Ele disse, ela disse: O direito ao nascer.
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Nomes fazem parte de nossa idéia sobre o que é uma sociedade. Uma reputação pessoal é construída com base na diferenciação entre um ser humano e seus pares. Sally e Somir começaram a discutir sobre a importância da escolha desse nome pelos pais depois de rirem juntos de alguns terríveis que escutaram por aí.
Enquanto ela defende a liberdade de expressão descamisada, ele pleiteia um controle maior sobre essas decisões. E se você não estiver a fim de discutir o assunto, pode pelo menos comentar com alguns nomes ridículos que já ouviu por aí.
Tema de hoje: Os cartórios devem registrar QUALQUER nome que os pais decidirem?
SOMIR
Não. Eu sou um grande defensor das liberdades pessoais, mas cabe lembrar que o direito de uma pessoa acaba onde o de outra começa. Não se tem uma sociedade evoluída e democrática se gente ignorante tem muita liberdade de atrapalhar o desenvolvimento das próximas gerações.
Espero que todos aqui concordem que uma sociedade livre não é aquela que permite qualquer porcaria. Não temos a liberdade de matar outra pessoa quando der na nossa telha, não temos a liberdade de roubar dinheiro e propriedades de outras pessoas… Tudo tem seu limite.
Todas as atitudes que podem vir a piorar (ou extinguir) a qualidade de vida própria ou alheia são vistas de forma negativa. Oras, certas linhas-guia são essenciais para que as coisas funcionem. E espera-se dos cidadãos que eles participem, na medida do possível, da manutenção da qualidade de vida de seus semelhantes. O Estado somos nós.
Você pode ser preso se encontrar um suicida e incentivá-lo a dar cabo de suas intenções, por exemplo. Deixar ou incentivar que algo de ruim aconteça para outra pessoa também é previsto como uma forma de ser um mau membro da sociedade.
Não, não estou dizendo que uma pessoa deva ser proibida de dar um nome ridículo para os próprios filhos, mas que um cartório pode ter o direito (e a decência) de evitar que uma pessoa desequilibrada nomeie sua filha de “Bucetilde” (existe), concordo plenamente.
Nomes oficiais não podem ser mudados ao bel-prazer do agraciado. Espera-se que uma pessoa mantenha o mesmo por sua vida toda, afinal, é bem mais fácil viver numa sociedade onde as pessoas podem ser encontradas e confrontadas por algo errado que venham a fazer. Usar nome falso é crime, tamanha a importância dessa diferenciação pessoal.
E se você achou que eu ia ficar só nessa argumentação agradável, prazer, Tiago Somir.
Vamos começar com a noção de que existem sim nomes OBVIAMENTE malignos e vexatórios. Tem pais que dão nome chulo e ofensivo por raiva da criança. Um escrivão que barra “Filhadaputílson da Silva” não está impondo seus gostos, está evitando uma crueldade clara perpetrada por gente ruim. Não vai evitar uma criação horrível, mas pelo menos fora de casa essa criança não vai ser tão humilhada.
Tem gente escrota mesmo nesse mundo. As leis ajudam a controlá-las.
A questão dos nomes obviamente humilhantes depende do bom-senso de cada um. Mas existem casos flagrantes de estupidez ou inocência dos pais. Se os cartórios pudessem se recusar a registrar um nome, a pessoa teria que procurar outro ou mesmo exigir o direito legal de fazê-lo. Boa sorte para que os pobres (é sempre pobre) consigam convencer um juiz que chamar o varão de “Borboleta de Souza” não é uma péssima idéia.
Gente ignorante não manda nesse mundo por um motivo. Não é todo mundo que tem o discernimento MÍNIMO para entender o valor e a importância de um nome no desenvolvimento de um cidadão.
Uma pessoa brega, mas que tenha desenvolvido seu intelecto de forma razoável, vai tacar alguns Y’s no nome do filho: Pode até ficar feio, mas não vai ser humilhante.
Uma pessoa ignorante vai chamar o filho de “Uóshito” (existe), “Cleydireison” (existe), “Ismaile” (existe), “Deusimar” (existe…) e coisas horríveis assim. Ok, não são nomes chulos ou obviamente humilhantes… Mas são nomes de POBRE!
E, cacete, isso faz diferença. Quase todo mundo que inventa esses nomes estúpidos não se importa muito com o pleno desenvolvimento da cria. E nem é colocar em xeque o amor desses pais pelos filhos, é duvidar que essas pessoas enxerguem seus rebentos como cidadãos desse mundo. Pessoas que vão fazer parte da sociedade e ter sucesso na vida.
Quem chama filho desses nomes de pobre parece que só enxerga um número. É tanta certeza que não vai dar em nada na vida que resolvem diferenciar a criança logo no nascimento, porque depois não tem mais jeito, porque vai estudar pouco, trabalhar muito e ter mais um monte de filhos que nem eles. Esses nomes “diferentes” são uma declaração de DESISTÊNCIA de um futuro de sucesso por parte dos pais.
Até acho que não é por mal, mas faz mal. A única combinação possível entre nome de pobre e bom futuro financeiro acontece no Futebol. Não temos “Maicons” liderando multinacionais…
Nome de pobre é uma desvantagem psicológica que acompanha a criança desde o começo do seu desenvolvimento. O mundo não é um lugar de compreensão, amor e aceitação das diferenças. Neguinho vai sofrer preconceito e vai ser visto como classe baixa MESMO. O “Francislei” vai gerar duas vezes mais dúvidas sobre sua capacidade de gerenciamento do que o “Eduardo”, por exemplo. Mesmo que milhões de pobres se chamem “Eduardo” e apenas dezenas se chamem “Francislei”.
Enquanto essa gente que quer inventar nome não for capaz de entender que gerar um CIDADÃO exige colocá-lo em condições parecidas com seus concorrentes diretos, os cartórios devem ter o poder de questionar o bom-senso dos pais semi (ou totalmente) analfabetos que enfiam nomes diferentes nos filhos por maldade, ignorância ou mesmo o ruim e velho derrotismo antecipado brasileiro.
Que pelo menos o escrivão seja obrigado a dizer para os pais: “Seu filho pode ser especial por conta própria, basta que vocês ajudem.”
Para dizer que meus pais erraram por não me batizar como Adolph Hitler, para reclamar que seu nome é de pobre e você não se sente inferiorizado por saber que nunca vai ser rico, ou mesmo para reclamar que Emílio não é lá algo muito agradável para os ouvidos: somir@desfavor.com
SALLY
Depois de comentar com o Somir que uma pessoa conhecida teve gêmeas e decidiu chamá-las de Jabulani e Vuvuzela, surgiu o debate: os cartórios podem se recusar a registrar o nome de uma criança que entendam inadequado, ridículo ou vexatório? Os pais tem o direito de colocar o nome que desejarem nos filhos? Os cartórios tem que ser obrigados a registrar qualquer nome que os pais pretendam?
Eu sei que um nome bizarro pode ter conseqüências ruins na vida de uma criança, mas ainda assim, eu acho que os pais tem o sagrado direito de escolher o nome que querem dar a seus filhos – ainda que seja Jabulani e Vuvuzela. Em um mundo ideal, onde todos os seres humanos tem bom senso, poderíamos até permitir que um cartório faça uma filtragem de nomes tendo em vista o melhor interesse da criança, mas infelizmente este mundo ideal não é o Brasil. Se falta bom senso aos pais, nada garante que não falte aos responsáveis pelo cartório.
Dar tanto poder a um cartório é pedir para que ocorram arbitrariedades. É um assunto subjetivo demais! Quando falamos de exemplos extremados como Jabulani e Vuvuzela fica fácil achar que deve existir essa proibição, mas se a gente pensar em exemplos menos grotescos, vai surgir uma enorme zona cinzenta que suscitaria horas de discussão sobre o que é um nome ridículo. Acabaria prevalecendo o gosto pessoal do responsável pelo cartório.
“Mas Sally, já pensou uma criança crescendo com um nome escrotérrimo? Já pensou ela sendo sacaneada na escola? Já pensou o trauma que essa situação vai gerar?”. Já, já pensei. E você já pensou que mesmo que o cartório não registre o nome bizarro, os pais podem chamar a criança assim e ninguém vai poder fazer nada contra isso? Eu conheço dois casos de pessoas que tem nome “normal” na identidade porém sempre foram chamados por nomes bizarros em casa. Além disso, um pai que olha para um bebê e diz “Tem cara de “Último Prazer do Casal Silva” com certeza causará uma penca de traumas nessa criança por outras vias que não seja o nome.
Existe uma frase que eu sempre repito: Quem guardará os guardiões? (Quis custodiet ipsos custodes? – É Sócrates, não é Dan Brown). Quando damos muito poder para que outra pessoa nos proteja, quem vai nos proteger dessa pessoa? Acredito que no cômputo geral, o dano é menor se não dermos tanto poder a um cartório, deixando algumas crianças com um nome escroto do que permitir que estranhos decidam o nome que podemos dar a nossos filhos.
Se a pessoa não tem bom senso nem mesmo para escolher o nome, então o nome da criança é o menor dos problemas… Além disso, um nome pode ser trocado judicialmente caso incomode à pessoa. Eu sei que o trauma de uma infância com um nome escroto é terrível, mas mesmo assim, eu prefiro a democracia.
Outra coisa: quem garante que a pessoa não vá gostar do nome escroto? Eu conheço pessoas que tem nomes escotérrimos e adoram o próprio nome! Bom gosto e bom senso são tão relativos…
“Mas Sally, casos grotescos devem ser barrados!”. Pois é, quem é que vai me dizer o que é um caso grotesco? Quem vai guardar os guardiões? Novamente eu repito, isso é muito subjetivo. O que pode ser grotesco para você, pode não ser para mim ou para o funcionário do cartório. Não tem como padronizar. Daí ficaríamos sujeitos à vontade de cada funcionário de cada cartório: alguns cartórios registrariam alguns nomes e outros não. Olha a zona! Vai por mim que muita gente acha seu nome feio…
Se o Estado começar a interferir nesse tipo de escolha personalíssima vai entrar por um caminho perigoso. Hoje te diz que nome você pode dar ao seu filho, amanhã vai dizer se você pode ou não ter filhos. Tenho medo desse tipo de intervenção.
Ainda que a razão de ser dessa proibição seja proteger a criança, acho que causaria um mal terrível à sociedade. Dar permissão para que o Estado intervenha em escolhas pessoais é abrir uma porta perigosa. Vamos combinar que todo mundo tem traumas de infância e todos nós sobrevivemos a eles, um nome escrotinho não é o fim do mundo. Muito me admira a Madame aqui de cima, que sempre defendeu a intervenção estatal mínima, deixando que se vete a escolha de nomes.
Em um país onde houvesse educação de qualidade, saúde eficiente, igualdade social, cultura disponível e tantos outros recursos, esta discussão poderia até ser pertinente, mas no Brasil, onde muita gente não tem o básico do básico, nem cabe focar num detalhe desses. Antes de sofrer porque se chama “1 2 3 de Oliveira 4” vai sofrer porque não tem comida no prato, não tem escola e não tem hospital.
Existem mecanismos para permitir a troca de nome caso a pessoa não goste ou se sinta constrangida com ele, isto basta. Aliás, em um país onde a pessoa nasce com nome de Riroca e ingressa com um processo de mudança de nome para se chamar ZAMBELÊ, não há a menor possibilidade de se querer vetar nomes estranhos.
É cultural o povo colocar nome de personagem de novela, de ator internacional, misturar sílabas do nome do pai/avô com sílaba do nome da mãe/avó e ainda dar nomes internacionais com grafia nacional. O pobre vai ficar puto da vida se não puder colocar aqueles nomes cheios de consoantes nos filhos, preferencialmente terminados em “aine” ou “ene”. Ex: Gyslaynne ou Julhyenne. Eu acho escroto? Pra caralho. Mas as pessoas tem o sagrado direito de serem bregas .
"E é uma ilusão pensar que pode proteger uma criança do mau gosto dos pais. Não adianta nada evitar que ela se chame Jucyieylly se estes mesmos pais vão vestir a criatura com roupa de oncinha e colocar a criança para ralar na boquinha da garrafa com cinco anos no programa do Raul Gil. Quem tem pais irresponsáveis tá fudido de qualquer jeito… então porque cercear o direito de escolha de toda a sociedade, se no final das contas a criança vai se foder mesmo?"
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Sally,
Mas, pelo menos, com um nome mais, digamos, "normal"(ou pelo menos não escroto) já seria uma coisa a menos para o bacuri sofrer, com certeza. Pelo menos ele não passaria vergonha toda vez q respondesse aquela perguntinha super básica: "Qual é o seu nome?"
Coelho,
Trabalhei em Telemarketing por um ano e uma das coisas mais difíceis era ligar para a Cia. Telefônica em Lisboa para perguntar o telefone de um português sem ter o endereço dele.
Isso porque o sujeito fatalmente terá, muitas vezes, quatro, cinco homônimos…uma vez eram 35 homônimos e o sujeito não se chamava Manoel nem Joaquim…
Suellen
Esse país funciona na base do suborno: Está na hora do Bolsa Bom-Gosto.
Se colocar nos filhos nomes tradicionais e/ou com a grafia correta/sem frescuras (Washington, Caroline) ganha um bônus de 10% na renda da Bolsa Esmola.
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Não faria mal para a nossa cultura também um programa de troca premiada: O cidadão leva um CD de Axé, Funk, Pagode ou Sertanejo para ser destruído e ganha uma graninha.
Imaginem só a cena linda num telejornal: "Destruídos hoje vinte mil cds, quase todos piratas, numa ação do PNAPI (Programa Nacional Anti-Pobreza Intelectual)."
*close no CD da Ivete Sangalo sendo esmagado ao lado do DVD do Belo*
*lágrimas de orgulho do meu país*
Gosto do sistema português: um livro com a lista de nomes possíveis. Além de evitar nomes esdrúxulos, padroniza a grafia. Acaba com "Gisele com zê, dois eles e ípsilon no final". O livro foi escrito pela própria sociedade e qualquer um pode propor novos nomes para serem incluídos, mas só após uma consulta popular eles passam a poder ser registrados. Quem guarda os guardiões? O povo, dono do poder.
Abs
Comentário geral:
Eu também acho uma merda dar nome escroto pro filho, em momento nenhum no meu texto eu digo que isso é legal. Eu sei que é nocivo para a criança.
Mas acho mais nocivo viver em uma sociedade onde há proibição na escolha de nomes, por ser um assunto muito subjetivo.
E é uma ilusão pensar que pode proteger uma criança do mau gosto dos pais. Não adianta nada evitar que ela se chame Jucyieylly se estes mesmos pais vão vestir a criatura com roupa de oncinha e colocar a criança para ralar na boquinha da garrafa com cinco anos no programa do Raul Gil. Quem tem pais irresponsáveis tá fudido de qualquer jeito… então porque cercear o direito de escolha de toda a sociedade, se no final das contas a criança vai se foder mesmo?
Concordo com o Somir. Os pais escolhem os nomes ridículos para os filhos, e são os próprios filhos é quem pagam a conta, muitas vezes pelo resto da vida. Ora, ora, esses pais querem aparecer? Então, q pintem a bunda de vermelho, oras… Q não coloquem os pobres rebentos no meio!
E, concordando novamente com Somir: Os filhos podem muito bem ser especiais e não é um nome esquisito q ajuda nisso não( ao contrário, até atrapalha). Ser especial é ser único, ter um talento único e mais uma série de coisas únicas q cada um pode ter. Nome esquisito só complica, acho q os pais devem pensar 2 vezes antes de irem ao cartório registrar a bacurizada.
**Me lembrando de uma moça que passou em uma reportagem sobre o assunto em um jornal da Globo, q tinha o nome nada glamuroso de "Maria Frankstiene". Sério mesmo… Pôxa, pais, parem de usar drogas, pô!
E Sally, as pessoas têm o direito sagrado de serem bregas. Para SI PRÓPRIAS. Filho não tem direito de levar de brinde o atestado de breguice dos pais na certidão de nascimento, nem carteira de identidade.
vi na tv esses dias…
Kerolainy
Bucicleide
Adelícia
Amândio
Sidereida
Chocandelly
Froselina
Waldelice
Batizar os filhos com esses nomes facilita bastante para os profissionais de RH fazerem uma filtragem de currículos.
Uma amiga que trabalha em um escritório de advocacia pequeno para médio faz isso para selecionar possíveis candidatos a estagiários, já que recebe centenas de currículos a cada oferta de vaga (600 reais + vale, 'excelente').
Ela disse que todo o cidadão que tiver nome com 'son' no final, ou mulher com grafia (muito) alternativa, tipo Karla ou Fabielly, ela já corta logo de cara.
Suellen
Eu trabalho em Call Center. Já atendi Michael Jakson, Joana Dark, Jonh Lenon e o mais divertido foi um dia que atendi uma mulher de nome Delícia. Isso mesmo, DELÍCIA! Eu pensei que fosse Felícia, mas ela soletrou com D. O mais difícil é ter que chamar de senhora Delícia sem rir.
DIESSYKA LORRUAMA
HEMELLY CAMILLY
RICKELMY DIULI
Esse são só alguns. Já vi ainda piores…
Bom, eu estudei com um fulano que se chama Sijiu-hei (Sim! com hifen!!) depois desse, eu não duvido de mais nada!!
As vezes me assusto mais com os comentários do que com vocês dois, casal entojinho.
Como tem gente parecida comigo nesse mundo.. pqp.
"Sally":
Um dos problemas mais clássicos com nomes escrotos é na hora de mandar currículo para se candidatar a um posto de trabalho.
Não sei qual é a realidade na área de Direito, mas para empregos técnicos de Exatas (por exemplo, técnicos em geral, incluindo instaladores de telefone e TV/internet a cabo) o processo seletivo padrão inclui o envio do CV ao departamento de RH da companhia.
Agora responda para si mesma (e para nós, se tiver vontade, mas principalmente para si mesma) se um seletor de RH contratado para trabalhar no processo seletivo de uma empresa dessa área (pode ser de qualquer outra, mas fiquemos nessa para dar continuidade ao exemplo) daria sequência ao exame de um CV encabeçado com um nome de pobre daqueles bem "esganiçados" (e.g.: Vantuir, Glanderson, Webister, Danrlei), principalmente depois de já ter enfrentado antes uma pilha de digamos uns 50 CVs (empresas podem receber de centenas a milhares de CVs por vaga nesse tipo de área, vai por mim), ou se a reação deste seletor será imediatamente descartar tal CV e pular para o seguinte da pilha a ser avaliada naquele dado dia de trabalho.
Quanto à questão da padronização da atuação dos cartórios, alguns países (tais como Portugal, França e Argentina) têm uma solução para isso: seus cartórios têm listas padronizadas nacionais de nomes permitidos, ou seja, se o nome desejado por papai e mamãe não constar da tal listinha, o tabelião não registra mas nem que lhe ofereçam uma buceta de ninfeta recheada de diamantes.
Enfim, desta vez a palma vai para o "Somir". E olha que normalmente eu detesto quando isso acontece…
O Somir me batizou de Dejair, alguém também deveria tê-lo impedido. :(
O cara que empacota minhas compras no supermercado tem duas filhas: Karoline e Karolaine
Eu me chamo Catherine. Odiava loucamente meu nome, ngm escrevia certo, falavam errado, mas nada que se compare a minha querida aluna Leydianny ou a Andrijanio.
Bom, eu escapei de Nefertiti e Cleópatra, mas acabei virando Lilith e ainda não tive coragem de perguntar pra minha mãe de onde raios ela achou que esse era um nome razoável, já que a minha irmã tem um nome normal….. Agora triste mesmo era um cara que estudava no mesmo colégio de um amigo e se chamava Oclerolindo por que o pai da criatura leu no jornal uma matéria intutulada "Oh, Clero Lindo!"
Djessy Kelly.
Engraçado que se acha o ultimo pedaço de chocolate suiço.
Uma amiguinha de escola disse que ia se chamar Vicessa Cristine, mas o cartório barrou, aí ficou Cristine Vicessa.
Eu então… era pra ser Raquel Augusta. Minha mãe é joselita, ainda bem que tenho um irmão mais velho com bastante bom senso.
Cartório tinha que intervir sim, acho demais pensar que com uma liberdade dessas algum dia vão chegar a proibir coisas maiores (se bem que um controle de natalidade na comunidadji não seria má idéia né… Ei Somir, quando for ditador reserve um cargo para mim)
“Seu filho pode ser especial por conta própria, basta que vocês ajudem.”
Que lindo Somir. (lágrimas…)
"nomes internacionais com grafia nacional"(??):
BRWCY NAYGUEL
Sério, não inventei.
Trabalho em RH, nem imaginam os nomes que vejo por aqui.