Ele disse, ela disse: Relacionamento terminal.
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Nada como começar uma semana com um tema leve e agradável! Relacionamentos amorosos tendem a ter seu próprio ciclo de vida, sendo que poucos realmente conseguem fazer jus à expressão “até que a morte os separe”. Na discussão de hoje, porém, isso é praticamente uma garantia.
Sally e Somir discordam sobre a possibilidade de iniciar um namoro com um(a) paciente terminal. Lembrando, é claro, que doenças contagiosas não valem. (Suicídio são outros quinhentos…)
Tema de hoje: Você começaria um relacionamento com um(a) doente terminal?
SOMIR
Sim. Mas eu duvido que você vá encontrar a argumentação emotiva que espera aqui neste texto. Me baseio mais numa visão realista sobre a morte do que na defesa do amor contra todas as intempéries.
A morte ainda é um tema confuso na mente das pessoas. Parece que muita gente ainda está presa na visão do assunto que formou durante a sua infância, uma espécie de “se esconder do bicho-papão tapando os próprios olhos”… Muita gente passa a vida toda ignorando a análise racional sobre a própria finitude evitando o assunto como um todo.
Foi mal, mas eu não vou corroborar com essa visão infantilóide sobre a vida. Temos apenas uma vida e ela é curta demais para ficarmos com frescuras. Aproveitar seu tempo costuma ser diretamente relacionado com aproveitar suas oportunidades. E quem foi que disse que um relacionamento com data marcada para terminar não é uma oportunidade? Oportunidades não são garantias de sucesso, oportunidades fazem parte do risco inerente à vida.
Se a sua preocupação é nunca ter de lidar com a morte de uma pessoa querida, enfie-se sozinho(a) num buraco e não saia de lá. Porque todas as outras possibilidades te fazem assumir o risco.
Evidente que essa racionalização não torna menos triste perder uma pessoa da qual você gosta. É natural, é humano! Mas existe uma diferença importante entre “ser deixado” de surpresa e acompanhar e se preparar de acordo para o processo. A morte não é tão alheia assim às nossas mentes, o tempo se encarrega de nos ensinar a aceitar o ciclo da vida.
Sem contar que quem realmente deveria estar preocupado é quem está com sua sentença escrita. Drama por drama, é melhor estar do lado vivo da história. Ei, foda-se o politicamente correto, é verdade. Sem contar que as pessoas tem a mania de tratar um(a) doente terminal como um retardado que entra em crise por qualquer motivo. Deve ser ótimo passar os últimos dias de sua vida sendo tratado de forma falsa e melosa. (Não digo falsidade de intenções, falsidade no sentido de fingir que não tem um elefante na sala…)
E já que não pretendo ficar de frescura, vamos aos motivos (que eu aposto que vocês vão achar horríveis) pelos quais eu não teria medinho de começar um relacionamento com uma doente terminal.
Em primeiro lugar, vamos concordar que a maioria das relações vai muito bem no começo, depois que as coisas complicam. Paixão cega e a gente se diverte por qualquer bobagem. Uma relação com final programado tem grandes chances de ser sempre assim. Não dá tempo de enjoar da pessoa ou ficar ouvindo as mesmas histórias pela quinquagésima vez. Até mulher burra pode ser interessante por um curto período de tempo!
E vamos concordar que a lenha dessa relação vai ter que queimar rápido para não haver desperdícios! Mesmo considerando que lá pela fase terminal séria da doença o sexo vai despencar, ainda existe uma margem de tempo onde você vai ter nas mãos uma mulher que não tem lá muitos motivos para fazer cu doce na cama. Numa dessas você risca os maiores e mais inconfessáveis fetiches da sua lista, sem o risco de vê-la abrindo o bico futuramente para te sacanear. E será que ela vai se dar ao luxo de regular para um homem para o qual quer dar só para “não parecer fácil”?
É uma questão de aproveitamento. E os dois se divertem no processo. Vai saber o tipo de loucura que pode sair da mente de alguém que já não tem muito mais a perder?
E não é apenas de sexo que falo aqui. É mais fácil assumir riscos insanos e fazer coisas por pura diversão se você só está apostando alguns meses ou semanas de vida. Nesse mundo de gente cagona que tem medo de pisar fora da linha, é um alento encontrar um(a) alma livre. Talvez essa pessoa jamais pensasse e fizesse as mesmas coisas em outra situação.
E o relacionamento com uma doente terminal pode proporcionar um grau de sinceridade e de falsidade perfeitos! Parece contraditório, mas a idéia é que o risco de traição de confiança diminui sensivelmente se um dos dois vai morrer (ela vai morrer, difamar morto é mal-visto… camada extra de segurança). E ao mesmo tempo, não dá tempo de suas mentiras mostrarem as pernas curtas. Ei, se ela morrer acreditando que você é um espião ou um rockstar, nenhum mal feito!
E por mais que eu vá levar pedradas até a milésima geração: Existe um certo status aproveitável se você contar que sua namorada morreu de uma doença incurável enquanto você segurava sua mão até o último momento. Sabendo aproveitar, vai chover mulher na sua horta. Se dizer que acabou de sair de um namoro já tem poder, imagine só isso!
Não estou dizendo que a parte legal da história é ela morrer, estou dizendo que não tem mal nenhum em aproveitar as vantagens de uma relação dessas. Imagine que uma pessoa querida morra e te deixe uma herança: Você trocaria a herança pela pessoa viva por mais tempo, certo? Mas já que essa opção NÃO EXISTE, adianta o que ficar se martirizando? É a mesma coisa aqui. Escolhas impossíveis não devem guiar ações… Se por um milagre essa pessoa sobreviver, melhor ainda! É só se adaptar a uma relação “sem fim presumido” e seguir em frente. Mas doentes terminais tem esse hábito de não escapar. Vou tapar o sol com a peneira?
Percebam que não é um fetiche por mulheres à beira da morte, ainda dependeria exclusivamente da atrações exercida por ela em condições normais. E porra, faz bem saber que a pessoa que está com você vê vantagens em te escolher. Ser honesto nesses pontos evita que a futura ex-mulher comece a acreditar que está num relacionamento baseado em pena. Isso sim seria uma crueldade.
E por mais piegas que seja: Custa “perder” algum tempo da sua vida para estar do lado de alguém que você gosta numa hora de dificuldade? Não é como se eu estivesse preocupado em “estar ocupado demais” para encontrar a mulher da minha vida nesse meio tempo. Essa coisa de “pessoa especial” te esperando em algum lugar desse mundo é baboseira de desenho da Disney e de gente insegura que precisa acreditar que fez a única escolha possível.
Um relacionamento saudável (doentio é ficar com quem não te faz bem) pode tornar os últimos dias de vida mais felizes. Podem até me pintar como monstro insensível, mas eu não entraria em crise depois, afinal, fiz o que podia fazer com o tempo que tive ao meu dispor. E isso, desfavores, isso é a vida.
Para dizer que eu sou uma pessoa horrível, para dizer que eu sou um viadinho romântico, ou mesmo para dizer que está confuso(a) sobre qual lado escolher hoje para parecer mais nobre (para um bando de manés na internet… ha): somir@desfavor.com
SALLY
Você teria um relacionamento com um doente terminal? NÃO.
Quero dar uma breve explicação para evitar possíveis equívocos. Se eu estivesse tendo um relacionamento com uma pessoa e esta pessoa viesse a adoecer eu continuaria com ela, mesmo em estado terminal. Continuaria com ela até o dia da sua morte, ou ao menos essa seria a minha vontade. Isso não se confunde com INICIAR um relacionamento com uma pessoa que JÁ ESTÁ em estado terminal.
Não vejo razão nem benefícios que justifiquem iniciar um relacionamento com alguém que está muito doente e provavelmente muito incapacitado de construir um relacionamento normal. Não se enganem nem romantizem, um doente terminal dificilmente conseguirá fazer sexo com regularidade ou até mesmo praticar atividades corriqueiras como ir a um cinema ou sair para dançar. O que me prenderia a uma pessoa assim? Pena? Só se for. Medo de estabelecer um relacionamento com alguém que possa me dar mais talvez. Porque quem dá mais, com certeza cobra mais também.
Quando o amor preexiste à doença, ele justifica uma série de sacrifícios e renúncias que fazemos para estar ao lado da pessoa amada. Mas quando ainda não há amor, porque escolher alguém que tem chances bem maiores do que a média de morrer em breve e que ainda estará incapacitado de levar um relacionamento normal, dentro dos padrões? Qual seria a justificativa para abrir mão de tantas coisas? Cheira até a auto-sabotagem uma pessoa que topa esse tipo de remendo afetivo.
Eu quero um relacionamento pleno. Eu mereço um relacionamento pleno. Porque vou entrar de cabeça em algo que sei que não será nem pleno nem duradouro se ainda não há um vínculo afetivo me amarrando a aquela pessoa? Quando você conhece a pessoa já em estágio terminal de alguma doença e de alguma forma resolve investir nela soa mais como compaixão do que amor.
Sim, eu sei que um dia todos nós vamos morrer. Mas o normal é que até lá, tenhamos vivido uma vida plena, cheia de planos realizados e boas lembranças com o parceiro. Nem falo em escalar montanhas ou viajar com uma mochila das costas para Europa. Peço coisas mais básicas como longas noites de sexo, cinema, teatro, jantares.
Uma pessoa com saúde deteriorada a ponto de ser chamado de doente terminal não pode dar o básico do básico em um relacionamento. Ou melhor, não pode dar quase nada. É uma pessoa que está (e TEM QUE estar) concentrada nela mesma, vivenciando momentos difíceis de mal estar que geram uma indisponibilidade. Investir em alguém que não pode retribuir aquilo que eu quero parece uma grande prova de desamor comigo mesma.
Não se trata da dor da perda em si, porque todos nós sentiremos esta dor um dia. Também não se trata do pouco tempo que resta, porque já tive romances que sabia ser passageiros com pessoas de outros estados e de outros países e levei numa boa. Se trata do parceiro não ter condições de tocar um relacionamento de forma normal e satisfatória. Quer ter um amor de carnaval com aquele gringo que conheceu em uma cidade turística? Vai fundo! Vivam as duas semanas juntos a mil e aproveitem bastante. Mas com um doente terminal isso não é possível.
Hospital, remédios, dor, sofrimento, medo… são tantos os fantasmas que cercam uma pessoa em estágio terminal que eu a consideraria egoísta de se envolver com alguém. Egoísta e idiota, pois todos os seus esforços tem que estar focados para sua saúde. Talvez para alguém que não goste muito de fazer sexo nem de sair com o parceiro um relacionamento assim funcione, para mim não seria satisfatório.
Querer fazer os outros acreditarem que a qualidade de relacionamento com um doente terminal é muito similar à de uma pessoa saudável é um deboche. Não, não é apenas o fato de que a pessoa vai morrer em breve o que pesa na hora da recusa. É a qualidade do relacionamento que ela vai poder te dar enquanto estiver com você.
E uma pergunta numa vibe meio psicologia: PORQUE alguém escolheria uma pessoa terminal para iniciar um relacionamento? Evidente que esta escolha faz disparar uma sirene de alerta. Tem algo estranho. “Mas Sally, a gente não escolhe por quem se apaixona”. Foi mal, mas são anos demais de análise na costas para acreditar nessa baboseira. Exima-se desta responsabilidade se puder, eu já não posso mais.
Existem tantas pessoas no mundo, tantas coisas por fazer, por conhecer, por construir… Neste ponto você pode estar pensando que todos nós podemos morrer no dia de amanhã e ninguém está livre de ser ver sem o parceiro de um dia para o outro, mas eu te respondo: uma coisa é um pequeno risco, outra é uma certeza médica. Sim, existe uma diferença.
Palavra de quem já bateu na trave duas vezes: quando você está com o pé na cova, NÃO TEM DISPONIBILIDADE para construir um relacionamento saudável e satisfatório. Nem é exigível que tenha! Contentar-se com uma pessoa que não pode te dar um relacionamento satisfatório diz muito sobre você. Reflita.
Um doente terminal não se resume a uma pessoa que vai morrer em breve. Um doente terminal é uma pessoa que estará quase sempre sob forte medicação, sentindo dores ou desconfortos (ou vocês acham que uma doença que te MATA não causa estes e outros inconvenientes?), que estará quase sempre se sentindo mal e precisando de cuidados médicos e que estará quase sempre em sofrimento físico e psíquico.
Eu sou uma pessoa inteira. Sem ofensas, mas eu mereço uma pessoa inteira. Se já existir amor, não terei escolha a não ser ficar com a pessoa, mas se ainda não tiver vínculo com ela, me parece covarde e medíocre mergulhar em uma relação que claramente se dará pela metade.
Bem, se fosse uma doente terminal, arranjar um relacionamento durante a doença ficaria no final da minha lista. Justamente por estar perto do fim, porque engatar um relacionamento com uma pessoa só se, com o tempo contado, você pode dar asas à imaginação e ir atrás dos prazeres e sensações que dificilmente você encontraria em (com) uma só pessoa?
Até porque seria horrível passar os últimos momentos, com todas as dores e desconfortos (tal como perder o controle sobre as necessidades fisiológicas), delirando de dor, arrependimento e desespero (como muitos parentes queridos à beira da morte e uma amiga minha, morta na adolescência, algo que me perturba até hoje) sabendo que a pessoa com quem você começou esse relacionamento poderia se utilizar desse relacionamento para chover homem depois que eu fosse para o inferno…Capitalizar em cima? Só faltaria tirar foto ao lado da morimbunda aqui. Pior ainda se o cidadão sentisse pena. Assim, preferiria não ter mesmo laços mais profundos com alguém, sobretudo quando o quadro piorasse de vez.
Dito isso, preferiria não me envolver profundamente com um doente terminal, pois certamente o que penso ser empatia poderia ser interpretado como pena na medida em que o relacionamento fosse se aprofundando. E também não gostaria de me pegar aproveitando de uma pessoa que, por trás de uma aura de racionalidade e de resignação, poderá estar, no final das contas, muito fragilizada.
Suellen
Somir, você tem razão em um ponto:
os seus motivos são horríveis mesmo.
Morita,
eu entendi que a Sally nao comecaria um relacionamento se nao houvesse sentimento envolvido. O que nao seria o caso se ambos estivessem apaixonados.
Achei meio estranho o tema de hoje, e sinceramente, duvido muito ate que um paciente terminal tivesse forcas e vontade de comecar algo com alguem.
Nao achei insensibilidade em nenhum dos casos e ate entendo mais a Sally, p que comecar algo em que vc SABE que vai se machucar. E Somir, nao ha garantia de que voce nao va gostar da pessoa, td mundo vai morrer um dia, eu sei, mas achar que so vai ter beneficios em uma relacao assim eh ridiculo.
Tia Sal em nifomaníaca mode on!
Eu já tive um namorado que morreu de câncer. Eu conheci ele antes de adoecer, mas mesmo se eu tivesse conhecido depois, tenho certeza que iria me apaixonar do mesmo jeito.
Já é tão difícil amar de verdade uma pessoa que vale a pena, imagina se eu iria deixar passar uma oportunidade mesmo que por tempo curto…
Sexo é o de menos, basta um vibrador.
A discussão de hoje não se propõe a definir se uma relação com uma pessoa saudável é melhor ou pior do que com uma pessoa doente. Evidente que a possibilidade de construção de algo a longo prazo tem grande valor.
Não é uma busca de padrão, é uma análise de exceção.
Concordo com a Tia Sally!
Vamos lá: Não é só eu que vou sofrer com a perda… a pessoa sabendo que vai morrer, quando morrer também sofrerá com o adeus… Vai sofrer com a idéia de que não vai poder construir nada junto.
Agora, se eu estiver do lado dele quando ele adoecer… ae eu fico… porque já vai ter vivido alguma coisa juntos.
Nesta discussão não estou com nenhum dos dois, pois me parecem que deixaram o sentimentalismo no armário hoje antes de sair de casa.
O Sommir não me impressiona, já que faz o estilo “duro na queda”, sem medos, sem compaixão, sem sentimento de culpa quando algo não dá certo, ou quando ele se equivoca.
Quando a Sally, confesso que me intrigou hoje. Sempre tive para mim, que ela é sentimental, que se coloca sempre a disposição para ajudar o próximo, que o amor ainda existe no coração das pessoas.
Será que eu me enganei?
Sally o que dizer daquela pessoa que durante toda a vida foi apaixonada por você, e que naquelas últimas duas semanas de vida que ainda resta a ela, você percebe que ela também sempre foi o amor de sua vida e nunca percebeu.
Perguntas: Você deixaria ela morrer sem lhe oferecer o prazer de sua companhia e de seu amor? Ou, você viveria aquelas mesmas duas semanas como se fossem as últimas de sua vida. Neste caso estamos considerando que não há vida após a morte.
Às vezes, percebo que vocês dão muito valor ao sexo, e se esquecem que a única coisa que talvez aquele paciente terminal gostaria de você no momento de sua morte, é somente da sua companhia.
Talvez morrer com as mãos dadas com a pessoa que ama é a maior expressão de amor.
O Somir atravessa o São Francisco a Nado com uma pastilha de sonrisol na mão e chega com ela inteira do outro lado.
Somir, meu querido, paga uma puta. é sem frescura (só pagar) e não tem a carga emocional de estar trepando com alguém em vias de morrer.
Nem a perda posterior…
Sally, seletiva ao extremo (?)
Eu nem li o texto por inteiro, apenas passei os olhos, mas to com o Somir!
Sally, você é um monstro!!
Concordo com a Sally.
Mudando de assunto, pega essa galinha preta sentada no ovo
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Curupira mandou um oi pro estagiário que fez o photoshop e disse que não custava nada terem dado um trato na palh, quer dizer, no cabelo dela.
Se apegar a alguem pra depois perde-la num periodo curto quando acontece sem vc saber já é horrivel. Sabendo então, seria mais facil evitar isso.
Sob o ponto de vista do Somir a necrofilia seria ate MAIS interessante, já que a mulher teria ainda menos frescuras quanto a sexo.
Simplificar é o que há.
Só vivendo na pele mesmo para poder afirmar se começaria ou não um relacionamento com paciente terminal.
Senti falta de uma definição mais detalhada do que seria esse paciente terminal. Trabalho na área da saúde, confesso que ficou um pouco confuso pra mim.
Sim, eu concordo: “contentar-se com uma pessoa que não pode te dar um relacionamento satisfatório diz muito sobre você”. No entanto, acredito que essa linha de pensamento reflete um padrão de comportamento, onde a pessoa sempre se relaciona com as pessoas de uma determinada forma, fazendo escolhas que reafirmem esse padrão ao longo de sua vida.
Uma coisa é a pessoa sempre se apaixonar por pessoas em estagio terminal, ou por presidiários, por exemplo. Situações onde a pessoa sempre arruma parceiros com características similares que de alguma forma ela possa controlar a situação. Um exemplo disso é a pessoa que coloca todos os seus parceiros em um pedestal. É um padrão. Que também demonstra a necessidade de controlar o parceiro. Outra coisa totalmente diferente é você conhecer essa pessoa, e aí sim, pela primeira vez na sua vida, como um evento totalmente fora dos seus padrões, você se apaixonar por ela. Algo incomum, atípico, sem repetir padrões antigos.
Muitas vezes ficamos presos ao certo ou errado. E assim, fica muito fácil não se consultar e avaliar o que o coração está pedindo.
Somir, se vc é isso tudo que deixou transparecer na sua escrita, além do grau de honestidade… Uhhlálá!!
Sim. Porque eu assisti "Um amor pra recordar" e achei "fofinho".