Ele disse, ela disse: Verbalização de namoro.

Eu juro! Namoro firme!

O casal já está junto há algum tempo, se encontram com freqüência e já começam a participar mais ativamente do dia-a-dia um do outro. Mas nunca houve uma verbalização explícita sobre o grau de compromisso. É algo sério? Namoro ou amizade, ooooêêêê?

Tema de hoje: Qual a importância da verbalização de namoro?

Sally e Somir discordam. E explicam aqui e hoje o porquê.

Tenho dois pontos para expor na coluna de hoje. O primeiro é sobre a falta de necessidade de uma verbalização num namoro DE VERDADE, e o segundo é um apelo aos meus colegas do sexo masculino. Obviamente, relacionado.

Começo com o tema da verbalização de um namoro. A não ser que você nunca tenha namorado alguém antes por viver dentro de uma caverna isolada no topo de uma montanha, você sabe o que configura um namoro, certo?

Explicando de um jeito bem seco: “Um namoro é o envolvimento sexual (consentido) entre duas pessoas sem data definida para terminar.”

E, apesar de alguns religiosos (perdoai-os pois não sabem o que fazem) discordarem sobre a parte do envolvimento sexual, é consenso geral que um namoro DE VERDADE sempre começa com a mínima presunção de ser o último das vidas de ambos os envolvidos. Essa coisa de datas, prazos e metas tem mais a ver com o ambiente profissional (entendam como quiserem) do que com o afetivo. Um namoro DE VERDADE só acaba se precisar mesmo acabar.

Faço questão de capitalizar o DE VERDADE quando menciono namoros no meu texto. Se você está envolvido com outra pessoa em termos parecidos com o de um namoro, mas não tem vontade ou coragem de pensar nele como o seu candidato ao último da vida, NÃO É NAMORO. Oras, hoje em dia a maioria das pessoas nem liga mais para o nome que se dá para a relação… A relação com presunção de duração, aquela que está funcionando e demonstra comprometimento das duas partes, não depende mais do nome que se dá. Se for sério, é sério e ambos vão saber. Enquanto houver dúvidas, pode dar o nome que quiser que vai continuar sendo uma relação duvidosa.

Faz mesmo tanta diferença dizer que é namoro oficialmente? Como é de conhecimento dos leitores do blog, eu já namorei a Sally, que (pressupostamente) vai dar um ataque neurótico no texto aqui de baixo. Eu precisei verbalizar claramente que era um namoro no caso dela. E fiz isso porque ela não teria paz no coração até saber claramente que nome daríamos para a relação.

Só que eu já conhecia a peça na época da oficialização. Era importante verbalizar pela PRESUNÇÃO DE FIDELIDADE. E acredito que seja esse o problema da maioria das mulheres (que não são umas cretinas) que entram em parafuso nesse momento da relação. Medo de se doar a uma relação onde não terão a intenção explicitada de se manter fiel por parte do seu projeto de namorado.

Respeitei, mas não concordei. Se não soubesse que era importante, jamais teria me preocupado com isso. Por um motivo muito simples: Para mim namoro é uma coisa, fidelidade é outra. E se você começar a pensar “fora” da sua cabeça, vai perceber isso também.

Mesmo que se verbalize um namoro, nada garante a fidelidade da outra pessoa. Nada nunca vai garantir. Ou você acredita nisso até ter motivos para não acreditar… Ou não liga mesmo para o assunto. Tem gosto pra tudo nesse mundo.

O meu, por exemplo, é pra lá de fechado sobre a questão de fidelidade. Se eu precisar explicar para uma mulher que não é para continuar saindo com outros homens para namorar comigo… Eu já cometi um erro, e dos grandes. E quando eu precisei verbalizar para a Sally quer era namoro, só levei numa boa porque a idéia era assegurar a MINHA fidelidade. Quem abomina traição valoriza muito quem pensa parecido. (Já tive minha cota de erros, o que não quer dizer que eu os ache bonitos.)

Eu só consigo respeitar a necessidade de verbalização pela ótica da presunção de fidelidade. E mesmo assim, daria no mesmo dizer que vai ser fiel ou não para a outra pessoa. Não tem a ver com namoro em si. É uma parte da relação que tem importância diferente para pessoas diferentes.

E que atire a primeira pedra quem nunca disse uma coisa e acabou fazendo outra. Se você escolhe errado, as coisas dão errado. Chamando do que quiser a relação… Quando for namoro para você, é namoro. E foda-se o que a outra pessoa pensa… Se não estiver junto com você porque quer nem vale nada mesmo.

Um namoro não é o nome que recebe, e sim as pessoas envolvidas nele. Acerte a pessoa e as coisas funcionam.

E como eu havia dito no começo do texto, farei um apelo aos meus colegas de gênero:

HOMENS, NÃO VERBALIZEM QUE É NAMORO! Pode até maltratar algumas mulheres que prestam, mas na média vai ajudar a ensinar as que não a se portarem melhor. Explico: Para uma mulher (cretina), um namoro é que nem uma pizza para nós.

“Vontade de comer uma pizza… Vou ver onde pedir.” – Homem

“Vontade de namorar um homem… Vou achar um que tope.” – Mulher

Sim, caros colegas. Como eu sempre digo, homens namoram mulheres e mulheres namoram o namoro. Elas tem um projeto onde UM homem se encaixa. Atendendo a alguns requisitos mínimos, está mais do que bom. Se o otário ainda a pede em namoro sem ela precisar apertar, melhor ainda! Livra a cara dela para pressionar pelo casamento. (Que já está planejado nos sonhos dela. O noivo já teve mais rostos do que o seu saudoso álbum de figurinhas do Brasileirão…)

E para as mulheres entenderem: Quando um homem (que não seja um cretino) se vê na posição de pedir uma mulher em namoro, ela já considerou a encheção de saco que vem no pacote e decidiu que valia a pena mesmo assim. Um homem aceita colocar uma mulher específica em sua vida. O namoro é o problema, a mulher é a solução. O exato inverso do exemplo de mulher sobre a qual falo agora.

Quando não se verbaliza o namoro, você frustra enormemente a mulher que só queria namorar “um homem” mesmo. Ela quer que você ache que foi sua idéia, senão o plano dela falha. E ainda ganha de bônus a chance dela desistir por conta própria. Livrou-se um problema e sacaneou uma que não valia nada. Win/win.

A que realmente escolheu você ainda vai dar mais alguns sinais claros que vale o namoro. Seja disfarçando mal e porcamente ataques neuróticos ou mesmo chegando na sua cara e dizendo que precisa saber o que você quer para ficar em paz. Mesmo não sendo o ideal, dá para perceber a intenção de forma bem mais clara.

Além, claro, das que não ligam para isso. Se encontrar alguma, pode escrever um artigo científico e preparar um terno para receber o prêmio Nobel…

Para não me escrever nada, já que eu deveria saber como você reagiu ao meu texto: somir@desfavor.com


Você tem bola de cristal para saber o que se passa na cabeça das outras pessoas? Eu não tenho, por isso, frequentemente me engano quando tento depreender o que outros estão pensando. Acho mais fácil e mais seguro quando as pessoas são claras e honestas, dizendo com todas as palavras o que pensam.

Isso vale também para começo de relacionamentos. O que diferencia um namoro de outro relacionamento menos sério? O compromisso que a pessoa assume em te dar exclusividade, certo? Como é possível ter certeza de que a pessoa assumiu este compromisso sem ouvir da boca dela?

O ser humano é estranho. Muitas vezes as pessoas dão a entender uma coisa e fazem outra na prática. Nem sempre por serem filhos da puta, tem gente que simplesmente muda de idéia com muita facilidade. Eu não tenho a arrogância de achar que sei exatamente o que se passa na cabeça do outro, principalmente quando o conheço faz pouco tempo.

Você começa a sair com uma pessoa, tudo é novo para você. Você começa a sair com mais freqüência. Por mais que o comportamento dela te indique que a intenção é te levar a sério, não acho que seja possível ter certeza disso sem ouvir da boca da pessoa. Até porque, se você começou a sair com a pessoa faz pouco tempo, vamos combinar, você não o conhece bem.

“Mas Sally, eu fui ficando com meu atual namorado e ele nunca verbalizou um pedido de namoro, mesmo assim, estamos juntos faz mais de cinco anos”. Sorte sua. Deu certo. Poderia ter dado errado. Será que ele se manteve fiel a você desde o primeiro beijo? Não se engane, vocês podem ter trocado o primeiro beijo faz cinco anos, mas a fidelidade dele deve ter começado muito tempo depois.

O grande problema de presumir, de deixar o dito pelo não dito, é que se tudo der errado, você não tem como cobrar nada. Ele nunca te disse que era namoro? Bem, eu não me comportaria como namorada nesse caso. Existe o risco de você namorar com ele mas ele não namorar com você.

E quando eu falo na necessidade de verbalização, não me refiro a um pedido formal, a um “Quer namorar comigo?”. Falo de alguma verbalização incontroversa que prove que ele te vê como namorada. Por exemplo, vocês encontram um casal de amigos dele na fila do cinema. O Zé Ruela te apresenta como namorada dele. Está verbalizado. A partir desse momento, ele te deve fidelidade e uma deferência especial.

Existem homens que te tratam muito bem quando estão ao seu lado, como uma rainha, mesmo sem estarem apaixonados por você e mesmo sem ter a menor intenção de firmar um compromisso sério. Sim, existem homens que gostam de tratar mulher muito bem. Apenas isso. Se a mulher depreender que está namorando só porque está sendo muito bem tratada, porque está recebendo muita atenção, pode levar um susto com o passar do tempo.

Sinceramente, custa muito conversar sobre a natureza da sua relação? Não vejo benefício nenhum em deixar as coisas no ar. Cabeça de homem é muito diferente de cabeça de mulher. O que para a gente parece um indício de namoro, para eles pode ser apenas uma gentileza. Porque se arriscar a construir um castelo em areia movediça se dez minutos de conversa resolvem nosso problema?

Eu preciso saber qual é a natureza da relação na qual eu estou para saber como me portar em relação à pessoa que está saindo comigo. Não me refiro apenas a fidelidade, mas também ao grau de esforço e sacrifício que eu vou fazer para manutenção daquela relação.

Sem contar que existem muitos homens que não verbalizam propositadamente para tentar garantir a mulher sem ter que dar fidelidade. Fazem tudo para que ela acredite que é namorada (sem dizer a palavra “namoro”) e continuam levando vida de solteiros. Enquanto isso, ta lá a mulher toda dedicada ao filho da puta. E se forem flagrados com outra, cuspirão sem dó “Eu nunca disse que era namoro”.

Não nego a possibilidade de pactos tácitos entre um casal. São possíveis e eu mesma já fiz vários. Porém, só acredito neles quando já existe uma intimidade e cumplicidade de longa data, que tornam possível depreender exatamente o que o outro quer e pode te dar. Um dito pelo não dito em começo de relação me parece um tiro no escuro.

Meu tempo é sagrado. Odeio perder tempo. Se o que eu quero é namorar com a pessoa, me recuso a deixar as coisas no ar, sem ter certeza se sou correspondida ou não. Não faço roleta russa com meus sentimentos. Não invisto em quem eu não tenho certeza, no mínimo, que quer investir em mim na mesma medida.

Pode ser que a pessoa diga que quer namorar e não se comporte como tal? Claro que pode, desde que o mundo é mundo o ser humano mente. Mas se fizer isso tendo verbalizado uma intenção de namoro, vai me autorizar a cobrar a conta de uma promessa mentirosa. Teremos nosso acerto de contas (e eu cobro caro).

Para me dizer que eu sou insegura por exigir uma verbalização, para me perguntar como foi que o Somir verbalizou e para sugerir temas para o próximo Ele disse, Ela disse: sally@desfavor.com

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Comments (28)

  • Jorge, um carioca!

    Concordo com o Somir. Embora o texto dele seja longo o suficiente para garimparmos discordâncias oportunas a injúrias que tenhamos vestido. Sejam das linhas ou entrelinhas. E entendo que há várias injúrias tácitas, explicitas e não-intencionais neste velho texto.
    Parabéns Somir, escreves muito bem e, apesar de ter despertado reações adversas do público feminino, parece que não te incluiram no rol dos "zé ruela"…
    Concordo que a necessidade da verbalizalção da intenção ou do fato do namoro só se presta a respaldar intenções, no mínimo, duvidosas ou até cretinas.
    Adorei "Homens namoram as mulheres, Mulheres namoram o namoro" embora ressalve que é uma generalização.

  • concordo com a Laivine… e digo mais, a verbalização só é necessaria pq tem muitos zé ruelas no mundo, não é culpa das mulheres, pelo menos não das decentes… os zé ruelas começam ficando contigo e mais 15, e te deixam na geladeira, e pq diabos eu, moça decente e esperta vou levar a sério desde o inicio, sabendo o naipe do sujeito? mas as coisas vão mudando, vc vê que o zézinho é gente boa… vai começando a gostar do sorriso dele, do jeito de falar e passar as mãos no cabelo, ou seja, mao se envolvendo, vai se apaixonando.. e percebe que ele estão sintonizados… mas ele ainda é solteiro, vc também… e ambos com as inseguranças da vida pós-moderna, onde tudo é êfemero… tudo é inseguro… bem, aí tem que verbalizar, chegar pro sujeito ou ele pra ti e declarar suas intençoes… dizer com todas as letras que vc gostaria de ter algo sério com ele, q tem vontade de construir uma relação bonita e legal… e deixar no ar, se o zé não se manifestar a respeito, vc perceberá q só vc está envolvida e não vai querer sofrer…e vai sair fora, não vai perder tempo.

    se ele de fato estava em sintonia, aí ele pede em namoro, fala sobre isso… vcs conversam e se entendem, mas tem que ter essa conversa.

  • Estou saindo com um rapaz a 1 mês e pouco, irá fazer 2 meses em abril.
    Desde o primeiro encontro, sempre nos falamos aonde um ou o outro vai, falamos eu te amo um para o outro…trocamos msg's, telefonemas…
    Ele já falou de mim para a familia dele e eu também para a minha…gostaria de saber se isso pode se considerar um namoro?
    Ps.: Ele ainda não disse: Quer namorar comigo?
    Me dê uma opinião!

  • O Somir se faz de louco, né?
    Complica algo óbvio de se entender.
    O que só reforça que realmente os homens fogem como o diabo da cruz da palavra namoro, ou algo equivalente a compromisso, para se isentarem da responsabilidade de se dedicarem a um relacionamento.

  • Gostei do “namorar o namoro”. Acontece mesmo, mas não é exclusividade feminina, homens também o fazem. A diferença entre mulher e homem que “namoram o namoro” é a motivação: ela quer o status de ter um homem que anuncie publicamente o compromisso com ela, enquanto ele quer qualquer uma “comível” que tope dar pra ele com frequência (não sendo lindo nem podre de rico, conseguir sexo não é a coisa mais fácil pra ele, e ele quer se poupar do trabalho e dos “períodos de escassez”). A motivação é diferente, mas ambos caem no erro de não se interessarem por pessoas específicas e sim por um relacionamento com quem quer que tope. E, assim, nascem os relacionamentos medíocres e problemáticos por falta de afinidade entre os dois.

  • Concordo plenamente Laivine.

    Por isso embora eu concorde com alguns pontos de argumentação do Somir, sou a favor da verbalização sim!

    Justamente para que tudo fique claro e ninguém crie falsas expectativas ou esperanças.

  • @Grazi: desculpe, me expressei mal, eu quis dizer que… você não pode julgar (por intitular) o outro por estar afim de farrear, um canalha.. ele(a) pode simplesmente não ter entendido a situação da mesma forma que a outra parte, o que magoa sem querer, por pura falta de comunicação e sintonia.

  • Não estou julgando ninguém, afinal cada um sabe da sua vida e faz dela o que bem entender.

    Apenas coloquei a minha opinião, o que para mim não serve.

  • “Eu particularmente jamais viveria do ‘sexo casual’, pra mim, sexo para ser bom tem que ter envolvimento, sentimento, intimidade. Senão parece coisa de filme pornô.”

    Pra você e pra mim, mas você não pode julgar os outros por não pensar da mesma maneira.

  • ” Pois bem… Se numa relação onde você tem motivos para crer que é um namoro sério o Zé Ruela pegar outra e dizer que “não era namoro ainda”…
    Deixa de ser chifre? “

    Na minha opinião, seria chifre SIM. Não necessariamente por infidelidade (até pq não gosto dessa palavra) mas, pra mim todo e qualquer relacionamento tem como base o respeito!

    E se eu estou dispondo do meu tempo para conhecer melhor alguém, ou quem sabe já esteja bem envolvida com essa pessoa a ponto de acreditar ser namoro sério, e mesmo sem a tal verbalização o fulaninho vai e me apronta dessas, eu acharia uma tremenda falta de respeito! E com certeza não tornaria a falar com o cidadão.

    E se ele ainda me viesse com o papo de que ainda não é ‘namoro sério’, seria apenas para confirmar que definitivamente um tipinho desses não merece que eu perca meu tempo. Até pq concordo com o Somir quando ele disse que as pessoas não mudam.

    Quanto à pessoas que não se apegam…
    Eu particularmente jamais viveria do ‘sexo casual’, pra mim, sexo para ser bom tem que ter envolvimento, sentimento, intimidade. Senão parece coisa de filme pornô.

  • Oras Somir, então quer dizer que você prefere que o cara continue ‘aprontando’ enquanto a donzela acha que é sério? Enganar é legal? Não é mais humano esclarecer e dizer: “não quero namorar, não é sério” do que ficar farreando enquanto o outro(a) acha que é algo sério?

    O fato de aprontar ou não, é outra história. Homem canalha e mulher vadia tem aos montes, mas eu estou levando em consideração gente decente, sincera, que se preocupa em não fazer os outros de trouxa pra passar bem.

    E ao contrário do que você pensa, pessoas são meio lerdas sim, é mais do que comum uma mulher se encantar por um cara, achar que é um romance de contos de fadas enquanto o cara está em outras. Ninguém pensa igual a ninguém e se esse casal maluco não tiver uma comunicação, onde cada um sabe as intenções de cada um, aí fudeu! O que está querendo farrear vai reclamar que o outro é controlador e não deixa em paz, o que quer romance vai achar que o outro é um libertino descontrolado…

    E você não pode julgar nem um nem outro por querer viver de um jeito…

  • E daí, Laivine? É só dizer para a mulher que é namoro e continuar aprontando do mesmo jeito. Palavras…

    O meu ponto central de argumentação é que para uma verbalização valer alguma coisa, ela tem que se basear numa situação onde ela já é óbvia para AMBAS as partes. Ou seja: Mera formalidade. Desnecessária para pessoas que não se apegam a símbolos e rituais.

    O tipo de sincronia que você menciona não deve ser forçada, senão não funciona.

    Exigir verbalização de namoro (fora da ótica do acordo de fidelidade) é tentar impor a vontade de “namorar um logo”.

    Quando ele quer MESMO, marca o território assim que puder para nenhum outro tomar. Se ele não te pediu em namoro ou não agiu como namorado depois de algum tempo de sexo, das duas uma:

    – Ele não quer namorar;

    – Ele não precisa fazer nada para mantê-la exclusiva.

    Os incomodados que se mudem, certo? Achar que é só questão de um empurrãozinho para que um homem que não demonstra interesses maiores magicamente queira um namoro sério não me parece coisa de gente grandinha…

  • Não Somir, não não…
    Você está entendendo tudo errado, a questão não é a tal fidelidade (que é relativa, meu caro).

    O grande problema é a seriedade que as pessoas levam a relação. A palavra chave é SINCRONIA, não fidelidade… é frustrante saber que você estava levando a sério e se dedicando à um relacionamento enquanto o outro o via apenas como algo passageiro, ou sexo casual.

    Você é bem grandinho pra saber que existem várias pessoas que vivem assim… de sexo casual, enquanto umas se apegam, outras não.

    Não machuca esclarecer a situação, só faz bem, quando os dois sabem no que estão se metendo. Tanto o lado libertino pode garantir a sua libertinagem quanto o lado conservador pode garantir a sua segurança, quando ambos sabem que o relacionamento é sério, e se não for, abrem-se as portas de um insatisfeito sair andando.

  • Excelente a sua colocação, Grazi. Excelente.

    Pois bem… Se numa relação onde você tem motivos para crer que é um namoro sério o Zé Ruela pegar outra e dizer que “não era namoro ainda”…

    Deixa de ser chifre? A desculpa vale para perdoá-lo? O Zé Ruela muda de personalidade quando verbaliza?

    Minha resposta para todas essas perguntas é um sonoro NÃO. Mas tem quem pense diferente, e essas pessoas tem todo o direito de pensar assim. O que é comum em todos os casos é que o nome da relação não muda NADA. As pessoas são as mesmas.

    Verbalizar a oficialidade do namoro para garantir fidelidade é tão útil quanto negar a lei da gravidade para não cair do alto de um prédio.

    Palavras. Só palavras.

  • PERDOAR um chifre!??!?!

    Faz-me rir hein Somir!!!
    Fala muito śerio! JAMAIS!!!

    Comigo, se o cidadão for me chifrar, melhor me chifrar com alguém que o fulano ache que seja muito melhor do que eu, pq é isso que ele vai ter. NÃO EXISTE PERDÃO para chifre!!!

    É a mesma história do cara quando bate… aceitou o primeiro chifre, prepare-se para todos os muitos que virão e fique quieta!

  • Parece que eu estou entendendo! Verbalizar o namoro é importante para poder chifrar a mulher depois e ser perdoado! Não tem graça perdoar se ele nem namorado era, certo?

    Nesse caso, minhas caras, fui convencido.

    Ponto para as meeeeeniiiinaaaaas!

  • Eu tb sou a favor de verbalizar porque se vc tem uma relação indefinida com alguem por um tempo e ” acha q esta namorando ” mas não está na primeira vez que vc falar algo sobre uma escapulida dele o argumento certamente será : nós não temos nenhum compromisso firmado .

  • Não sabem ou não querem?

    Eu acho que eles sabem muito bem o que querem e não falam porque lhes é mais conveniente…

  • Só mais 1 coisa: Eu tô saindo com um gostoso aqui do meu prédio, mas antes da gente sair ele foi logo abrindo o jogo, que tem 37 anos e NUNCA vai se casar ou namorar. Assim que é o certo, se quer namorar diga, se quer curtir também. Homens não sabem falar, mas deveriam aprender, porque assim ninguém se machuca.

  • O negócio é que não verbalizar é muito cômodo. No dia que rolar uma traição é só responder “UÉ??? A GENTE NÃO TAVA NAMORANDO!” [fazendo cara de cu]

  • Outra adepta da verbalização aqui! o/ !

    Eu que não me dedico pra zé ruela nenhum antes de saber oq é a relação.

  • Não custa nada ser honesto e claro, não é mesmo?

    Homens não o fazem para tentar fugir da obrigação de fidelidade. Só dão fidelidade quando não tem outro jeito…

  • Realmente a verbalização é algo necessario em um relacionamento, pois como a Lavine falou..tem que ter sincronia senão se torna algo confuso e inseguro.

  • “Para mim namoro é uma coisa, fidelidade é outra.” Gostaria do fundo do meu coração de entender exatamente o que o Somir quis dizer com isto.

    OK, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, mas andam sempre juntas, ao meu ver.

    Como ele mesmo citou, em um namoro DE VERDADE pressupõe-se que as pessoas envolvidas não vão sair por aí beijando todo mundo (e fazendo coisas a mais tb), logo, a fidelidade anda junto com o namoro.

    E concordo plenamente com a Sally, preciso saber exatamente o que se passa na cabeça do cidadão, se ele realmente me considera namorada dele, para não acontecer de eu namorar ele, mas ele não me namorar. E também pq não aceito ‘estar na geladeira’ de ninguém.

    Ou estamos juntos (e me dedicarei ao máximo para a relação dar certo) ou não estamos (e continuarei levando minha vida de solteira), simples assim como a vida deveria ser.

  • Eu nunca verbalizei, verbalizaram comigo. Tudo sempre começa com demonstrações de posse…
    Nunca nem achei ruim.

    Mas do jeito que as pessoas normais são hoje em dia, é bom verbalizar, seja de forma indireta, como ao apresentar para outras pessoas a garota como “minha namorada”.

  • Acho que é interessante verbalizar, até por que, hoje em dia existem X tipos de homem e Y tipos de mulher e (X * Y)² tipos de relacionamentos diferentes.

    Existem sim homens que gostam de dar manutenção à uma relação que não é realmente um namoro por parte dele (ou de ambos), mas que quer a mulher lá, na geladeira pra comer quando quiser (e vice-versa).

    A coisa ta muito confusa e à menos que você tenha uma intimidade de anos com uma pessoa, não tem como saber o que essa criatura ta querendo de fato…

    E uma intimidade de anos ou é:
    1) Um Amigo
    2) Um Gay
    3) Um Namorado/Noivo/Marido

    Não acredito que peguetes, fiquetes ou seja-lá-o-que-for-etes consigam manter um relacionamento de intimidade e cumplicidade por muito tempo… No meu ver são pessoa randômicas, ou já passaram para o nível de ‘amigo’.

    Um amigo é um amigo, você sabe bem quando você consegue identificar alguém como amigo, um namoro é uma coisa bem mais complicada… É uma linha tênue entre ‘relacionamento descompromissado’ e ‘namoro sério’ e eu acho realmente interessante que o casal saiba bem de que lado da linha eles se encontram.

    Se ficar no vácuo, corre sempre o risco de alguém avançar o relacionamento mais rápido e cruzar a linha antes, e quebrar o coração sabendo que a outra pessoa ainda está se divertindo do outro lado da linha em festas de despedida de solteiro de amigos(as).

    Sincronia por favor! Não tem coisa pior do que falhas de comunicação.

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