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Deleta Eu!: Maldita inclusão no jornal!

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Agora fede menos!Edição especial: Joga Fora Eu!

O “Processa Eu!” é uma espécie de álbum de figurinhas para o desfavor: Assim que Sally cola a figura (pública) em nossas páginas, é hora de seguir em frente e buscar a próxima. Claro que temos nossos (des)favoritos históricos, mas não é como se fôssemos um blog cujo foco é falar sobre celebridades (falta o pré-requisito de ser um total e completo desperdício de oxigênio).

O que continua sendo a mais pura verdade. Sally escreveu sobre uma “celebridade” suíça, eu vou mencionar a brasileira.

Gostaria de agradecer à Suellen, que nos fez o favor de mandar essa pérola de coluna escrita por Claudia Cristina Leite Inácio Pedreira, ou Claudia Leitte para os bregas. Texto que vou transcrever e comentar. Mas não sejamos apenas críticos: Considerando a habitual dificuldade da “cantora” com palavras que excedam uma sílaba, deve ter sido um trabalho homérico para os editores da Folha traduzir o texto para “humano”.

Mas sem mais delongas:

Internet, liberdade e responsabilidade (ou: mimimimimi…)
Claudia Leitte (consoante supérflua: sinônimo de classe!)

Passo o ano inteiro viajando (o problema é quando chega) e, por meio da internet, consigo me manter atualizada e ter domínio da minha vida (enveja.com), ainda que eu esteja distante (distante da sua vida? seria Claudia Leitte um zumbi? explicaria a inteligência…). Acesso as câmeras de segurança da minha casa em Salvador pelo notebook (“ladrões! vou mandar um emoticon enfurecido!”), leio livros (já chegou na parte que o patinho vira cisne?), jornais e faço pesquisas (déi real que só pesquisa o próprio nome).

Até onde fama seja sinônimo de reputação, conceito, renome, celebridade, sou uma mulher famosa (se for sinônimo de “gente que escreve mal”, também serve, viu?) , mas também sou esposa (tem gosto pra tudo…) e mãe (temo pela humanidade), e a internet me ajuda nessa conciliação (não sei como as mulheres conseguiam criar filhos antes do Twitter! obrigado, internet…). É admissível que “preconceituem” (estou apostando que as aspas foram colocadas por quem editou, para fingir que foi proposital) minha carreira (aqui também precisaria de aspas…), muito embora não faça mistério algum em torno da minha vida pessoal (alguém se importa com isso?), pois sou uma pessoa pública (atenção: evadir privacidade é consequência direta de ser famoso, palavras de Claudia).

Acho graça da criatividade alheia (o desconhecido gera essas reações mesmo…) quando afirmam que eu fiz abdominoplastia minutos depois de uma cesárea (melhor tática para evitar um possível boato: repetí-lo num jornal de circulação nacional. Claudia nos ensina muito…) e por ouvir alguém dizer que pensou que eu havia tomado morfina para aguentar cantar no Carnaval 29 dias depois de dar à luz Davi (toda vez que buzinam aqui na rua de casa, eu saio correndo esperançoso para ver se é um oficial de justiça… vamos continuar na torcida!).

E tudo isso se propaga pela internet como se verdade fosse (se está na internet, é verdade) , sem critérios (bem-vinda à internet), sem me darem ouvidos (deixa eu reler meu contrato para utilização de internet… não… nada sobre ter que me submeter a torturas… não adianta reclamar).

Eu entendo (taí uma novidade…) que é mais difícil aceitar que eu lutei com o corpo (deve ter sido uma luta sangrenta e cheia de cortes, presumo…) e com a mente (nesse caso, foi W.O.) para estar lá em cima (*olhando pra cima*) porque tenho amor ao que faço (não é recíproco…) e respeito pelos que precisam do meu trabalho (quem nunca precisou ver uma cantora brega genérica fazendo playback num mar de baianos suados que atire a primeira pedra! *pegando uma pedra*). Mas é justo querer fazer de uma ilação uma verdade? (acho mais justo duvidar do seu real conhecimento da palavra “ilação”…)

Conceituar sobre teses sem qualquer fundamento (você sabe o que é a internet?), expondo a vida alheia (você já disse que pessoa pública deve expor sua vida pessoal… quatro parágrafos atrás…) a tamanho escárnio? (só se for engraçado)

Quanto aos crimes contra a honra, a história, a família ou a memória, de anônimos ou não (honra, história, família e memória… de anônimos? boa, campeã!), são cometidos todos os dias na internet? (quantos?)

Quantos se valem de uma rede tão valiosa para nossos dias para arquitetar o mal (*cofiando o bigode*) e por meio dela disseminar todo tido de leviandade (*risada maligna*), abrigados no perigoso manto da impunidade? (*colocando a cartola e se cobrindo com a capa preta* ah sim… quantos? vai dizer ou não?)

Se o que aconteceu comigo mereceu alguma repercussão por eu ser uma figura pública (não, foi porque não vão com a tua cara mesmo), quantos anônimos (quantos?) e menos afortunados passam pelo mesmo drama sem ter a quem recorrer? (OPA! essa mulher não tem assessoria de imprensa não? chamar os próprios ou potenciais fãs de “menos afortunados” POR NÃO SEREM ELA? hahahahah!) Ou encontram caminhos tão tortuosos a percorrer (na verdade é só não ficar pedindo atenção dessa forma desesperada que você faz… é simples, viu?) que desistem pelo meio, deixando mais um crime impune? (armas não matam pessoas, maldades virtuais matam pessoas!)

Presumo que esse conceito antecipado sobre o “fantástico mundo da fama” (se até você faz parte, não deve ser tão fantástico assim), associado à ociosidade (esse povo tem que ter mais o que fazer do que ficar na internet, não? escreve no seu Twitter!) e ao desrespeito (respeito é o tipo da coisa que tem que ser merecida…), tenha levado alguém a colocar fotografias minhas (mau-gosto) num site que financia descaradamente o tráfico de mulheres (bom, você é mesmo uma droga…).

Alguém que não acha sou gente (clube popular, esse…), que não se lembra que, apesar de suas liberdades de expressão e de escolha, sou filha, esposa e mãe de alguém (alguém que já sofre o suficiente… entendemos sua preocupação).

Leis existem (sério?), ao menos no papel, mas precisamos de uma legislação célere como a própria internet (todas as leis devem ter no máximo 140 caracteres?), capaz de responsabilizar e punir com o rigor da Justiça aqueles que dela fazem mau uso (e por mau uso você quer dizer tudo o que não TE agrade, certo? a opção de não arreganhar a vida pessoal toda na internet dá muito trabalho, imagino).

E por ser mãe (sim, já entendemos nas últimas trinta menções) e também cidadã, eu desejo que no mundo virtual existam filtros o mais rápido possível (eu adoraria um filtro contra gente burra, limitada e sem capacidade de lidar com os próprios problemas que berra e esperneia por “novas leis” toda vez que algo evitável com um mínimo de bom senso não as agrada, já que estamos falando disso…). Enquanto isso não acontece (Gezuiz que me livre de fazer alguma coisa, não?), vou educar meu filho (osmose?) ensinando que “somos todos iguais, braços dados ou não” (tirando os “menos afortunados” que não são você, claro…) e que isso se estende à internet, essa terra de cegos, sem nomes ou imagens (momento KKKGRIPESUÍNA: se não tem nomes ou imagens, todo o seu chororô em forma de texto se contradiz e torna-se inválido… maldita inclusão digital!).

Também vou aconselhá-lo a ler Saramago (assim ele te conta depois qual era a história?): “Dói-me o mundo, não me conformo com o que os homens fazem aos homens”. (ainda bem que morreu antes de saber que seria citado por Claudia Leitte…)


(e chega!)

Para dizer que também acha essencial para o mundo prender esses monstros que falam coisas desagradáveis na internet, para reclamar que eu nunca mais escrevi Deletas Eu!, ou mesmo para concordar que a Claudia Leitte deveria ter um limite de 140 caracteres para a vida toda: somir@desfavor.com


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