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Ele disse, ela disse: A real beleza.

| Desfavor | | 29 comentários em Ele disse, ela disse: A real beleza.

Já foi!Embora o desfavor já tenha discutido o mérito da beleza “digital”, o assunto ainda rende com a beleza “artificial”. Artificial no sentido de que não foi resultado de um misto de genética favorável e sacrifício infindável. Enquanto Sally defende o valor do trabalho honesto, Somir valoriza mesmo é o resultado bundal… quer dizer, final.

Tema de hoje: Beleza conquistada de forma artificial tem menos valor?

SOMIR

Em primeiro lugar: Homem que faz plástica e toma bomba para “ficar mais bonito” também está interessado em agradar homens. Usar as mulheres como exemplo é suficientemente abrangente.

Em relação ao tema: Não. Usar esforço como medida de mérito nem sempre nos leva a boas conclusões.

Digamos que você está procurando uma casa para morar. O corretor te apresenta dois imóveis excelentes, mas visualmente parecidos: Um deles foi construído de forma quase que artesanal, tijolo por tijolo, numa construção que demorou anos para ficar pronta. O outro é uma ode à construção moderna, métodos inovadores e sistema de linha de produção, resultando em uma obra finalizada em meses.

Fica claro qual que vai ser comprado não?

O mais interessante. Seja por ser mais barato, seja pela localização, seja por algum detalhe que te encantou… O trabalho envolvido na construção não serve como argumento definidor. Pode ser, no máximo, uma vantagem a ser contada para os amigos.

E como eu adoro objetificar mulheres (só irrita quem interessa irritar), estendo a comparação às fêmeas de nossa espécie. Por mais que um homem seja capaz de reconhecer esforços, não é como se ele vá abrir mão de uma mulher GOSTOSA porque ela tomou alguns atalhos para alcançar aquela forma.

Ironicamente, o esforço para conquistar essa beleza que se torna puramente cosmético. No final das contas, uma mulher gostosa na cama tem seu valor independentemente da genética (ok, os cromossomos contam) e da carga de trabalho.

Fica claro qual vai ser escolhida.

A mais interessante.

E aqui entra o meu argumento vencedor: Muitas vezes as mulheres que usam artifícios artificiais (derp) para ficar mais bonitas FALHAM TERRIVELMENTE. Quantas mulheres não terminam parecendo um halterofilistas com peitos e bundas gigantescamente desproporcionais? As mulheres que terminam mais toscas são justamente aquelas antas guiadas pela opinião alheia. O que não falta nesse mundo é vadia burra que estraga completamente sua beleza por causa de uma visão distorcida sobre seu corpo. Homens e mulheres são todos malucos, mas as mulheres tem mais facilidade de alterar seu corpo “na faca”. A artificialidade pode melhorar ou piorar uma mulher, não tem regra definida.

Não é isso que vai fazer a diferença. Não muda o valor.

Algo que frequentemente é mal utilizado não pode contar como vantagem injusta, pode? Cá entre nós… A não ser que um homem tenha tara por plásticos, um peitinho natural costuma ser MUITO melhor que um peitão de silicone. Até mesmo visualmente. Ficar bonito no decote não anima muito quem quer ver esses peitos FORA dele.

Não é um peito grande ou músculos definidos que vão garantir o sucesso da aparência dessa mulher, é a harmonia da forma final.

Quem faz as coisas direito tem mérito. Não quem faz do jeito mais difícil. Entre a feia esforçada e a gostosa preguiçosa… Mas estou chovendo no molhado aqui. Tem mais.

Nem só de mulheres que se cuidam muito é feito o grupo de mulheres bonitas. Algumas realmente NASCEM com tudo o que vão precisar para enlouquecer os homens quando estiverem desenvolvidas. A genética cria mulheres que só precisam de alguns anos pós-puberdade para conquistar o que várias outras vão lutar a vida toda para alcançar.

Vamos realmente dizer que nascer com uma característica te rende méritos maiores? Essa mulher não teve nenhum papel decisivo no resultado. De uma certa forma, a longo prazo é até mais seguro estar com uma mulher que brigou (até mesmo ilegalmente) com a aparência do que uma que sempre teve o que teve sem sacrifícios. A “artificial” vai se esforçar mais para não embarangar.

Se de um lado temos mulheres que se esforçam muito e se apóiam na genética privilegiada, do outro temos as que fazem qualquer coisa para ficarem mais atrantes, correndo um risco TREMENDO de acabarem piores do que começaram…

Tudo isso se torna absolutamente inútil se a mulher não ficar bonita/gostosa. Não está na cara que essa coisa de dar notas para o valor da beleza é totalmente subordinado à nota da beleza em si?

Se a mulher tira a roupa e perde a beleza, então não estamos falando do mesmo assunto sobre o qual este texto DEVERIA tratar. A questão é olhar para uma mulher gostosa e achar que ela vale menos se não nasceu daquele jeito ou se esforçou absurdamente para conseguir esse resultado. Se o homem não gostar do que viu, acabou o assunto aí mesmo.

E, como eu já disse em textos anteriores, não é como se as mulheres não usassem formas “artificiais” menos intrusivas de ficarem mais bonitas no dia-a-dia.

Para dizer que acha suspeita essa história de não valorizar mais a mulher “natural”, para dizer que se amarra nesse papo de sofrimento-dignificador-religioso, ou mesmo para dizer que se der bola para você, já está valendo: somir@desfavor.com

SALLY

Vou repetir, porque nesta coluna temos o maior indice de problemas cognitvos: a beleza de uma mulher perde o valor se ela for fruto de plástica ou outros procedimentos artificiais? SIM. Não espero que homens concodem comigo, afinal, eles abrem revistas e acham as mulheres absurdamente photoshopadas (algumas a ponto de perder o umbigo e o mamilo!) lindas, sem se importar com o grau de artificialidade daquilo. Mas acredito que ao menos as mulheres venham a concordar.

Uma mulher bonita que nasceu com um nariz meio inadequado e dá uma ajeitadinha para ficar com o rosto mais harmonioso não é o objeto desta coluna. Sua beleza não depende de um nariz. Modificar através de plástica aquilo que só pode ser modificado através de plástica não é condenável, afinal, nariz não afina e peito não aumenta malhando. O objeto do texto é outro. Atentem para a frase: beleza que É FRUTO DE PLÁSTICA ou outros procedimentos artificiais, ou seja, não fossem estes procedimentos, a mulher seria FEIA.

Quero dizer que não sou retardada de achar que uma mulher estilo Panicat é feia. Não, elas são todas “montadas”, todas artificiais (desde a cor da pele até a cor dos dentes, desde a bunda até as unhas), mas ainda assim, SÃO BONITAS, SÃO LINDAS E SÃO GOSTOSAS. O ponto é: essa beleza (que sim, existe) perde o valor por ter sido colocada ali artificialmente. É uma coisa falsa, temporária e pouco funcional. Lindo de se ver, mas muito difícil de se conviver e se manter. Deixa uma dessas Miss Albumina soltar um mísero peidinho que vocês vão começar a concordar comigo.

Quando a beleza é fruto de “artificialifdades” (provavelmente esta palavra não existe), ela está condenada a ter um prazo de validade e, quase sempre, custar muito caro a longo prazo, tanto no sentido financeiro quando no sacrifício que implica para a saúde. Não é possível que seja dado igual valor à beleza natural do que a algo temporário que tem efeito rebote depois de certo prazo. A beleza que depende de procedimentos artificiais não tem mérito algum, é um embuste, uma prótese similar a aquela que um perneta usa para poder andar.

Vamos lembrar também que filhos não herdam plástica. Camilly Vitória, vulgo Filha da Carla Perez, está aí para provar que não adianta nada mamãe se reconstruir, porque a prole nasce HORRENDA. A genética é implacável. E falando nesse povo, Brian, vulgo Filho da Scheila Carvalho, NÃO está mais aí para provar que quando se entope o organismo de porcarias muitas vezes os filhos pagam o preço. Mamãe é gostosa, mas o filhote nasceu com os intestinos do lado de fora. Ela tem o mesmo valor de quem malhou purinha no maior sacrifício para ficar com um corpão?

Não tem mistério. O caminho mais fácil costuma ter menos valor do que o caminho mais difícil. O atalho geralmente é coisa de quem quer ser esperto, se dar bem. Não tem como comparar uma pessoa que rala pra cacete para obter resultados a longo prazo com uma que em três meses está montadinha, às custas de sua saúde e da saúde dos seus filhos. Davi, vulgo Filho de Claudia Leite, ta aí para mostrar que muitas vezes uma barriga de tanquinho na mamãe dois meses depois do nascimento do filhote pode acabar em meningite. Não que essas piranhas se importem, mas nós, seres pensantes, temos que ter o discernimento de saber que mesmo que elas sejam gostosas, não tem o mesmo valor das bonitas por mérito.

Mulher montada é o que em direito se chama “vício redibitório”, que é aquele vício oculto, que você só constata quando já levou o produto para casa. Aperte um peito ou uma bunda de silicone e me diga se é igual a um original. Ligue o ar condicionado e observe as próteses ficarem geladas e tenha a sensação de estar dormindo com uma boneca inflável.

Eu acredito que a forma como uma mulher conquista sua beleza reflete em sua pesonalidade e escolhas de vida. Não tem o mesmo mérito a mulher que se dedica fielmente a uma academia e malha duas horas todos os dias por anos do que uma mulher que não tem a força de vontade de fechar a boca por dois meses e recorre à lipo quando quer emagecer. Sim, eu sou old school, eu acho que para ter valor é preciso dedicação e esforço. Uma mulher que se dá ao trabalho de cuidar do rosto com cremre e protetor solar tem mais mérito do que a se detona e depois se estica ou se enche de botox.

Sem contar que muitas “belezas” que a gente vê por aí saem com água e sabão. Você vai dormir com uma mulher e acorda com outra. Esse é um dos efeitos colaterais de sair com uma mulher cuja beleza é artificial. Ou pior ainda: basta tirar a roupa para ver que a criatura não era bem o que você imaginava. Adianta ser mega-sarada e ter hipertrofia clitoriana (Google it! As imagens são chocantes). Porque eu malho com essas saradonas da TV, as quais não vou citar nomes por uma questão de respeito e ética (Gracyanne Barbosa, Nicole Bahls, Joana Machado e outras) e compartilhamos o mesmo vestiário. Amigos, vou lhes contar que muitas delas são mais bem dotadas do que muito homem. Vocês acham que estas mulheres e suas vozes de Darth Vader tem o mesmo mérito do que nós, mulheres que trabalhamos pelo menos oito horas por dia e ainda temos a obrigação de ser bonitas?

Quando você conquista a sua beleza com uma série de atributos sólidos, que são mértio seu (e não da cirurgia ou da farmácia) e que não necessariamente são físicos (porque beleza é um conjunto subjetivo, apesar de que, sem um mínimo de físico, nada te salva…), esta beleza é SUA, se incorpora a você e ninguém te tira. Talvez o tempo leve um pouco dela, mas só um pouco. Quando você conquista sua beleza de uma forma imediatista, artificial, fácil, postiça, isto desmorona em questão de pouco tempo. Sem contar que denota uma pessoa sem força de vontade, sem senso de sacrifício.

Se esta atitude de se dar bem pelo caminho mais fácil fosse tomada em outro setor, com certeza as pessoas se posicionariam de forma contrária. Se uma pessoa, ao invés de fazer uma pós comprasse o diploma ou ao invés de fazer aulas de auto-escola, comprasse a carteira, todos criticariam. Mas, como fica mais difícil criticar uma bela mulher, as pessoas, ou melhor, os homens, tendem a achar que os fins justificam os meios. Daí uma pessoa com beleza artificial e com prazo de validade curto é equiparada a outra com beleza natural e transmissível.

Repito mais uma vez a velha frase: filhos não herdam plástica.

Para dizer que eu tenho inveja de quem se enche de plásticas e tratamentos estéticos, para dizer que beleza natural é coisa de hippie ou ainda para dizer que este assunto é chato e que devemos voltar a meter o pau em Gezuiz: sally@desfavor.com


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