Flertando com o desastre: Sofrer por amor.
Vejo muita gente sofrendo, chorando e se descabelando “por amor”. Só que tenho a impressão que mais da metade não está chorando de fato “por amor” e sim por outros motivos (tão válidos quanto, diga-se de passagem). Que diferença isso faz? Toda a diferença, sobretudo na hora de tentar dar a volta por cima e superar a situação. Entender porque está doendo é o primeiro passo para fazer por onde parar de doer. Sim, tem que fazer por onde, sofrimento nem sempre vai embora sozinho.
A maior parte das pessoas não compreende corretamente seus sentimentos, seja por não se conhecer bem, seja por estar com a cabecinha estuprada por romances, novelas e outros lixos que enfiam estereótipos falsos nas mentes menos fortalecidas. Se, com o término do relacionamento surge também algum tipo de sofrimento ou angústia, presume-se, como consequência lógica, que isso é sinal inequívoco de que ainda se ama o parceiro. E não é. O sofrimento que experimentamos após o término de um relacionamento pode ter várias origens que não necessariamente o amor que supostamente tínhamos pelo parceiro.
Falemos desta situações de sofrimento intenso com o término de um relacionamento que não são necessariamente o amor que se sente pelo parceiro. “Lágrimas por ninguém, só porque é triste o fim”, uma das poucas coisas inteligentes que o Hebert Viana escreveu.
Vejo muita gente chorando “por amor” que na verdade chora sua própria rejeição. Gente que levou um fora e confunde a dor e o desamparo da rejeição com o amor que sentia pelo parceiro, um amor que muitas vezes nem existia mais. Quem nunca viu um casal onde um não dava muita bola para o outro, até que leva um fora e descobre dentro de si um suposto “amor” que surge do nada? Ser rejeitado é desagradável, eu arrisco dizer que rejeição é um dos sentimentos mais difíceis de digerir e sim, é válido sofrer por ser rejeitado. Mas se você compreender que está sofrendo pela rejeição, fica mais fácil de superar.
É muito comum que uma pessoa só consiga se ver através dos olhos dos outros: se os outros me elogiam, me querem e me validam eu sou uma coisa boa, mas se os outros me descartam, me criticam e me viram as costas é porque eu sou uma merda. Quem sofre por rejeição tem que apender a conhecer seu valor por si, independente dos olhos dos outros. Quem sofre por rejeição tem que compreender que esta rejeição pode não se fundar em seus defeitos e sim em mera incompatibilidade, que não torna esta pessoa inferior ou indesejável. Rejeição dói mesmo, às vezes dói por anos. Acho muito compreensível sofrer por causa de rejeição.
Outro erro comum que todos nós estamos sujeitos a cometer em meio a um turbilhão de emoções que surgem com um término de relacionamento é confundir a dor pelos planos perdidos com amor. Muitas vezes jogar fora todos os planos que fizemos com aquela pessoa, toda a vida a dois idealizada, todas as situações por viver, todos os projetos é mais doloroso do que perder a pessoa em si. É aquela história da mulher que casa com o casamento, e não com o marido. A tristeza em não realizar todos aqueles planos, em ter que abandonar um projeto ao qual se pretendia dar continuidade, pode vir camuflada de amor.
Quem sofre por ter que jogar fora todos os seus planos deve refletir sobre sua individualidade e sobre o quanto depositou expectativas no relacionamento. Relacionamento é um plus, não a razão da vida de alguém. Se você fez do seu relacionamento e dos seus planos de relacionamento o pilar da sua vida, é hora de aprender com os erros. Fazer planos incluindo seu par é bacana, fazer planos que só podem ser realizados com ele é empobrecedor.
Tem ainda quem chore a derrota social de não ter emplacado um relacionamento e ache que está chorando por amor. A pessoa vai lá, se compromete de forma pública, não raro celebra esse compromisso com ritos de passagem e pouco tempo depois… o relacionamento se desfaz. A pessoa tentou, tentou de verdade e não conseguiu. Isso é uma punhalada no ego, não tem como não ser. Todos nós gostamos de acreditar que quando nos esforçamos de verdade conseguiremos aquilo que desejamos. Pois bem, algumas vezes a gente se esforça pra caralho, faz tudo que está a nosso alcance, insiste, faz tudo certo e ainda assim as coisas não saem como o esperado. Realmente é chato que a sociedade veja que você deu o seu melhor e o seu melhor não bastou.
Quem chora a derrota social tem que fazer um esforço para se importar menos com o que os outros pensam e compreender que nem sempre o erro esteve na execução do projeto a dois. Muitas vezes o erro está na escolha. Quem erra na escolha pode ter o comportamento mais centrado, exemplar e digno durante o relacionamento e ainda assim acabar em um final infeliz.
Também tem um tipo de pessoa, no qual eu me enquadro (fiz isso minha vida toda) que chora de pena de si mesma. Sim, é triste, mas eu faço isso e provavelmente morrerei fazendo. Aquela pessoa que se dá conta que voltou a ficar solteira e que isso implica em voltar a conhecer gente, sair, ter primeiros encontros e encarar as dúzias de loucos que estão soltos no mercado até achar uma pessoa mais ou menos decente. Convenhamos, é de chorar mesmo. Ter que começar tudo de novo com a quantidade de gente estranha, bizarra, burra, porca, mal educada, feia e religiosa que tem por aí, só chorando MUITO de pena de si mesmo.
Não sei aconselhar estas pessoas, porque sou uma delas. Meu conselho é basicamente crie gatos. Desista, porque não vale a pena o esforço que é passar por cem lunáticos para no final das contas achar uma pessoa minimamente decente. Criar gatos é o que há, eles ocupam o seu tempo, não falam, não torcem para time de futebol e não roncam. Crie gatos. Começar tudo de novo é muito ruim.
Arrisco dizer que tem quem chore por pura teimosia. Por birra. Porque mexeram em uma rotina na qual a pessoa estava acostumada. O pavor do inesperado, da novidade, desestrutura e deixa a pessoa desesperada. Não percebendo esta sutileza, a pessoa sente apenas um sofrimento intenso e uma angústia e concluí que sua causa é o amor que sente pelo parceiro, achando que só descobriu que amava quando acabou. O fato da pessoa ter que se deslocar da sua zona de conforto e alterar sua vida causa um sofrimento intenso o suficiente para ser confundido com dor de amor.
Meu conselho nesse caso é que se reflita de onde vem a associação de mudança com algo necessariamente ruim, já que existem mudanças para melhor. Porque a rotina representa uma proteção e porque a quebra da rotina gera sofrimento. Mudança também pode ser sinônimo de oportunidade, de progresso e de boas surpresas. Trabalhando eventuais dificuldades de adaptação o sofrimento tende a ser menor.
Por incrível que pareça, tem também quem chore a perda de um status: deixar de ser “a mulher” de alguém, “o marido” de alguém ou até “o namorado” de alguém e todas as portas que isso poderá lhe fechar. Não me refiro a bens materiais, mas ao status, às facilidades, ao tratamento diferenciados, à possibilidade de frequentar certos círculos, ter contatos com certas pessoas. Muitas pessoas fazem dos amigos do parceiro seus amigos e quando o relacionamento termina perdem o parceiro e os amigos. Tem também aqueles que sabem que terão que se separar de seus filhos e vê-los com menos frequência. Algo no meio social se perde e isso dói tanto que é confundido com amor por sua parceira.
Evidente que também tem que se desespere pela questão econômica. Fato: muitas pessoas dependem dos parceiros para sobreviver e se sustentar. É como para uma criança perder a mãe, assustador e inesperado. Só que a pessoa não pode chorar no ombro dos amigos se lamentando que agora vai ter que trabalhar mesmo estando muito velha para entrar no mercado de trabalho ou então se queixar que vai ter que reduzir seu padrão de vida. Resta justificar o choro, para si mesma ou para a sociedade, atribuindo-o ao amor.
Tem ainda a pessoa que chora pela autoestima baixa, acreditando ter chegado ao fim da linha: “Nunca mais ninguém vai gostar de mim como Fulano gostava” ou “Nunca mais vou ter um relacionamento assim”. De fato, nunca mais você vai ter um relacionamento assim, terá melhores e terá piores. São pessoas que não se acham capazes de serem amadas e que “por um acaso” ou “por sorte” um maluco se apaixonou por elas. Quando esse “maluco” vai embora, elas se desesperam achando que era o último ser humano na face da Terra que irá amá-las. Isso não é amor pelo outro, é medo de ficar sozinho.
Estas pessoas devem refletir porque se acham tão “ingostáveis” e o que podem fazer para mudar isso. Todo mundo tem o seu valor, todo mundo tem qualidades e quem não estiver satisfeito consigo mesmo que arregace as mangas e procure meios de melhorar. Quando a dor do término vem do medo de não ser mais amado por ninguém certamente não reflete o amor pelo parceiro e sim o seu próprio desamparo.
Acreditem ou não, tem gente que se agarra com unhas e dentes em um relacionamento e sofre horrores quando ele termina por estar acima do peso: “Agora eu vou ter que emagrecer…”. Gente que se permitiu qualquer descuido pessoal (não necessariamente ligado a peso) por já ter a aceitação de um parceiro que não se importava com algo que normalmente costuma ser socialmente importante. Às vezes os anos de descaso fazem um “estrago” tão grande que a pessoa que se acomodou nessa situação se desespera justamente por perceber que demorará anos para reverter e voltar a ser socialmente atraente. Quem quer se dar ao luxo de escolher, de ser seletivo, tem que ter os atributos socialmente valorizados para dar em troca. É feio mas é verdadeiro. Só de pensar nos meses de sacrifício, dieta, academia, plástica ou o que mais seja necessário, a pessoa sofre e chora – e atribuí isso ao amor que supostamente sente pelo parceiro.
Meu conselho: melhore fisicamente, a sociedade é fútil e focada na aparência física. É um saco, é desgastante, é escroto, mas é necessário. E vale a pena poder escolher, poder exigir. É investimento. Não é tão difícil ou ruim como parece, o mau momento é no começo, depois que cuidar de si vira um hábito como escovar os dentes, a coisa flui. Não chore, com o tempo você toma gosto pela coisa.
Certamente vai ter muito homem me achando maluca, mas, por incrível que pareça, às vezes tem gente que chora o “não amor” camuflado de amor. Explico: a pessoa encontra um parceiro legal, bacana, bonito, educado, gentil etc mas, por algum sadismo do destino, não clica. Não bate uma química, não consegue se apaixonar pela pessoa, por mais ideal que ela seja. Tenta-se, tenta-se à exaustão, às vezes por meses ou anos, confiando naquele conceito da vovó que “o amor vem com o tempo”. Vem nada, o tempo traz apenas carinho, cumplicidade… mas amor? Não acho. Daí fatalmente o dia de parar de mentir para si mesma chega e rompe-se o relacionamento, justamente por não amar, mas se sofre como se estivesse amando. Além do sofrimento, tem a sensação de duas orelhas de burro no topo da cabeça: uma pessoa bacana bateu à sua porta e você deixou passar. Após o término é muito comum confundir esse sofrimento todo com um “acho que no fundo, no fundo eu amava a pessoa”.
Meu consolo para quem está passando por isso (e quem nunca?) é que coisas boas acontecem para pessoas que optam por fazer a coisa certa e corajosa. Tenham isso em mente. Não por obra do divino, por algo sobrenatural ou coisa do tipo e sim porque pessoas que fazem a coisa certa quando ela requer coragem criam mais oportunidades para serem felizes na vida. Se acomodar com quem não se ama é medíocre.
Na próxima vez em que estiver sofrendo “por amor” pense se não está sofrendo por outra causa, por alguma das causas do texto, por uma confluência delas ou até mesmo por outras causas não citadas aqui mas que não se confundem por amor. Compreenda-se, estude-se. Olhe para dentro de você sem medo. Você vai viver melhor e superar melhor os momentos difíceis.
Não é demérito não estar sofrendo por amor. Outras causas são plenamente válidas. Identificando a causa real a pessoa se poupa de reatar um relacionamento cagado na tentativa desesperada de parar de sofrer e aprende a mitigar este mesmo sofrimento caso ele se repita. Chega de atribuir tudo ao amor, ser humano não é filme Disney, somos muito mais complexos do que isso. Amor é mais um sentimento, chega de hipervalorizar o amor. Chega de idealizar o amor.
Olivia
Meeeeu, eu namorei ano passado por alguns meses, terminamos e ficamos sete meses separadas, nesses sete meses mantive um paixão platônica por uma menina da faculdade. Aí há cinco meses voltei com a ex, e estamos até agora. E há duas semanas a menina da tal paixão platônica começou a me seguir em Instagram, adc no Facebook, e puxou papo, conversamos todos os dias, estou apaixonada por ela eu acho. Mudei meu jeito com a minha namorada, ja não sinto vontade mais de nada, não a beijo direito, e só quero ficar com a outra. Porém a outra tbm namora, me dá bola, da papo e tal, mas não sai disso. Diz, que tem medo de decepcionar o namorado. Me ajudaaaa não sei o que fazer hahaha
Matheus
Sally, eu tô sofrendo, mas como você bateu no texto, eu não sei se é por amor, por rejeição ou seja lá o que for. Eu tenho pouquíssima, se não nenhuma experiência nesse assunto, só sei que isso é horrível e tá cagando toda minha vida :(
Sally
Vai passar. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional. Vai passar desde que você se proponha a superar isso e não se apegue ao sofrimento. Não tente entender nada agora, quando estamos no olho do furacão não raciocinamos direito. Daqui a dois meses tenho certeza que você vai saber me dizer qual era o seu sentimento.
Parece que não vai passar nunca, mas passa. Não se entregue ao sofrimento.
Matheus
Então, o sofrimento pior é não saber por que do sofrimento, eu mal conhecia o infeliz, só tivemos uma vez juntos. Depois disso, nada. Já tinha colocado na minha cabeça que não ia rolar mais nada, só que quando tava em um encontro, eu tipo que não conseguia não pensar nele.
E obrigado pela força… Não me entregar ao sofrimento.
Sally
Isso é algo que voce deve se policiar: idealizar quem voce mal conhece e se.jogar com os dois pes em quem esta com um pe dentro e um pe fora
maria
Total apoio à sugestão de criar felinos. Roedores também são maravilhosos.
Sally
Eu tive um casal de Esquilos da Mongólia, mas não havia muita troca. Não sei se eu não soube criá-los… não havia uma relação de afeto, eles basicamente comiam, cagavam e dormiam. Me ignoravam solenemente.
Andréa RJ
Parece um prenúncio para o meu relacionamento, que neste momento está na fase: ” Cadê o sentimento q estava aqui, cadê?” To muito confusa, pois acho q acabou mesmo em Novembro e eu to levando até hj. Pior é ver q a outra parte já percebeu e está tentando reconquistar.
Sally
É horrível ficar ao lado de uma pessoa com a qual você sabe, lá no fundo, que tem que terminar. A sensação de perda de tempo, de protelação consome a gente por dentro. Mas ao mesmo tempo, dá vontade de adiar aquele momento tão sofrido que é o término e o período que a ele se segue. Compreendo sua dor, mas se conselho servir para algo, recomendo que acabe logo com essa agonia…
Ligia
Lendo esse texto cheguei à conclusão de nunca sofri por amor. Sempre sofri por mim mesma, por três motivos citados aqui: baixa auto-estima, rejeição e pena de mim mesma.
A auto-comiseração também é um dos meus defeitos mas cheguei à essa conclusão à pouco tempo. Dói, é ruim pra cacete mas meio difícil deixar de sofrer por mim mesma. Eu tenho motivos pra chorar por mim, só eu sei. Minha irmã diz que eu fiz algumas escolhas erradas e que por isso eu agora sofro pelas consequências dessas escolhas mal feitas. Mas quem, por favor QUEM, sabe de antemão o RESULTADO das próprias escolhas? Dá pra saber se alguma coisa vai dar certo com antecedência? Dá pra prever ? Eu francamente acho que não e é aí onde eu sinto pena de mim porque já me esforcei MUITO por muitas coisas na minha vida e o resultado que obtive foi bem longe do esperado. Talvez eu seja burra, as coisas não deram certo por culpa da minha burrice. Então eu realmente tenho motivos pra ter pena de mim, pqp.
Sally
Ligia, algumas situações dá sim para prever que vai dar merda, outras é impossível saber.
Escolhas erradas: quem nunca? O problema não é errar e sim persistir no erro. Não remoa erros do passado, olhe para frente e pense em criar estratégias para não cometer esses mesmos erros.
Uma coisa: o fato de você ter identificado o problema é meio caminho andado para superá-lo, fique feliz.
Ligia
Sim, apesar de que só fui me dar conta desses erros depois dos 30 e poucos mas é melhor que nada. Mas eu ainda acho que ninguém aposta pra perder, a gente sempre confia que está fazendo a melhor escolha.
Sally
Está cedo. Vai por mim. Dificilmente alguém na faixa dos 20 tem alguma maturidade emocional
Daniela B.
Então, pelo jeito, ainda tenho meia década pra me foder. D:
Não posso dormir e acordar daqui uns 6 anos só?
Sally
Justamente essa fodeção é que vai te dar maturidade…
Hugo M. (acho)
Se eu fosse mulher não teria paciência para homens com menos de 30. Claro…se eu quisesse algo sério pelo menos.
Hugo M. (acho)
Minhas escolhas me tornaram mais frio. Mas já participei de muita palhaçada em nome deste tal de amor.
Hoje em dia vejo isso de forma mais madura. Relaciono amor com todas as outras coisas que a Sally falou.
Ligia
Eu tb me vejo mais fria hoje em dia, especialmente em relação ao amor romântico. Acredito no afeto, no carinho, no respeito e na admiração que podemos sentir pelas pessoas com as quais nos relacionamos afetivamente, mas nesse amor cinematográfico, “almas gêmeas” e o escambau eu acho simplesmente que não existe. Acredito mais nas relações por conveniência que em qualquer outra coisa.
marciel
OFF: Seria uma boa colocar uma pagina no face com o nome de “Pollyanna de esquerda”?
Lichia
” (…) coisas boas acontecem para pessoas que optam por fazer a coisa certa e corajosa. Tenham isso em mente. Não por obra do divino, por algo sobrenatural ou coisa do tipo e sim porque pessoas que fazem a coisa certa quando ela requer coragem criam mais oportunidades para serem felizes na vida.” (…)
* S2 com as mãos
Sally
S2
Beth
vou te contar… o descarado do gato me atrapalhou toda! Desconfigurou meu noot e depois q escrevi tanto… sumiu tuuuudoooo! Com preguiça… vou escrever no meu blog; viverderiso.com.br uma “RESPOSTA A SALLY”- rindo pra não chorar por amor. Ou algo assim…
Breve, se Deus permitir vou editar o livro “Eu gerei meu marido”. Aí sim, vamos ver se alguém ainda tem o descaramento de “sofrer ou chorar por amor”…
bjs, fica na paz. Você é LINDAAAAAAA!
Sally
Quando postar me envia o link!
Hugo M. (acho)
Em tempo: Muito bom seu texto Sally, mas ontem descobri numa rádio algo que pode ser ainda mais efetivo.
Para quem quiser conhecer veja o link abaixo, o resultado é garantido pela IURD.
http://terapiadoamor.pt/
Marciel
Amortoxico isso, né?
Hugo M. (acho)
Amor é coisa de desocupado.
Lichia
É ótimo estar desocupado então??
Hugo M. (acho)
Vivemos com este objetivo…
GCFF
Seria interessante ver um “Siago Tomir” do ponto de vista do Deja…aconteceriam coisas tão bizarras quanto as que aconteceram com a Sally?
Sally
Suponho que sim, mas de outra ordem, porque o Deja também é bem merdeiro…
Cath
Sally,
muito em off, mas precisava compartilhar:
http://4.bp.blogspot.com/-4kaNlAghOto/TyBOMHk9MpI/AAAAAAAAD_Q/DLDw8in91bY/s1600/tchan-maravilha.jpg
Sally
MEUS OLHOOOOOOS!
Renata
Mto bom ver o Datena se fudendo http://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/31/justica-condena-tv-bandeirantes-apos-considerar-preconceituosos-comentarios-de-datena-contra-ateus.htm
Sally
hahahaha
M. Charles DG
Ahhhh, e que bálsamo para os olhos ler – finalmente! – “estereótipo”, e não “esteriótipo”, como essa nova classe de usuários oriundos da MID (Maldita Inclusão Digital) está tentando fazer pegar, consciente ou inconscientemente (e dê-lhe “nada haver”, “prefiro uma coisa do que outra”, dentre semelhantes bizarrices!).
Sally
nada HAVER chega a me fazer mal fisicamente falando, sabe? Náuseas
Marciel
Eu chamaria de M.I.D.I.A. => Maldita Inclusão Digital de Idiotas Alienados.
M. Charles DG
Sábias palavras pichadas na porta do reservado de um dos muitos banheiros do IMECC (Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica) da UNICAMP: “Amar sem ser amado é como limpar o cu sem ter cagado”. Dada a profundeza desta frase, me abstenho de prosseguir dissertando sobre o tema.
Sally
Sabedoria popular quando acerta, acerta com uma precisão que sábios jamais alcançarão…
Ge
Fato vero! Ahh… dalhe a magia das palavras…
Suellen
“Meu consolo para quem está passando por isso (e quem nunca?) é que coisas boas acontecem para pessoas que optam por fazer a coisa certa e corajosa. Tenham isso em mente. Não por obra do divino, por algo sobrenatural ou coisa do tipo e sim porque pessoas que fazem a coisa certa quando ela requer coragem criam mais oportunidades para serem felizes na vida”.
Nunca pensaria ficar tão emocionada ao ler um trecho do desfavor (deve ser a TPM). Pessoalmente, o mais doloroso foi terminar um relacionamento que tinha tudo para dar certo por ter que fazer a coisa certa.
A pessoa era órfã de pai e mãe (ótimo, não teria sogros!), maravilhosa, esforçada, solidária. Como eu, estava lá para ajudar sua família, para dar estudo para seus irmãos pequenos. Só que ela queria passar muitos anos lá, e eu só o suficiente para ter grana para bancar o cursinho, tentar uma pública e depois trabalhar para custear os estudos. Até porque, por intuição, sabia que teria que começar logo a ganhar muito bem para ajudar meus pais.
Ainda assim balancei no aeroporto e voltei frustrada. Depois disso, foram 12 anos de grandes conquistas profissionais e pessoais, mas também 12 anos me culpando por ter feito a coisa certa mas ter deixado a pessoa certa escapar. Até encontrar, enfim, a pessoa definitivamente certa.
A que pensava ser a certa continua dekassegui até hoje, e se ficasse com ele, talvez fosse até mais feliz, mas não teria mais saído de lá, acabando por não vivenciar muita coisa dessa vida de agora e tendo um padrão de vida pior do que o atual.
De qualquer forma, ele me ajudou a filtrar a busca, ser mais exigente e, nisso, sou-lhe eternamente grata.
Carol Souza
Pois é… minha grande angústia do “talvez” é que ele nunca será (des)confirmado.
Pode ser que vc fosse mais feliz com um padrão de vida inferior, pode ser que esse padrão fodesse o relacionamento de vcs e vc estivesse infeliz e com um padrão de vida inferior, por exemplo.
Escolhas são sempre tããão complicadas…
E muito bom que vc tenha tido esse aprendizado com uma situação boa. Eu aprendi a ser seletiva com relacionamentos ruins mesmo… :S
Suellen
Pois é, na hora não tem como saber se o que optou dará certo. Você fará de tudo para que dê, mas…O cagaço vem daí.
Deja
Só estou comendo, na verdade.
Sally
Eu sempre achei que o Somir era o ativo…
Carol Souza
Vcs parecem uns amigos que perdi com o término de um relacionamento…
*saudades… (deles, não do ex).
Sally
Recupere-os!
felipe
Pena que o amor na realidade se resume a quanto você suporta o outro.
Sally
Será que esse é o conceito de amor? Não acho não. Amor é um sentimento que se constrói aos poucos: parceria, cumplicidade, admiração e tantas outras coisas.
felipe
digo suportar no sentido mais amplo possível e é claro envolvendo duas ou mais pessoas nesse encontro…rs
Alan
eu sofri por uns dois anos mais passou , hoje em dia eu me pergunto o que é o amor? o amor realmente existe?
pra mim me parece uma coisa totalmente idealizada , vc idealiza um monte coisas em cima das pessoas , faz vista grossa pros defeitos só ve as qualidades e chama isso de amor , tive o desprazer de estudar com essa menina , depois que eu tava “curado” ai eu pude perceber que ela não era 10% daquilo que eu achava , eu vi que certas qualidades não existiam e os defeitos estavam bem mais evidentes
é como dizia Bob Marley :As Vezes construímos sonhos em cima de grandes pessoas… O tempo passa… e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais!
Sally
Isso de idealizar me parece mais paixão. Acredito que amor demande maturidade na relação, algo como conhecer de verdade quem é a pessoa e ainda assim querer estar com ela e construir projetos em conjunto.
Helena
Interessante isso que acabou de dizer como as pessoas tendem a idealizar qualquer pessoa com quem se convive.
Seja namorado(a) ,parente ,amigo. Já fui muito pixada por não romancear as pessoas de quem gosto .Inclusivo vejo e admito meus próprios defeitos.
Sally
Ahhhh… se você faz isso as pessoas te acusam de “não amar” ou “não saber amar”. Fazem isso comigo também
Natalia
Acho brega pra caralho, noooossa! Tipo, você está namorando com alguém, a pessoa passa a achar que você deve dar demonstrações épicas de amor a ela diariamente. Tudo bem, que os namorados não podem relaxar com a aparência, os carinhos, o entendimento (larguei do meu último ex porquê ele estava relaxando na aparência e nos tratos), porém deve-se ter consciência que TODA relação esfria, é natural. Tão natural quanto o apodrecimento de um corpo depois da morte. E depois dessa paixão, vem um amor mais maduro. Mas tem gente que se recusa a passar de fase, quer que você dê aquela atenção apaixonada, que se passem 4888458936 anos que estão juntos, e continuem saindo apenas um com o outro….é brega, BREGA! Parece aquelas paradas de telemenagem, sabe o tipo? Rsss.
Sally
E quem disse que isso é necessariamente “esfriar”? Pode ser amadurecer também. Porque não é a quantidade de vezes que se liga para alguém ou a quantidade de horas que se passa colado na pessoa ou a quantidade de vezes que se diz que a ama que medem a intensidade do amor!
Natalia
Sim, isso mesmo que eu quis dizer. Utilizei “esfriar” para dizer que ele amadurece, na verdade. Bem isso!
Camila
Também acho brega! Mas o que fazer quando você quer sair com alguém qualquer e o namorado se incomoda? Um saco…
Ge
Acho interessante isso que tu citou Natalia! Vejo por aí que um dos maiores motivos pelo qual relacionamentos hoje em dia para muitas pessoas não dão certo é por causa disso: passam da fase da “idealização”, da “paixão” esfriam, e não tem paciência de continuar e amadurecer. Mais ainda: não tem paciência de escutar o outro, de ver como aquela pessoa realmente é, seus defeitos, suas neuras, manias, frescuras etc… Acredito em muito que seja lá culpa do ego ou… “alter ego” que se sobrepõe ao pathos então, sabem como é, meu nariz empinado primeiro e foda-se os outros então… Mais ainda: além do ego ferido, acredito que as pessoas no fundo no fundo tem é medo de se relacionar, de “se jogar”, de “se dar ao outro”, de escutar o outro, dedicar-se àquela pessoa, enfim…
É nesse sentido que também concordo com a Sally: amor vai bem mais além disso, se constrói realmente com o tempo e com muita dedicação!
Sally
Amor com pouco tempo de relacionamento não existe… existem outros sentimentos, mas amos não
Helena
E, como sou acusada de não amar por isso. Acho rídiculo isso de criar uma personalidade intocável só pq gostamos de alguém. Ou então a gente tem q aguentar olhares de repreensão pq fizemos uma critica a alguem de nosso convívio.
Sally
Amar de verdade é ver os defeitos e gostar da pessoa e admirá-la ainda assim. Amar uma criatura perfeito é fácil, quero ver amar uma pessoa de verdade, com suas qualidades e seus defeitos!
Phill
Um engano muito comum é dizer que o amor é cego… não acredito nem fudendo. Amar não é não enxergar os defeitos; isso é paixão, coisa que leva tanta gente a fazer tanta merda. Amor mesmo, de verdade, é mera eventualidade de uma série de fatores em um relacionamento maduro:
É ser companheiro; é aceitar os erros e conviver com eles, é se doar 100%, sabendo que vai ter 100% em troca… é se aguentar em momentos mais difíceis, é aturar os momentos de brigas e merdas e desentendimentos, e fazer isso com consciência, porque sabe que o que tem ali para você é o melhor que você pode esperar. É saber que aquela pessoa ali com você é o suficiente, que pra você ela é o suficiente, é ter ela ali e agora e jogar fora milhões de outras possíveis alternativas, e fazer isso sorrindo. É ter reciprocidade, pura e simples, sempre.
E não. Não existe amor, amor romântico, de um lado só.
Sally
Concordo plenamente
Ge
Concordo plenamente 2
Helena
Sally qdo terminei com um namorado por quem nunca fui apaixonada entrei em transe.
Pelo fato de ter sido trocada meu ego ficou muito ferido.
Fiz então a reflexão do que tava perdendo. E vi que nada.
Não era um cara inteligente, engraçado, agradável e nem ao menos bom de cama
Fiquei um tempão sozinha e me tornei bem mais seletiva.
Sally
Bacana que isso tenha te feito refletir e tenha gerado um saldo positivo. Tem gente que passa a vida toda se remoendo partindo da premissa falsa de “se me incomoda ver ele com outra é porque eu o amo”
Ge
É bem assim a coisa né? depois que a gente leva uns “esporros” vamos ficando mais seletivos… comigo ocorreu o mesmo, embora eu fique me questionando as vezes se estou sendo muito exigente em minha seleção…
Natalia
Existe um egoísmo ridículo por parte de algumas pessoas. O relacionamento termina e um dos dois (geralmente, quem levou o pé na bunda) só consegue pensar “no quanto eu amei ele(a)”, “em como eu queria o bem dele(a)”, “como eu cuidei dele(a)”…pensando deste modo, que o(a) ex é um bibelozinho sem sentimentos e vontades, e que está à mercê de “taaaaanto amor” que alguém já sentiu por ele. Geralmente, a pessoa que “taaaaaaanto amou” seu(sua) ex nem pára para pensar se por acaso essa vontade obsessiva de cuidar e amar talvez não tenha machucado e assustado seu antigo companheiro, além de ficar pensando só no próprio sentimento, se vangloriando desta forma. Coisa de gente mimada e “estrelinha”, que acha só o que ela sente é o que será validado. Gente deste naipe costumam entrar para a minha lista de pessoas nas quais eu quero enfiar um belo soco na cara.
Sally
Eu tenho medo de gente assim, pois se alguns fatores se combinares, todo esse “amor” de intensidade doentia vira ódio e sabe-se lá o que a pessoa é capaz de fazer…
Natalia
Pode ser incômodo nos dois sentidos: ou a pessoa fica “psica” da cabeça e faz uma merda, ou continua “super amandoooo” e fica estorvando, indo atrás, e cobrando que vocÇe aja com ela como quando namoravam. As duas coisas são um estorvo.
mal amado
ja me sacanearam tanto que hoje em dia sou morto por dentro e agora eu que faco sofrer. quem se apega ta fudido. amor barca furada total.
Sally
Nossa, que ridículo. Quem precisa vir aqui dizer isso é porque não está nada morto por dentro, muito pelo contrário, está fragilizado e vulnerável. Vai pro analista, filho. Vai urgente.
@
A única vez que sofri por amor durou 3 anos. Depois dessa agora eu me blindei e duvido que eu vá entrar nessa outra vez.
Sally
Você ficou sofrendo por três anos depois de terminar um relacionamento? O erro não é amar, o erro é alimentar o sofrimento por tanto tempo!
Carol Souza
Tem tb o problema da competição.
Se a pessoa termina para ficar com outra, ou mesmo se depois de algum tempo ela começa um relacionamento, tem gente que sofre por causa da “competição”: a outra é mais feia/ bonita, chata, tem um corpo melhor/ pior…
Tem pessoas que é só o outro arrumar um “alguém” que ela acha que “na verdade amava” e quer tentar voltar.
Sally
Sentimento de posse… sentimento de possa gera cada merda…
Julianna
Concordo Sally.
Na maioria das vezes nem é mais amor, é apenas costume com a situação. Acostuma-se com a pessoa, com a companhia, com estar namorando ou casado, mas nem é mais amor, apenas costume.
E sofre pelo fim e no fundo por ter que recomeçar sozinho, sem um parceiro pra dar força ou coisa assim.
As pessoas são muito dependentes das outras, carentes de companhia e de ter alguém pra dizer a elas que se importa.
Incrivel que depois que a dor passa a pessoa se da conta que não era amor, né, era só tristeza pelo fim, por ficar só, por estar só novamente.
As pessoas deveriam ter consciência do que sentem, poxa.
Sofreriam menos mesmo.
Sally
Sim, as pessoas deveriam saber que não necessariamente por experimentarem sofrimento se presume que era amor. Viveriam uma vida bem mais serena…
Natalia
É mais fácil contornar quando se sabe o que está acontecendo consigo mesmo. E também, o sentimento de “estar humilhado” meio que desaparece.
Marciel
Sofrido foi ver o pessoal babando ovo daquela NULIDADE chamada Sarina Milva (Processa EU!), um amor de pessoa daquele tipo que tem o marido associado em negócios a ninguém mais, ninguém menos que Sosé Jarney. Você confiaria? Eu não!
E lembrar do “zero a zero” de 2010, onde levantaram de forma desmerecida o moral dessa nulidade… O vice era um dos cabeças na Tanura (Processa EU! 2), uma espécie de LerbaHife versão ecochata.
Se eu disser que prefiro a Dilmona a Sarina, você já sente a tensão do bagulho.
Daniela B.
“para dizer que você chora por saber que não vai mais ter sexo com facilidade”
Eu. Ao contrário do que o Somir pensa, não é só a gente estalar os dedos que cai um monte de marmanjo em cima da gente. Quer dizer, ao menos se a gente tiver UM MÍNIMO de critério, hahaha!
Sally
É, tendo critérios a coisa se complica…
Deja
Eu fiquei 1 ano e meio sofrendo realmente por amor. Pensei se não era “por amor” exatamente, como tu descreveu no texto que às vezes é possível. Foi minha primeira rejeição, nunca ninguém antes havia terminado comigo, cogitei ser esse o motivo… mas analisando, infelizmente não.
Hoje superei, há poucos meses…uns dois ou três que realmente tenho certeza, até mesmo aceitei reaproximação da pessoa, a presença dela nas minhas redes sociais e isso não me afetou. O período longo talvez foi porque… toda vez que eu me aproximava de alguém, ela voltava, mas nada mudava. Da última vez que estive com alguém, faziam uns três meses sem contato, ela havia sido escrota ao extremo durante uma discussão, também fui…e existia um ódio, mas de repente a pessoa apareceu com um “Oi, você ainda me odeia?”. Isso foi suficiente pra estragar tudo novamente.
Digo que acho ter sido “por amor”, pois… mesmo hoje estando bem, ela tem todas as qualidades que eu sempre busquei, gostos tão parecidos, aquela coisa de falar juntos e pensar na mesma coisa ao mesmo tempo. (Uma pessoa politicamente incorreta e sem vergonha de ser vil como eu, arrogante, implicante, julgadora…estranho mas gosto de gente assim)
Mas assim como eu, a pessoa tem também uma meia dúzia de transtornos (os mesmos, aliás), e ela não gostava de mim. Com o tempo superei, demorou, mas foi.
Talvez ainda esteja errado sobre os motivos do sofrimento, mas no momento ainda julgo assim…é, acho que ao menos uma vez na vida eu amei. E espero que não se repita, porque puta que pariu… o negócio dói pra caralho. O vazio de não sentir nada é bom, não reclamarei mais dele.
É fim do depoimento de final de novela das oito do Manoel Carlos.
Sally
Sofrimento por amor EXISTE, é provável que o seu tenha sido mesmo.
O conselho que eu te dou é não investir tanto em uma pessoa a ponto de abrir uma porta para chegar a amá-la sem antes saber se vocês são compatíveis. Não me refiro a gostos e sim à dinâmica do relacionamento.
Deja
Ou até saber dos transtornos mentais dela.
Melhor criar gatos.
Sally
Nossa opinião não conta, somos traumatizados porque ambos somos ex do Somir
Deja
Eu sou atual do Somir, como assim ex???
Sally
Ainda está rolando? Meus parabéns, só eu sei como é difícil aturar as somirices a longo prazo. Muitas felicidades ao casal.