "substituição de importações" e de depreciações cambiais na tentativa de conter os estragos nas reservas, que por aquele tempo eram bem escassas.
Se os produtos importados chegarem aqui pelo preço justo, a nossa economia QUEBRA e vai faltar contracheque para pagar sua prestação das compras. A fábrica chinesa tem uma série de vantagens que a brasileira não tem, como não ter que lidar com uma das legislações trabalhistas mais paralisantes do mundo. A fábrica chinesa pode enfiar dez mil produtos a um real no nosso mercado antes da brasileira conseguir produzir mil a dez reais.
Antes de uma quebra, as reservas de melhor qualidade ("moeda forte") vão para o espaço, ficando-se no país apenas os derivativos, que são reservas cuja liquidez em moeda forte muitas vezes é mais baixa do que se imagina. Ai se por acaso se quiser conter o problema, tem de se voltar a velha estratégia de depreciação cambial, jogando a economia brasileira de volta no modelo inflacionista. A China, ao contrário de nós, joga com a produtividade no setor industrial numa tentativa de reverter possíveis déficits cambiais e ainda ter reservas para o futuro.
E as pessoas vão comprar essencialmente o que acham a melhor relação entre custo e benefício. Entre um importado bom e barato e um nacional bom e um pouco mais caro, vai o importado! Nem os americanos, com aquela mania de patriotismo, conseguiram convencer sua população a valorizar a indústria nacional em detrimento dos importados melhores e mais baratos. E olha que por lá a campanha é bem agressiva. Ser acusado de não ser patriota por lá é quase como ser acusado de ler um livro aqui no Brasil: Queima filme.
Boa parte do ganho que se tem com a produção em escala e com baixo custo na China se perde no meio logistico, mas ainda hoje a diferença no preço que sobra é satisfatória, sendo que o consumidor no geral considera a relação custo-benefício na hora de uma compra. Mas nosso modelo seja no campo logistico, seja no campo industrial ainda é em muito dependente dos derivados do petróleo, sendo que aumentos bruscos e sustentados no que diz respeito a este suprimento tende a causar uma reação em cadeia na economia, jogando-a numa forte crise, afetando inclusive a China. Paradoxalmente, estamos mais dependentes do petróleo hoje do que nos anos 70.
Claro, um Zé Ruela que argumenta "Preço justo já nessa porra!" vai ser recebido com honras de chefe de Estado pelos políticos nacionais. Excelente idéia!
Lamento dizer, mas esse Felipe Neto não é um Zé Ruela. É um manolo que está razoavelmente bem conchaveado no meio. Se fosse um Zé Ruela, ele nem teria o patrocínio para tal ideia, sendo que o número de assinaturas do abaixo-assinado mal passaria de um milhar. Macaquinhos adestrados pelo Nizan Guanaes vendem que é uma beleza, mas os macaquinhos adestrados tem de estar sob o controle do Nizan Guanaes e não de um Zé Ruela qualquer, até porque é o Nizan que tem fama e não o Zé Ruela.
Ei, eu também uso palavrão, mas eles não são linha argumentativa. Mas deixemos esse assunto de lado, Felipe Neto é a mesma coisa que Justin Bieber e qualquer outro fenômeno adolescente para mim: Falar mal é fazer o jogo deles.
A ideia era construir alguém que fosse o retrato de nossa juventude justo para se utilizar da identificação das pessoas com o garoto-progaganda para efeitos de Marketing. Sucesso!
A última informação que li foi de que o abaixo assinado (virtual: vale muuuuito, viu?) já alcançou mais de 400.000 adesões. Evidente que não vai dar em nada, a idéia original era fazer propaganda e escolheram um mané para ser porta-voz.
Nem me surpreendo com tal resultado grandioso. A ideia era essa mesmo e olha, tal resultado é muito bom para a hora de passar o prospecto de trabalhos da agência para seus eventuais patrocinadores.
Mas, porra… são quase meio milhão de pessoas concordando com a idéia. Não é uma estatística de se jogar fora! (Ok, como é online, é sim… difícil provar que não foi adulterado…)
Como já te falei, a corda no pescoço já está dependurada na cabeça do garoto propaganda. E tais resultados são muito importantes na hora de se mostrar o prospecto para vender os trabalhos da agência publicitária.
O problema aqui é tanta gente achando que a coisa é tão simples como baixar impostos e fazer todo mundo feliz. Eu também adoraria que fosse só a maldade de algumas pessoas que me impedisse de comprar os equipamentos e softwares que vivo precisando por um preço justo.
Aham… E essas pessoinhas tem a mesma cabeça dos babaquinhas que querem ser jogador de futebol, modelo ou artista de TV. E é justo ai que está o problema. Tudo HOMER SIMPSON e desse tipo de gente, esperar algo de PRODUTIVO é pedir demais.
Adoraria me manter completamente alheio aos assuntos que "bombam, uhu" no Twitter, mas como a mídia é preguiçosa e uma pauta baseada em cliques dentro de um site é pra lá de econômica, não tem mais como escapar.
Traduzindo-se, melhor falar mesmo da merda, até porque os alienadinhos já vieram encher o saco aqui por conta dessa campanha viral de internet.
A campanha de divulgação de um jornal disfarçada de movimento social Preço Justo se baseia na utilização de um abaixo assinado para pressionar o governo a baixar os impostos de importação.
Bom, os impostos de importação aqui no Brasil são realmente absurdos, não se pode negar.
Fato! Até que foi uma estratégia bem bolada, mas logo de cara ela já me gerou desconfiança… A viral da Oi (Bloqueio Não) não me deixa mentir.
Mas essa campanha é claramente uma balela. E isso fica claro pela pessoa contratada (é campanha publicitária disfarçada, pagaram sim) para ser a cara do movimento: O famoso "mamãe quero ser rebelde" Felipe Neto.
Que a campanha seja uma balela sustentada sobre uma balela de protesto, é certo. E se contrataram uma merda como o Felipe Neto, é porque queriam aproveitar a posição dele entre os alienadinhos de internet para efeitos publicitários. Tão lógico!
E para quem não sabe, Felipe Neto é viral desde o começo, bancado por uma agência publicitária bem conchaveada no meio. (A Sally devia tomar vergonha na cara e fazer um Processa Eu sobre esse infeliz!)
Se fosse uma idéia séria, escolheriam alguém cuja opinião tenha mais peso. Fica na cara que mais um daqueles diretores de comunicação "super descolado" pegou alguém que geraria interesse
do público jovem e emprestasse aquele ar "conectado" para o produto vendido (no caso, o jornal).
Não é um projeto a sério, ainda que se mantenha a fachada, até porque o interesse era fazer um stunt publicitário se aproveitando dos manolos reclamões que estavam batendo boca em cima dos aumentos dos combustíveis por exemplo.
Felipe Neto é superficial e previsível demais até para a MTV, e olha que essa é uma acusação séria. Chamar um babaca desses para encabeçar um movimento supostamente sério evidentemente vai jogar contra a causa. A promessa dele é levar o abaixo assinado direto para a presidente assim que alcançar um número pré-definido de adesões.
Pensa que eu não notei isso… Felipe Neto está para o meio "vlogger" assim como o Paulo Henrique Amorim está para o jornalismo político. Fama demais e conteúdo de menos a ponto de qualquer pessoa com o mínimo de inteligência notar o script de ambos. E se acaso se chegar ao número pré-definido, vão levar o
abaixo-assinado mesmo, até porque essa é a corda-no-pescoço do stunt.
Mas eu argumento que uma campanha dessas é justamente não fazer nada. O peso de um abaixo assinado se esvai se o que ele pede não pode ser concedido.
BINGO! Lembrei da minha irmã comentando dos bichos grilos que estudam na UNIFESP de Guarulhos, fazendo protesto pedindo a instalação de mais de mil vagas de alojamento, trocentas mil vagas de refeitório… tipo, estavam pedindo umas 4x mais vagas de alojamento do que tinha efetivamente de estudante no campus. É assim que se consegue perder qualquer traço de credibilidade: pedindo coisas absurdas só por pedir.
Somir, você tocou num ponto interessante. Nossa classe média fica putissima por pagar o dobro que um americano num carro, num ipad, em qq merda. Mas NENHUM país do mundo abaixa seus impostos, só botam pressão na gente e esse bando de idiota que lê veja e acredita em tudo que sai lá sem tentar distinguir os interesses por trás só batem palma pra isso. Vejam como os próprios americanos, que mais botam pressão no mundo para reduzir impostos para SUAS exportações não reduzem os subsídios agrícolas, os impostos de entrada de material… o governo tem que proteger a indústria nacional SIM, ainda mais com esse real ultra valorizado. Óbvio, não aquela coisa exagerada pré Collor, mas arrombar a porteira tmb não pode não.
Mas eu argumento que uma campanha dessas é justamente não fazer nada. O peso de um abaixo assinado se esvai se o que ele pede não pode ser concedido.
BINGO! Lembrei da minha irmã comentando dos bichos grilos que estudam na UNIFESP de Guarulhos, fazendo protesto pedindo a instalação de mais de mil vagas de alojamento, trocentas mil vagas de refeitório… tipo, estavam pedindo umas 4x mais vagas de alojamento do que tinha efetivamente de estudante no campus. É assim que se consegue perder qualquer traço de credibilidade: pedindo coisas absurdas só por pedir.
Somir, você tocou num ponto interessante. Nossa classe média fica putissima por pagar o dobro que um americano num carro, num ipad, em qq merda. Mas NENHUM país do mundo abaixa seus impostos, só botam pressão na gente e esse bando de idiota que lê veja e acredita em tudo que sai lá sem tentar distinguir os interesses por trás só batem palma pra isso. Vejam como os próprios americanos, que mais botam pressão no mundo para reduzir impostos para SUAS exportações não reduzem os subsídios agrícolas, os impostos de entrada de material… o governo tem que proteger a indústria nacional SIM, ainda mais com esse real ultra valorizado. Óbvio, não aquela coisa exagerada pré Collor, mas arrombar a porteira tmb não pode não.
Hugo, você tmb descabaçou num MSX, naisse! Lembro do meu 1o hotbit, depois do meu 1o expert… com aquele gravador ligado, meia hora pra carregar um jogo programado em ASM de 2 kbytes… *saudade de Kings Valley, Knightmare…. ARKANOID! haha! Nemesis… naisse again!*
Eu tmb comecei a me interessar por programação naquela época… via o basic e achava o mááááximo… assembly só um tempo depois… Se bem que o asm de Z80 era uma merda… fiquei maravilhado com o 8051 rs
"Bacana. Mas vocÊ sabe que eu te xinguei, né? Então tá tudo beleza."
Xinga de novo que eu mal pude ler antes do blogger sumir com tudo. Ia responder depois…
"Tem nome email e cpf, seu imbecil. Fraude naonde, seu babaca?"
*abrindo postagem*
*Ctrl+F, "fraude"*
*nenhum resultado*
Cale-se, anta!
"ps.: esses abaixos assinados on line não tem valor ?"
Valor é uma palavra subjetiva.
Se for valor legal: Não. Nem mesmo os "de papel" tem.
Se for valor relativo de influência: Todos tem de acordo com o número de adesões. Mas é o que eu já escrevi em outro comentário: Não adianta pedir o que não pode receber.
"Falando sério, este foi o melhor texto que eu já vi aqui na rede e acho que seria até bom colocar qual o maldito jornal que fez esse stunt publicitário."
O jornal, e eu chamei assim apesar de ser estritamente virtual, se chama Brasil 247. Já está na minha lista de fontes bovinas.
Fonte bovina: Você lê de onde veio a notícia e "hmmmmm…."
tl;dr: "Enfim, o formato que escolheram é idiota, o Felipe é outro imbecil, mas mais idiota é não fazer nada."
Mas eu argumento que uma campanha dessas é justamente não fazer nada. O peso de um abaixo assinado se esvai se o que ele pede não pode ser concedido.
Sobre o protecionismo:
Antes do Collor o mercado brasileiro era fechado. As medidas protecionistas que ele derrubou eram tão exageradas que realmente faziam mal para a nossa indústria. Os carros eram carroças…
Mas depois disso, passamos a jogar outro jogo, o MESMO que os outros países capitalistas: Manter equilíbrio entre concorrência e capacidade de competição da produção interna e externa.
O outro oposto, o do #precojusto, nos colocaria a mercê de outros parques industriais muito mais diversificados e eficientes.
Neguinho não vai morrer de fome, neguinho vai pular fora do mercado arrombado pelo produto estrangeiro e trocar de "setor" econômico.
Entendo que a sua linha de trabalho leve vantagens, mas a maior parte da nossa população sequer tem estudo para apertar parafuso, quanto mais para produzir softwares…
O mercado de equipamentos eletrônicos afundou? Vamos fazer parafusos. O mercado de parafusos afundou? Vamos ver se a Vale contrata…
Se não tem lucro num mercado, não tem esforço para ocupá-lo. Ele vai ser dissipado porque todo mundo tem contas para pagar.
A tendência de uma economia pouco diversificada e tão carente de formação profissional de ponta como a nossa é empurrar o cidadão ladeira abaixo na linha de produção. E quanto mais primário o produto, maior a empresa cuidando dele.
Derrubar imposto de importação é receita de crise econômica e acúmulo absurdamente desigual de renda. E não no padrão Brasil de palhaçada, é padrão Uganda 10.000% de inflação diária… Economia quebra numa velocidade impressionante.
Sem contar que nossos produtos NÃO chegam a um preço justo em outros países. O mercado internacional tende a não se importar com bons exemplos. Vem todo mundo que nem abutre para cima da gente.
Se acharem uma solução para abaixar significativamente os impostos de importação sem foder de vez nosso país, vou ser o primeiro a bater palmas.
Mas atualmente eu não conheço nenhum. E nem acho que os economistas renomados conheçam…
Até uma solução existir, o lance é manter o mercado brasileiro suficientemente protegido e tentar aumentar nossa própria capacidade de disputar nesse mercado em alto nível.
Nem que seja para trazer a porcaria da fábrica de trabalho escravo da Foxxconn (acho que é assim que escreve) para cá e botar pelo menos uma parcela do custo brasil no rabo deles. Melhor do que nada.
Bacana. Mas vocÊ sabe que eu te xinguei, né? Então tá tudo beleza.
Tem nome email e cpf, seu imbecil. Fraude naonde, seu babaca? Claro que não vai adiantar porra nenhuma porque essa merda de país já tá todo fudido e aqui nada funciona, mas vai tomar no rabo calado? Pelo menos esculhamba essa cambada de ladrão.
A internet tá foda, cada hora uma palhaçada nova. Vcs viram a manifestação contra a expressão Geronimo EKIA encriptada para comunicar a morte “em acção” de Osama bin Laden? )Ofendeu os nativos americanos, que exigem a Barack Obama um pedido formal de desculpas. Eu sei que já é antiga mas não consegui não comentar.
ps.: esses abaixos assinados on line não tem valor ?
Somir… Tenso!
Falando sério, este foi o melhor texto que eu já vi aqui na rede e acho que seria até bom colocar qual o maldito jornal que fez esse stunt publicitário.
Já faz tempo que pedi para a Sally mandar um belo "Processa Eu!" nesse fulaninho, que aliás, vem respondendo processo pelo vídeo falando mal do negócio da micareta.
Claro, a micareta é um nojo, mas convenhamos que o Felipe Neto abusou.
Queria comentar parte a parte esta postagem, até por achá-la pertinente e uma mostra da realidade que não pode mais ser ignorada.
Felipe Neto who?
Não conhece o Felipe Neto?
Te invejo. Sorte sua.
Cara…A campanha pode ter um alvo errado, mas tem pontos interessantes.
No minimo as pessoas procuram se informar sobre os impostos praticados e ficam sabendo do que acontece acerca dos importados.
Claro que o formato embasado por um jornal (eu não sabia disso, que jornal se refere?) e o Felipe estupido melo tiram um pouco do credito da campanmha. De qualquer forma um abaixo assinado (que é o mais proximo q podemos ter de um plebiscito), é uma forma melhor de chamar atençaõ do que colocar uma hashtag do tipo #forasarney antes de ler a proximo meme ou viral do dia. E esquecer o assunto.
Alem do mais, se fossemos tentar fortalecer o mercado interno fechando ainda mais as importações (eu lembro da era pré collor), estariamos mais defasados ainda em relação ao resto do mundo.
Vc fala de produtos importados da apple como se fosse só isso, e como se fosse um luxo a toa. Não é.
Lembro de uam época em que precisavamos contrabandear macintoshes, pra trabalhar com editoração grafica. Lembro do meu primeiro computador que me deu vontade de aprender mais programação e me interessar por informatica – um msx que precisava ser vendido com teclado separado e entrar como brinquedo no Brasil e deposi montado de novo.
Hoje em dia trabalho entre outras coisas com soluções móveis com realidade aumentada e games em unity pra talets, principalemtne ipad's e iphones. Quanto mais gente tiver este produto, melhor.
Se vc falasse de proteger um mercado que já temos, como o calçadista, o agronegocio, etc, tudo bem. Mas nós não temos estes eletronicos. Não fabricamso carros (só montamos) e não o faremos num futuro tão proximo.
Enfim, o formato que escolheram é idiota, o Felipe é outro imbecil, mas mais idiota é não fazer nada.
O Blogger deu uma cagada monstro, ficou fora do ar por várias horas e ainda teve que subir versão de backup de 30 horas antes.
Os comentários para esta postagem estão perdidos até segunda ordem.
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SE bem que, relendo agora, acho que eu falei merda. Pensei que fosse a opinião da Sally, mas na verdade era só um aviso que a postagem era pra ser dela e não foi.
E, sério, se esse for o caso, quem não for capaz, até hoje, de diferenciar um texto da Sally e do Somir é porque não conhece o Desfavor.
Somir, não querendo ser muito grosso (não é o meu ponto forte), três coisas pra você:
1- Também não sou adorador de Felipe Neto, mas você, com todo seu intelectualismo, esqueceu do principal motivo da campanha: Acabar com a Inércia do povo brasileiro, do desligamento social do cidadão, da preguiça total do brasileiro mais jovem com relação ao próprio país. Esse, antes de qualquer imposto, preço justo, ou qualquer outra merda que for pedida, é o que a campanha tem a oferecer. E vamos combinar, um vendido do caralho tá fazendo mais coisas com o (um dos) intuito de melhorar o país subfudido onde mora (grandesmerdas, eu sei) do que toda a sua pose de intelectual pode fazer. Já é alguma coisa.
2- Sim, o Brasil tá na merda, e o buraco do país é muito mais embaixo (ou deveríamos dizer ao leste superior?) do que questões cretinas como o imposto… mas é um jeito de atrair a atenção do jovem brasileiro, é um bom meio pra começar. Ele escolheu um público alvo, falou de playstation e de iPad, e eu imagino que você com os seus 17 ingênuos anos também teria aderido a isso. Não negue que foi uma boa jogada.
3- Que pessimismo escroto, hein? Eu me considero pessimista pra caralho, mas você é o presidente da corporação. Puta merda.
4- (foda-se, pensei em outra coisa agora) Eu não perco o meu tempo, mas prepare-se que você provavelmente será xingado. E muito. É, é, eu sei que você gosta…
#precojusto: Revolução de Sofá.
Fiquei surpreso que uma Casas Bahia da vida não quis patrocinar a "manifestação". Um slogan "#precojusto: Revolução de Sofá" seria sucesso imediato. Eu não sou publicitário, mas há potencial ali.
Falando sério, esse manifesto é uma grande piada. Um dos erros mais ridículos que vi foi que o tal site não se compromete em manter em sigilo meus dados. Quer dizer, vou assinar e sabe-se lá onde meus documentos vão parar.
Só uma criança pode achar que um manifesto de internet vai mudar alguma coisa. O Ficha Limpa começou assim, mas já tinha apoio de políticos, o projeto era viável e já tava redigido. O abaixo assinado virtual era só pra ganhar atenção da mídia e pressão pública.
Puta merda Sally, precisa gritar?
Leia, por caridade, na seção VIII (8, pros não-nerds). The Maleclaustrum, à direita: "Capslock abusers".
http://v.cdn.cad-comic.com/comics/cad-20090928-79fb8.jpg
Grato.
ATENÇÃO, ESTE TEXTO É DO SOMIR, MAS EU TIVE QUE POSTÁ-LO POR QUESTÕES TÉCNICAS…