Desfavor Bônus: Defenda-se! (Empregadores Toscos)
| Sally | Desfavor Bônus | 165 comentários em Desfavor Bônus: Defenda-se! (Empregadores Toscos)
É impressionante a quantidade de pessoas que ocupam cargos de chefia e estão despreparadas para isso no Brasil. Nem me refiro a nível cultural ou escolaridade, porque disso eu já desisti de falar, os ignorantes venceram e estão no poder faz tempo. Me refiro ao mero trato com outros seres humanos. Pessoas que até bem pouco tempo eram empregadas e que poucos meses depois de subir a um cargo de chefia abusam do seu poder de forma burra e cretina.
Quer ver uma coisa que eu considero um absurdo de país subdesenvolvido? Fazer uma pessoa trabalhar doente. Foda-se se não é nada sério, foda-se se é só uma gripe, gente doente não tem que trabalhar, salvo raras exceções. Qual é a função que a pessoa ocupa? Se ela é imprescindível e sua ausência vai gerar consequências trágicas, até dá para pensar duas vezes: o único médico de plantão no hospital naquela noite, um obstetra que tem um parto marcado para aquela data, etc. Mas porra, fazer uma secretária trabalhar com febre… vai se foder, não sabe atender um telefone não?
Não adianta criar política de cotas para compensar os abusos sofridos nos tempos da escravidão e perpetrar muitos desses abusos nas relações de trabalho. Isso é postura de gente favelada, insegura, que nunca teve poder na vida ou que não se garante e precisa se afirmar através do medo ou de uma rigidez exacerbada. Fazem porque infelizmente para cada pessoa empregada tem dez desempregadas dispostas a trabalhar em condições ainda mais degradantes. Mas é pior para eles a longo prazo, gente assim não acaba bem. Leiam até o final e me digam se não concordam.
Está mais do que comprovado que as pessoas produzem mais e melhor por metas ou cotas e não por tempo de trabalho. As grandes empresas bem sucedidas utilizam a produtividade como parâmetro. Mesmo assim, muito filho da puta faz questão de deixar o funcionário mofando, mesmo sem nada para fazer, até o último segundo dentro da empresa, sem se importar com o quão longe ele mora, se tem filhos esperando para jantar ou com toda a diferença que meia hora a menos vai fazer no trânsito que ele vai pegar. Uma coisa brega, pequena, estilo “estou pagando, então quero você aqui até o último segundo”. Isso é muito feio e muito vergonhoso. É contraproducente e falta de consideração. Quem faz isso cria não apenas revolta, como também inimigos.
Tem também aquele empregador que se incomoda em ver um funcionário parado, mesmo plenamente consciente de que não há nada para fazer. Daí começa a pedir tarefas idiotas só para ocupar a pessoa, achando que ninguém está percebendo que é um mero tapa-buraco: manda listar ou catalogar ou atualizar qualquer porra que não vai servir para nada, só para que seu funcionário aparente estar trabalhando. Isso é o típico jeitinho brasileiro, o estelionato intelectual, o “tô pagando então vou te usar para o que eu mandar”. Admita que não tem porra nenhuma para fazer e mande o infeliz para casa, esse cara merece passar um tempinho extra com sua família, sua namorada, seus amigos. E nem vou falar daqueles que delegam tarefas de suas vidas privadas como pagar contas e buscar encomendas para funcionários da empresa, gente assim me enoja. Escravidão foi abolida, sabiam? Funcionário tem obrigação de cumprir suas funções e só.
E os empregadores que adoram ser “temidos”? Infelizmente tem gente insegura que só consegue impor respeito através do medo. Um mecanismo imbecil que qualquer pessoa mais esclarecida percebe ser um sinal inequívoco de fragilidade, medo e despreparo. Fácil ser temido quando se tem o contracheque da pessoa na mão, o difícil é ser respeitado por aquilo que você é. Fácil conseguir que pessoas desempenhem tarefas movidas pelo medo de não conseguir pagar aluguel ou comprar comida para seus filhos, o difícil é que alguém coopere com você por mérito seu. Esse tipo de gentalha grita, bate na mesa, manda recadinho através de outros funcionários ou de fofoquinha e chega até mesmo a humilhar o empregado, é o chamado “assédio moral”. Vira e mexe tem uma condenação em processo judicial bem alta por conta disso, mas ainda assim, esse tipinho é mais comum do que a gente imagina.
Outra figura comum é o patrão estilo Steve Jobs: cobra, explora, arrebenta os funcionários e no final fica com os créditos todos para ele. Gente assim costuma ser meio limitada (caso contrário não teria necessidade de se apropriar das ideias alheias) e por ocupar uma posição de poder, tem instrumentos para camuflar essa fraude por muito tempo. Ainda costumam ter a cara de pau de ficar bradando aos quatro cantos o quanto trabalham, o quanto estão estressados, o quanto não tiram férias. Realmente, roubar as ideias alheias deve ser muito cansativo! Mas um dia a casa cai…
Tem ainda os Perfeitos, aqueles que nunca erram e quando um funcionário erra é o fim do mundo. Também são burros, pois colocar gente para trabalhar com o constante medo de errar é pedir para que errem mais ainda. Valorizam o erro e minimizam os acertos, achando que de alguma forma isso será um incentivo a que as pessoas se esforcem para errar menos, desconhecem por completo o funcionamento do ser humano. São praticamente um capataz tratando seus escravos e quando erram jamais assumem a culpa, sempre a jogam para outra pessoa. Criam um ambiente de trabalho hostil e estressante, reduzindo a produtividade do grupo.
Existem chefes ou empresas que acreditam que seus funcionários não tem que ter vida pessoal. Uma vez, faz muito tempo, fiz uma entrevista para um escritório que estava quase me contratando mas quando me mostraram a minha sala algo me chamou a atenção: tinha um banheiro com chuveiro. Perguntei sobre aquilo e me disseram que era comum ter que dormir no escritório e emendar trabalho no dia seguinte. Sorri, mandei um joinha e fui embora. Ser humano rende bem durante quatro, cinco horas no máximo. Manter um ser humano pernoitando no trabalho como regra é pedir para acabar contratando pessoas disfuncionais, pois gente com uma vida normal não consegue se sujeitar a isso. Gente que sacrifica vida pessoal pelo trabalho é gente que mais cedo ou mais tarde vai custar muito caro.
E o que dizer daqueles chefes desorganizados, que fazem você pagar pela sua falta de organização? Pedindo tudo em cima da hora, te obrigando a fazer tudo às pressas quando poderia ter sido feito com calma e planejamento, te obrigando a ficar até tarde no trabalho quando você passou metade do dia coçando o saco e poderia muito bem ter feito as tarefas que só são apesentadas após as 17h. A pessoa acha que porque ESTÁ (chefe não se é, chefe se está) em uma situação de superioridade hierárquica pode fazer as coisas no seu tempo desconsiderando o tempo dos seus funcionários? Não pode não, é antiético, é babaca e é escroto. Cria uma putez crescente que um dia pode trazer problemas.
Eu poderia gastar mil páginas aqui descrevendo os tipos mais repulsivos que ocupam cargos de chefia e tem que liderar outros seres humanos sem ter preparo nem para adestrar um cachorro. Mas não vou. Em vez disso, vim aqui mandar que você SE DEFENDA e derrube esses filhos da puta. Isso mesmo, te digo sem o menor pudor: gente filha da puta ou a gente se afasta ou afastamos da gente. Se você não pode pedir demissão e se afastar, bem, afaste esse filho da puta de você. DEFENDA-SE.
Não, não tem que brigar, não tem que dar a cara a tapa. A pessoa está em uma condição de superioridade hierárquica, é burrice dar soco para cima. Porém, é inteligentíssimo fazer coisas nos bastidores, preservando o anonimato, que aos poucos minem a credibilidade e, porque não, a saúde mental de gente assim. Veja o lado bom: se o cara apresenta um comportamento escroto, é sinal de muito equilibrado e seguro ele não é. Muitas vezes basta dar um totozinho e a coisa despenca rápido. Tenha calma, sabedoria e paciência de se preparar para isso.
É necessário que você ESTUDE seu chefe. Estude mesmo. Perca tempo (o que na verdade eu considero investimento) conhecendo-o, mas não falando diretamente com ele. Use outras armas: redes sociais, internet, prestar atenção em conversas telefônicas, trocar informações e impressões com colegas… vale tudo, desde que você não deixe claro que está estudando seu chefe. Seja discreto. Crie um perfil falso e atraente do sexo oposto em rede social, msn ou qualquer bosta dessas e bata papo com o alvo. Seja criativo, existem mil opções, dê seu jeito de se aproximar e saber mais sobre a pessoa. Você vai se surpreender como as pessoas arrombam suas vidas pessoais rapidamente, vai ser mais fácil do que você imagina.
Depois de muito tempo de estudo, identifique os pontos fortes e os pontos fracos do chefe em questão. Não tem jeito, a convivência diária acaba fazendo com que as pessoas revelem coisas pessoais (a menos que a pessoa seja paranoica como eu e minta, minta, minta já antevendo esse tipo de coisa). Vai pescando, vai armazenando. Não precisa se fingir de amigo, porque aí é demais, as pessoas percebem a falsidade em algum momento. O ideal é passar em branco, de preferência como uma pessoa neutra, “na dela” ou quem sabe até como babaca. Não chame a atenção para você nem para o que você está fazendo. Atitudes como sair dizendo “Se tirar onda com a minha cara vai se dar mal” e ameaças assim são proibidas. Você é uma sombra, uma sombra que trabalha o dia todo em silêncio.
Quando já tiver informações consistentes (e isso geralmente demora meses, mas quem se importa, você estaria lá de qualquer forma!) identifique o calcanhar de Aquiles: a insegurança maior, a pisada de bola maior, o ponto fraco que desestrutura. Pode ser o fato dele roubar da empresa, pode ser o fato dele ser um descontrolado de merda que excede o limite do tolerável, pode ser o fato dele trair sua esposa. Qualquer coisa que cause um estrago grande na vida da pessoa basta. Foco nisso e comece a plantar sementinhas. De forma anônima, claro.
Não tem que ter pressa, isso demora mesmo. Mas quando a recompensa vem, ela vem que vem! Comece a usar o ponto fraco para minar a confiança e a paz de espírito do chefe aos poucos. Seja criativo, você vai ter oito horas por dia, cinco dias na semana (no mínimo) para esperar aquela oportunidade ideal surgir: trocar um objeto de lugar, sumir com algo importante, mandar um recado implícito anônimo, começar a jogar no ventilador provas que o incriminem, fazer algum tipo de terrorismo sutil que possa parecer loucura da pessoa… um passinho por vez, sempre sendo muito cuidadoso para não ser descoberto.
Não bata de frente nunca, não importa o quanto você seja provocado. Lembre-se, VOCÊ é o lado inteligente da briga. Sangue frio e bola para frente. Se for acusado de algo, faça a linha passivo-agressivo: se diga indignado e negue. Procure tomar o cuidado de criar álibis sempre que entrar em ação: faça questão de ser visto por muita gente bem longe da sala do seu chefe quando mexer lá, só bata o ponto meia hora depois que chegar, etc.
Se você fizer as coisas bem feitinhas e tiver sabedoria de executar sua meta aos poucos, com cuidado e sutileza, uma hora a pessoa cai ou pede para sair. Gente abusiva não se trata com racionalidade, ou nos afastamos, ou se não for possível, tentamos afastar a pessoa. É justamente isso que estou propondo: afaste um chefe abusivo de você. Alguém vai se foder, então que seja ele. Não tem como escapar de armadilhas de alguém que convive com você oito horas por dia, uma hora a pessoa abaixa a guarda e aí ela leva. E não, seu chefe não é tão inteligente e fodão, se fosse não se portava assim, como um panaca. Pode bater que ele cai.
Importante: faça tudo sozinho. Não dá para confiar em ninguém, porque por mais amiga que uma pessoa seja, às vezes ela peida em momentos de pressão ou às vezes ela é apenas linguaruda mesmo. Mesmo que não seja por maldade, não dá para confiar em ninguém. Faça tudo sozinho, de forma discreta e não comente nada com ninguém. Você vai ver como é muito mais fácil do que você imagina derrubar um chefe abusivo. Gente assim é burra, se não, não seria assim. Tenha fé em você, trace um plano e vá adiante com ele. É como plantar uma plantinha, só que mais feio e sujo.
Manter funcionário infeliz é o pior erro que um chefe pode cometer. Funcionário a gente tem que tratar melhor do que a própria família, porque a família não vai ser capaz de nos fazer mal até nos foder. Esses idiotas que mantem à sua volta funcionários infelizes se acham muito fodões mas não sabem o risco que estão correndo. Todo o sentimento negativo que despertam nos outros volta com juros e correção monetária. Burros são eles de se acharem intocáveis e acima disso. Funcionário a gente tem que tratar melhor do que a filho, caso contrário, mais cedo ou mais tarde, é severamente sacaneado.
Quando o filho ou a filha da puta cair, não comemore. Você continua sendo uma sombra neutra. Vejo muita gente caindo no erro de querer parecer pró-chefe demais para tentar camuflar o fato de que o está fodendo. Isso é dar bandeira, não seja solidário, não pose de amigo. Você é um funcionário que está ali para realizar um trabalho técnico e não quer se envolver com fofoquinha de empresa, você está acima disso. Quando a pessoa cair, siga sua vida naturalmente e resista à tentação de dizer a todos que foi você que a derrubou, por mais genial que tenha sido o seu plano. Fama de derrubador é péssima e faz você perder o seu emprego, ninguém quer por perto um funcionário que já derrubou um chefe. Não saia do anonimato jamais.
Se tudo mais der errado e o chefe se salvar, não faz mal. Sinal que você estudou pouco. Estude seu chefe com mais afinco, esteja atento e tente outra vez. Você tem todo o tempo do mundo para isso, não é o seu que está na reta. Uma hora, ao longo dos meses, a jugular vai ficar exposta novamente. Espere e confie.
Achou este texto uma sacanagem? Pois não é, é legítima defesa! Se você for um líder justo e ético ninguém vai se voltar contra você. Meras desavenças não bastam para que alguém se dê ao trabalho de fazer tudo isso, a pessoa tem que ser muito filha da puta abusiva para que um funcionário chegue a esse ponto. Só tem que ter medo quem é babaca de carteirinha.
DEFENDAM-SE. E depois me contem por e-mail, mas de forma anônima. Ninguém tem que saber a autoria, nem mesmo eu. DEFENDAM-SE!
CRIMINALIZAÇÃO DO ASSÉDIO MORAL JÁ. Esse bárbaro resquício do escravagismo é uma ameça ao principal pilar de qualqUer civilização: o trabalhador.
Eu de minha parte já reagi por aqui com mandado de segurança e ação civil indenizatória.
E cadê a militância negra deste país para ajudar a combater essa podre herança da escravatura?
Criminalizar não vai resolver, porque o condenado NÃO PODERÁ SER PRESO, apenas prestará penas alternativas como pagamento de cesta básica. Porque as pessoas insistem em achar que a firma mais eficiente de coibir uma conduta é criminalizar?
Criminalizar pode dar cadeia, sim. Mesmo antes da criminalização já existe essa possibilidade. Ao menos em termos de assédio. Já vi uma ação de assédio ter desdobramento criminal: a ação civil que ainda transitava em determinado tribunal gerou, lá em outro tribunal, o criminal, outra ação – só que esta penal. O resultado foi que o assediador foi condenado criminalmente em primeira instância.
Acontece que nem todas as ações civis tem desdobramento criminal, por isso há que se garantir que todo e qualquer assédio seja crime, a princípio e independentemente de qualquer tipo de desdobramento processual. Assim, a ação de assédio já nascerá penal, aumentando, assim, a probabilidade do assediador ser condenado criminalmente.
Mesmo que ele seja réu primário e por isso seja condenado a um apena alternativa, ficará “fichado” e, em seguida, qualquer probleminha bobo, tipo um simples injúria ou batidinha no trânsito, pode botá-lo na jaula.
Uns defendem gays e mulheres. Outros defendem pretos e índios. Alguns chamam a isso de ativismo. Eu chamo de sectarismo. Ativismo pra mim é defender aquele é o combustível de todo e qualquer processo civilizatório: o trabalhador honesto.
Ser condenado e ir para a cadeia são coisas bem diferentes. Um crime com punição de menos de quatro anos não vai colocar ninguém na cadeia.
Condenação e cadeia podem coincidir sim. É por isso que luto pela criminalização com pena duradoura e de reclusão em regime fechado. Quatro anos para quem provocou uma doença crônica num trabalhador honesto é brincadeira. Só se for 4 anos de sova.
Se bem que a simples condenação mesmo sem ir para a jaula já atrapalharia o exercíco de uma série de direitos, principalmente se o caso fosse parar na mídia. Mas ainda assim é pouco: o assédio, tanto nos resultados como na motivação, é equiparável à tortura. Por que então não ser equiparável na penalização?
A questão é: quatro anos não dá cadeia no Brasil, é convertido em pena alternativa. Porém condenação acima de quatro anos, atualmente, só para crimes muito graves. Por exemplo, um homicídio simples tem pena de 6 anos.
Daí você cria o seguinte problema: se um cara sabe que vai ter uma condenação de seis anos se cometer assédio moral OU se matar, você está convidando esse sujeito a matar, porque tanto faz, a pena vai ser a mesma.
Como solucionar isso?
Primeiro: assédio moral há muito tempo já está matando mesmo sem convite.
Segundo: caso se pretexte um convite desse tipo, esteja certa que os assediadores vão morrer primeiro.
O problema é que não parece justo que o assédio precise culminar na morte ou na doença de alguém para que seja exemplarmente punido. O mero ato de assédio moral, independente da consequência, deveria ter uma pena exemplar. Mas daí se cai no problema de um assédio moral ter pena maior do que matar uma pessoa…
O que te parece justo então: que o assédio culmine na morte do assediado como tem acontecido, seja por câncer ou suicídio, e que os assediadores continuem impunes?
Para um dia haver essa pena exemplar que vc mesma citou acima é preciso que alguém, em algum momento, comece do começo: criminalizar. Uma condenação criminal para um assediador já seria um primeiro passo. E a luta continuaria, claro, em direção ao aperfeiçoamento contínuo da legislação e do nosso sistema social. Ficar reclamando e proferindo discurso modernoso de braços cruzados é que não dá.
Na minha opinião, o que me pareceria justo era subir a pena de homicídio para mais do que o dobro, digamos, pena mínima 20 anos, e daí sim poder meter uma pena de 10 anos em um assediador sem criar uma contradição dentro do Código Penal, mas já te adianto que nunca vai acontecer, porque são os assediadores quem fazem a lei.
Sally legal teu texto mais uma vez! xD
Será que a gente pode divagar no contexto facu da coisa com orientadores toscos? Quero dizer… não tive problema com meus orientadores, mas conheço vários e vários casos não só de orientadores mas de professores mesmo que exploram nós pobres coitados universitários de tal maneira como se existisse só aquela tal disciplina a ser estudada… Não me entenda mal, não é preguiça, é questão de bom senso: vamos combinar que tudo tem limite né? Então NAONDE que num curso integral o prof resolve lá mandar 500 pags ou mais de leitura semanal? isso em 1 só disciplina? imagine 9? Bom, há quem diga que esses profs por ai a mulher dorme de jeans mas… vai saber kkk
Ahhh… mas é um clássico: SEMPRE TEM UM PROFESSOR MALUCO
O assunto merece até um texto próprio…
Queria ter esse dom de sabotagem. Sou muito preguiçosa pra essas coisas, em contrapartida já tenho a frieza e intuição.
Guia Desfavor de manipulação já :D
Basta observar. Observe a pessoa e você saberá o que há de mais precioso para ela, o que ela dá valor, o que ela tenta proteger…
Será que esse manual serviria bem para nosso nada querido molusco?
Serve para qualquer pessoa, basta encontrar alguém subordinado a ele que tenha inteligência para fazê-lo, o que é difícil, já que o corpo técnico que o PT nomeia se resumem a analfabetos cabo eleitorais ou uns hippies fanáticos de merda que o idolatram.
Sally, ja tive esse tipo de chefe abusivo, e concordo sim que esses tipos camuflam a insegurança torturando e humilhando subordinados. Se for escrever aqui todas as situaçoes constrangedoras que passei levo o dia.
O resultado que após mais de uma década de convívio, pedi pra sair. Tirei uma graninha razoavel com o tempo de casa , grana essa que daria pra sair do aluguel.
Mas, o estresse era tanto que gastei boa parte em médicos e remédios.
Meu único consolo é q fiquei sem ver essa criatura um bom tempo e um dia por acaso ao ve-lo, ele me disse que minha aparencia tava ótima e que com certeza ele me fazia mal. Ri muito por dentro.
Você é uma pessoa espiritualizada. Isso não me bastaria, eu não conseguiria sair e tocar minha vida sem antes dar o troco em quem está se valendo de uma posição hierárquica para me foder.
Sally, Sally…. vc me fez reviver todo o terror da época de faculdade….
Logo que resolvi procurar emprego, achei. Num “escrotório” de um japonês. (desculpe, mas ô raça!)
A entrevista foi em duas etapas: Primeiro se respondia a um questionário ridículo com perguntas infames sobre o que vc quer do futuro e depois a entrevista com ele mesmo.
Lógico que eu passei. Haviam 52 candidatas, mas ele encarnou em mim.
Ok, era pra eu ser estagiária. Mas ele me registrou como auxiliar administrativo, ganhava o piso salarial da época dessa função. Logo que entrei uma das estagiárias me disse que devia me preparar emocionalmente pq o dito cujo não era fácil.
Fui praticamente escravizada.
Fazia funções extras. Era secretária, recepcionista, fazia o departamento financeiro, fazia tarefas de estágio e quando dei por mim estava cotando preço do boi gordo, da soja e do milho pras fazendas dele, e comprando muda de eucaliptos.
Aumento? kkkkkkkkkkk a primeira vez que pedi ele demorou 5 meses pra me dar 70 reais, isso mesmo SETENTA REAIS!!!
Ele gostava de fazer reuniões com o pessoal e usar a palavra “proatividade” , contar da vida dura que ele teve, exaltar as próprias qualidades, dizer que nós deveríamos pagar pra trabalhar pra ele de tão bom que ele acha que é trabalhar lá. Na hora do almoço (almoçavamos todos juntos lá mesmo, tinha uma cozinheira) ele chamava as meninas de gordas que comiam demais, as solteiras ele dizia que eram encalhadas….um horror. Já chegava um tempo que eu nem comia mais lá. Se algo dava errado, ele xingava pra valer, na frente de cliente mesmo, de burro, de incompetente, que a pessoa nunca seria ninguém na vida, etc etc etc. Negava as coisas na cara da gente, quando ele dizia algo e depois s arrependia, negava, falava que a gente tava mentindo. Mesmo diante de tanto desgosto, aguentei 3 longos anos. Chorava de manhã por ter que ir pra lá. Meu marido dizia todo dia pra eu pedir as contas, mas eu nao queria dar este gosto pra eles, pq eles faziam de tudo pra pessoa pedir as contas e nao ter que pagar a rescisão, né. Não pedi.
Até que um dia, saí na hora do almoço e andei 2 quadras até o Ministério Público do Trabalho. Estava exausta, perdendo meus cabelos, emagreci 9k nos 2 ultimos meses (até que foi bom, rsrsrsrs) lá encontrei um Promotor que me atendeu e eu vomitei tudo que eu tinha pra reclamar daquele homem, verme maldito. Foi aberto processo. Pedi que fosse anônimo, mas entrei de testemunha. Ele não registrava os funcionários (apenas eu e a cozinheira eramos registradas) não dava férias pra eles, nem 13o, nem nada. Pagava uma miséria e abusava da sorte, alguém tinha que fazer alguma coisa.
Assim que ele soube do processo, ele teve certeza que tinha sido eu (nós brigávamos muito, eu mandava ele a merda, já tava de saco cheio mesmo) mas ele nunca me acusou formalmente. Ele era o chefe assediador, cometia assedio moral 24h por dia.
Me mandou embora, recebi uma grana legal, testemunhei contra ele, ele continua sendo processado, indiquei nomes pra constar no processo, ele sofreu um Trabalhista de uma outra ex funcionária, eu fui testemunha dela, rendeu 50mil pra ela e 8 pra mim.
Eu odeio ele, quero que ele morra, que ele queime nas profundezas do limbo, que seja bem doloroso, bem sofrível, que ele sofra a solidão por ser odiado por 90% da população da minha cidade que o conhece justamente por ser um verme, e pagar de bondoso, generoso, cristão católico que se diz fervoroso e devoto de nossa senhora ( argh!) nojento, podre, pobre de espirito, desumano e cruel.
Mas eu lavei a alma antes de sair de lá, pois disse tudo que eu penso dele, tudo que eu desejava pra ele e mais um pouco.
Ganhei um desafeto. S2
Bjo**
Julianna, porque será que todo chefe canalha abusivo usa a palavrinha “proatividade”?
A melhor parte é que processar ele não te fechou portas, pois ele era odiado por todos.
Vai ver, é porque eles são chegados em “Proatividade nos anais”, né? (turum tsss!)
hahahaha
Porque essa é uma qualidade que os assediadores não tem exceto para assediar.
Trabalhar no submundo dos shoppings (porque mundo é só o que o cliente vê) é fogo. Meu primeiro emprego foi de recepcionista numa famosa rede de restaurantes que foi assunto essa semana por fechar 23h em ponto. Bem, em restaurantes você ganha por hora, uma miserinha por hora, ou seja, se você fica doente, grávida e etc, você ou não recebe nada (se a licença for curta) ou recebe uma média das horas mínimas trabalhadas, o que é uma grande sacanagem, porque se você faz 8h diárias 6 vezes na semana e ganha X por isso (fora as gorjetas), quando você se afastar vai ganhar o mínimo que são 5h diárias 5 vezes por semana.
Uma vez enquanto eu me arrumava pra ir trabalhar eu trombei no pé da cama, doeu pra caralho, mas isso acontece sempre com todo mundo, engoli o choro e fui pegar um dos meus 3 ônibus pra chegar no famigerado restaurante, numa sexta-feira á tarde. Trabalhei das 17h30 às 3h (sendo que essa hora não tinha ônibus direto pra casa e tive que andar 20 minutos sozinha) e meu pé não para doer durante esse tempo. Cheguei em casa e quando tirei o sapato tive uma surpresa: havia quebrado os 3 dedos menores do pé direito, meu pé tava roxo. Fui no hospital mais próximo, tirei as chapas, enfaixei os dedos e o ortopedista me mandou ficar 15 dias em casa. Eu, estudante de cursinho, num emprego com flexibilidade de horário, com aluguel pra pagar, não podia me dar ao luxo de fazer isso, fui trabalhar com os dedos quebrados de chinelo quebrando o protocolo de uniforme da empresa. Mas veja bem, eles não tinham ngm pra me substituir e eu não queria ganhar 1 centavo a menos do meu salário programado do mês. Tava tudo correndo tranquilamente quando 3 dias depois do acidente meu chefe (dono do estabelecimento) me para na cozinha para me dar um ‘toque’: Você não consegue fazer um esforcinho de vir trabalhar com a sua sapatilha do uniforme? Fica feio andar de chinelo pelo salão, não é o padrão. Os clientes estranham, eles podem achar ofensivo. NESSA HORA FOI QUE EU MUDEI E VI QUE NINGUÉM JAMAIS PODE SE SACRIFICAR POR EMPREGO NENHUM! Minha reação foi gargalhar e responder: Vamos combinar uma coisa? Ou eu venho de chinelo trabalhar com os dedos que-bra-dos ou eu não venho trabalhar. Eu estou aqui fazendo 1 F-A-V-O-R! Vocês tem alguém pra me substituir? Porque eu tenho um atestado de mais 12 dias em casa.
Porra, eu tava com a merda do pé direito pesando 3 toneladas de tanta faixa, É CLARO QUE NÃO CABERIA UMA SAPATILHA! Quem que gosta de trabalhar de chinelo num local onde centenas de pessoas circulam todos os dias?
Resumindo: meu chefe ficou puto com a minha ‘ousadia’ na resposta, fiquei na mira dele até eu me demitir de lá pra fazer faculdade. Mas eu lavei a alma aquele dia e desde então ele e os gerentes/subgerentes/amantes dos gerentes pensavam 5x antes de me pedirem coisinhas desnecessárias.
Em qual bairro ficava esse lugar?
Higienópolis
Aliás, odeio esse bairro e a grande maioria dos seus habitantes com todas as minhas forças. Ô povinho…
Higienópolis? Em sampa?
Isso, em São Paulo. Um bairro que apronta essas coisas típicas do povinho deslumbrado da classe média alta paulistana > http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/782354-moradores-de-higienopolis-em-sp-se-mobilizam-contra-estacao-de-metro.shtml
Melina, imaginei só de ver a forma como você comentou ” Ô povinho…”. Sério mesmo, a reputação desse lugar fede a léguas e léguas de distância, sendo que segundo comentam, um dos moradores “ilustres” de lá seria ninguém mais, ninguém menos que FHC.
E quer saber porque o pessoal quer metrô longe? Em primeiro lugar, porque se borram de medo de vir malandro da perifa pra praticar delito lá por aquelas bandas. Em segundo, porque se cagam de medo do metrô trazer junto novos empreendimentos imobiliários que causem a saturação e a consequente desvalorização dos imóveis na região.
Um bando de bundões que vive de aparência nesse mundo de pollyannas… Coisa linda de se ver.
Sintetizou toda a minha visão sobre o bairro e seus moradores babacas.
Aliás já atendi FHC entre outras ‘celebridades’ suíças respeitáveis por suas vidas de aparências.
Mas ainda há a previsão para ano que vem, pelo menos…como não é RJ, devem acabar fracassando nesse lobby por cansaço; concorrência reaberta…
É notícia “meuio velha”, mas de qualquer forma é (até) a ViaQuatro que está reforçando o melhor lado…
Se todo mundo reagisse, o número de chefes abusivos cairia drasticamente. Eles são proporcionais à quantidade de pessoas de baixa autoestima.
Sim, você tem dúvidas que o brasileiro médio por excelência tem baixa autoestima?
Por isso o assédio moral aqui nesta merda de país tem proporções de praga endêmica. A baixa autoestima é assediadora em potencial.
Vamos esclarecer as coisas aqui. Vamos trazê-las para o mundo real. Ao contrário do que se pode pensar: ninguém é assediado por ter autoestima ruim. Muito pelo contrário: alguém é escolhido para sofrer assédio moral porque tem qualidades preciosas e raras. E entre elas, a autoestima.
Não se trata de opinião, existem estudos sérios a esse respeito realizados em diferentes civilizações. Tanto o bulliyng, que é o assédio escolar, como o assédio moral laboral são direcionados a portadores de méritos raros e cobiçados pela maioria, a pessoas que se mostram “melhores” do que a média em algum aspecto importante.
O que pode acontecer é o seguinte: o assediado ter uma queda em sua autoestima ao longo do período de assédio e por causa dele. É um dos resultados característicos e caracterizadores da situação de assédio, inclusive a nível judicial. É também um dos objetivos dos assediadores: nivelar por baixo, fragilizar para dominar, dominar para não se matar. A autoestima previa e invariavelmente baixa é sempre a do assediador. Mas essa é bem merecida.
Alguém que já possui baixa autoestima previamente jamais vai ser escolhido para assediado. Muito simples: é típico e invariavel da má autoestima ser o lambecú do chefe.
Posso estar enganada, mas a pessoa pode ser uma excelente profissional (qualidade que faz o chefe se sentir ameaçado) e ainda assim ter uma baixa autoestima, o que facilita a agressão por parte do chefe. Ou não?
Só se o chefe for menos competente e tiver ainda menos autoestima do que o subordinado. Se, além de qualquer outra qualidade, o subalterno tiver mais autoestima do que o chefe, vai aumentar o apetite da fera.
Ninguém, absolutamente, ninguém que agride gratuitamente é mais meritoso do que o agredido. Eu ao menos nunca vi exceção a essa regra.
Bem que você podia nos dizer que lugar é esse pra que jamais caiamos na mancada de lá ir. Não se trata de falta de ética; trata-se tão-somente de evitarmos um lugar tão escroto, com um dono tão pulha (até porque você não está mais lá mesmo… então você pode dar uma complementada nessa lavada de alma!).
Minha irmã também trabalhou em shopping: na Mônica Sanches (viu Sally? Huehue!) e num quiosque de tranqueiras pra celular. O dono desse quiosque só tinha carrões importados blindados, ao passo que minha irmã e suas colegas trabalhavam em regime de semi-escravidão. E vida de shopping é isso: uma imensa merda, como no telemarketing.
Ela não pode falar por questões éticas, mas eu posso:
OUTBACK
Cansei de ouvir histórias de pessoas humilhadas, desrespeitadas e sacaneadas pelo Outback
obs: Monica Sanches é uma loja ainda mais merda do que eu pensava então! Além de brega é escrota
Foi bom então eu ter cantado a bola, né Sally? (Presumo que a Melina foi o anônimo que comentou meu comentário aqui)
Claro, é sempre bom meter o cacete em gente assim
Como não pensei nisso antes? Outback é um lugarzinho que só de olhar já dá arrepio, tal a concentração de suíços típicos de classe média semi-alta querendo aparecer um mais que o outro (não é à toa que as mesas de dentro são muito menos disputadas que as de fora!)… são os que andam de Ford Fusion enquanto conseguem bancar a prestação e depois pegam um carro cinco categorias abaixo dizendo que não se adaptaram a ele quando a busca e apreensão vai lá bater nas portas deles, nos condomínios em que uma parte considerável dos moradores já está com dívidas da ordem de cinco dígitos. Mundinho de faz-de-conta mais fajuto, só no Paraguai (e olhe que lá eles andam de carrão porque o preço é menos da metade que aqui no Brasil, dado que quase não tem imposto naquela titica de país!).
Chamo essa turma de Classe Comédia.
Então, eu trabalhei no outback Higienópolis, porém o dono não é mais o mesmo e eu não trabalho mais lá! UHUL!
Menos mal. Pena que não é em um Outback que eu possa frequentar, se não passava lá para armar um barraco com o tal dono e causar alguns problemas. O cliente tem sempre razão!
Querida Sally, você descreveu com perfeição o FDP do C., da S., empresa (de merda) de automação industrial de uma grande cidade do interior de SP. Que ele queime no mais profundo dos infernos cósmicos, mais sua empresa amaldiçoada e todos os que a ela se associam (Danzas, ainda bem que você FALIU! Montserrat, Lioi, de Giácomo e toda aquela corja, morram com suas entranhas sendo comidas por bichos tortos!).
(perdão se você não entendeu NADA do que escrevi acima, mas é que fui lendo seu texto e foi me dando uma gastura à medida que eu me lembrava de como eu me fodi nos seis meses que agüentei aquela porra! Não pude me conter! Foi mal! :-( )
Espero que você tenha deixado algum presentinho para eles antes de sair, para que eles percebam que às vezes, só às vezes, custa caro se portar assim e pensem duas vezes antes de fazer isso novamente com outro ser humano.
Sabe o que é? É que naquela época (2000/2001) eu era muito cabaço e não se falava em assédio moral (ao menos não nestes termos). Do contrário, teria enfiado um tremendo processo nas fuças daquele corno do C. pra ferrá-lo de todas as cores do mundo (e não só de verde e amarelo). Eu bem que quis dar um presentinho: deixá-los zerados de todos os códigos que programei no período em que estive lá. Mas, mais uma vez, minha cabacice falou mais alto e larguei tudo lá! Saí de lá fugido (no dia anterior ao meu pedido de demissão, deixei todo mundo falando sozinho no meio da tarde, tão maluco estava com a pressão desmedida exercida sobre mim pelo puto do C. e seus asseclas do departamento de sistemas (outra corja de cornos malditos!)). Mas a carava passa e a cachorrada ladra. Eles que se explodam e se matem uns aos outros. Abraços! :-)
Olha, processar eu nem acho que seja muito bom, porque por mais que você ganhe, pode fechar muitas portas dependendo da área. Muita gente tem medo de contratar quem já processou seu patrão. Como estamos falando de covardia, de uma pessoa com poder pisando em outra em condição de submissão, eu ainda sou favorável a fazer algo na encolha.
O grande problema de processos são testemunhas, não é? Por exemplo, nesse mesmo emprego eu sofri assédios morais por parte de gerentes e do chefe por ser a funcionária mais jovem e ~~gostosinha~~ (gostosinha o caralho pq eu tinha 18 anos e tava gorda pra cassete por causa do cursinho é porque eu era carne nova), mas sempre que eu reclamava com outros colegas de trabalho das horas extras não pagas, das broncas públicas e desnecessárias, das cantadas indecentes e fora de hora, das passadas de mão, eles vinham com o papinho: ‘ai você é muito chata! É uma brincadeira! Você não sabe brincar, eles não fazem por mal, eles fazem isso com todas, blabla.’ Caso eu entrasse com 1 processo eu não teria 1 alma pra testemunhar ao meu favor (sou leigona nestes assuntos jurídicos).
Só eu acho que ambiente trabalho, por mais (falso) descontraído que o clima seja, não é lugar de ‘brincadeirinha’ e ‘gracinha’?
O que consola meu ego é ver que os outros funcionários que recriminavam meu jeito ‘chato’, ‘careta’ e ‘brigão’ de ser hoje tão tudo pedindo demissão, com problemas sérios de estresse e se sentindo tão lesados pela empresa quanto eu quando sai. Trabalhar nessas grandes redes que pagam pouco dá uma sensação PÉSSIMA de que você perdeu seu tempo com quem não merecia, desgastou sua saúde à toa e que o tempo perdido não volta mais.
Eu já vi gente ganhar processo sem testemunhas a seu favor. O juiz sabe que as pessoas que ainda trabalham lá fatalmente terão medo de falar ou falarão nada obrigadas pelo patrão. Mas é um risco. Ainda bem que você conseguiu sair de lá!
Será que funcionaria no serviço militar? Pra mim essa época já passou há muito tempo, mas fiquei com essa curiosidade porque foi o único lugar onde já trabalhei em que tive superiores que eu queria mesmo ter a chance de destruir desse jeito mostrado no texto. Depois disso, praticamente todos os que conheci se destruíram sozinhos, o que talvez confirme a citação que o The Hug fez do Romário… ou então, quem sabe a situação lá era tão ruim que faz a situação fora de lá parecer muito melhor.
Claro que funciona, militar é muito menos capacitado e inteligente que um CEO
Sally, ai não entra tanto a inteligência ou a capacitação e sim o grau de paranoia da pessoa, que pode ser ponto a favor ou contra a depender da situação.
A maior parte dos problemas que já tive no trabalho eram com colegas, muito mais do que patrões. Pessoas que estavam mais ou menos no mesmo nível hierárquico que eu, mas não tinham consciência disso, e se achavam no direito de tomar decisões e mesmo xingar/humilhar os colegas. Isso nunca dá certo, eles se derrubam por conta própria cedo ou tarde, já que deixam um rastro de inimigos e desafetos por onde passam.
Quando a coisa acontece entre pessoas em mesma posição hierárquica eu sou a favor de uma conversa olho no olho, de falar uma verdades, de resolver colocando as cartas na mesa.
O que você faria se acontecesse algo parecido ao ocorrido na notícia com você Sally?
http://colunas.revistaepocanegocios.globo.com/coffeebreak/2013/02/22/heineken-simula-situacoes-bizarras-para-escolher-estagiario/
Não aceitaria o emprego. Minha vida profissional não comporta exposição, pois ela pode me colocar em risco de vida…
Por que risco de vida, Sally?
Pelas pessoas com que lido
Não achei o texto sacanagem, achei a pura verdade.
Eu já trabalhei pra chefe que eu adorava, que colocava a empresa como um time unido e a diferença vinha na produtividade.
Um funcionário insatisfeito tem tudo pra foder com o chefe, porque sabe dos pontos fracos e tem todas as ferramentas na mão. Imagine vários insatisfeitos unidos… Tem gente que pede pra levar.
Funcionário você tem que tratar melhor do que família. Funcionário é um perigo…
OFF: Sally, olha só essa.
Quando vi essa, me lembrei logo dos atrasildos que chegam nas lojas do shopping na hora de fechar ou até depois disso (sem considerar que por vezes o atendente tá lá desde as 10 da manhã e não vê a hora de voltar pra casa).
Ah…tá!
O chorão chega depois da hora, quer ser atendido e ainda fica choramingando?
Não tem vergonha de postar esse papelão na internet
Ah, e estou me lembrando de uma… Lá pelos idos de 2006 (não me engane, no dia em que a seleção foi eliminada da copa) fui por volta de 10h30 da noite num restaurante lá na Av. Champagnat (em Franca).
O pessoal estava com o olho vermelho a ponto de eu perguntar o porquê… Uma atendente me comentou que estavam trabalhando lá desde 8h30 DA MANHÃ.
Não desacredito do relato porque achei mesmo muito estranho. O pessoal com olho vermelho a essa hora da noite numa região que era conhecida como point “noturno” da cidade. Algo não encaixava mesmo.
Meu primeiro estágio foi com um advogado judeu. Era apenas ele, uma outra estagiária e eu. Ele adorava a palavra “pró-atividade”, que, como o The Hug falou acima, era apenas uma maneira bonita dele dizer que nós teríamos que nos virar para realizar 1000 tarefas diariamente… Ele mandava a gente ir pra fila do proger as 17h com mais 8 diligências em cartórios. É claro que não dava. Nos primeiros dias eu pedia pra alguém guardar lugar na fila, mas depois parei, afinal, ele tinha que passar tarefas que possam ser cumpridas dentro daquele horário, sem contar com a ajuda de terceiros que nada tinha a ver com meu estágio. Quando fiz a entrevista, ele fez questão de frisar que eu ia trabalhar com a diretoria e que o jurídico (só tinha ele), era a nata da empresa, e que não era para eu dar trela para os outros réles funcionários. Era odiado por tudo mundo, só tratava bem o dono. Não aguentei 1 mês lá…
Que sujeito idiota!
Renata, tenho pra mim que a jogada do “bullying” com os estagiários nesse caso era para manter a imagem de “empresa aberta a jovens talentos” sem contratar praticamente ninguém de fato, deixando o judeu na prática com os “louros” do trabalho feito.
Parece idiota, mas só que não. Sério, esse cara não dá ponto sem nó.
Sempre assim, metas inatingíveis, salário não compensador, tentativa de exploração. Acho que os chefões do 3 mundo ainda estão na mentalidade da época das senzalas.
Parte da culpa é nossa, que engolimos ou apenas fugimos da situação indo embora. Já pensou se cada pessoa abusada fizesse algo na encolha contra quem está abusando?
Eu já pensei… O problema é que gente idiota no geral não aprende nem na marra.
Sempre tive chefes razoáveis para bons, o que é uma merda já que não estou propriamente vacinada contra essas situações.
Só uma vez quando um chefe pediu para auxiliar (novamente) um (outro) parlamentar corrupto na aprovação de uma emenda no Orçamento, ameacei pedir exoneração e ele recuou. O chefe não era ruim, apenas um comissionado infeliz com o rabo preso, que acabou sendo ele mesmo exonerado por conta da minha recusa, mas paciência…
Sei lá, talvez quando você tem a convicção de que tenha razão e/ou que o pedido é injusto ou mesmo ilegal, danem-se as consequências para o seu lado por conta da recusa, até porque o fato de ficar desempregada pode se tornar o menor dos problemas diante de uma submissão crescente.
De qualquer forma, o texto e as opiniões aqui vieram em boa hora. Grata a todos.
Um grande amigo se recusou tmb, custou-lhe um emprego de 31 anos por conta disso. Com certeza fez um bom negócio. Por conta do caso que ele seria envolvido, o Kassab se fodeu (sim, Controlar).
Antes perder um emprego de 31 anos do que passar anos procurando um emprego depois de ser implicado em algo assim. Lamentável ainda assim.
Sally, me lembro que uma vez você comentou sobre uma pessoa em seu trabalho que, com seu auxílio, surtou, porque era boderline. Era algum chefe seu? Como você fez para a pessoa depirocar?
Tinha Síndrome de Asperger. Assim que eu descobri estudei a fundo a doença e até conversei com psiquiatras “para entender melhor meu chefe e aprender a conviver”. Só que além de Síndrome de Asperger era um tremendo filho duma puta que batia na esposa, nos filhos e fazia outras coisas nada bonitas. Comecei a fazer coisas que desestruturam pessoas com essa síndrome específica e depois de alguns meses ele teve um colapso nervoso e foi internado.
Não tem fórmula para a pessoa despirocar. É estudo. Tem que estudar a pessoa com muita atenção e pegar no ponto fraco sem que a pessoa saiba de onde vem o tiro.
Pior sao as empresas de call center continuarem pagando 630 quando o minimo desde janeiro subii pra quase 680. Fora que nosso contrato eh de 6hs dia e trabalhamos 6 e 20. 20 min de graça td dia pro patrão rico.
Cobre a conta de uma forma bem criativa. Está nas suas mãos
Um conhecido meu já trabalhou numa empresa dessas.. acho que chamava Interact. Não aguentou 1 mês. Segundo ele, o ritmo era muito pesado e o clima tmb. Era só gente xingando 8 horas por dia, nonstop.
Deve ser mesmo
Todas essas empresas são iguais. Quanto mais milionário o faturamento, menor querem pagar os funcionários. Não compensa te muitas vagas mas sair de lá com tendinite, calo nas cordas vocais e mente detonada. Aguentei quase 1 ano e pedi pra sair antes de ficar louco e doente.
Fez muito bem. Mas espero que você tenha deixado um presentinho educativo para esses fdp
PC, quem está nessas empresas está pouco se importando com a qualidade do serviço prestado. Teleatendimento é tratado como um negócio secundário, para vender a imagem de que a empresa se preocupa com o consumidor. Quem trabalha na área fica meio que de bombeiro no incêndio.
Antes eu até perdia tempo com este tipo de joguinho. Hoje sintetizo de maneira mais simples.
Eu me dou o respeito. Tenho plena consciência e deixo claro para um possível superior que não sou um escravo, um empregado sem limite de funções ou mesmo familiar.
Eu ofereço um serviço e ele oferece um pagamento. É uma troca em que os dois dependem um do outro por tempo determinado ou não. E os dois se devem respeito.
Outra coisa é não acreditar nos velhos contos de fábulas profissionais:
– O bolo não vai ser dividido quando crescer. e vc não cresce junto com a empresa como uma bonita familia. Familia em momentos de apertos colocam mais agua no feijão, não mandam embora de casa um de seus membros.
– A tv de 90 polegadas da sala de reunião sempre será “investimento inadiável e necessário” e seu aumento será despesa.
Outra coisa é postura.
– Se vc SEMPRE faz horas extras, quando vc não puder, ou estiver cansado, será visto como falta de comprometimento ou preguiça. Vira obrigação que dificilmente conseguirá se livrar. Só faça coisas a mais do que deveria se for estritamente necessário e aponte claramente as dificuldades nisso; será mais valorizado quando o fizer.
Esse lance de “pró atividade” é uma palavrinha bonita que inventaram para vc executar mais funções do que realmente é pago para fazer.
Faça seu serviço direito pelo valor que acha justo e pronto. Como disse Romário, quem é ruim, se fode sozinho.
Não é joguinho, é defesa. É bater de volta em quem está te batendo de forma covarde porque detém o poder.
Somos dois, The Hug. Concordo com o que tudo o que você disse e procuro ter a mesma postura. Faço a minha parte bem-feita e só. Também acho babaquice essa história de “vestir a camisa da firma”. Ninguém é insubstituível e nenhuma empresa preza tanto assim um funcionário, por melhor que ele seja. É preferível “vestir a camisa” apenas da sua profissão, prezando pela ética e sendo o melhor possível no que se faz. E é curioso notar que, quando acontece uma leva de demissões, muitos dos “defensores da empresa” também acabam vez ou outra, entrando na dança – e se sentindo traídos depois. É realmente necessário deixar bem claro desde o começo com palavras e com atitudes que a relação chefe/subordinado é uma via de mão dupla: o patrão precisa da capacidade de trabalho do funcionário para lucrar com a empresa e o funcionário precisa do emprego para poder sustentar a si mesmo e a família. Outra coisa: ninguém deve entrar numa empresa pra fazer tudo o que mandam, achando que assim estará passando recibo de funcionário exemplar e dedicado. Com isso, o coitado só se mostra como um esparro, pra quem sempre são empurradas as tarefas que ninguém mais quer fazer.
Basicamente o lance é, estando em uma empresa estar sempre se preparando para a próxima…
Eu queria ter tido essa maturidade e paciência na época que tive o meu desfavor-chefe… Acabei saindo mesmo.
E uma outra vez (e viva o anonimato), fodi meu chefe antes que ele fodesse a equipe SEM SABER. Ele acabou sendo demitido, mas foi um baita stress porque depois que eu já tinha colocado as cartas na mesa ele discutiu comigo, tentou se livrar de mim de todo jeito até o ponto “ou eu, ou ele”. Passei uma semana sem dormir porque eu jurava que seria eu a “escolhida”…
Uma coisa que o Desfavor me ajudou é ter essa frieza de vez gente xingando, falando mal, ameaçando e no final das contas fazendo NADA
Quase sempre é blefe intimidatório, tipo pobre que fica ameaçando processar os outros, sabe? Quando a gente percebe isso, que as pessoas no fundo no fundo não são de nada, perde o medo e começa a conseguir se defender. Depois que você faz uma vez e constata que de fato as pessoas são burras o bastante para não chegar em você, fica tudo mais fácil.
Como diz o ditado, CÃO QUE LATE NÃO MORDE.
Quem faz, faz pelas costas, que nem a PILANTRA da minha vó, sendo que quando você descobre a safadeza, é tarde demais até pra esboçar a reação.
Além da sua mãe, sua avó também está aprontando? Porra… que família!
Sério mesmo, a minha vó é bem pior que a minha mãe. Enquanto minha mãe é uma pessoa fútil, frívola, dissimulada e descompensada, minha vó faz a maldade pela maldade, querendo com isso garantir um bando de bajuladores em torno de si.
Amor de pessoa a velha… O Jerônimo (meu avô torto) teve diagnóstico de câncer de próstata em metastase em 1998. No ano seguinte, os dois oficializaram os papéis de casamento, só para garantir que na falta do velho, ela pudesse garantir para si o polpudo benefício da Fepasa.
E pensar que na época que as duas foram armar o golpe pra cima de mim, o velho estava ACAMADO. Sem comentários, né?
Bem, isso explica muito da personalidade da sua mãe, tendo sido criada por uma mulher como a sua avó ficava realmente difícil ela ser uma pessoa exemplar
Terrorismo domestico… lol
Mas ainda sou da opinião que a maioria dos casos pode-se resolver com uma simples conversa franca. Ou pelo menos quero acreditar nisso.
Se me lembro bem Sally, em um “Ele Disse Ela Disse”, vc defendeu uma opinião que deveriamos ingnorar uma oportunidade de foder com a vida de alguem que tinha lhe fodido antes, e agora vc nos incentiva a vingança? Vc pode chamar isso de auto-defesa, mas o fato é que vc está “fodendo com a vida de alguem que tinha lhe fodido antes”
Não está sendo contraditória?
Não é vingança, é SE DEFENDER
Uma coisa é uma pessoa que te fodeu no passado, outra coisa é uma pessoa que tem poder e te fode todo santo dia
Eu não estou sendo contraditória, você é que está sendo burro mesmo
Ok!
Não acho que seja lá questão de burrice, mas sim uma má interpretação e correlação das informações!
Olha, eu também concordo que uma boa conversa (quase) sempre resolve tudo mas… há alguns casos extremos em que realmente temos que aprender a nos defender.
É isso ai, Sally!
Não é tão difícil descobrir podres de chefes abusivos. A maioria deles é emocionalmente desestruturada, frágil. Se você der um pouquinho de corda, principalmente com um fake na internet, soltam tudo em pouco tempo. Dai é só procurar uma brecha pra jogar a merda no ventilador.
Pessoas abusivas não são inteligentes, se não não seriam abusivas. É bem fácil foder com gente assim se você for uma pessoa discreta
ATENÇÃO: As dicas aqui funcionam bem quando o “chefe” é mero SUPERIOR HIERÁRQUICO. Se o “chefe” for um dos “sócios” ou mesmo o dono da empresa, as estratégias citadas aqui trazem um risco maior de te colocar em “xeque”.
Não, as dicas aqui funcionam PARA QUALQUER CHEFE, basta ter inteligência para executá-las
Fiz uma leitura rápida e ainda não tinha interpretado de todo a sua colocação. Agora, depois de ter relido, notei que a sua estratégia poderia ser simplificada em três passos.
Se você tem um chefe FDP e quer vê-lo pelas costas:
1) Investigue discretamente seu chefe, na tentativa de descobrir algo que o comprometa.
2) Quando conseguir o primeiro objetivo, jogue de forma discreta as descobertas no ventilador, de forma a semear a paranoia nele.
3) Caso ele desconfie, tente se evadir da mesma forma que um político pego com a boca na botija.
Olha, Sally… Essa é uma estratégia bem limitada que pode funcionar bem em vários casos sem te prejudicar, mas tem casos em que o risco de você ser vítima do seu próprio sucesso na empreitada é considerável.
Quanto mais você estiver próxima do teto de vidro, maior o risco de você sair ferida pelos estilhaços dele quebrado e foi isso que tentei ilustrar.
Não se resume apenas a isso, não é jogar coisas no ventilador. Você tem que bater nos pontos fracos, fazer a pessoa sentir medo. Por exemplo, um chefe que se pela de medo de macumba: pode espalhar objetos de candomblé pela sala dele sem que ninguém saiba, etc. O segredo é desestabilizar de qualquer forma possível.
Fiz uma sintetização grosseira, mas o fato é que essas provocações (“trollagens”) tem o seu risco.
Desestabilizar emocionalmente uma pessoa que já deu mostras de ser um desequilibrado é uma coisa que pode se virar contra você ou até mesmo contra alguém que não tem nada a ver com o pato.
O mais importante é observar se o risco vale a pena e se tal estratégia é a mais adequada, porque nem sempre esse é o melhor caminho.
Sendo um psicopata, creio que seja o único caminho. É isso ou se afastar
Bão, quase sempre trabalhei em lugares pequenos, daí não tinha muita treta. E espero nunca precisar fazer uma coisa dessas, mas mais por preguiça mesmo, gosto de ver o resultado imediato. :P
Na empresa que trabalhei precisamente UM MÊS, o chefe na verdade era o dono, meu patrão (o fato de ele ter me mandado embora porque eu não entendia o que ele queria, mas ele também não sabia explicar, é irrelevante). Não cheguei a ficar doente nem nada, mas acredita que ele não gostasse que a gente COMESSE durante o expediente? Meu, eu almoçava meio-dia e saía às seis (além do período da manhã, claro), COMO que eu ia ficar todo esse tempo sem comer??? Eu esperava ele dar uma saída e enfiava duas Trakinas na boca. Não precisava montar uma mesa de café da tarde como tem no meu trabalho atual, MAS PORRA. ¬¬
Que babaca… gente assim merece purgante no cafezinho
Quase ninguém que trabalhou na empresa ficou mais de seis ou sete meses. Acho que escapei de uma boa…
Realmente…
Já tive chefe assim também. Uma dona completamente desorientada. Me demitiu do nada (ela era dona da empresa – e aliás colocava a parentada toda pra trabalhar lá. Claramente uma família de pessoas limitadas. Sério). Na época fiquei arrasada, mas depois percebi que era melhor finalizar meu mestrado em paz, sem aquela gente doida e burra.
Ela era tão loucona que tirou o frigobar (não era geladeira, era frigobar) da sala em que ficava o café porque era “muito luxo”. Detalhe: ela tinha funcionários mais velhos (como ela) que simplesmente não dariam conta de ficar descendo pro outro andar. E o frigobar era dividido por mais de 15 pessoas, que agora teriam que dividir outro frigobar, no outro andar com outras sei-lá-quantas pessoas. Reza a lenda (nunca mais procurei saber disso) que ela ia colocar o tal frigobar no quarto dela. Mesquinha, eu?
E essa escrota seria difícil de minar, porque além de dona do lugar ela já era completamente surtada & doente e ainda por cima conseguia ir lá quase todas as manhãs encher a paciência dos funcionários.
Maíra, gente assim, sem humanidade, é fácil de minar justamente por isso: não reparam no ser humano que está ao lado. Sobretudo se ela estava de corpo presente na empresa.
Maíra, patroas como essa eu chamo de “Geralda feelings”… Aqui o mau exemplo vem de casa e por isso mesmo não sou pego no contrapé com esse pessoal.
Aposto que a mesquinhona preferia contratar parentes justo pra economizar nos encargos trabalhistas e a depender do caso, pagar um salário mais baixo do que pagaria para uma pessoa de fora. Conheço a peça.
Conheço gente que trabalhou numa loja onde não se podia SENTAR. Sério. A loja ficava vazia, não havia o que fazer, e não podia FUCKIN sentar. E sim, segundo fontes, havia cameras.
Consequência da nossa absurda desigualdade social, que muita gente adora. Acho a proposta do texto válida, mas não considero a melhor. Acho que o ideal é se especializar na sua função de alguma forma e andar de cabeça erguida por saber que é bom no que faz.
Com chefe pau no cu se deve jogar às claras, pois eles tendem a bater em quem não reage. Se você deixar claro que não está passando fome (mesmo que não seja totalmente verdade) e que vai engrossar se o tratamento não melhorar, grandes chances de conseguir seu objetivo. O blefe tem um poder muito interessante nas relações de trabalho.
Quanto ao texto, é uma dica bacana para alguns casos. Só pecou pelo terceiro parágrafo, que parece ter entrado na postagem por algum sistema de cotas da RID, pois foi totalmente desnecessário e destoou de todo o restante.
Marok, funcionaria com pessoas racionais e bem resolvidas, mas normalmente cargos de chefia são ocupados por egocêntricos psicopatas
E não tem qualquer relação com desigualdade social
Tem relação sim. Faz uma porra dessas na Holanda ou na Noruega, por exemplo. Ninguém vai te respeitar, porque a desigualdade social lá é baixa e ninguém fica abaixando a cabeça pra chefe, que é apenas mais um na equipe. Trata mal um porteiro, um garçom ou uma doméstica, pra ver o que acontece.
Não é apenas porque são bem-educadinhos não, é porque certamente haverá reação. Então, perde-se o costume. Chefe se faz com quem fica calado, porque ninguém quer dar prejuízo pra empresa, no fim das contas. Se sua equipe não trabalha direito ou se você perde um bom funcionário, você está atentando contra o lucro.
Claro que existe o caso de doentes mentais surtados, mas não acho que sejam tantos assim. Se ele for minimamente normal, dificilmente vai querer perder um bom profissional por causa de picuinha. Portanto, acredito que a melhor coisa que se deve fazer é ser competente, inclusive ajudando seu chefe a sair de eventuais enrascadas profissionais, sempre deixando claro que não vai se esquecer do episódio.
Você está enganado, Marok. Tem muita gente que precisa do emprego e ainda assim contesta e muita gente que não precisa e escuta um monte de merda calado. Aliás, o que mais tem é gente ovelha que mesmo sem precisar escuta um monte de merda, não só do chefe como da esposa, dos filhos…
Dialogar, conversar, se impor são coisas que funcionam muito bem com seres humanos normais. Infelizmente com psicopatas, sociopatas e outros doentes mentais no poder o método civilizado não resolve.
É como eu disse, tem que reagir. Chefe chuta quem fica calado. A desigualdade social gera isso, se chama baixa autoestima. Você considera desde sempre normal que o chefe, ou qualquer pessoa com um cargo melhor que o seu, seja intocável. Em sociedades menos desiguais, esse sentimento é mínimo, o que não dá margem pra que outros se aproveitem disso.
Agora, se a figura é doente e psicopata, aí não tem jeito. Ou sai ou trolla, tal qual está dito no texto. Só argumento que tem gente normal que gosta de se fazer, e nesses casos é fácil acabar com a gracinha.
Marok, chefe também chuta quem peita e contesta. Baixa autoestima desconhece classe. Quem nunca viu uma patricinha rica sendo pisoteada por um namorado?
No caso do texto, estou falando desse tipo extremo: psicopata, gente que não se importa com o sofrimento alheio. Um chefe simplesmente rigoroso é normal.
Sally, a chance de encontrar um chefe realmente doente não são lá muito altas. Eu, por exemplo, jamais conheci alguém com esse perfil. Já tive muito chefe pau no cu, mas do tipo que tem discernimento pra saber que não está fazendo a coisa certa depois de uma boa contestação.
Mas, se estamos falando apenas dos que precisam de remedinho, então ou sai fora ou tenta destruir o cara. Vai da disposição, nesse caso.
Li um estudo não sei onde que o cargo que mais concentra numero de psicopatas é o de CEO (googla que você acha)
No meio empresarial um chefe assim costuma ser a regra.
Meu pai sempre dizia que quem tem mais medo de ser mandado embora e mais abaixa a cabeça, mais levanta a bunda para ser chutado.
Me ensinou que ninguem faz favor algum para ninguem. é sempre uma troca. Mesmo que esta troca as vezes seja injusta, é uma troca.
Sim, quem se abaixa demais acaba mostrando a bunda. Em muitos casos não dá para peitar, mas sempre dá para reagir, mesmo que seja em off. Se todo mundo fizer, as pessoas abusivas começarão a sentir medo de serem assim.
Seu pai tem toda a razão. Baixa autoestima e medo te tornam um escravo. Escravos nunca têm boas oportunidades.
Baixa autoestima e medo desconhecem classe social
Sim, você tem razão. A pessoa pode ter muito dinheiro, mas isso não a impede de ser um escravo. Basta ter autoestima e um aproveitador de plantão.
onde escrevi “ter autoestima”, leia-se “ter baixa autoestima”.
Concordo com o Marok em um ponto.
Se você se coloca como subordinado, mas não subserviente, deixando claro que o emprego não é sua última chance de trabalhar na vida, o chefe abusivo vai procurar outro carneirinho pra espezinhar.
Porque esse povo é assim, se você abaixa a cabeça eles montam!
Thaisa, tem chefe que te humilha mesmo sabendo que você vai embora, porque infelizmente no Brasil existirão mais dez pessoas querendo trabalhar naquela vaga. Sobra mão de obra, chefe não tem medo de empregado se demitir, muito pelo contrário, alguns fazem justamente para isso, para que a pessoa se demita, assim não tem que pagar alguns direitos trabalhistas!
Ninguem é insubstituível.
Mas se vc esta num emprego em que pode ser trocado fácil e rapidamente da maneira que cita, o melhor é cair fora mesmo e procurar outra coisa.
Mesmo se eu nunca tivesse outra opção e fosse me ferrar, eu naõ baixaria a cabeça pra um chefe. Como disse, ele não é melhor do que eu, apenas esta num cargo acima, e fomentamos uma troca; e não é de favores.
Mas mesmo que a pessoa decida sair, não é inteligente arrumar briga. Ao mesmo tempo é frustrante sair e deixar por isso mesmo. Um purgantezinho antes de sair cai bem
Sally, você não precisa se demitir. Só não abaixe a cabeça. Se ele gritar, grite de volta (só não dê motivo para uma justa causa). Nesse caso, ele provavelmente vai te mandar embora ou parar de te encher o saco. É win/win, caso você não vá passar fome se perder o emprego.
E se ele resolver paunocuzar em excesso, prepare terreno para meter na justiça e ganhar uns trocos no futuro.
Trabalhador no Brasil, embora no geral tenha baixa autoestima, está relativamente bem amparado pelas leis.
Não acho que funcione assim não. Chefe abusivo inferniza a vida de quem o desafia, e tem poder para tornar a vida do subordinado um inferno. Não adianta querer bater de frente com quem tem mais poder do que você. Me parece mais inteligente ir minando a pessoa na encolha.
Estar bem amparado pela lei não conta tanto assim quando se tem o corporativismo no contraponto, seja no que diz respeito a lei trabalhista, seja no que diz respeito ao próprio “direito do consumidor”.
Ações judiciais são um campo especialmente perigoso, pois em muitos casos, se você sai vitorioso, é aquela “vitória de pirro”, sendo que o eventual ganho mal cobre as custas do processo e o tempo perdido com a aporrinhação.
Se você acha isso ruim, calma que piora… Sua posição pode ser tomada por improcedente caso esteja mal fundamentada ou mesmo você pode perder na batalha judicial por conta dos conchavos do meio (o bom advogado conhece a lei, o melhor advogado conhece o juíz) estarem mais favoráveis a quem está no seu contraponto.
Por isso mesmo, cuidado… Se for o caso de entrar na justiça por conta de algum abuso, trate de fundamentar bem com documentos e provas isso.
Só para sublinhar: No caso Folha x Falha, eu esperava que o Bocchini perdesse na segunda instância seja pelo forte lobby do jornaloide paulista, seja pelas fundamentações da acusação e da defesa. A Folha sustentou sua posição no direito de marca enquanto que os advogados representando o Bocchini provavelmente embasaram a posição na questão da “Liberdade de Expressão”. Precisa dizer que era “favas contadas”?
No meu primeiro emprego, a dona/chefe parecia ser psicopata. Certa vez pedi a cópia do meu contrato de trabalho e ela ficou indignadíssima comigo. Disse que o contrato só era dado após o período de experiência (três meses), não me deixou falar um ai durante a “conversinha particular” e ainda me olhava ameaçadoramente.
Ah, faltou citar as palavrinhas finais dela “muita gente que saiu daqui não foi contratada em outro lugar”.
E o que você fez a respeito?
Eu era muito novinha, recem tinha saido do ensino medio. Pedi demissão quando fechou o tempo de contrato. Não sabia o que eu poderia fazer, porque era uma loja de classe A, a dona e a familia dela eram podres de rica… Nenhuma das outras funcionarias falava de ja ter passado pelo que passei, pareciam ter medo da dona.
Faltou mencionar a parte espinhosa do assédio sexual.
As vezes é discreto, tipo você vai falar com o chefe, ele está sentado e você em pé, aí o sujeito tem a capacidade de ficar olhando ostensivamente pras suas coxas, em vez do seu rosto.
Se eu não fosse muito tontinha já teria parado o assunto de trabalho pra falar: minha calça tá suja ou coisa do tipo?
Me limito a olhar com cara feia.
Tem também o babaca que se envolve sexualmente com funcionária terceirizada… nesse caso você só precisa esperar, mais cedo ou mais tarde um superior dele descobre (porque os subalternos todos descobriram muito antes e ficam comentando entre si).
Mas nesse caso, de assédio sexual, é crime. Não precisa fazer armação alguma, basta denunciar
Mas não tem que provar? É sempre bom saber disso, vai que um dia acontece…
Sim, tem que provar, mas sua palavra pode ser prova o suficiente. Conselho: quem tem celular com gravador, SEMPRE ligue o gravador antes de entrar para conversar com o chefe. Bota no bolso da roupa e DEIXA LIGADO GRAVANDO, isso ajuda a provar não só assedio sexual como também assedio moral
Sally, cada parágrafo que li imaginei Sr Jair Bolsonaro como o chefe carrasco em questão. A descrição feita é tão aquela persomalidade repulsiva e nojenta.
Infelizmente gente assim existe. Cabe a nós discretamente ensinar uma lição.
“Deus castiga”? Não, foi mal. Castigo eu. Faço questão
Eu queria trabalhar para o Bolsonaro.
Assessor.
Vejo que ele tem boas idéias mas é péssimo para se expressar…tsc
Contrata eu Deputado!
hahahahahaha
Bem, inteligente como vc é Hugo, vc ia trollar o demente e ele ia pensar que vc tava sendo competente. Contrata ele Bostanaro
Bem, sagaz como vc é Hugo, vc ia trollar essa besta e ele acharia que vc estaria trabalhando com afinco.
Bem capaz de vc ganhar uns 10,00 conto a mais por dia trabalhado.
Contrata ele Bostanaro.
Rumo a presidência! rs
Vários comentários a fazer nesse texto:
1- Tática antiga minha, adquirida através de observação comportamental. Muito bem explanada. Ser a sombra competente e agradável é sempre a melhor opção.
2- Comofas com chefe de cargo “vitalício”?
3- Você sempre foi bem mais vingativa e perigosa que o Somir… até porque você também é bem mais fria e calculista que ele. Isso não é novidade.
4- Tirou esses métodos de Norton, em Cai o Pano, tia Sally? O crime perfeito é aquele que você não comete… (pelo menos, não aos olhos de todos)
5- Você já teve algum chefe que fumava charuto? (pura curiosidade)
Chefe com cargo vitalício tem que viver com medo ou pedir para sair. Ou você mina a saúde física da pessoa (purgante, espalhando agentes alérgicos, colocando animais mortos nos dutos de ar condicionado da sala, etc), ou mina a saúde mental (some com coisas e depois as recoloca para que ele pague de maluco, joga com coisas que a pessoa tenha medo, sugestiona, apavora) ou simplesmente faz a pessoa ficar paranoica e com medo assim ela é obrigada a tratar bem todo mundo.
Não sei se eu sou mais fria e calculista que o Somir não, tenho lá minhas dúvidas.
Não me inspirei em “Cai o pano”, apesar de ter adorado o livro e ter adorado ver o arrogantão de merda do Poirot morrer
Já tive chefe que fumava charuto sim. Aquilo me incomodava e foi rapidamente resolvido. Aproveitei um período em que eu estava de férias, portanto acima de qualquer suspeita e apliquei uma MSE
Animais mortos no duto de ar é… criativo. Foda é que eu trabalho na mesma sala que ele… Então metade do que você disse já vai pro saco. Mas acho que se eu usar um pouco da minha…. criatividade, eu consigo alguma coisinha.
E o Poirot morreu egocêntrico pra caralho ainda. Arrogante de merda até o fim. Chega a dar raiva.
Somir paga de frio e calculista, mas se apavora e fica facilmente desequilibrado e perdido quando a situação é tensa, pelo menos quando é algo que foge de seu controle (controlFREAK). Você paga de desequilibrada e cabeça-quente, mas quando a situação fica tensa você se torna fria e calculista… por todos esses anos de descrições comportamentais, esse mínimo sobre vocês eu devo ter acertado.
MSE – Medida sócio-educativa?
Quando que você já viu o Somir desequilibrado? Eu acho ele doentiamente calmo, a casa está pegando fogo e ele está zen, tendo a certeza que ele é foda e vai apagar o incêndio!
Sim, MSE = Medida Sócio-Educativa
Seja criativo, aprenda os medos, os temores, os pontos fracos, as mentiras, as coisas que ele preza e vá minando aos poucos tudo que for importante para ele e lhe trouxer estabilidade. Sabendo esperar, a oportunidade chega
Siagos Tomir são cheios de pequenas situações assim. Aquele que você estava passando mal, por exemplo…
E ele não é doentiamente calmo, ele é doentiamente auto- controlado. São coisas diferentes.
Pode ser, pode ser…
Se vocês estiverem falando do Poirot dos livros da Agatha Christie vou fica PUTA! Gente, eu não li todos os livros dela, não sabia que le ia morrer :(
Nunca trabalhei na vida (ainda, espero econtrar um estagio logo) mas gostei das dicas. Mind games!
Sim, é ele mesmo. Mas porra, já fazem várias décadas que esse livro foi publicado, não é exatamente um spoiler…
Foi publicado há quase 40 anos.
E, hum…. tipo, ele fica velho e talz ._. pessoas envelhecem e morrem, é meio que natural.
Ele não morre envenenado?
Nope. Ele se mata, porque acha que a hora dele está chegando, e não consegue viver com a “culpa” de fazer o que fez.
Eu jurava que o assassino tinha conseguido envenenar ele… mas faz tantos anos que li esse livro que provavelmente estou confundindo. A única coisa que ficou gravada na minha mente era o desejo de que esse arrogante de merda morresse logo